Não É O Que Parece!!! escrita por Srta Watermelon, AlySnow


Capítulo 3
Capítulo Especial - Quer Namorar Comigo? - Parte 01 -


Notas iniciais do capítulo

Pedidos de perdão, explicações e avisos nas notas finais. Obrigada².



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• Yue Lain, sério, você arrasa (lacrou). Esse especial é dedicado a você (por ter dado a ideia e pelo comentário gigante). E obrigado a todo mundo pela paciência (pelo menos dessa vez não demorou dois anos), sintam-se beijados, vaquinhas leiteiras. •

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Capítulo Especial – Quer Namorar Comigo?

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– Sasuke-kun...

– Hm?

Tirou os olhos do filme para olhar aquela criaturinha rosada com uma touca do jigglypuff. Oh, ela se parecia com o jigglypuff. Principalmente quando fazia bico e suas bochechas inflavam. Coisa que deixava o rosto dela parecendo uma bolinha fofa com grandes e brilhantes olhos verdes.

– Você se lembra do dia que a gente começou a namorar?

Sasuke fechou a cara.

Aquele dia tinha sido uma tragédia, um completo desastre. Ele tinha feito tudo certo, estava tudo direitinho mesmo ele estando tão nervoso. Só se acalmou depois de ensaiar o que ia dizer várias vezes em frente ao espelho e chegar à conclusão de que era patético. Mas... ora, como ele saberia como “namorar” uma garota se nunca tinha feito isso antes. Além disso, não era qualquer garota, era Sakura.

Com um pai psicopata, uma mãe ninfomaníaca, um irmão implicante (que estava estudando em outro país, amém) e um primo com transtornos mentais muito sérios que poderia ajuda-lo, cruzar os braços e não fazer nada, ou transformar sua vida num inferno. Gaara mudava de lado dependendo do humor. E tão imprevisível quanto o que Gaara faria, era o que Sakura diria.

Quem imaginaria que aquela menina tão doce, inocente e virginal conseguia ter uma mente tão perversa e impiedosa. Ela simplesmente estragou todo o seu planejamento, pisou e cuspiu em seus esforços. Todas as palavras ensaiadas que ele, mesmo nervoso, ainda tinha tentado dizer – apesar do seu plano “fazer o melhor pedido de namoro que esse mundo já viu” ter falhado miseravelmente –, foram interrompidas pela frase que Sakura impiedosamente e simplesmente tinha lhe jogado na cara.

Se ele se lembrava? Como poderia esquecer o dia em que seu orgulho masculino fora massacrado com uma única frase dita por aquele serzinho rosado e irritante?

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Dois Anos e Meio Atrás

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Sasuke nunca tinha se imaginado em uma situação como aquela. Sentado em frente à Gaara e Naruto e prestes a pedir um favor – favor sim, um Uchiha não pede ajuda, seria simplesmente mais fácil se eles lhe fizessem o favor – que provavelmente faria Naruto rir de sua cara e levaria Gaara a tentar assassina-lo de um jeito cruel e espalhar os pedaços de seu corpo em três países distantes.

De um jeito estranho ver Gaara o encarando e Naruto mastigando alguma coisa nojenta de boca aberta estava tirando sua coragem. Era frustrante olhar para aqueles dois esquisitos e pensar que eles poderiam lhe dar uma surra caso fizesse – ou falasse – alguma besteira.

– E então? Você chamou a gente com “urgência” só para ficar olhando para a nossa cara? – Gaara perguntou irritado, por algum motivo estranho ele estava girando algo brilhante e pontiagudo entre os dedos.

–... Isso é um canivete? Porque você tem um canivete? Como entrou com um canivete na escola?

Tudo bem, naquele momento Sasuke perdeu o restinho de coragem que ainda tinha. Gaara já era um perigo de mãos vazias, armado com um canivete então.

– Oe Gaara, esconde esse negócio logo, antes que algum daqueles monitores fofoqueiros conte ao diretor que você trouxe um canivete e ele resolva colocar uma revista policial na entrada da escola de novo... e por sua culpa, de novo.

Oh sim, uma história infeliz – e muito errada, crianças não façam isso em casa –, mas engraçada, de um jeito ou de outro.

– Teme... você tá rindo da minha cara? É claro que tá rindo, não foi você que quase teve o braço de uma policial maluca enfiado no rabo.

O moreno não conseguiu segurar, teve uma crise de riso. Juntando o nervosismo e a lembrança da policial esquisita “revistando” Naruto, ele teve uma crise de riso tão demorada que quase morreu sem ar.

