The Fourth Quarter Quell escrita por Izzy Figueiredo


Capítulo 22
Obrigada


Notas iniciais do capítulo

Vou tentar postar cada vez mais rápido agora, beleza gente? O nome do capítulo é porque eu estava sem criatividade para por outro melhor, e porque falam três obrigadas importantes nesse capítulo, sei lá, hahaha.
Espero que gostem!



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_Eu vou estourar a cabeça dessa menina! - disse, tentando não gritar. Estava andando rápida e silenciosamente, mas estava com tanta raiva!

Eu gostava do Bill, como amigo, e achava ele legal; ma ele beijou, e disse que me amava! Tá, a gente nunca vai ficar junto, eu amo o Flinn... e agora, além de ter me beijado, ele ainda depositou confiança que a ordinária da Irmand ia embora feliz e saltitante sem levar nada, ou sem uma promessa de vingança? Ele achou mesmo que ela não ia fazer nada, simplesmente nos deixar? Ah, como ele é burro!

_Calma, Catlyn! - ele tentava me alcançar, e pegou meu braço.

_Solta! - disse, meio alto, tirando meu braço de sua mão.

_Aonde vai?

_Tentar achar uns tributos pra descontar minha raiva. - respondi, segurando com força o machado. Quando Irmand foi embora e quando Billiam me beijou, eu percebi: eu preciso voltar para o Flinn, de qualquer maneira. - Sabe, o que você fez foi uma grande estupidez.

Ele parou, e eu me virei.

_Olha, foi sem querer tá? Eu pensei que ela fosse nos deixar em paz, mas eu me enganei! Já foi, não tem como voltar atrás...

_Você fez nós perdermos unguento e corda! Unguento, cara! - continuei andando, bufando.

As samambaias agora pareciam “diminuir”, acho que a Arena viraria um campo, com gramíneas baixas. Assim, teria pouco lugar para se esconder, ou seja; mais mortes. Bom. Bom mesmo. Quero acabar logo com isso.

Andei mais 10 minutos e parei para tomar um gole de água. Ah, nossa água e comida estavam acabando também... De repente, ouvi um barulhinho, como uma sirene, vindo do alto. Olhei para cima e um pacote de metal estava descendo em minha direção. Outro presente dos Patrocinadores?

O pacote aterrissou e eu imediatamente o abri, Bill ao meu lado. Arregalei os olhos quando vi tudo aquilo: duas garrafas grandes de água, umas frutas secas, uma pequena corda e unguento. Ah meu Deus, que dádiva!

Billiam guardou tudo na bolsa imediatamente, e quando não havia mais nada no pacote, percebi um envelopinho branco jogado no fundo. Peguei e abri. A caligrafia era vagamente familiar. Li mentalmente:

        "Cat,

consegui que os Patrocinadores te mandassem isso, espero que sirva. Sinto sua falta. Falta dos seus abraços, da sua risada, dos seus tapas... Não tirei os olhos da televisão desde que você entrou na Arena. Você está indo bem, muito bem. Sei que vai voltar para casa. Para mim.

Vi Billiam te beijando, e pensei que você gostava dele; mas quando você falou que amava outra pessoa, eu pensei que fosse eu, espero que seja...

Eu te amo, Catlyn Grown. Você é minha melhor amiga desde sempre, e só você sempre esteve do meu lado. Você não faz ideia do quanto eu admiro sua paciência comigo, porque eu sei que sou um chato reclamão (mas você também é, não se esqueça disso!), e também aprecio o modo de como você consegue encantar todos (ou quase todos) a sua volta. Você me encantou Lyn. Me encantou profundamente.

Não sei desde quando sinto esse “algo a mais” por você, só sei que é verdadeiro. Só sei que quando eu te beijei, ah, foi o melhor beijo da minha vida...

Só quero que saiba que quando você voltar, eu vou estar aqui te esperando, porque eu me importo muito com você. Porque você é tudo pra mim.

Mais uma vez, eu te amo; e estou te esperando.

