The Fourth Quarter Quell escrita por Izzy Figueiredo


Capítulo 1
O pior sonho




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/245696/chapter/1

Meu nome é Catlyn Grown, tenho 16 anos. Moro no Distrito 4. Geralmente tenho sonhos, sonhos estranhos. Alguns são bons, outros, a maioria, horríveis.

Acordo hoje gritando. Esse sonho foi um dos piores que já tive.

Eu estava em minha casa, quando meu melhor amigo, Flinn, chega. Ele é um ano mais velho que eu, e somos melhores amigos desde que nascemos (e ás vezes brigamos, mas nos adoramos). Minha mãe e a mãe dele eram grandes companheiras, e isso nos ajudou a ficar mais próximos.

Ele participou da 99ª edição dos Jogos Vorazes, e ganhara. Ele entrou em minha casa, chegou bem perto de mim, e foi quando eu percebi: ele estava todo cheio de sangue. Todo machucado, com vários cortes, e sangue em praticamente todas as partes de seu corpo.

Tentei perguntar à ele o que tinha acontecido, por que ele estava daquele jeito, mas nenhuma palavra saia de minha boca. E ele também não falava nada; simplesmente ficava parado, olhando bem no fundo de meus olhos.

Quando agarrei seus braços ensanguentados e estava tentando gritar com ele, para ver se ele pelo menos falava alguma coisa, uma menina de cabelos ruivos abre a porta bruscamente. Ela também estava bem machucada, e com uma lança ensanguentada nas mãos.

Foi aí que eu me toquei. Essa garota se chamava Olívia Vintis, e ela havia participado da 99ª edição dos Jogos Vorazes também. Ela era do Distrito 6. Na época dos Jogos, ela tinha 15 anos.

Quando eu estava assistindo os Jogos (praticamente não pregrava os olhos para ver tudo o que estava acontecendo com Flinn), toda vez que passavam essa garota, ela estava matando alguém. Não era uma Carreirista, isso não. Mas que parecia uma, com certeza. Acho que ela matou 6 ou 8 pessoas (o que é muita coisa nos Jogos). Matou 2 dos 5 Carreiristas, e sua arma era uma lança. Quando não havia mais ninguém na arena a não ser ela e Flinn; os dois lutaram por dois dias inteiros. Ambos eram muito, muito fortes.

Houve um momento, como nunca me esqueço, que Flinn deu um passo em falso e ela enfiou sua lança bem no estômago dele. Eu quase chorei quando ele caiu no chão. Porém, ele, como era forte, se levantou, pegou seu machado e quando ela estava distraída pensando que ele havia morrido, o jogou bem em seu pescoço. Foi uma das últimas cenas que vi, e depois ouvi o canhão. A garota estava morta; Flinn havia ganhado.

Enfim, Olívia entrou correndo em minha casa, chegou perto de Flinn e enfiou sua lança enorme em suas costas. A última coisa que me lembro era dele cospindo sangue em meu rosto, e depois caindo em meus braços.

Então, de repente, os "melhores momentos" da 99ª edição dos Jogos começou a passar em minha televisão. Parecia que as outras mortes não tinham tanta atenção a mim, mas quando passou Flinn sendo machucado ou lutando com Olívia, meu coração ficava apertado. Comecei a ficar sem ar, e aí acordei gritando.

Sei que não parece um sonho ruim, mas para mim, que quase vi a morte de uma das pessoas que sempre, não importa o que acontecia, ficava do meu lado, me apoiava e me ajudava, é muito ruim. Não foi o primeiro sonho que tive com essa menina e ele, mas esse com certeza foi o pior.

Não sei por que sempre odiei tanto a garota. Ela parecia ser legal, pelo menos na entrevista; mas quando ela participou dos Jogos, parecia que ela havia mudado. É como minha mãe um dia disse a mim: "Eles são só peças nos Jogos deles.", acho que era isso. Os Jogos, pelo que parecia, haviam mudadam-na. E ela tinha o poder de me deixar com raiva e, ao mesmo tempo, com muito medo.

Então levanto da cama, respiro fundo várias vezes, e fico pensando sobre Flinn, Olívia e os Jogos, até que tiro esses péssimos pensamentos da cabeça, troco de roupa e saio do quarto.

Hoje é sábado, então não tinha nada para fazer. Vou para a cozinha e preparo um pão com manteiga. Logo depois minha mãe chega.

_Bom dia filha.

_Oi mãe, tudo bem?

_Tudo, e você?

_Tudo...

Ficamos em silêncio por uns minutos. Amo minha mãe, mas nós não conversamos muito. Falo mais com meu pai. Termino de comer o pão e me despeço dela.

_Onde vai? - ela pergunta.

_Encontrar o Flinn. - respondo, pego minha mochila, abro a porta e saio de casa.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando... comentem!