Quando finalmente conseguiu parar de rir percebeu que estava agindo estranho demais. Percebeu isso porque até Naruto estava olhando para ele como se fosse uma aberração. Naruto.

– Tá legal, o que você fez que vai me irritar como poucas coisas no mundo conseguiriam?

Gaara estreitou os olhos, todo desconfiado.

“Ninguém pode saber com tanta facilidade o motivo de um comportamento estranho, a não ser que seja um demônio como o Gaara, que é ótimo em fazer coisas que os outros detestam na pior hora possível”. – Temari No Sabaku. (A mais bela e verdadeira frase que Sasuke já tinha ouvido).

O Uchiha se lembrava perfeitamente de ter rido, pensando que Temari estava só brincando. Oh, pobre criança iludida.

– Tudo bem, eu vou dizer de uma vez. – fez uma pausa para respirar fundo e virou para Gaara – Há algumas semanas atrás eu estava encostado numa parede esperando você, a Temari e a Sakura terminarem a prova para a gente ir para casa, então a Sakura apareceu e disse “Hei!” e eu disse “Hei!” apesar de não ter entendido porque ela me cumprimentou daquele jeito ou porque eu tinha respondido do mesmo jeito, então ela disse “Um cara pediu para me beijar hoje, mas eu nunca beijei então não sei o que dizer. Você pode me ajudar, não é? Porque você é o Sasuke-kun. O que eu digo para ele?” e eu fiquei tipo “Não faça isso, você tem que aprender primeiro” mesmo que eu também não soubesse, eu só não queria que ela aprendesse com... o outro cara, seja ele quem for. Enfim, ela disse “Então me ensina” e eu olhei para ela calado por uns dois segundos ou talvez mais. Não tenho certeza se contei direito porque meu coração estava batendo tão alto que parecia estar dentro da minha cabeça, só sei que foi tempo suficiente para ela se cansar de esperar, agarrar a gola da minha camisa e me beijar. E é isso que eu venho fazendo nas últimas semanas, por isso parei de sair tanto com vocês, o Neji e o Shikamaru, porque eu saio com a Sakura, em encontros esquisitos e desastrosos onde eu sempre acabo passando por algum tipo de dor ou vergonha. E eu quero que vocês façam o favor de me ajudar a tornar essa dor e vergonha oficial com um pedido de namoro, porque eu não sei o que deu na minha cabeça para pensar "ah meu Deus, quero sentir essa vergonha para sempre, quero ver ela numa sorveteria se lambuzando como uma criança e ouvir as pessoas rindo baixinho enquanto eu banco o pai dando bronca e limpando o rosto dela com um lenço, que a propósito eu já me acostumei a carregar no bolso porque a Sakura sempre dá um jeito de se melar de alguma coisa", mas é assim que eu penso e... Quero que ela... – torceu a boca sem saber como dizer, ele não era muito bom em expressar sentimentos verbalmente –... Me envergonhe... oficialmente.

Os dois o olhavam incrédulos, eles nunca tinham ouvido Sasuke falar tanto de uma vez só. Já esse, parecia um tomate de tão vermelho.

– Cara, quem disse que Sasuke Uchiha não é bom com as palavras? Me envergonhe oficialmente? Sério, cabeção?

Gaara parecia irritado, mas só isso, irritado. Não parecia gostar da ideia, o que era ruim, mas também não parecia prestes a enfiar o canivete nas bolas dele, o que era bom. Na verdade, ele parecia quase se divertir com sua vergonha, seu nervosismo e seu medo.

Naruto parecia só sério, o que já era bem assustador.

– Você não vai bater em mim?

Sasuke perguntou desconfiado.

– Ah, me deixa ver. – ele levantou o dedo indicador e começou a enumerar – Número um, você tá pegando minha prima. Número dois, você fez isso pelas minhas costas. Número três, você é cara de pau o suficiente para ainda me pedir ajuda para pedir ela em namoro. – Sasuke achou que não seria uma boa hora para dizer que era um favor e não ajuda – Número quatro... Bem, eu não pensei no que são os outros números ainda, mas eles existem... E não estranhe minha reação, nunca ouvir falar que a vingança é um prato que se come frio? Você, meu amigo, vai ser devorado quando menos esperar... Esse foi um crime muito grave, por isso, o castigo merece um bom planejamento.

Sasuke engoliu em seco quando viu a cara de Gaara que dizia claramente “você sofrerá as consequências por desonrar a minha família”.

