Opposite escrita por Giovana Marques


Capítulo 20
Herança Adormecida


Notas iniciais do capítulo

Feliz Páscoa para todos que estão acompanhando a história!Aqui está o novo capítulo e eu realmente espero que gostem.Domingo que vem posto o próximo, ok?Não esqueçam de deixar reviews :3Beijos e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/243085/chapter/20

Ando, pisando com força, e ignorando o fato de estar ensopada. Já estou na parte rasa do mar, andando até a areia. Está escuro e só enxergo por causa da luz proveniente da lua. O vento sopra sobre o meu corpo, porém não sinto frio. Apenas um pouco arrepiada.

Olho para baixo, atenta à presença de demônios marinhos para evitar um outro acidente. Isso seria terrível, ainda mais agora que estou sozinha. Também encaro a ilha em minha frente, procurando por inimigos. Fico um pouco menos tensa quando percebo que não estão na areia. Ou pelo menos não parecem estar lá.

Continuo marchando e pensando em milhares de coisas ao mesmo tempo, principalmente nas possíveis estratégias para conseguir negociar a liberdade de Peter com os lobisomens.

Minhas mãos envolvem a espada dourada que consegui roubar assim que fugi, fazendo-me lembrar da fúria de Luke em saber que eu estava disposta a me oferecer aos lobos. Confesso que isso faz meu estômago doer e meu coração acelerar, mas eu não tenho mais tempo para emoções. Não mais. Não se eu realmente for a garota perdida, e como provavelmente sou, tenho que começar a fazer as escolhas certas. As escolhas que envolvem a razão.

Meus pés tocam a areia e eu ando vagarosamente até uma rocha, que por ser grande o suficiente, consegue me esconder. Tateio-a, respiro fundo e em seguida, espio, me certificando que não há realmente ninguém por aqui.

Encosto a espada na rocha e também apoio-me nela, parando um pouco para refletir.

Para onde poderiam ter levado Peter? Nenhum lugar em especial vem à minha mente, então a única coisa que me resta a fazer é procurar pelos lobos mata adentro. E além de encontrá-los, terei uma grande chance de topar com demônios e filhotes de dragões. Brilhante.

Tiro meu cabelo do rosto e o prendo, para que não me atrapalhe se for preciso lutar. Abro o zíper da minha jaqueta, puxo-a para fora de meus braços e depois a atiro no chão, afinal, está tão encharcada que chega a pesar, e isso só me cansará.

Por fim, puxo a espada do chão e ando em direção à floresta.

***

É difícil de enxergar qualquer coisa por aqui, mas faço um esforço. Tudo o que eu escuto são os meus passos e o estalar dos galhos em que piso. Isso sem mencionar os meus batimentos cardíacos.

Caminho sem rumo, seguindo em frente, na esperança incerta de chegar aos lobisomens e poder resolver tudo o mais rápido possível.

Já faz um certo tempo que estou andando e não me deparei com nenhum demônio. Ainda.

Neste exato momento, Luke e os outros devem estar chegando à ilha. Fico tranquila quanto a isso, pois não conseguirão me encontrar. Fazem aproximadamente trinta minutos que estou caminhando e demoraria o mesmo tanto para que conseguissem chegar até mim. Se tudo der certo, em trinta minutos já terei me entregado aos lobisomens. Pelo menos é isso o que planejo fazer.

Continuo andando, destruíndo algumas plantas que atrapalham o meu caminho. Estou calma e controlada, mas me assusto e paro de andar quando me deparo com uma espécie de luminosidade repentina.

São pontos de luz que flutuam no ar, próximos a um arbusto. Estreito os olhos tentando visualizar melhor, quando reconheço as pequenas figuras aladas. Pixies. As híbridas de fadas e duendes, traiçoeiras e que provavelmente me atacarão se eu deixar que me vejam.

Estão em quinze ou mais e voam de um lado para o outro. Não sei porque, mas me fazem lembrar do irmãozinho hiperativo de Rachel.