          - Flinn”

Li o bilhete duas vezes, e chorei. Ah, Flinn! Tudo o que eu queria era voltar para ele. Não acredito que ele pensou que eu não gostava dele, eu o amo! O inseguro e fofo Flinn de sempre...

Tentei procurar uma câmera entre as samambaias, achei uma numa samambaia mais alta (pelo menos acho que era um camêra) e disse um “Obrigada” mudo. Depois, levantei e continuei andando.

Estava com a cabeça no bilhete de Flinn, e acordei quando Billiam me puxou para trás de uma árvore grande que tinha entre as samambaias.

_Quê? - sussurei, de repente alerta.

_Barulho, shiu!

Fiquei quieta, espiando, quando chegaram dois tributos, andando silenciosamente, espiando pelos lados. Conheci um deles: Lont, da Capital (ele tinha um cabelo amarelo berrante, curtinho; e segurava quatro pequenas facas, tinha 16 anos). A outra eu não conhecia (tinha cabelos grandes e negros, com um olhar cansado, uma espada em torno de 15 anos).

Olhei para Bill, eles iam passar reto por nós, sem nos ver, mas de repente saí de trás da árvore e tentei acertar o garoto da Capital. Ele se desviou assustadamente e ia investir contra mim, junto com a garota, quando Billiam saiu de trás da árvore também, e jogou uma flecha no coração da menina. Lont olhou perplexo para a garota caída, uns segundos depois o canhão soou, e ele se assustou. Aproveitei e enfiei o machado em seu coração. Ele caiu imediatamente e o canhão soou novamente. Mais dois mortos.

_Obrigada. - falei, tímida. Estava brava, mas ele matou a menina.

_Tá. Agora vamos. - ele respondeu, pegando as facas e a espada dos tributos. Continuei olhando para os dois, e disse mentalmente: Desculpe, mas eu tinha que fazer isso. Odiava matar, como já disse, mas eu precisava sair daqui viva.

Me virei e andei rapidamente. O dia foi normal, estava no final da manhã agora, imagino. Billiam conseguiu pegar um esquilo, e quando estava no meio da tarde, mais ou menos, começou a chover. E não foi uma garoa, levinha, começou de repente, e bem, bem forte.

Comecei a procurar um lugar para esconder, e uns minutos depois Billiam achou um tipo de caverna, bem pequena (na verdade eram duas pedras grandes, apoiadas uma na outra. O lugar era meio a mostra, e Billiam soltou a mochila na caverna e foi tirar folhas de samambaias com as facas. Ajudei-o, até que no final não ficou muito ruim.

A chuva só piorou. Deixamos um espacinho entre as folhas, para podermos ver. O lugar era muitíssimo pequeno, eu e Billiam quase não cabíamos lá, mas foi o melhor que conseguimos.

Até o final da tarde, mais 2 canhões soaram. A Capital estava agitando as coisas...

_Vou ficar de guarda. - Billiam disse enquanto eu brincava com meu cabelo. - Deita aí.

_Não. - levantei-me imediatamente. - Você deita. Preciso... pensar.

Ele revirou os olhos.

_Desculpa pelo beijo tá? - não respondi nada e ele se deitou. Espiei por entre as folhas de samambaia, agora anoitecia; por mais que a chuva estivesse fortíssima, conseguia ver: as samambaias agora estavam pequenininhas, logo se transformariam em gramas...

Nada aconteceu até a noite, e o hino da Capital soou mais cedo. Quatro mortes: Lont (da Capital); Phin (do Distrito 12); Laurin (do Distrito 8) e Alex (do Distrito 2).

Distrito 2... de repente me lembrei de Bárbare. Queria voltar para casa e encontrá-la lá, com Flinn, e esperando. Era loucura, né? Como ela fazia falta! Me lembrei dela se cansando facilmente, e dizendo “Obrigada”... deixei uma lágrima escorrer. Limpei-a e depois fiquei guardando, até ficar bem de noite, a chuva continuar (cada vez mais forte) e eu acordar Billiam para vigiar, pois precisava descansar.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando... comentem!



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