... E Naruto continuava o olhando com a cara mais séria que Sasuke já tinha visto.

– Teme... – levantou bruscamente e bateu na mesa com tanta força que assustou os outros dois – Mandamento número 01: Não fornicarás com a minha menininha, ela é a mascote do grupo, Sasuke. Fornique com ela e o grupo se voltará contra você.

Depois de dizer aquilo com tanta seriedade e fúria, Sasuke imaginou que Naruto lhe daria um belo murro na cara e, sinceramente, ele meio que ficou com medo da cara que ele estava fazendo – não que ele fosse confessar isso para ninguém, jamais.

Então, o Uzumaki não aguentou mais e começou a gargalhar tão desesperadamente que parecia uma hiena parindo, apontando para ele murmurando palavras entre gargalhadas que pareciam com “você devia ver... sua cara...” e “virar... a... cadelinha... da... Sakura-chan”. Gaara detestava aquela risada, ele conseguia ser mais escandaloso que Ino quando ficava “sem roupas” e não podia ia ao shopping.

Foi por isso, e só por isso, que ele bateu com um livro – bem grande e pesado – nas “partes sensíveis” de Naruto.

– AH! Meu precioso... – o loiro gemeu quase sem fôlego.

Sasuke apenas assistiu aquilo de olhos arregalados, por um lado aliviado por Naruto não estar falando sério com aquele mandamento, por outro estava puto da vida pelo amigo estar fazendo piada dele e dizendo que ele ia virar a cadela de Sakura, e por outro lado – quantos lados uma pessoa pode ter? – suas pernas estavam tremendo, por que... porra... Gaara poderia ter jogado aquela coisa gigante nas suas “partes sensíveis” sem a menor hesitação ou arrependimento.

Um homem não pode acertar as partes do outro porque sabe o quanto dói, é o código dos homens.

Gaara tinha a capacidade de quebrar o código com extrema facilidade porque sua alma era cruel, escura e do mal. Isso fazia dele uma exceção à regra.

– Voltando ao assunto, se eu entendi bem essa sua idiotice de “me envergonhar oficialmente”, você quer nossa ajuda para pedir a Sakura em namoro. – Sasuke achou que aquela também não seria uma boa hora para dizer que era um favor e não ajuda, afinal, ele tinha um canivete e nenhum escrúpulo – E isso não vai levar menos de um mês.

– Um mês? Um mês para bolar um pedido de namoro legal? – Sasuke franziu o cenho.

Ora, era um pedido de namoro e não uma produção cinematográfica.

Gaara bateu na mesa do mesmo jeito que Naruto tinha batido, a diferença era que ele estava ainda mais assustador que o loiro, porque estava puto.

– Um mês para bolar um pedido de namoro PERFEITO. Mas é claro que você já pretendia fazer isso, não é? A minha priminha merece o pedido perfeito e você vai dar a ela, não vai?

– S-sim.

– Ótimo, porque isso é o mínimo que você pode fazer por desonrar minha família tão descaradamente e... secretamente.

Naruto, que estava estranhamente calado, sorriu maliciosamente.

– Além de demorar um mês, isso não vai sair de graça. Você vai pagar todas as coisas que precisarmos para o pedido de namoro e quero que faça meu dever de casa e meus trabalhos por, digamos assim... um mês.

O Uchiha encarou o amigo com a boca aberta, estava apavorado e, aparentemente, profundamente arrependido. Parecia até que estava cara a cara com a morte.

– Oh, você não precisa fazer os meus deveres Sasuke, mas eu não vou desprezar a ideia de jogar para cima de você os meus futuros trabalhos, principalmente se for algum artigo histórico chato. – o ruivo tinha que dar uma piorada na situação, qual é? Ele era Gaara No Sabaku e para Gaara No Sabaku desgraça pouca é bobagem...

... Principalmente se é a desgraça do cara que está desonrando sua família.

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15 Dias Depois...

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– É o pedido perfeito. Tem um monte de coisa que a Sakura gosta. – Gaara.

– É quase uma festa, não faz sentido. – Sasuke.

– Desde que a Sakura goste, não precisa fazer sentido... Ela não faz muito sentido mesmo. – Gaara.

...

Horas Depois...

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Gaara estava no escritório do tio – pai de Sakura –, todo reclinado na cadeira de couro, com uma mão digitando freneticamente no notebook e a outra segurando o celular contra o ouvido.

