The Lost Godess escrita por elaineraissa


Capítulo 7
Capítulo 6 - A deusa das Estrelas


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo apressado que eu postei antes da hora ¬¬' Nem vai ter graça, vocês já sabem! Aff! Enfim, eu tava gerenciando as minhas histórias e The Lost Godess tem 11 (onze) leitores. E eu fico me perguntando o motivo de vocês não deixarem o review de vocês. Isso faz tão mal pro coração do autor aka eu! ~parei de drama~ Boa leitura.



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Os campistas ficaram olhando o Senhor D acabar com a sua Coca Diet em dois longos goles.

- Que foi pirralhos? Eu não tenho culpa se a lenda acaba na melhor parte.

Os campistas soltaram um enorme “aaaaaaaaaah” e começaram a sair das arquibancadas aos poucos; mas Elaine não conseguia se mexer.

Nathan e Matthew vieram até ela quando viram que ela não sairia de lá nem tão cedo. Todos os campistas já tinham deixado o local, inclusive Senhor D e Quíron – com a expressão de quem poderia matar Dionísio.

- O que foi Anne? – perguntou Matthew.

Ela não respondeu.

- Ah, seu nome é Elaine. E você é filha de Zeus – disse Nathan. – Por que não nos disse isso antes?

- Porque eu não lembrava – disse Elaine com lágrimas nos olhos.

Nathan não insistiu.

Eles ficaram lá, sentados, olhando as estrelas.

Estrelas – pensou Elaine.

- Qual a probabilidade de vocês estarem falando com a Deusa da lenda? – perguntou Anne torcendo para que os meninos não a achassem maluca.

Eles pareceram surpresos.

- Você acha que você é a Deusa das Estrelas? – perguntou Matthew sério pela primeira vez desde que Anne o conhecera.

Ela olhou para as estrelas acima deles.

- Ali Hércules – disse Elaine apontando para um conjunto de estrelas. – Ali Órion. Mais afrente a Ursa Menor. E ali…

- Qualquer um pode entender de astronomia – interrompeu Nathan.

Elaine suspirou.

- Vamos por partes – disse ela. – “Seu nome significava luz e seus olhos pareciam refletir a luz das estrelas”. Elaine é a forma antiga da forma Helena, como Helena de Troia. Significa luz.

Matthew parou e olhou para os olhos de Anne, como se para conferir se o brilho das estrelas estava mesmo lá – e é claro que estavam.

- Helena de Troia… a mortal mais bonita que já existiu. Faz sentido – disse Nathan olhando para as estrelas.

Elaine corou, mas continuou:

- “Essa Deusa cresceu, e roubou o coração de um Deus do Olimpo. Os dois estavam apaixonados, e tinham a eternidade pela frente”.

Os meninos olharam para ela automaticamente, como se perguntassem “você anda saindo com um Deus?”.

- Hermes – disse ela e sentiu suas bochechas muito quentes. Não seria legal falar sobre seu caso com o Deus Mensageiro com dois meninos sendo um filho do tal, mas como os dois fizeram cara de espanto; ela contou o sonho dela detalhadamente.

- Você é minha madrasta? – perguntou Matthew perplexo. – Isso explica o fato de Hermes não mandar mais semideuses pra cá por sei lá… quinze anos? Quantos anos você tem mesmo? Quinze? – e fechou a cara.

Nathan parecia tão chateado quanto Matthew, e Anne não quis perguntar por que.

- “Essa Deusa foi salva pela esposa de um dos Deuses que planejavam roubá-la; mas a sua segurança lhe custou sua memória”.

- Você está sem memória – disse Nathan.

Elaine assentiu.

- “A menina acordou sem memória e sozinha no deserto, sem saber quem era e o que estava fazendo ali”. Bem, foi o que aconteceu.

Ela suspirou, e eles ficaram em silêncio pelo que pareceu ser uma hora inteira. A cabeça dos meninos estava a mil por hora, tentando ligar as informações que eles receberam.

