Opposite escrita por Giovana Marques


Capítulo 22
Traição - Luke's POV


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Eu peço um milhão de desculpas pelos três finais de semana que eu fiquei sem postar. Não pensem que foi porque eu não quis, por que não foi! Eu tive um milhão de provas e trabalhos e infelizmente a escola é a prioridade. ://Desculpem de verdade! Eu não larguei a história, não foi isso. Só não tive tempo pra escrevê-la. Estou me sentindo péssima por ter ficado tanto tempo sem postar e espero que vocês ainda continuem lendo :(Enfim, esse capítulo é narrado por Luke e espero que vocês gostem. Por favor, me mandem reviews com as opiniões de vocês, ok? Semana que vem tem próximo capítulo, eu prometo! Não vou atrasar de novo.Beijos e boa leitura :3



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– Eu exijo que você nos leve até a ilha. – Rosno com os dentes cerrados.

Detesto o fato de ter que precisar de ajuda de alguém para fazer algo que não posso fazer sozinho. Na verdade, o que eu detesto mesmo é não ser capaz de fazer algo sozinho.

Acontece que nadar até Arcanum Island há essa hora seria muito arriscado, principalmente para feiticeiros negros, que não possuem controle nenhum sobre a água. O mar certamente está infestado de demônios marinhos devido à ausência de luz solar.

Em resumo, nossa única chance de conseguir impedir que Emily com toda sua estúpida teimosia vá sozinha até os lobisomens é Serena.

A sereia encara-me meticulosamente deixando transparecer um pouco de sua ansiedade. Ela parece relutante em nos ajudar, o que faz sentido, já que se por um acaso encontrarmos Emily, a impediremos de se entregar aos lobos para salvar Peter. Ao que parece, Serena não quer que isso aconteça. Está do lado de Emily e quer que Peter seja resgatado. O ama, afinal.

O amor é mesmo uma grande porcaria. E sim, sentimentos podem influenciar no final das contas. Foi exatamente o que Emily me disse noite passada, embora eu já soubesse disso mais do que ninguém... É esquisito mas ao mesmo tempo interessante quando as nossas escolhas tomam rumos completamente diferentes quando nos importamos de verdade com alguém.

Minhas mãos se fecham em punhos e culpo a mim mesmo novamente em silêncio por tê-la deixado escapar, e pior, deixado que roubasse minha espada. Como pude ser tão inútil? Minha única função é protegê-la e eu falhei. Querendo ou não, Emily é a “garota perdida” e, por direito, sou seu escudeiro. Se eu achava que deveria mantê-la a salvo antes, aquilo não era nada comparado ao meu dever de agora.

Nina anda de um lado para o outro, murmurando alguns de seus pensamentos com sua mania irritante de pensar positivo e tentar encontrar outra solução para os problemas. Confesso que às vezes a admiro pela sua capacidade de manter o controle e não ser tão pessimista como eu, apesar dessa sua mania me tirar do sério. Meu primo está do meu outro lado e também tenta convencer Serena de nos ajudar, embora seja em vão.

– Vou levá-los até a superfície, mas não agora. – Ela diz decidida. – Tenho de esperar pelo menos alguns minutos, tempo de Emily chegar até os lobos.

Tenho de respirar bem fundo para não cometer uma besteira de atacá-la.

Não é possível que esteja mesmo disposta a arriscar a vida de Emily pela de Peter. Não que fosse menos importante, uma vida nunca é menos importante que outra, independente das circunstâncias. Porém, o que está fazendo não passa de uma grande estupidez.

Poderíamos ir até os lobos e enfrentá-los juntos. Unidos, obviamente, seriamos mais fortes. Resgataríamos Peter e com a canoa, voltaríamos finalmente à Kingswood, já que nossa missão de encontrar a garota perdida parece estar concluída.

Contenho-me, mas Jeremy não. E com todo o desprezo do mundo, meu primo diz:

– Você não vê que o que está fazendo é uma enorme burrice? Se Emily for raptada pelos lobos, teremos de ir atrás dela do mesmo jeito que iríamos atrás de Peter agora. E além do mais, quem te garante que os licantropos serão fiéis ao acordo? E se não libertarem Peter?

– Jeremy, não seja rude. – Nina repreende-o, interrompendo-o e parando de andar instantaneamente.

Creio que o sangue borbulhando nos momentos de angústia seja de família, apesar de meu pai ser, talvez, o homem mais generoso que já conheci na vida. Nossos familiares costumam dizer que eu, Jeremy e Katherine herdamos essa característica da nossa falecida avó. Segundo meu pai, tinha um coração de ouro, mas quando a tiravam do sério a melhor coisa a se fazer era sair do caminho.

– Fique fora disso, Nina. Tentamos ser educados, mas não funcionou, funcionou?

