Afterlife escrita por Ana Sabaku no Gaara


Capítulo 12
Nevoeiro.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii gentemmmm, não demorei tanto assim não neh?!! Mas então estou felixxxD, pelas reviews, e mais ainda pela linda recomendação da linda da Zombie Unicorn, espero vê-la por aqui moça e esse capitulo é dedicado a vc, todo seu!!! AIIIIIIIII gentem obrigadoo mesmo, Zombie Unicorn valeu mesmo!
Estou postando e tah perfect pq minha beta betou, então qualquer erro pode ser pq eu add mais uma coisinha q escrevi. Ahh Stone ou minha linda peguete que amo Naara, bigada minha vagaba! Te amo mesmo! Irmã de coração!
Então, postando um dos meus capítulos favoritos!
Obrigada pessoal, até o proximo O/
>>>>>>>>>>>>>>>>>>bjinnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn



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Acordei sentindo minhas costas doendo. Eu teria que repensar sobre esse sofá ser confortável. Tive alguns sonhos estranhos com o Jimmy e passei horas acordada na madrugada.

Por fim, eu não era a única a acordar com olheiras terríveis e humor ruim. Paris, que estava de ressaca, parecia o demônio em pessoa e por sorte ou não, Lizz se manteve calada e distante. Tentei falar com ela sobre o que havia acontecido, mas ela simplesmente me ignorava e tendo Paris do lado, não me ajudava em nada em tentar começar o assunto.

Estávamos os quatro, sim Peter também estava conosco, tomando café da manhã em uma cafeteria/restaurante do próprio hotel. Ninguém parecia disposto a falar, até Paris lembrar de que eu deveria ter saído com uma camisa de mangas compridas ou um moletom.

– Que marca é essa no seu braço, Louise?

No mesmo momento minha mão esquerda tentou esconder, em vão, a marca dos cinco dedos no meu braço direito.

– Que porra é essa? – disse Peter, sentando na minha frente e pegando meu braço, que eu tratei de puxar de volta. – Alguém te machucou ontem?

Olhei suplicante para Lizz, pedindo silenciosamente para que ela me livrasse daquela bronca.

– Ai, gente! Deixem a Louise em paz. – falou Lizz indiferente.

Todos ficaram calados depois disso e eu pude perceber que Peter me olhava a cada minuto, algo que resolvi ignorar.

– Então, você vem comigo? – ele perguntou, assim que todos já havíamos acabado de comer.

Paris se dirigia ao quarto por causa da ressaca, acompanhada de uma Lizz calada.

– Aonde?

Ele revirou os olhos e com o mesmo tom rude de sempre, respondeu:

– Visitar o Jimmy.

Meu coração deu um pequeno salto dentro do peito. Depois de ontem eu não sabia se deveria ter esperanças ou algo do tipo. Não sabia nem mesmo se Jimmy iria voltar.

Resolvi que precisava encerrar esse ciclo da minha vida, e se pra isso eu precisasse ir até ele de alguma forma, eu o faria.

Peter dirigia silenciosamente e a música que tocava não me animou nenhum pouco no que eu queria fazer. E pensar que minha vida era tão certa e planejada.

Agora aqui estou eu, por uma escolha estúpida e impensada, indo a um cemitério visitar o túmulo de um desconhecido, porque é isso que o Jimmy é para mim. Um desconhecido.

– Chegamos. – senti meu coração saltar novamente dentro do peito ao ouvir a voz de Peter me trazendo de volta para a realidade.

Era isso que eu deveria colocar na minha cabeça.

Quando se tem cinco anos de idade, ver coisas ou ter amigos imaginários parece normal. Eu não lembrava dessa fase da minha vida, mas minha mãe fazia questão de me lembrar disso. Nem mesmo para as minhas duas melhores amigas eu havia contado sobre esse fato.

Mas e quando se tem 17 anos?

Com toda certeza contar isso a alguém seria uma burrice, seria quase como se eu quisesse que me chamassem de louca.

