The Lost Godess escrita por elaineraissa
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora para postar! Eu vou postar mais um hoje para compensar a demora!
Quando ela acordou, era tarde, e Peg sobrevoava em círculos um prédio. Assim que Anne despertou totalmente, o reconheceu: o Empire States.
Tudo bem que Anne estava sem memória; mas ela sabia que o Empire States não era um prédio residencial. Como ela poderia morar ali?
Talvez Peg não soubesse onde ela morava, afinal.
Mas então por que motivo ele atravessara o país inteiro, de ponta a ponta? Não seria atoa.
Ela desceu do Pégaso certificando-se de que não tinha ninguém perto para perceber aquele enorme cavalo alado branco de dois metros e meio de altura.
- Tudo bem Peg?
O Pégaso relinchou.
- Por que você me trouxe aqui, hein garoto?
Ela esperou qualquer indício de resposta, mas desistiu quando o Pégaso resolveu perseguir uma borboleta.
Anne encarou seus pés descalços, e tentou forçar a mente para se lembrar de alguma coisa, qualquer coisa que pudesse ajuda-la; mas tudo o que ela conseguiu foi uma tremenda dor de cabeça, que a fez ficar tonta.
Ela se sentou em um banquinho de madeira e pegou um sanduíche natural na mochila que ganhara de presente de Syrena, a menina misteriosa do deserto, e começou a mordiscar as pontas pensando.
Será que ela tinha alguém que estava procurando por ela? Uma família, amigos… alguém estaria se perguntando onde ela estava, e se ela estaria bem?
O tempo estava virando; a qualquer momento choveria, disso Anne tinha certeza. O problema era que ela não tinha para onde ir, não tinha onde se abrigar.
Ela se levantou e foi procurar o Pégaso, que tinha sumido de vista quando resolveu voar atrás da borboleta.
Ela o encontrou atrás do Empire States, e ele aparentemente estava com problemas. Dois meninos estavam cercando-o, com os olhos brilhando, prontos para agarrarem seu pescoço, e ele estava furioso.
- Cara, ninguém vai acreditar que estivemos com O Pégaso! – disse o primeiro, um menino com cabelos e olhos claros, e a aparência de uma criança hiperativa que poderia fazer qualquer tipo de loucura se não estivesse sendo vigiado por um adulto.
- Você tem certeza que é ele? – perguntou o segundo, um menino loiro, com olhos verdes e o físico de um jogador de futebol.
- Ei, deixem ele em paz, seus idiotas! – gritou Anne.
Os meninos levaram um susto e se afastaram. O Pégaso trotou até Anne e ficou ao seu lado bufando de desaprovação.
- Quem é você? – perguntou o menino hiperativo.
- Quem são vocês? – perguntou Anne.
- Eu sou Nathan – disse o menino loiro. – E esse é Matthew, meu amigo.
- E o que vocês pensam que estão fazendo? – perguntou Anne com a voz mais ameaçadora que conseguiu.
- Ele – disse o menino apontando para o Pégaso – é seu?
- Não. Mas também não é de vocês.
O menino loiro olhou confuso para o Pégaso e depois para Anne, e fixou os olhos nela.
- Quem é você?
Anne bufou.
- Sou Anne.
- Esse é seu nome? – indagou Matthew.
Anne hesitou. Syrena dissera que era um apelido. Ela não sabia qual era o seu nome verdadeiro, mas não podia deixar transparecer àqueles estranhos que ela não sabia quem era.
- Sim, é meu nome.
- E você sabe que esse cavalo… é O Pégaso, não sabe?
- Sei.
- Você é uma meio-sangue?
- Eu sou o quê?
- Não é possível, ela parece ter bem mais que treze anos, já era para ter sido reclamada; e o que ela está fazendo fora do acampamento com o Pégaso? – perguntou Nathan a Matt.
- Não sei cara, mas é melhor a gente levar ela para o acampamento.