As pequenas pestes estão bem em minha frente e qualquer movimento que fizer chamará sua atenção. Fico quieta e por um momento prendo a respiração.

Sinto-me mais relaxada à medida que as pixes se afastam e já estão longe o suficiente, quando decido me mover.

Uma péssima decisão, por sinal. Quando dou um passo, algo muito estranho acontece com os meus pés e eu desabo no chão. O barulho é alto e eu tenho absoluta certeza de que as pixies escutaram, já que ouço o som irritante do bater de suas asas se aproximando cada vez mais.

Tento levantar, mas meus pés ainda estão esquisitos e eu não consigo. É como se um estivesse preso ao outro. Não consigo mover um de cada vez, como se meus cadarços dos dois sapatos estivessem amarrados uns aos outros.

Essa ideia me pega de surpresa e eu tenho de forçar os olhos para conseguir enxergar na escuridão. Olho para os meus pés e assusto quando realmente me deparo com os meus cadarços sabotados.

Algo me cutuca no pescoço e eu viro de imediato. É uma das pixies, para a minha infelicidade. Ela ri em silêncio com a minha desgraça, fazendo com que eu chegue a uma conclusão: foi ela quem sabotou meus sapatos enquanto estava distraída com as outras pixies.

Cerro os dentes, rosnando de raiva e aplico um golpe na sua direção, utilizando a espada. A pixie quase é atingida e para de sorrir quando percebe que mesmo caída no chão, sou potencialmente ameaçadora.

Ela se afasta, me encarando com ódio e chamando pelas outras pixies que chegam cada vez mais perto.

E então, é tudo tão rápido que quase me perco nos movimentos. Impulsiono meu corpo para frente, sentando-me e corto meus cadarços ao mesmo tempo em que as pixies avançam em direção à minha cabeça. Elas soltam meu rabo de cavalo e puxam meus cabelos com tanta força, que tenho a impressão de que ficarei careca.

Grito com a dor e tento golpeá-las com a espada, mas as pixies são rápidas e desviam com agilidade. Aproveito do seu momento de distração para conseguir me afastar e me colocar de pé.

As pequenas criaturas diabólicas parecem mais raivosas que o normal e cada uma delas voa até mim em uma direção diferente. Isso me faz lembrar do treinamento das flechas, com Katherine e Nina há algumas semanas.

Tento imitar os golpes aprendidos e degolo três das pixies com apenas um movimento. Elas caem no chão, parando de brilhar imediatamente e espirrando seu sangue azul em uma parte do meu rosto e dos meus braços. Minha espada atravessa o pequeno corpo de mais uma delas e eu ainda desvio de outras três.

Corro, afastando o máximo possível dos pequenos demônios alados, mas eles cercam-me novamente, obrigando-me a enfrentá-los.

Duas pixies avançam em minha direção rosnando e mostrando seus dentes pequenos, porém afiados. Por muito pouco, não me mordem. Eu consigo golpeá-las com a espada e ouço seus pequenos corpos chegando ao chão.

Minha respiração e meus batimentos cardíacos são acelerados e irregulares. Estou cansada, mas mesmo assim, tomada pela adrenalina.

Corro como se estivesse correndo de um enxame de abelhas, brandindo minha espada uma vez ou outra, tentando me livrar das criaturas.

Tudo o que consigo ver enquanto corro é um borrão, uma mistura de sombras e plantas. Não consigo ao menos identificar o que são ou não são árvores. Subitamente arrepio da cabeça aos pés quando penso ter visto um par de olhos amarelados em meio à escuridão.

As pixies atrás de mim parecem ficar cada vez mais rápidas, deixando-me preocupada. Sinto os dentes de uma delas afundarem em meu braço e berro de dor, fazendo um movimento brusco para afastar a fada. As outras percebem que parei de correr e se aproveitam do meu momento de fraqueza para tentarem me atacar novamente.

Elas me encurralam e sou obrigada a recuar cada vez mais. Sinto meu braço latejar de tanta dor, mas tento ignorá-la. Dor é sinônimo de fraqueza, afinal.