Olhei vários túmulos e cada uma das tumbas, ainda inerte em meus pensamentos. Nem mesmo o calor de H.B. me parecia reconfortante naquele momento.

Peter andava mais a frente com um pequeno objeto em suas mãos, que antes eu não havia percebido e que no momento eu não reconhecia o que era.

Aquele lugar era sombrio, como um cemitério deve ser, mas procurei me manter calma, afinal ainda era dia.

Eu olhava para cada um dos túmulos com medo de que a qualquer momento algum espírito aparecesse na minha frente e me denunciasse, afinal, se eu via James Sullivan, poderia ver outros também, não é?

Acabei batendo com o rosto em algo sólido e caindo de bunda no chão, o que não foi nada confortável. Com toda certeza não era uma boa idéia Peter parar de andar assim do nada.

Avistei aqueles pés brancos e um pouco sujos. Meu olhar subiu naquele ser com calças escuras. Logo seu peito claro e cheio de tatuagens me fez recordar de quem era ali na minha frente.

Sua pele alva e seus olhos azuis extremamente profundos e claros devido à luz do Sol, me fizeram temer pela minha vida naquele momento. Sua expressão nada reconfortante parecia me analisar, e novamente aquele olhar de pura superioridade se transformou por alguns segundos em tristeza.

Por que parecia difícil pra ele demonstrar seus sentimentos? Sempre usando uma máscara...

“– Quem disse que eu uso máscaras?” – falou com desdém. “– Eu não finjo como você!”

Suas palavras me atingiram em cheio e eu senti uma estranha vontade de chorar e gritar com ele.

Sua expressão mudou novamente e ele estendeu a mão para me ajudar. Acabei aceitando sua ajuda e um choque percorreu todo o meu corpo através do toque de nossas mãos. E novamente notei seu toque me queimar.

Com certa brutalidade ele me soltou, me fazendo cair de novo no chão. Parecia, assim como eu, assustado com aquela reação. Era como se corrente elétrica passasse pelo meu corpo e me conectasse a ele de uma forma inexplicável.

“– Vai realmente desistir?” – ele perguntou me despertando de meus pensamentos.

– Você quer desistir? – perguntei ao me levantar.

Ele me olhou balançando a cabeça em negação.

– Eu também não quero.

Ele sorriu de lado e eu não pude deixar de sorrir junto.

“– Eu sinto muito pelo o que eu disse a você.”

Pude ver o quanto ele parecia arrependido do que havia feito noite passada, da forma que havia falado comigo. Assenti e sorri junto.

– Jimmy... Você sabe onde estou indo agora? – perguntei, lembrando que Peter deveria estar me procurando.

Jimmy apenas assentiu.

– Eu tenho que ir... Mas me prometa uma coisa. – mais uma vez ele assentiu. – Não use mais a Lizz da forma que você usou.

“– Tudo bem... eu não farei mais criança.”

Ele sorriu abertamente e eu senti uma vontade louca de abraçá-lo. E como se ele lesse minha mente, coisa que ele realmente faz, seus longos braços me apertaram sem eu nem ao menos esperar e novamente novas correntes de energia passaram pelo meu corpo. Correntes essas que me traziam a paz e guerra ao mesmo tempo, amor e ódio, mas mesmo assim, era como se esses mesmos braços me protegessem. E o perfume amadeirado misturado com tabaco me deixava ainda mais inerte do mundo real.

Minhas mãos aos poucos foram circulando sua cintura e nas pontas dos meus dedos as correntes me atingiam ainda mais forte. Meu rosto tocava seu peito nu e eu sentia minhas bochechas esquentarem cada vez mais, meus olhos se fecharam quase como se o sono me atingisse. E no mesmo momento eu senti meu corpo adormecer e um sorriso doce se formar em meus lábios. Era como se sentir viva e morta, como voar e ao mesmo tempo nadar.

Eu podia ouvir vozes me chamando, mas mesmo assim eu não queria acordar, eu não queria parar de me sentir assim.