Sasuke estava encolhido num sofá no canto da sala apenas ouvindo apavorado o que Gaara dizia enquanto viu seu dinheiro escapar de suas mãos como se fosse areia, não que alguém se importasse.

– Sim, eu queria reservar para daqui a... Uns quinze dias, um castelo inflável... – ele parou para ouvir o que a pessoa do outro lado falava – Não, o pequeno e o médio não vão servir, tem que ser o grande. Sabe aquele gigante, com torres, escorregador e um monte de bolinhas coloridas... – pausa – Perfeito, é possível especificar a cor das bolinhas também?... – pausa² – Ótimo, as cores são: rosa, branco, verde e vermelho. Agora vamos falar do carrinho de algodão-doce...

– Não, Gaara, stopit. Gaara, luke into mai aies, se você estourar meu orçamento, conto para todo mundo o que eu sei, e eu sei de muita coisa que você não quer que os outros saibam.

Gaara olha para ele com estranhamento.

– Sasuke, eu vou te perguntar isso com todo amor e bondade que eu tenho no coração... Você tem noção do seu nível de viadagem nesse momento?

– Eu não posso fazer nada, passei mais tempo com a minha mãe do que com meu pai na infância, ela falava assim quando estava desesperada, às vezes escapa.

O ruivo o analisou por alguns segundos com uma expressão bem séria.

– Cara, tem certeza de que vai conseguir namorar a Sakura com essa atitude? Ela vai comer as suas trompas.

Sasuke queria responder alguma coisa, qualquer coisa mais inteligente do que “eu não tenho trompas”, mas Gaara decidiu que a conversa estava acabada e voltou à atenção para o plano de falir a família Uchiha.

...

Cinco Dias Depois

...

Gaara tinha lhe acordado gentilmente com um balde de água fria, literalmente, e o arrastado para uma joalheria que ia acabar com o dinheiro que lhe restava, deixando para trás uma cama molhada para que sua mãe tirasse as próprias conclusões.

– O que viemos fazer aqui?

– Apostar em lutar ilegais, se você estiver muito afim eu posso até dar um jeito de te jogar no ringue.

Sasuke não deu sinais de ter entendido o sarcasmo, talvez fosse o sono... Ou talvez ele fosse um pouco lerdo também.

– Nós viemos comprar um anel, aliás, você veio comprar um anel para simbolizar seu compromisso com a Sakura.

– Eu vim?

Gaara revirou os olhos com a lerdeza de Sasuke, que estava acabando com sua paciência numa velocidade impressionante, e olhou em volta parecendo procurar alguma coisa, com uma expressão tensa. Mas depois de esquadrinhar a área, ele relaxou.

– E não é um anel qualquer não, você vai encomendar um, especialmente para ela.

Naquele momento, Sasuke teve certeza que Gaara não ia deixar que lhe sobrasse nem um centavo, parecia que a vingança dele estava dividida em etapas.

Mas ele não diria nada, porque de todas as ideias malucas que Naruto e Gaara tiveram, aquela parecia a mais normal, mesmo que fosse demais para um pedido de namoro, não chegava nem perto de ser tão estranho quanto o resto. Um anel e um pedido.

Quando eles entraram na joalheria a atendente os olhou meio desconfiada. Afinal, eram apenas dois adolescentes, um deles usando quase um pijama. Sua cabeça preconceituosa já começou a distorcer os fatos e os resumiu em uma coisa, “eles não podem pagar”, mas antes que ela pudesse dizer alguma coisa, que provavelmente deixaria Gaara irritado, um homem os chamou.

– Senhor Uchiha, Gaara, o que fazem aqui?

– Sério? O respeito é só com ele? Porque ele é o senhor Uchiha e eu sou só o Gaara?

Gaara foi bater boca com o homem sem nem perceber que a atitude da mulher mudou completamente ao ouvir o nome Uchiha.

– Gaara, eu sou motorista dos seus tios desde que a Sakura e o Kirino nasceram, você e a Temari moram com eles há quanto tempo? Uns dez ou doze anos? Eu te conheço o suficiente para saber que você merece ser chamado só de Gaara, se não de coisa pior. O fato de você estar aqui com o senhor Uchiha é só mais uma prova de que eu tenho razão e que você é do mal.

Aquele fato chamou a atenção de Sasuke. Primeiro, Hidan estava numa joalheria, provavelmente para buscar uma encomenda já que estava com um pequeno pacote com a marca da joalheria gravada.

– Como assim, porque me trazer aqui prova que ele é do mal?