Brando a espada mas infelizmente não atinjo nenhuma das fadas. Ainda continuo recuando até que finalmente esbarro com algo que me para. Algo grande e pesado bem atrás de mim.

As pixies arregalam seus olhos, mas depois sorriem com malícia. Confesso não gostar de sua reação.

Meu coração acelera e eu me viro imediatamente. Fico completamente confusa, mas aliviada, quando me dou conta que esbarrei em uma espécie de árvore. Confusa pela reação das pixies e aliviada por não ser algo ameaçador.

Mas mudo completamente o meu conceito sobre não ser ameaçador quando a árvore começa a tremer e suas longas folhas enrolam minhas pernas, como se fossem cordas, apertando-me cada vez mais.

E quando me dou conta, estou de cabeça para baixo.

***

As folhas enroladas em meu corpo apertam gradativamente, como se tentassem me sufocar. Debato-me debilmente numa tentativa frustada de sair daqui.

Infelizmente, derrubei a espada ao ser pega de supresa pela planta monstruosa e ela se encontra no chão, bem abaixo de mim.

As pixies pararam com a perseguição. Estão todas enfileiradas em silêncio, esperando para assistir ao meu estrangulamento, como se fosse algum tipo de show. Todas têm a mesma expressão de vingança e alegria doentia em seus rostos, fazendo-me borbulhar de ódio.

Observo a espada no chão e estico meus braços ao máximo para tentar pegá-la. Como previa, não consigo alcançá-la. Desesperada, chacoalho-me, fazendo força para baixo e diminuindo o espaço que separa minha mão da espada dourada.

Estou prestes a tocá-la, mas então as pixies se aproximam e empurram a espada para mais longe ainda. Tento agarrar qualquer uma delas, mas também não tenho sucesso.

A planta ao redor de mim começa a me esmagar de verdade e eu solto um grito sufocado, tomada pela dor e pela falta de ar.

Tento me manter sã, mas de repente minha visão se torna vaga e turva. Vou perdendo meus sentidos aos poucos contra a minha própria vontade. Algo em minha mente grita desesperadamente para que não desmaie, mas não sou forte o bastante. Minha cabeça já não funciona mais tão bem e eu vou me desligando aos poucos.

Ouço uma sequência interessante de baques como se algo muito grande estivesse andando em minha direção. Não sei dizer se são realmente passos, ou se é só minha confusa mente pregando peças em mim mesma.

Vejo, sem nitidez, as luzes das pixies flutuando e se afastando com rapidez, como se estivessem fugindo.

Os baques ensurdecedores começam a ficar cada vez mais altos, quando de repente o vejo. O par de olhos amarelos que pensei ter visto há pouco. Não sei diferenciar o que é do que não é real, se tudo isso está mesmo acontecendo ou se já estou sonhando.

E sem mais nenhuma reação, fecho os olhos esperando pelo sopro de fogo do filhote de dragão bem diante de mim.

Escuto o barulho das chamas e também as ouço quando atingem em cheio a parte da árvore que envolve minhas pernas até o meu abdômen. Tudo começa a ficar quente, muito quente, insuportavelmente quente.

Mas para a minha surpresa, eu gosto da ardência do fogo. Ao contrário de me machucar, as chamas lambendo cada centímetro da minha pele, me dão energia. Exatamente do mesmo jeito que a água, ou muitas vezes uma brisa fresca me dão energia, o fogo me revive.

Não entendo o motivo das chamas não me machucarem, mas talvez seja uma herança de minha mãe. Talvez eu também tenha herdado seus poderes de feiticeira negra. Talvez eles estivessem esse tempo todo adormecidos dentro de mim, da mesma forma que meus poderes de feiticeira branca estavam quando pensava ser humana. Talvez esse seja o motivo de Agramon, meu pai, viver dizendo em meus sonhos que sou especial e poderosa. Porque sou literalmente a mistura dos dois, de negros e brancos, e seus poderes.