“– Loui... Acorda! Droga! O que eu fiz?”

E como a noite atinge o dia, tudo se apagou. Assim como as doces correntes de choque que me levaram para a escuridão.

X.X

Abri os olhos e senti um desconforto, causado pela claridade. Não só a luz do teto branco me irritava, mas a sala toda parecia gritar em meio à claridade. Sentia meu corpo inteiro doer. Com certa dificuldade, me sentei na cama nada confortável e adivinhem? Branca também.

– Eu morri... – foi à única coisa sólida e idiota que saiu da minha boca.

– Ainda não. – pulei sobre o colchão ao ver um rapaz moreno sentado em uma cadeira ao lado esquerdo da cama.

– Peter...

– O próprio. – ele respondeu ainda sério.

– O que aconteceu?

– Digamos que você teve uma pequena queda de pressão por causa do calor... – ele disse tocando sua mão na minha. – E combinando isso com uma péssima alimentação, você desmaiou no meio do cemitério.

– Me desculpe... – abaixei a cabeça, sentindo meu rosto queimar com seu contato e pela forma que ele me fitava.

Meu coração pulou ao sentir seus dedos segurarem meu queixo, puxando meu rosto para encará-lo.

– Não faça mais isso, esta bem? Eu fiquei como um louco atrás de você...

– Me desculpe por atrapalhar sua visita ao...

– Cale a boca, Louise! Eu quase morri de preocupação... Podemos visitar o cemitério outro dia, mas não faça mais isso! Por favor...

Eu podia ver a preocupação em seus olhos.

Peter se aproximou do meu rosto e eu podia jurar que ele conseguia ouvir meu coração batendo fortemente. Seria possível que Peter iria me beijar?

Um pequeno quadro pendurado na parede caiu no chão e se espatifou, nos assustando. Peter me olhou sorrindo sem graça e se levantou.

Franzi o cenho ao notar alguma coisa a mais naquele quarto. Não sei por que, mas eu tinha certeza de que aquele quadro não caiu sozinho.

Não demorou para que Paris e Lizz entrassem no quarto totalmente preocupadas, ainda mais Paris, que como sempre era a mais escandalosa, arrancando risadas minha e de Peter, enquanto ela e Lizz começavam uma nova Guerra Mundial.

Eu mereço duas amigas assim!

Sorri e meus olhos se encontraram com os de Peter. Uma nova sensação me atingiu em cheio. Eu sabia que a partir daquele momento, Peter Miles não me odiava e que poderíamos, sim, ser amigos. Ou quem sabe um dia, um pouco mais que isso.

X.X

Essa sensação não era boa. E mesmo que algo gritasse dentro de mim para desistir de usá-la dessa forma, eu simplesmente era sugado para perto dela.

Eu me sentia vivo ao lado dela e o choque que me atingia ao toca-lá, era algo surreal até mesmo para mim.

Senti-me péssimo pelo que fiz. Por usar Lizz apenas para conseguir o que mais queria. Sem nem ao menos me importar com as consequências. Pensei em sumir, afinal minhas energias estavam fracas, mas mesmo assim arrisquei visita-la naquela madrugada. Fiquei apenas a observando sonhar e às vezes me chamar. Talvez ela pensasse em mim como que pensava nela.

Resolvi que precisava decidir naquele momento se valia apena continuar.

E agora, depois de senti-la em meus braços. De realmente sentir que ela queria me ajudar e sentir aquelas sensações estranhas, mas extremamente reconfortantes, me ajudou a pensar, isso até vê-la desmaiar em meus braços.

Eu não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que não poderia mais toca-la, mesmo no fundo eu querendo mais que tudo senti-la perto de novo.

E vê-la ali, ao lado daquele pirralho, pareceu me atingir de uma forma estranha. Eu me sentia vivo com todo esse turbilhão de sentimentos que ela me causava. Eu sabia que no momento em que ela me ouviu e me viu, eu poderia usá-la como uma ferramenta para terminar as coisas que deixei na minha vida.