A feiticeira negra de cabelos ruivos parece ofendida com as palavras de meu primo e bufa, irritada. Respiro fundo mais uma vez e me apoio na parede rochosa, encarando ao chão e esperando pela iminente discussão. Já estou acostumado a elas, afinal.

– E você acha que ser bruto vai adiantar alguma coisa? Entenda uma coisa Gray: Não pode dar ordem às pessoas. Você não tem poder para isso. Não é na violência que vai resolver alguma coisa, seja racional!

Jeremy estreita seus olhos e se prepara para revidar as ofensas, mas eu os interrompo. Já estava começando a ficar cheio de suas discussões antes mesmo de termos sairmos de Kingswood.

– Calem-se! – Digo, seco o suficiente para que me obedeçam. – Não os trouxe comigo para discutirem.

Nina baixa sua cabeça envergonhada e cruza seus braços quase que ao mesmo tempo. Jeremy revira os olhos, resmungando algo ininteligível.

O silêncio aparece mais uma vez, fazendo a menção de me enlouquecer. Então eu simplesmente decido quebrá-lo:

– Serena, por favor, pode nos levar até a superfície agora?

Eu juro que apesar de todo ódio, tento ser o mais educado possível, mas é óbvio que minhas palavras acabam saindo em um tom de irritação.

A sereia franze o cenho, pensativa, e encara a água do lado de fora da caverna. Está mais calada que o normal e isso me intriga de certa forma.

Confesso que não pude deixar de notar o quão esquisita era aquela história de Peter ter tentado enfrentar dezenas de lobisomens sozinho. Não que ele não fosse bravo o suficiente para tal. Peter tem coragem até demais. Pediu para que nos acompanhasse na ida até Arcanum Island só para ajudar na missão de busca pela garota perdida e também se atirou ao Shadow Ocean para tentar salvar Emily no momento em que seus poderes estavam descontrolados. A falha na história contada pela sereia estava no bom senso de Peter. Eu não o conheço muito bem, mas o suficiente para saber que não tentaria enfrentar dezenas de lobisomens sozinho. Não se pudesse correr de volta para o mar, para junto de Serena, e esperar até que nós saíssemos da caverna. Era o mais racional se a fazer.

Infinitas perguntas e possibilidades enchem minha cabeça, me deixando totalmente confuso. Resolvo ignorá-las no instante em que Serena finalmente coloca-se a falar:

– Tudo bem. Esperem-me aqui, vou tirar alguns demônios do caminho para que passem em segurança. Volto em um instante.

Diz, lança-se na água antes que qualquer um de nós diga qualquer coisa e nada para longe com ajuda da sua cauda dourada.

Fico encarando o azul do mar e percebo que meus amigos estão quietos demais. Talvez ainda estejam chateados um com o outro pela discussão há pouco, ou talvez estejam tirando as mesmas conclusões que eu. Seja lá o que for, resolvo ignorar o clima de tensão fazendo um breve comentário:

– Há algo de errado com Serena...

Nina olha para mim como se pensasse a mesma coisa. Já Jeremy, parece confuso:

– O que você quer dizer com isso?

– Eu também percebi. – Nina diz. – Estava quieta demais, e por que nos fez esperar tanto? Não pode ser somente pelo fato de conseguirmos alcançar Emily e impedi-la. Muito esquisito...

– Exatamente. – Concordo.

– Além disso, Peter não seria estúpido o bastante para achar que pode enfrentar dezenas de lobisomens sozinho. – Ela completa seu raciocínio, idêntico ao meu.

Uma das razões pela qual admiro Nina é sua capacidade de pensamento lógico. Também porque na maioria das vezes temos opiniões parecidas. Considerando nossas diferenças de idade, somos grandes amigos por causa disso, por concordamos um com um outro na maioria das situações.

Já Jeremy é completamente diferente. Não possui a inteligência de Nina, mas é um ótimo lutador. Sempre se sobressaiu nas aulas de técnica de defesa e principalmente, ataque. Era o aluno de destaque, segundo meus tios. Mas por baixo de sua máscara de rebeldia, Jeremy tem um coração enorme. Ele se sente bem em ajudar os outros feiticeiros. Sei disso porque já presenciei algumas dessas situações.

– Mas se acham que Serena está agindo de forma esquisita, seria mesmo uma boa ideia confiar nela para que nos leve à superfície? – Pergunta desconfiado.

Minha resposta seria não – e sei que a de Nina seria a mesma –, porém com um certo desconforto os questiono:

– E temos lá outra escolha?

Nenhum deles tem tempo o suficiente para responder minha pergunta. Serena reaparece na caverna e eu sinto receio de ter escutado nossa breve conversa.

– O caminho até a superfície está limpo. – Diz.