Elaine se lembrara de algumas coisas, mas não disse nada em voz alta. Lembrou-se de seu aniversário de dez anos, quando recebeu a bênção de Apolo por seu enorme interesse em arte e seu hobbie: a medicina.

Lembrou-se também de seu primeiro beijo, alguns anos atrás, que, é claro, fora com Hermes. E acima de tudo lembrou-se da enorme briga que teve com Ártemis, quando ela disse que o fato de Ártemis recrutar meninas para caçar ao seu lado e serem eternamente donzelas era ridículo, e que todas as meninas deveriam poder se apaixonar, se casar e terem uma família.

Ela verbalizou todas essas lembranças, inclusive a de seu primeiro beijo. Ela não podia ter vergonha das únicas pessoas que podiam ajuda-la.

Nathan era um ótimo ouvinte, mas Matthew andava de um lado para o outro impacientemente balançando a cabeça negativamente, como se o que estava ouvindo não passasse de um monte de mentiras.

Nathan parecia muito mais velho, mais sério. Seus olhos estavam vazios, e sua expressão não deixava claro qual era a sua opinião sobre o assunto.

- Pessoas quietas tem a mente tumultuada – disse Elaine.

Ele ergueu a cabeça.

- Como?

- Seu pai, Apolo, vive… vivia me dizendo isso. “Pessoas quietas tem a mente tumultuada”.

Nathan sorriu.

- Bem, essa frase serve bem pra mim.

Elaine levantou um pouco a mão direita na direção do céu, como se quisesse tocar as estrelas.

Por fim, Matthew suspirou e disse:

- Isso é ridículo.

Nathan e Anne o encararam.

- Você tem quinze anos, não pode simplesmente ter seduzido meu pai.

- Matt, se o problema é esse, eu sinto muito. Eu não sei como isso aconteceu, mas…

- Não precisa se justificar comigo sobre isso – disse ele de mau humor. – Você pode ser a namorada do meu pai. Mas eu só estou dizendo que é loucura pensar que aquela lenda se refere a você.

- É o que tudo indica – disse Nathan. – Matt, não vamos negar o óbvio.

- Tá, que seja. Mas mesmo que se refira a ela.

- Uma hipótese – sugeriu Anne.

- Sim, uma hipótese. A lenda diz que a deusa teria que encontrar seu caminho sem a ajuda dos deuses, acompanhada dos amigos.

- Seus únicos amigos somos nós – concluiu Nathan.

- Quem diria… os garotos que tentaram roubar Peg se tornaram meus únicos amigos.

Nathan sorriu.

- Dá um desconto! Era O Pégaso, você tem noção disso? Heróis tentam captura-lo desde… sempre, e você simplesmente topa com ele no meio do deserto? É muita sorte! – disse Matt esquecendo o mau humor.

- Ou talvez tenha sido um presente – disse Anne.

Matthew fechou a cara de novo.

- Eu ainda acho que essa história de Deusa é pura coincidência.

- Bem – disse Nathan. – Tem um jeito de descobrir.

Elaine olhou para ele suplicante.

- Que jeito?

Nathan pegou a adaga que estava presa ao cinto de Matthew e com um movimento muito rápido ele fez um corte no antebraço de Anne.

Ela gritou, e Matt pulou para trás.

No lugar onde deveria estar escorrendo sangue, um líquido dourado escorria.

- O icor imortal – murmurou Matt. – É impossível.

O corte começou a se fechar lentamente, e Anne esfregou o lugar onde ele deveria estar.

- Impressionante! – disse Nathan com o maior sorriso do mundo. – Salve Elaine, a Deusa das estrelas!

Um trovão cortou o céu, tão alto e claro que eles tiveram certeza: um sinal de Zeus.


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Notas finais do capítulo

E então? Meus onze leitores podem fazer o favor de me incentivarem com seu Review? KKK Gostaram?