- Verdade, Quíron vai saber o que fazer.
- Ei, eu ainda estou aqui – disse Anne irritada.
- Então ér… Anne. Nós temos que levar você e o Pégaso.
- Vão ter que me levar? Pra onde?
- Para o acampamento – disse Matt.
Anne não reparara antes, mas os dois garotos usavam blusas iguais: laranjas, com o desenho de um centauro e os dizeres “Acampamento Meio-Sangue”.
- Deixa eu ver se eu entendi. Vocês dois querem levar a mim e ao Peg para um acampamento?
- Hm… acho que foi isso que eu disse – respondeu Matt.
Anne pensou naquilo por alguns minutos. Se aqueles dois estivessem falando sério em ajuda-la, talvez ela conseguisse se lembrar quem era; mas e se eles estivessem mentindo?...
- Eu vou.
- Ótimo. Cara, você tem um dracma? – perguntou Nathan.
- Acho que tenho algum.
- Mas cara, o sol já se pôs, como a gente vai fazer um arco-íris?
Anne pigarreou e os dois olharam.
- Do que é que vocês estão falando?
- Nós precisamos avisar que estamos chegando – explicou Nathan.
- Vocês não poderiam telefonar para esse tal acampamento?
- Não, nós não podemos…
- Sim, poderíamos – interrompeu Matt.
Nathan o encarou.
- Qual é cara! O Fred tem um celular.
- Se Quíron ficar sabendo…
- Hei! Não confia em mim?
Nathan hesitou, mas assentiu.
- Você tem um celular? – perguntou Matt.
- Não – respondeu Anne impaciente.
- Então me esperem aqui – disse ele, e saiu correndo.
Nathan olhava de Anne para o Pégaso, do Pégaso para Anne.
- Que foi? – perguntou ela.
- Que?... Ah, nada, é que é muito estranho encontrarmos um meio-sangue assim, do nada. Geralmente são os sátiros quem fazem isso sabe, procuram. E você parece ter mais de treze anos…
- Tenho quinze – disse Anne, mesmo sem saber como ela sabia disso.
- Enfim. Os Deuses tem que reclamar seus filhos aos treze anos.
- Os Deuses tem que reclamar de mim? Mas eu não fiz nada errado!
Nathan riu.
- Não. Reclamar, significa reconhecer. Eles tem que reconhecer você como filha, entendeu?
- De que deuses estamos falando?
- Os gregos – disse Nathan.
Aquela informação fez a cabeça de Anne latejar. Por algum motivo, ela não ficou surpresa ao saber que poderia ser filha de um deus grego; mas aquilo fazia sua mente se revirar, procurando memórias que não estavam ali.
- Hum – respondeu Anne.
- Você não está surpresa? – perguntou ele com uma sobrancelha levantada.
- Realmente? Não. Quando eu acordei hoje…
Ela se interrompeu. Ela não podia sair espalhando por aí que não sabia quem era, nem que tinha acordado sozinha no meio do deserto.
- Quando você acordou hoje?... – insistiu Nathan.
Anne foi salva por Matthew, que chegou correndo ofegante.
- Conseguiu falar com ele?
- Consegui. Ele está enviando dois Pégasos.
Anne deu o restante das maçãs para Peg enquanto eles esperavam, e Nathan e Matthew ficaram conversando lá atrás.
Anne poderia estar sem memória, mas não estava surda; e ela entendeu perfeitamente quando Nathan disse para Matthew:
- Como ela é linda…
Ela se permitiu um risinho silencioso, e entregou a última maçã para Peg, que relinchou como agradecimento.
Quando ela se virou, se deparou com um outro Pégaso, menor, porém tão bonito quanto Peg.
- Nós temos um problema – disse Matthew.
- Fred só nos enviou um Pégaso – continuou Nathan.
- E eu não vou dividir um Pégaso com ele – completou Matthew.
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Ficou bom? Mereço reviews? Bem, espero que tenham gostado!