The Fourth Quarter Quell escrita por Izzy Figueiredo


Capítulo 18
Só pensando em sonhar


Notas iniciais do capítulo

Amores, mil desculpas por não ter postado antes, eu estava sem ideias! Mas, aí está o novo capítulo, espero que gostem! Lembrando que quanto mais Reviews, mais rápido eu tento postar!
P.S: eu sei que o título está bem ruim, mas vou tentar achar outro melhor ok?



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Em meu sonho, estava em um cemitério. Tudo setava quieto, mas de repente comecei a ouvir passos, e logo depois vi uns pontos pretos vindos de longe. Os pontos foram se aproximando, e quando já estavam razoavelmente perto de mim, vi que eram pessoas. No mínimo vinte delas, e algumas carregavam alguma coisa... um caixão.

Levantei as sobrancelhas e acompanhei a caminhada, até chegarmos à um túmulo. A cova já estava cavada, o caixão já seria enterrado. O que eu estava fazendo ali? Quem era a pessoa no caixão? Tentei perguntar a alguma das pessoas, mas era como se ninguém me visse ou me escutasse.

Seguiram-se alguns minutos de silêncio, e depois começaram a enterrar o caixão.

Uma mulher, um homem e um garotinho choravam muito, e deduzi que eles que eles poderiam ser os pais e o irmão da pessoa que estava sendo enterrada.

Mesmo não fazendo ideia sobre quem era a pessoa morta ou por que eu estava ali, aquela cena era triste. Mas, quando o caixão fora inteiramente enterrado e as flores postas, eu vi quem havia morrido. A placa que fica no túmulo dizia:

Aqui jaz Bárbare Wafhl, garota jovem que foi leal e doce até seu último momento.”

Arregalei os olhos. Bárbare! A família dela! Me agachei e passei a mão na foto que fica ao lado de sua placa. Ela estava linda nela.

Nesse momento, levantei a cabeça e vi Bárbare parada ao meu lado.

_O quê? Mas... - gaguejava e sentia as lágrimas escorrerem correndo por meu rosto.

_Só vim agradecer, de novo. Obrigada por tudo, principalmente por ter sido minha amiga. Eu não tinha muitos amigos no Distrito 3, sabe... - ela deu um sorriso, tirou os cabelos dos olhos e terminou. - Valeu.

Dizendo isso, Bárbare sumiu, do nada.


_AI! - acordei assustada; pegando minha lança; quando algo metálico baetu em minha cabeça. Era um pote.

Um pote? Será um presente dos patrocinadores? Abri-o rapidamente e encontrei ali um líquido pastoso meio cinza... unguento.

_Hey, acorde! - levantei e chamei Billiam (minha panturrilha agora doía muito). - Vamos!

Ele levantou, muito assustado, pegou seu arco e flecha e apontou-o para mim.

_Relaxa! - disse e abaixei sua arma. - Para de tentar me acertar com isso. Vem cá ver o presente que recebemos.

_O quê? - perguntou ele, sonolento, se levantando.

Percebi que estava tremendo. Havia parado de chover, mas a neve agora estava se dissolvendo, e deixava o chão escorregadio.

Peguei o pote e mostrei a ele. Um sorriso iluminou seu semblante.

_Vamos passar essa coisa logo! - disse ele, pegou um pouco de unguento com a mão e passou em seu corte no ombro. Bill soltou uma exclamação de alívio.

Peguei também um pouco e passei em meu corte fundo na panturrilha (que finalmente havia parado de sangrar). A dor passou num instante. Fechei os olhos, totalmente aliviada e consciente de que isso curaria meu ferimento.

Porém, meu alívio passou um minuto depois, quando lembrei de meu sonho.

_Sonhei com Bárbare. - disse, e Bill olhou para mim.

_O que aconteceu no sonho?

Contei todo meu sonho para ele, e quando terminei, Billiam me olhou com um olhar preocupado.

_Hum... Catlyn, eu sei que você gostava dela, eu também, mas... sonhar com ela não vai trazê-la de volta.

_Eu sei, mas... eu só quero me lembrar dela!

_Eu entendo, mas isso não é bom, só estou te avisando. Quando eu perdi meu melhor amigo, o Mat, lembra-se dele? - ele começou e parou para ver se eu me lembrava. Claro que eu lembrava. Os dois, Bill e Mat, viviam juntos na escola. Até que, ano retrasado, ele morreu misteriosamente. Muitas pessoas falam que um dos Pacificadores matou ele, pois falavam que às vezes ele roubava peixe de sei-lá-aonde; já outras falam que ele se afogou, mas a coisa é que nunca acharam o corpo dele. Billiam continuou. - Eu sonhava com ele todo dia. Uns dias depios, eu só pensava em dormir para sonhar com ele. Você fica meio paranóico para vê-lo novamente... - ele parou novamente, deu um longo suspiro e repetiu. - Mas você tem que saber que ela não vai voltar.

Olhei para ele, mas depois foquei-me em meu machucado, pensando.

Acho que ele tinha razão, não podia me prender a Bárbare. Mas eu não iria conseguir falar para meu subconsciente para de sonhar com ela, certo? E eu não queria esquecê-la...

BOOM! Um canhão me assusta. Quem será que morreu agora?


~


Preguiçosa, acorde! - Bill me chacoalhava, me fazendo levantar. Mas eu não queria levantar, pois havia sonhado com Bárbare de novo, e tinha que terminar esse sonho.

Fico de bruços, e um minuto depois, quando penso que Bill finalmente me deixou em paz, sinto uma coisa gelada molhando minha cabeça.

_EI! - grito e sacudo minha trança. - Pare de desperdiçar nossa água e me deixa dormir!

Cinco dias haviam se passado desde meu primeiro sonho com Bárbare. Desde então, só tenho sonhado com ela.

A Arena mudara mais uma vez, agora era uma floresta de samambaias, muito fechada e baixa. Quase não se dava para ver o sol, o que dava uma sensação sufocante, mas era um bom estilo de Arena. Conseguimos achar 5 maçãs no chão (e verificamos se estas não estavam envenenadas ou algo do tipo) e conseguimos um coiote, abatido por Bill. Restavam, agora, duas maçãs e meio coiote, mas nosso problema era a água.

Conseguimos achar uma fonte bem pequena, mas quando havíamos enchido a segunda garrafa, ela simplesmente sumiu. E desde então não achamos mais nenhum líquido.

Me levanto, pensando em Bárbare. Hoje, como já disse, sonhei com ela novamente. Mas dessa vez, Flinn também aparecera. Os dois estavam meio que morrendo, e pedindo para eu correr.

Como eu sentia falta de Bárbare. E de Flinn. Como queria os dois aqui do meu lado, como queria vê-los de novo... Pensei em dormir para sonhar, mas Billiam agora estava segurando novamente a garrafa, falando que iria me molhar.

_Tá, levantei! Que foi?

_Vamos embora.

_Pra onde?

_Pra longe daqui! Não percebei que nesses últimos quatro dias só 5 tributos morreram? O público pode estar entediado, você sabe como eles gostam de uma carnificina, e a Capital não deve estar gostando disso. Vamos procurar cabeças pra cortar, antes que a Capital faça isso.

Assenti, e comecei a andar, só pensando quando dormiria outra vez, e se sonharia com Bárbare...



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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando... comentem!