Noto que ela parece assustada, bem mais do que estava antes de nos deixar. Não pergunto nada, mas Nina faz isso por mim.

– Aconteceu alguma coisa, Serena?

– Só estou preocupada com Peter. – Responde, meio sem jeito e eu tenho uma certa dificuldade em acreditar nas suas palavras.

– Ele vai ficar bem. – Nina tenta consolá-la.

– Espero que sim. – Diz, mas muda de assunto rapidamente. – Bom, vou levá-los até a superfície. Nina, venha comigo. Luke e Jeremy, vão à nossa frente e, qualquer coisa, estarei bem atrás de vocês.

Aceno com a cabeça, concordando e a ando até a sereia de cauda dourada, sendo seguido por Nina e Jeremy.

Sem pensar em mais nada além de poder salvar Emily e finalmente voltar para casa, atiro-me na escuridão do mar.

***

Minhas botas tocam a areia fina da praia e eu caminho com dificuldade devido à força das ondas que me puxam. Ignoro o fato de estar completamente ensopado e o vento gelado que sopra sobre meu corpo.

Jeremy está ao meu lado, mas não diz nada. Deve estar sentindo tanto frio quanto eu.

Olho para trás, procurando por algum sinal de Nina e Serena que demoram a aparecer. Isso me deixa um pouco nervoso para falar a verdade.

Meu primo e eu andamos até a água tocar a altura de nossos joelhos e paramos, esperando pelas garotas. Finalmente surgem em meio à água e nadam até nós.

Os dentes de Nina batem e seus lábios chegam a estar roxos devido ao frio. Ela abraça a si mesma, apertando seus braços como se fosse resolver alguma coisa.

– Vocês estão bem? – Pergunto.

Nina balança a cabeça positivamente, sem conseguir responder devido à tremedeira. Serena não diz nada, ainda quieta e pensativa.

Jeremy e eu trocamos um olhar rápido de dúvida. Parece tão curioso quanto eu, como se estivéssemos esperando algo ruim acontecer. Como se estivéssemos prevendo algo ruim acontecer.

Até que finalmente acontece.

Ouço alguns grunhidos esquisitos e passos pesados e viro-me rapidamente, esperando para encarar dezenas de lobisomens, porém, me surpreendo.

Jeremy e Nina fazem o mesmo, até a mesma expressão de susto, como se tivessem combinado.

Da floresta, atrás da areia, saem criaturas que aparentemente não são lobisomens, e sim, demônios. Centenas deles. Centenas de demônios, com formas e cores diversas. Misturas de diferentes criaturas, uma mais terrível do que a outra.

Vejo desde criaturas humanoides, com cabeças de serpentes e pés e mãos na forma de garras, até enormes insetos com escamas e presas afiadas. Também noto que a maioria deles são criaturas altas e sombrias, com olhos vermelhos e dentes finos, mas pontiagudos. São grandes e usam uma espécie de armadura. Algo me diz que são os mais difíceis de matar.

Me lembro vagamente dos demônios que derrotei em meu treinamento de feiticeiro e eram de longe, mais inofensivos do que esses, apesar de difíceis de derrotar. Também enfrentei alguns deles no mundo humano, enquanto procurava pela “garota perdida”, mas eram diferentes. Esses demônios parecem estar extremamente irritados e loucos pelo nosso sangue.

Minhas mãos se fecham em punhos e a raiva enche minha cabeça. Não faz nenhum sentido essa grande quantidade de demônio surgir na ilha completamente do nada. Pelo que entendi, Agramon Darkbloom havia formado um exército com a maioria dos demônios que vivia na ilha, mandando somente os lobisomens atrás de Emily, para poupar sua grande arma contra os demais feiticeiros.

Aperto minhas mãos com força, já esquecendo do frio e de qualquer outra coisa que estava me incomodando antes. Tenho, sem dúvida, problemas piores agora.

Milhões de pensamentos invadem minha cabeça confusa, procurando uma explicação para tudo o que está acontecendo.

– De onde diabos esses demônios surgiram? – Jeremy pergunta, tão nervoso quanto eu.

– Só tem uma explicação. – Nina finalmente consegue abrir a boca para falar alguma coisa. O frio não é o maior de seus problemas, afinal. – Agramon os mandou para nos eliminar. Ele sabe que não vai conseguir raptar Emily se estivermos vivos para resgatá-la. Ele nos quer mortos para que não atrapalhemos seu plano.

Minha respiração falha quando mentalizo os olhos frios e a voz sádica de Agramon Illuminati. Não sou de abalar facilmente, mas confesso que fiquei bastante inquieto após a nossa última conversa, em um dos meus sonhos. Agramon prometeu que me faria sofrer, e bem, agora está prestes a cumprir a promessa.

