POV ANNABETH

Desolados, andamos de cabeça baixa. Escalamos as pedras e subimos até o buraco que dava no laguinho que "não-molha-ninguém".

Sentados, olhando para o cujo, raiva é o que não faltava. Todos praguejando em grego. Menos eu. E Halley também. Bem... Por parte dela eu não sabia, pois a cara dela estava enterrada em um casaco.

Não estava brava. Não. De maneira nenhuma brava. Estava sentindo o sarcásmo correndo pelas minhas veias. Por que eu avisei: Kassandra é K, cuidado com a Kassandra, ela é perigosa. Mas ninguém acredita em mim! Estou com vontade de me levantar e rir da cara de todo mundo. Dizer que eu sabia, que eles são umas antas. Mas sei que ainda não é o momento certo. Bem, eu queria dizer agora, esfregar na cara de todo mundo, "Eu te avisei!". Mas estão todos com o humor baixo. Uma mísera tentativa e todo mundo explode. É uma missão tão impossível quanto andar de salto agulha em um campo minado. Posso ser uma filha de Atena, mas sei me cuidar. Andar de salto é minha especialidade. Forçada a aprender em um dia, em um baile com Percy que me forcei a andar. Consegui. As vezes uns tropeços. Então uma hidra resolveu dar o ar de sua graça. Tive que correr com aquele salto e um vestido de gala. A! Foi muito engraçado! Clarisse tentava correr com seu salto, mas caia a cada dois segundos! Depois da festa eu e Percy ficamos sentados em uma fonte, até que caimos á dentro e ficamos nos beijando.

Como eu sinto a falta de Percy. Estou cada dia mais deprimida, tentando esquecer uma possivel vida com ele. Eu me imaginava em uma rede, com Percy ao meu lado, em um sítio, observando nossos futuros filhos correrem por aí, brincando com uma bola, lançando pedras uns nos outros e essas coisas. Depois, passar de uma rede para uma cadeira de balanço. Noites em frente a lareira, papos sobre nada de tempo ilimitado. Netos e netos nos chamando de vovô e vovó.

A cada dia a esperança desse futuro sonho desaparece mais um pouquinho. Ele não gosta mais de mim, apesar de tentar.

O silêncio dominava agora, o local onde bravos chingamentos ecoavam. Percy me encarou e virou o rosto.

–Achei que a dona sarcástica nos irritaria nesse momento.

Entortei o nariz. Mas logo um sorriso se fez.

–Pensei em fazer isso. Você se lembrou de algo?

–Lembrei de você esfregando na cara de pessoas quando elas diziam que você estava errada e quebravam a cara.

Rimos. Os outros olham para nós e perguntam:

–O que está acontecendo?

–Percy se lembrou de algumas coisas.

–Que bom.

Eles logo se dispersaram e eu e Percy voltamos a conversar.

Dormimos.

Acordei e me deparei. Estava abraçada a Percy. Então me lembrei como foi.

FLASH ON

–A conversa está maravilhosa, Percy, mas tenho que dormir.

–Vai me deixar de papo pro ar?

–Já estamos papeando tem duas horas. Todos já dormiram. Eu também tenho sono.

–Claro, claro.

Deito no chão e me acomodo perto do tronco da árvore mais próxima. Percy deita perto de mim e me abraça.

–Hum... Percy, isso é meio constrangedor.

–Hã? O que?

Ele está muito ensonado. Conheço ele. Ele pode estar sem sono nenhum, mas deita e o sono pega ele como se tivessem socado a cara dele e ele desmaiado.

–Você está me abraçando.

Ele olha para mim, depois para seu braço.

–Desculpe.

–Não... Se não te encomodar...

–Tanto faz.

Ele passa o braço por cima de mim e dorme de novo, e assim, durmo na minha maior fonte de conforto e coragem.

FLASH OF

Tirei o braço dele de cima de mim e me sentei.

–Olha só os dois pombinhos.

Ane estava acordada, remexendo em uma pequena fogueira.

–Um dia já fomos.

Sentei-me perto dela.

Apenas o crepitar da fogueira fazia barulho. Estávamos caladas.

Um bocejo. Halley e Marina.

–Ah, oi meninas! - Halley cumprimentou alegremente.

–Bom dia garotas. Seria pedir demais se as arqueiras fossem até a floresta pegar algumas frutas?

As duas se animaram e pegaram os arcos e algumas flechas.

–Posso ir com vocês? - perguntei animada.

–Claro!

As duas sairam e eu fui junto. Percorremos uma trilha de terra no meio da floresta. As flores cheirosas brilharam por todos os lados. Pequenas nascentes com águas cristalinas. Elas avistaram uma laranjeira e se aproximaram, eu segui em direção a um laguinho.

–Garotas, vou tomar banho.

–Tá! - Marina gritou enquanto subia na árvore para pegar algumas das frutas.

Fui em um lago pequeno, mas grande o suficiente para cobrir meu corpo. Eu conseguia ouvir a vós das meninas de lá, mas não podia vê-las, nem elas a mim. Tirei a roupa e saltei na água.

Passei a mão por todo o meu corpo. Tinha areia pra todos os lados, e eu estava realmente incomodada.

Algumas vitórias-régias boiavam, isso também me ajudava. Enrolei no meu suposto banho, pois fiquei brincando na água. Brincava de criar pontes para formiguinhas com as flores que boiavam. Bem... Estava mais para uma balsa.

–Annabeth!

Soltei um grande berro. O que ele fazia ali?

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OBS DA AUTORA:

Gente, vou agradecer de novo pela atenção de vocês. Mas devo dizer que vocês pararam de deixar reviews! Tipo, vocês deixavam em todos os caps. praticamente e agora é só de vez em nunca. Fiquei tristinha... Mas vocês agora me deixaram com 5 recomendações!!! Valew! Bem, a fanfic tá acabando... Mas ainda vai rolar muita bola nesse jogo! Espero que continuem lendo e sejam meus leitores lindinhos!!! AH! Eu deletei minha história que chama "A irmã de Haymitch". Kisses and more kisses!