A planta envolvendo meu corpo vai se desintegrando, virando cinzas e me soltando. E quando estou completamente livre, caio, batendo minha cabeça com força no chão.

As chamas ao redor do meu corpo somem, porém a árvore que me atacou continua pegando fogo. No chão, estico meu braço direito de forma que consigo alcançar a espada de Luke, empunhando-a e pronta para destruir o dragão que já não aparece tão ameaçador assim.

Levanto-me com um salto e espero por um ataque, porém, não acontece. Na verdade, acontece uma outra coisa muito interessante.

O dragão não faz movimentos bruscos, apenas se curva diante de mim em um gesto de respeito ou algo parecido. Então é aí que eu percebo: ele não estava tentando me atacar e sim, me libertar. É como se ele já soubesse que eu sou imune ao fogo.

Não sei o motivo de sua reação repentina, mas o grande lagarto coberto por escamas grossas e avermelhadas me encara com seus olhos amarelados de pupilas verticais como se não fosse me machucar.

Ainda está curvado diante de mim e eu não sei bem o que fazer. Dou um passo inseguro em sua direção e continuo andando quando percebo que não se move.

Estico meus braços receosa, mas não deixo de tocá-lo. Suas escamas são bem mais ásperas do que eu imaginava que fossem. Acaricio o alto de sua cabeça e de repente me pego sorrindo.

– Obrigada.

O filhote de dragão se levanta novamente e vira-se de costas para mim, dando a entender que eu devo subir.

– Então você vai me dar uma carona? – Digo, ainda receosa com a ideia. Não espero que ele realmente me entenda, muito menos me responda, mas o dragão rosna de leve e eu entendo isso como um “sim”.

Sem muito mais refletir, eu aceito a ajuda. Só espero, realmente, não me arrepender depois, embora minha intuição diga que não irei.

Firmo meu pé em suas escamas e o escalo até ultrapassar suas asas pouco desenvolvidas, por se tratar de um filhote. Seguro com força em seu longo pescoço e então digo:

– Por favor, me leve até os lobisomens.

Sem mais um segundo, o dragão coloca-se a correr, já que ainda não é hábil o suficiente para voar, tão rápido que me faz sentir uma espécie de calafrio.

Olho para os lados e tudo o que consigo enxergar são borrões. O vento bate em meu rosto me dando uma verdadeira sensação de liberdade, como jamais senti na vida.

Andar em um filhote de dragão é bem parecido com cavalgar em um cavalo, embora só tenha feito isso poucas vezes nos acampamentos de férias os quais costumava frequentar.

Ao que parece, consegui um novo aliado. Quem disse que não sou boa em fazer amigos?

***

Já fazem alguns minutos em que estamos correndo e de repente, a velocidade com que o dragão se move passa a diminuir. Percebo que estamos em uma espécie de clareira, sem muitas árvores e arbustos. Na verdade, é uma grande clareira. Felizmente, a ausência das árvores possibilita que a luz da lua me ajude a enxergar novamente.

O dragão para de andar e eu escuto alguns rosnados que me fazem estremecer. Rosnados que não vêm dele. Olho para frente e finalmente consigo visualizá-los, os lobos.

Estão em um número muito maior do que estavam quando eu e Luke fomos atacados em uma caverna há poucos dias atrás.

Pressiono meus dedos da mão esquerda nas escamas do meu mais novo aliado e os da mão esquerda em torno da espada dourada. Encaro a multidão de lobos, procurando por Peter. Fico extremamente chateada quando não o encontro.

Os lobos já notaram nossa presença e nos encaram de volta, se sentindo ameaçados. Alguns deles rosnam e estão preparados para correr, caso minha presença seja motivo de luta. Talvez ainda não tenham nos atacados porque sabem que eu vim me oferecer pela liberdade de Peter.

Deixo o medo de lado e escorrego pelas costas do dragão, chegando ao chão.

Ando até ficar ao seu lado e sussurro esperando que os lobos, enfileirados há alguns metros de nós, não consigam me escutar.