– Com licença, Sr. Uchiha... – a atendente finalmente achou a voz – Eu posso ajudar? O senhor quer uma água? Um suco? Infelizmente eu não posso servi-lo de champanhe porque o senhor ainda é menor de idade.

Gaara estreitou os olhos. Porque o respeito era só com Sasuke?

“Será que o problema sou eu?”.

Ignorando o pensamento de que o problema poderia ser ele, Gaara agiu como se fosse uma espécie de “assessor” e começou a ditar uma verdadeira lista de coisas que Sasuke supostamente queria, enquanto a dita criatura só olhava de olhos arregalados, e sem direito a opinar, a atendente ficar mais e mais desesperada e depois ir atrás de alguém para providenciar a infinidade de coisas que o ruivo endemoniado tinha pedido... Será que ela se lembraria de tudo?

– O quê? Não me olhe com essa cara, Uchiha. Não era você que estava reclamando que eu tinha te arrancado da cama e te feito vir aqui de pijama e sem tomar café da manhã?

A sobrancelha direita de Sasuke começou a mexer numa espécie de tique.

– Tem tantas coisas erradas no que você falou que eu nem sei por onde começar.

Sasuke resolveu ignorar a falta de noção de Gaara e voltar a perguntar a Hidan o que ele sabia. Por que o fato de Gaara ter levado ele naquela joalheria provava que ele era do mal?

Mas o motorista já nem estava mais lá, mas o carro estava. Ele já nem sabia mais o que pensar.

... Minutos Depois...

Depois de olhar vários anéis, Sasuke já tinha se decido por um. Era pequeno, mas delicado, bem trabalhado e muito bonito.

Hm, como se Gaara fosse deixar que ele fizesse como queria.

– Ei, você não está pensando em comprar um desses anéis, está? Eu não te disse quando chegamos aqui, você vai encomendar um, especialmente para a Sakura.

– Oh, sim. Nós temos uma designer aqui, você pode conversar com ela e usar esse modelo que você gostou como base para uma joia personalizada e única.

Gaara olhou para Sasuke como se dissesse, “até as palavras dela soam caras, você vai se ferrar na minha mão, recém-falido”.

Só mesmo Sasuke e sua mente impressionada conseguia transformar um olhar ameaçador em uma frase ameaçadora.

– Escuta, e aquele cara que você mandou buscar as coisas que eu pedi, onde está?

Não satisfeito em infernizar Sasuke, ele também estava bem disposto a infernizar a pobre moça que estava atendendo eles tão gentilmente – pelo menos ela estava os tratando gentilmente, até demais, depois que soube que ele era um Uchiha.

– Ah, bem... – ela gaguejava de tão nervosa – É verdade, ele está demorando, não é?

– Eu vou atrás dele.

Sasuke se levantou de repente e saiu de porta afora como um furacão, ele é que não ia ficar ali vendo Gaara levar aquela pobre criatura a loucura.

Entrou em um café que ficava bem perto da joalheria, bem na esquina. Ele não ia realmente sair por aí procurando um cara que ele não fazia a menor ideia de onde estava, mas estava com fome, então ficaria por lá. Os doces e salgados de lá eram muito bons, ele sabia por que já tinha sido arrastado até aquele mesmo café pela pequena rosada saltitante que planejava pedir em namoro.

– OUTCH, MEU JOELHO.

Oh, estava pensando tanto em Sakura que já até podia ouvir a voz dela.

– OWN, SUJOU MINHA TOUCA COM ORELHAS DE GATINHO TAMBÉM.

Espere, porque ele iria delirar com Sakura choramingando sobre o joelho e a touca com orelhas de gatinho dela?

Deu meia volta e saiu do café. O que ele viu bem na sua frente o fez paralisar. Sabe aqueles momentos de pavor que um troço gelado passa pela sua espinha e você sente como se ela estivesse trincando e qualquer mínimo movimento seu fosse quebra-la em mil pedacinhos? Pois é, Sasuke também não conhecia esses momentos até aquele dia.

Sakura estava ali. Sakura estava ali, caída no chão. Sakura estava ali, caída no chão, depois de cair na esquina com seu patinete motorizado. O joelho estava sangrando e ela estava chorando agarrada a uma touca rosa com orelhas de gato.

Depois que conseguiu parar de tremer com medo de que Sakura tivesse descoberto tudo, ele atravessou a rua correndo para ajudar a possível futura namorada.

– Sakura!

Ela parou de chorar na hora.

– Sasuke-kun!? O que está fazendo aqui?

– O que você está fazendo aqui?

