The Fourth Quarter Quell escrita por Izzy Figueiredo


Capítulo 34
Cuidado


Notas iniciais do capítulo

Perdão não ter postado semana passada, mas não fiquei em casa e no resto da semana fiquei estudando... ainda não terminou viu o/ quando for o últmo cap, eu aviso!



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Consegui ouvir Caesar gritar, animando a plateia:

_Quem está excitado? - em resposta, a multidão grita. - Então vamos receber... a equipe de preparação!

Consigo imaginar Vaktor, Dórict e Légict entrando, animadíssimos, fingindo que cuidaram de mim em minha estadia na Capital.

_Aneliz Zadfordy... entre! A multidão berrou enquanto ouvia Ane agradecer, bem acima de mim.

_O melhor mentor, agora... Flinn Mengro! Percebi que a plateia aumentou a euforia quando ele provavelmente entrou no palco. Meninas estúpidas e maquiadas demais achando ele um lindo, ou pessoas que o parabenizaram por seu trabalho comigo? Bem, eu vou pela primeira opção... Fechei o punho, e pensei: "Ele já era meu."

Um silêncio percorreu a platéia, e alguns segundos tensos se passaram, até Caesar falar, num tom baixo:

_Quem está preparado, agora... para receber a mais corajosa e mais bonita... do Distrito 4... Catlyn Grown!!! - senti a placa de metal se levantando e gelei. Deveria ter treinado para aquela entrevista também, mas não tivera tempo! Tudo o que eu falasse precisaria ser medido agora, pois se Caesar me perguntasse o que acho da Capital nos próximos dias, eu explodiria de tanto xingá-la!

Sorri para todos, que aplaudiam de pé. Fiquei feliz com isso, pelo menos gostaram de minha "performance" na Arena, eu acho.

Havia uma cadeira de veludo vermelha vazia, ao lado de um Caesar radiante com seus cabelos bicoloridos, e me sentei lá.

_Catlyn... como está? - ele disse, segurando minha mão. Essa não era bem uma entrevista, acho que ele só mostraria o vídeo que sempre passam.

"Estou ótima Caesar, sabe, aquela experiência na Arena foi muitíssimo revigorante!", tive vontade de responder.

_Estou... bem. Na medida do possível. - sorri e vi as pessoas suspirarem.

_Teremos mais tempo para conversar amanhã, mas agora... - Caesar agitou as mãos e o vídeo começou a passar, em uma tela gigante atrás de mim. Me virei, preparada para reviver todo o meu pesadelo.

Começou comigo sendo escolhida para a colheita. Reparei como estava diferente de como estou hoje. Ali parecia estar mais... forte. Depois, toda a minha viagem passou a minha frente, e vi o que a plateia viu: meus vestidos e aparições, e até uma pequena parte de meu treinamento eles mostraram (uma parte boa, ainda bem).

Então mostrou o beijo de Flinn (a plateia deu suspiros amorosos várias vezes), eu abraçando Ane e entrando no tubo (como estava nervosa aí!). Aí chegou a parte da Arena.

Todos correndo e eu lutando contra um menino de que não recordo o nome. Eles focaram em mim, mas também mostraram os passos de outros tributos: como os Carreiristas e... Irmand. Você não acreditaria, como aquela menina era traíra! Lutou sozinha até nos encontrar e se dar de santinha (até que ela era boa, porém murmurava bem alto a noite e aquilo me assustava), e depois, os malditos Carreiristas a encontraram. Ela falou tão mal de mim, que me perguntei onde ela tinha aprendido tantos palavrões. É claro, a Capital censurou umas partes, mas eu sabia que ela tinha falado muito mais.

Então, como me lembro que Gunt havia me contado, ela estava fazendo guarda e teve a ideia das ''armas GPS". Disse que me mataria tão cruelmente... mas sempre deixava Bill de lado. Será que depois de traí-lo e meio que indiretamente matá-lo, ela ainda gostava dele? "Ugh, claro que não.", pensei.