É claro que nunca comentei nada com Emily sobre isso, quero dizer, Agramon me contatando em meus sonhos, assim como aconteceu com ela. Eu sempre quis ter compartilhado com ela que o mesmo acontecia comigo, mas eu não pude. É complicado, porque há muito mais envolvido.

Tudo se encaixa perfeitamente. É lógico, afinal. Agramon esteve por trás de tudo desde o início. Ele sabia bem que estávamos na ilha com Emily... Ordenou que os lobos raptassem Emily e que os demônios nos matassem, por serem menos racionais e mais violentos do que os licantropos.

Mas é claro que não podia ter feito tudo sozinho, não tinha como Emily ser atraída sozinha para sua armadilha. Ele tem alguém. Agramon tem um espião entre nós, ou melhor, espiã.

Serena, é claro. Tudo o que havia acontecido era um plano, incluindo o desaparecimento de Peter. Ela havia entregado-o aos lobos para que Emily se sentisse culpada e fosse atrás dele. Ela sabia que Emily seria teimosa o bastante para fugir e se oferecer a Agramon para que libertasse Peter. E depois, tudo o que teria de fazer era se livrar de nós.

Encaro Serena com o maior desprezo do mundo e ela se afasta ao perceber. Se tivesse minha espada aqui, talvez já teria enterrado-a em seu pescoço. O ódio dentro de mim é tão grande que preciso me controlar quando digo:

– Você nos enganou esse tempo todo!

Nina e Jeremy se espantam com a informação e também encaram a sereia com indignação.

– Não foi o tempo todo. – Ela diz, querendo parecer arrependida por tudo o que vinha fazendo. – Ontem à noite Agramon apareceu nos meus sonhos, ele ameaçou minha família! Não quis fazer nada disso, eu juro.

Os demônios se aproximam cada vez mais, mas não ligo, tudo o que eu quero é fazer com que Serena pague pela sua traição. Se é que alguma vez esteve do nosso lado, claro.

– Eu não estou acreditando nisso. – Rosno, enfurecido.

De repente, Serena sustenta o meu olhar e algo dentro de mim diz que ela sabe mais do que eu imagino. Nesse exato momento, a raiva dentro de mim se transforma em desespero e uma espécie de relutância.

– Você, Luke, é o único que não pode dizer nada. – Ela cospe, deixando-me agoniado. – Porque se o fizer estará sendo um grande hipócrita!

Meus braços caem e eu respiro fundo, tentando não acreditar no que está acontecendo. Serena sabe. Serena sabe sobre meu segredo.

– Do que ela está falando? – Nina morde seu lábio inferior ao perguntar em um sussurro.

– Eu não faço ideia. Ela é completamente louca. – Minto mais uma vez. Nina assente, mas no fundo sei que ela não engoliu, e que serei questionado novamente, mais tarde.

– Você disse que não se dava bem com sua família, que eram assassinos! – Jeremy grita, já empunhando sua lança em direção da sereia.

Serena olha para baixo, com uma certa tristeza em seus olhos. Talvez esteja dizendo a verdade, mas de qualquer jeito, ela nos enganou, nos trouxe para uma armadilha. E isso é imperdoável.

– Não me dou bem com a minha família. – Ela diz. – Mas ainda os amo. Sinto muito.

E afunda sua cabeça na água escura, desaparecendo por completo.

– Não pode ser verdade. – Nina murmura, decepcionada.

– Mas infelizmente é. – Jeremy retruca, irritado.

Nina pega seu arco e flecha, preparando-se.

– São muitos. – Diz, mas não assustada. Ela nunca parece assustada. – Precisamos de um plano.

Olho para frente, encarando as centenas de demônios que agora dominam a praia. Falta bem pouco para chegar até nós. O ódio, a raiva e todos os sentimentos mais obscuros do meu ser retornam de repente.

Não sinto medo, juro que não sinto. A raiva impede que eu o sinta. Estou ansioso em mutilar cada um destes malditos demônios.

– Eu pego os da esquerda. Jer, os do centro, e você, os da direita. – Digo, sem pestanejar.

– Simples assim. – Jeremy debocha.

– Simples assim. – Concordo, seco. – Se não estiverem dando conta, gritem por ajuda.

Meus amigos concordam com a cabeça e andamos até onde a água não possa nos tocar, afinal, ela enfraquece nosso poderes de feiticeiros negros.

Infelizmente estou sem minha espada, mas esse não é um grande problema, já que posso me defender com as chamas que já se espalham por todo o meu corpo. Até meu campo de visão fica alaranjado com o fogo em meus olhos.

– É isso, pessoal. Chegou finalmente o momento que tanto temíamos. – Jeremy começa a dizer, mas eu o interrompo.

– Cale-se e aproveite. Vamos apenas matar alguns demônios.


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