– Vou precisar de fogo. Eu aviso quando for necessário.

Ao que parece minhas habilidades descobertas recentemente serão essenciais. Talvez, por causa delas, não precise me sacrificar para conseguir resgatar Peter.

Suspiro, com a dúvida: Será que consigo passar por todos esses lobisomens?

É claro que teria a ajuda do meu novo aliado e assim tudo ficaria mais fácil. Então, talvez sim, talvez eu conseguisse derrotá-los.

Ando até metade da enorme clareira, já empunhando a espada de Luke, mas tentando não parecer violenta, como se eu estivesse ali em nome da paz. E da liberdade de Peter.

A distância que me separa dos lobos fica cada vez menor à medida que eu ando, mas não me sinto totalmente ameaçada, já que tenho uma forma de proteção poucos metros atrás de mim.

Paro de andar e finco a espada dourada na terra. A solto, fazendo um pequeno teatrinho.

– Eu vim em nome da liberdade do feiticeiro negro que vocês apreenderam. – Digo, em voz alta e clara.

Os lobos não se movem, apenas continuam a me encarar em profundo silêncio.

– Eu vim me oferecer em troca dele. De Peter. – Continuo a dizer, tão séria quanto antes. – Eu sei que vocês me querem para o seu líder, Agramon Illuminati.

Não sei se deveria ter mencionado o nome de meu pai, mas para a minha surpresa, parece que ele é não é muito aconchegante aos ouvidos dos lobos. Eles parecem insultados e começam a rosnar. E então, correm em minha direção.

Grito instantaneamente para o meu aliado, que cospe as chamas em resposta. O fogo atinge meu corpo e eu o controlo. Ele percorre toda a minha pele e vai se instalar principalmente nas minhas mãos.

Lanço-as em direção aos lobos, mas não os atinjo. Eles param de correr e recuam, percebendo a reação de violência.

Realmente não entendo o fato de terem reagido tão mal ao nome do seu próprio líder. Tem algo muito errado nessa história.

Dou um passo para frente e estou tão possessa e confusa, que poderia reduzir qualquer um dos lobos à cinzas. Vou andando para mais perto e eles se afastam. Alguns rosnam, outros uivam, mas nada disso realmente me assusta.

Até que um deles salta na minha direção, mas ao contrário de me atacar, o lobo se transforma em humano. Em humana, para falar a verdade, já que percebo que se trata de uma garota.

Paro de andar e espero até que diga algo. Examino-a, prestando atenção em seus cabelos louros bagunçados e seus olhos claros. Ela parece zangada e assustada. Veste uma blusa parcialmente rasgada de banda que logo reconheço. A banda favorita de Rachel.

E é como um soco em minha cara que eu reconheço a garota loba que anda até mim.

– Já chega, Emily, nós não queremos te machucar, mas você não nos deixa escolha! Nós só queremos conversar, mas toda vez que nos aproximamos, você age com violência!

Meu Deus!

Não, isso não está acontecendo. Não é possível...

O que diabos minha melhor amiga humana está fazendo em Arcanum Island? E por que ela é um lobo?!

Estou paralizada e as chamas em minhas mãos já caídas se apagam. Estou completamente sem reação e não faço nada a não ser encará-la em choque.

– Estamos com seu amigo feiticeiro negro justamente para explicar a ele nossas intenções. Ele foi paciente e entendeu que queremos apenas conversar. E eu não devia ter me transformado em humana para te parar, eu prometi a eles que não faria isso. – Ela para de falar e olha para os outros lobos que estão às suas costas, como se estivesse se desculpando.

– Rachel... – Balbucio, estreitando meus olhos e torcendo para que esteja confundindo a garota loba com a minha melhor amiga novaiorquina.

Ela não parece mais nervosa e de repente um sorriso dolorido e preocupado surge em seus lábios, não me deixando dúvida sobre ser Rachel. Eu conheço seu sorriso, e é exatamente como esse.

– Também senti sua falta, garota. – Diz finalmente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Opposite" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.