– James... Quantas vezes eu tenho que dizer que o que você faz não é certo?

Fitei aquele ser na minha frente. Um homem baixo, da altura de Johnny. Ou seja, um gnomo. Cabelos loiros e olhos em um tom violeta, estranho. Era bem branco e sempre vestia uma roupa branca que parecia um vestido, se não fosse pela calça que aparecia no final do tecido da blusa.

– E quantas vezes eu vou te pedir para me chamar de Jimmy? – respondi sem ânimo.

Acho que havia exagerado dessa vez ao tocar em Loui, sentia cada parte do meu corpo ou espírito, doer. Sei que já havia tocado nela antes, que havia sentindo aqueles choques antes, mas hoje parecia tão diferente, tão mais forte, parecíamos tão ligados um no outro que nem havia notado que consumia sua energia toda.

– Se eu te chamar de Jimmy, você vai desistir de fazer as coisas da forma errada? – perguntou sentando-se ao meu lado no banco.

– Não... – respondi sem expressão alguma.

– Ok, James.

Revirei os olhos e lembrei da vez que o conheci.

Eu tinha uma escolha e dentro de mim eu sabia que tinha deixado algo inacabado em vida, por isso desisti da opção que aquele mentor espiritual ou anjo, seja lá como ele se auto-intitule, me mostrou. Ele me deu a opção de seguir em frente e viver uma vida espiritual, ou simplesmente permanecer com minha a idéia inicial de tentar resolver o que tinha que ser resolvido. Para ele, a escolha não era certa. Pra mim, era a única escolha sensata.

– Ariel... – eu sempre achei esse nome estranho, mas já que era o nome dele, eu não podia fazer nada.

– Sim. – odiava o jeito prepotente dele de falar, como se nada o atingisse, como se fosse perfeito.

Um sorriso se formou em seus lábios e aquilo me irritou profundamente.

– O que eu faço? – perguntei irritado.

– Você sabe o que fazer, apenas tem que escolher...

Não diga.

Revirei os olhos e bufei irritado. Quando resolvi que poderia contar com Louise Dawson, tinha plena certeza do que fazer. Apenas persuadi-la e o resto aconteceria naturalmente.

– Ela tem um dom, James. – respondeu o anjo ao meu lado. – Ela tem algo que para alguns é uma maldição e para outros uma dádiva que muitos ignoram. Todos nós temos esse dom... Mas nem todos sabem usar.

– Isso é bobagem. – eu podia sentir a raiva querendo me dominar.

– Esse é o preço a se pagar meu amigo.

– Sabe, eu não entendo uma coisa... Por que a Loui? Por que eu consigo ler seus pensamentos e os das outras pessoas não? Por que eu me sinto tão ligado a ela? – me sentia confuso e isso me deixava ainda mais irritado e cansado. – Quando entrei no corpo da amiga dela, a Lizz... Eu não senti absolutamente nada, mas quando... Quando eu abracei a Louise... Foi tão estranho!

– Estranho bom? – ele perguntou parecendo divertido com tudo o que me acontecia.

– Quem é você de verdade? Algum demônio?

– Sem brincadeiras James. – sorri, sabendo que o havia atingido. – Agora o deixarei sozinho com seus pecados.

– O que? Não vai me ajudar? – perguntei o vendo se levantar.

– James... – ele pegou no meu ombro e me olhou de uma forma reconfortante. – Você é o único que pode si ajudar.

Logo me senti envolto por aquele mesmo nevoeiro que me cercava quando estava cansado. O mesmo nevoeiro que às vezes me trazia bons sonhos ou pesadelos intermináveis.


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Notas finais do capítulo

e ai? ficou bom? ruim? mereço reviews? beijo dos meninos? abraços? carinhos? hahahhaa
então obrigada de novo e espero que apareçam mais fantasminhas, afinal se o Jimmy aparece pra Louise, vcs podem aparecer aqui, neh!?!!!
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