Fiquei triste que mostraram meu beijo com Billiam, e ele dizendo que me amava. Haviam nos mostrado bastante, mas como amigos. Alguns na plateia, pude ver, entenderam aquilo como uma forma de traíção (mesmo que tivesse sido Bill que tivesse me beijado), alguns entenderam que eu não queria ficar com meu aliado. Olhei, discretamente, para Flinn, e ele abaixou os olhos. Pelo visto, teria que conversar com ele sobre isso.

A morte de Bill/Gunt foi mostrada. Meu rosto aparecia em um quadrado no canto inferior do telão, e era de choque e muita tristeza. Segurei meu choro, não podia chorar. Ele me disse para não chorar... Depois, mostrou minha difícil jornada até encontrar Divih e Jerry. E nossa luta. Perguntei a mim mesma, como estava viva depois de tudo aquilo? Tantos cortes e tanto sangue que senti até nausea... As últimas cenas foram o corredor, no Aerodeslizador; meu reencontro com Flinn (mais suspiros), com Ane e com Louise, e torci a cara quando a vi. Já disse que não gostava dela, certo? Meu beijo fora reproduzido mais uma vez, e então a tela ficou preta, e me virei para a plateia novamente.

Pensava que havia acabado, tensa, quando vejo nosso querido Presidente entrando. Ele traz nas mãos uma coroa em forma de ondas, de ouro. A multidão, é claro, grita e se esperneia para o Presidente. Sem dizer nada no microfone, ele vai até mim e me põe a coroa, delicadamente e sorrindo. Me dá um abraço apertando e sussurra:

_Parabéns, fiquei... muito... impressionado. - sua voz era bem grossa. Ele se separou de mim, e esperou Caesar dar boa noite e as "cortinas se fecharem".

Saí do prédio sem dizer uma palavra, com o coração disparando. Era como se estivesse pressentindo algo ruim vindo... Entrei na limosine, junto com o resto de minha equipe; iríamos ser levados para a enorme mansão do Presidente, para uma festa.

Eu não estava no clima de festa, queria falar com Flinn, porque essa paranóia minha com algo estar errado mal começou e já está me irritando. Ele não olha pra mim durante a viagem, por isso fico quieta. Enormes portas de carvalho estavam abertar e havia muita gente lá dentro.

Quando entrei, todos olharam para mim com caras sérias e então queria correr; mas depois sorriram (isso não me tranquilizou muito, mas fazer o quê) e voltaram a conversar ou comer.

A mansão era realmente enorme: só o salão onde estava tinha o tamanho da minha casa. Este estava cheio de variadas comidas e bebidas, mesas e cadeiras de vidro, etc. A casa tinha 3 andares, com várias portas (tive vontade de abrir todas e descobrir se tinha algo sobre mim) e janelas de onde se dava para ver a luminosa Capital.

Tive que cumprimentar todas as pessoas que estavam lá, o que foi bem exaustivo, depois me sentei em uma grande mesa, com Flinn ao meu lado, sem dizer nada. As pessoas foram ficando cada vez mais "loucas" ao longo da noite, e eu fui ficando cada vez mais "cheia de comida", porque estava deliciosa.

_Vem cá. - Flinn sussurrou pra mim, um tempo depois de ter terminado de comer e não conseguir nem me mexer. Me levantei e ele pegou minha mão.

_Agora está falando comigo? - perguntei, pois ele me ignorara a noite inteira.

_Vem logo! - ele me puxou em direção ao elevador. Fomos para o terceiro andar, onde não havia ninguém.

_Podemos ficar aqui?

_Técnicamente... - ele tentou abrir uma porta, que estava trancada. - Não.

Queria descer, perdera a vontade de xeretar a casa, mas ele não soltava meu pulso. Finalmente, Flinn conseguiu abrir uma porta, no final do corredor. Olhou lá em baixo, ninguém observava.

Entramos no quarto. Era tipo um cinema, com um enorme telão e algumas poltronas. Na lateral, havia uma geladeira. Flinn se sentou em uma poltrona e fez um movimento para eu fazer o mesmo.

_Precisamos tomar cuidado agora.


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Notas finais do capítulo

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