Capítulo 36: Preocupações

–Hermione, você não entende! Ele é um monstro, por isso não se importa com você! Eu amo você! E posso te proteger!

–Do que você está falando Harry? Você não pode me proteger, porque eu não preciso de proteção! Eu sei me proteger muito bem!

O moreno lançou um olhar de pena para ela. Era como se ela tivesse uma doença terrível, mas não quisesse aceitar, enquanto ele era o único capaz de cuidar dela. Era quase doentio. (N/A: Momento Amor, eterno amor. O Fernando obsecado e a Miriam apaixonada por outro. Não sei por que eu pensei nisso agora, mas quem já assistiu alguma parte daquela novela talvez veja algum sentido. Se não, eu sou louca mesmo).

–Não pode, Mione. Por isso eu preciso cuidar de você... – ele tentou acariciar o rosto da castanha, mas ela o impediu com um tapa.

–Fique longe de mim!

–Não pode fugir para sempre, Mi. Somos feitos um para o outro, e você não pode negar.

Hermione se encolheu na cama, ficando o mais longe possível de Harry. Ele percebeu que não adiantaria tentar se aproximar dela agora, então se retirou.

Sua mão foi inconscientemente para o seu ventre. Precisava ter cuidado com o que faria. Tinha uma vida dentro de si, e ela precisava protegê-la. Harry não poderia saber. Ela duvidava da sanidade dele, muito mesmo. Era melhor não revelar nada, pelo menos por enquanto.

Ela estava com saudades de Tom. Precisava dele ali. Mas onde era ali? Ela se aproximou da minúscula janela afim de ter alguma ideia de onde estava. Estava muito escuro para ver alguma coisa. Não tinha como enxergar nenhum ponto de referência. Mas que droga! Que ideia estúpida fora essa do Harry? Não fazia o mínimo sentido! Por que ele a sequestraria? Para fazê-la ver a razão? Isso era ridículo! Ela precisava dar um jeito de fugir dali!

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Tom estava desesperado. Não conseguira nenhuma referência sobre onde estava Hermione. Não tinha ideia de por onde começar, mas tinha de fazê-lo. Seus comensais já estavam procurando e haviam algumas áreas já eliminadas. De qualquer forma, ele estava preocupado. Afinal, não sabia sequer quem havia levado a sua Hermione.

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Jorge estava parado em um canto do Beco Diagonal, esperando. Fred estava cuidando da loja, então não precisava se preocupar. Avistou cabelos negros vindo em sua direção. Assim que ela chegou perto, ele a segurou pela cintura e a beijou. Sua família ainda não sabia quem era, mas após o desaparecimento de Hermione, não era a melhor hora de falar nada.

Sem falar que Ronald teria mais um ataque de nervos. Afinal, o idiota do seu irmão mais novo detestava sonserinos. Todavia, ele tinha razão, ultimamente os grifinórios e os sonserinos estavam se dando muito bem.

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CRAC!

E o vaso que outrora estava em paz na escrivaninha se fora. Hermione queria desesperadamente sair daquele esconderijo. Pretendia falar com Harry e fazer o possível para ele devolver sua varinha (ela percebeu o desaparecimento desta após a saída do moreno) e a soltasse, mas ele não se dignara a aparecer para ouvir os protestos dela.

Resultado: O vaso estilhaçado em mil pedaços perto da porta.

Qual é? Ela é uma grávida com os hormônios a flor da pele e querem que ela não faça nada? Aí é pedir demais!

Como imaginava Harry não apareceu. Por que deveria? Era melhor deixá-la esfriar um pouco a cabeça, há menos que quisesse terminar com outro vaso na sua cabeça.

Hermione passou um tempo encolhida, olhando para a porta. Pensou que Harry poderia entrar novamente para fazer sabe-se-lá-o-que, porém ele não veio, por isso se permitiu encostar a cabeça no travesseiro e adormecer.

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Charlie deveria estar muito feliz por causa do casamento, mas, na verdade, estava preocupada. Afinal, Hermione além de ser sua Milady, era sua amiga. Uma grande amiga que a aconselhara sobre o loiro e sobre como ele tinha dificuldade em admitir o que sentia mesmo sem conseguir ao menos esconder seus sentimentos.

Draco, como a maioria dos comensais, estava em uma busca implacável atrás da castanha. Charlie não foi, pois, como uma minoria dos comensais; resolveram permanecer na mansão devido ao estado de seu mestre. Quer dizer, claro que ele estava assustador, mas não tinha condições de se defender sozinho caso a Ordem resolvessem se aproveitar da situação.

Não que eles fossem dizer algo assim para Tom, afinal, ele era o Lorde das Trevas e não deveria parecer fraco de forma alguma.

Já haviam procurado bastante, mas ninguém tinha a menor ideia de onde Hermione poderia estar. Aliás, ninguém sabia quem havia feito tal atrocidade. Nesse caso, atrocidade contra si mesmo, assim que o Lorde das Trevas descobrisse o responsável.