Enquanto Sakura balbuciava algo sobre como seguir Hidan de patinete até ali era mais divertido do que simplesmente vir no carro com ele e também sobre sorvete de chocolate com cobertura de chocolate e granulado de chocolate, Sasuke pegou o lenço que já tinha se acostumado a carregar e enxugou as lágrimas de Sakura, depois limpou o joelho machucado dela.

– E você Sasuke-kun?

– Eu vim comprar um a-... Uma... sorvete, olha que coincidência.

– Veio comprar uma sorvete?

Tudo bem, era definitivo, Sasuke Uchiha não sabia mentir. Porra, até Sakura percebia quando ele tentava.

– Err... Bem... – engoliu em seco – Tá quente aqui né?

Mas o sorrisinho que apareceu no rosto de Sakura depois daquela frase deixou bem claro que ele tinha escolhido as palavras erradas.

...

Gaara já estava cansado de esperar Sasuke voltar e não estava mais tão divertido assim infernizar a atendente. Então quando ele saiu por aquela porta estava disposto a arrastar Sasuke de qualquer que fosse o lugar para onde ele tinha fugido. Ele só não esperava ver ele na esquina, com a cabeça grudada em alguma coisa cor-de-rosa, com um patinete motorizado caído do lado.

– QUE POUCA VERGONHA É ESSA COM A MINHA MENININHA? – encarna Kizashi – NO MEIO DA RUA, SASUKE. É SÉRIO? VOCÊ NÃO TEM MEDO DE MORRER NÃO, INFELIZ? PORRA. TEM UMA CABEÇA ENORME DE ANIMAL NO ESCRITÓRIO DO TIO KIZASHI, ELE QUE CAÇOU AQUELE BICHO, VOCÊ VAI MESMO FICAR DANDO MOTIVOS PARA ELE CAÇAR VOCÊ TAMBÉM?

Era muito descaramento mesmo, mas Gaara estava mais preocupado do que com raiva. Hora, Sasuke se encontrar com Sakura justo ali, poderia atrapalhar seus planos.

Sakura largou o pescoço de Sasuke e, finalmente, deixou o pobrezinho respirar.

E nessa confusão, Hidan chegou com um sorvete.

– Aqui Sakura-chan, um sorvete no final da sua aventura de patinete... Ué, o que aconteceu aqui?

Sakura mostrou seu maior e melhor sorriso para ele.

– O Sasuke-kun veio comprar uma sorvete.

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... Prévia do próximo capítulo...

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Capítulo Especial - Parte 02 -

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Dez dias depois – O grande dia

Eles já tinham passado na casa de todo mundo.

Estavam todos juntos. Numa van.

Uma van dirigida por alguém que não tinha carteira de motorista e nem idade para tirar carteira de motorista... Nem QI para dirigir qualquer veículo – isso inclui o patinete motorizado da Sakura.

Uma van dirigida por Naruto.

Gaara estava de boas, mas Sasuke não estava surpreso, afinal, demônios não morrem em acidentes de carro.

... Fim da Prévia...


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Notas finais do capítulo

SakyH.: Primeiramente, queremos agradecer formalmente a Yue Lain (Imagine duas criaturas com vestidos longos e trevosos lhe entregando um prêmio) pelo pedido iluminado. Esse especial sobre o pedido de namoro deveria ser isso, um especial, e teoricamente menor que os outros, só que ficou maior, tão maior que tivemos que dividir em duas partes (a segunda não está pronta, mas tá quase). Por isso, Yue Lain, o(s) capítulo(s) especial(ais) é(são) dedicado(s) a você. Eu sei que falamos em postar o capítulo por mês, mas tá difícil, a gente tá estudando no sábado também, tem trabalhos escolares enormes (e pequenos também), atividades, projeto científico, cursinho do ENEM, outubro tá chegando aí e a gente ainda tá burra em química, física e matemática, e sabe... tem o ENEM. AlyS. ainda tá ocupada com o planejamento de entrar no mercado negro e vender o rim para ir para o show do Maroon 5. (e ainda tem o macho dela).
AlyS.: Passou mais de um mês, desculpem, culpa da outra. Era para ser um capítulo pequeno, mas, como podem ver, a gente se empolga até nas notas finais.
SakyH.: Só um adendo, a culpa é NOSSA. Enfim, pedimos perdão pela demora, de verdade².
Espero que tenham gostado do capítulo e até o próximo.
E perdão de novo, sério, é a idade. As coisas vão ficando mais lentas.



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