School Of Rock II escrita por Snapelicious


Capítulo 15
We Want To Kill Zac... Again


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas meu computador ficou louco e apagou tudo. E eu fique com preguiça de reescrever.
Uma dica: Nunca usem Linux.



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Narrado por Lily Evans.

Não sei se era Karatê, Judô ou Taekwondo, mas que Dorcas sabia dar um chute, ah, isso ela sabia.

-SIRIUS BLACK SEU ESTRUPÍCIO SEM CORAÇÃO! - berrava ela, no meio do saguão, olhando para Sirius, caído no chão.

Todos estavam esperando no saguão do hotel, com suas malas, para voltar para a estrada. Quando o meu elevador abriu, vi Dorcas praticamente voar pra cima do baterista da School of Rock. James correu para apartar.

-Dorcas! - exclamei, correndo pra perto – O que é isso?

-ESSE MONDRUGOLÓIDE...

-Não grita.

-Desculpe. Esse mondrugolóide teve a magnífica ideia de brigar com Lene! E agora ela quer ir pra casa!

Sirius parecia tão surpreso quanto eu.

-Quê? Mas ela que brigou comigo!

-E agora ela te odeia, parabéns! - retrucou Dorcas.

-Isso por acaso tem a ver com um pudim e com uma calça jeans nova? - perguntei, mas eles negaram – Então é sério. E novo. Eu vou lá pra cima falar com Lene, e James, por favor, amarra Dorcas e prende ela no porta-malas.

-Pede deixar – respondeu ele, rindo.

-Onde você esteve a noite toda? - perguntou Zac, enquanto eu chamava o elevador.

-Com Petúnia – respondi – Bem, isso foi antes dela voltar com Vernon e virar as costas para mim, a única pessoa que realmente se importa.

Ao abrir a porta do quarto das garotas, vi Marlene jogando suas roupas na mala com uma força desnecessária.

-Lene? - chamei, e ela se virou no exato momento que atirava um pacote de absorventes, e ele voava pela janela – Tudo bem?

-Claro que tá tudo bem, porquê não estaria? - respondeu ela, rapidamente.

-Talvez porquê... Você tá tentando enfiar o travesseiro do hotel em sua mala.

Ela parou no meio da ação e pareceu confusa.

-Bem, eu... Ah, ás vezes precisamos de travesseiros.

Sentei na cama já arrumada de Dorcas.

-Eu ouvi que você e Sirius brigaram – falei, e ela deu de ombros – E que você quer ir embora. Olha, eu não sei qual foi o motivo, e também não quero...

-Isso não te interessa! - gritou ela, se voltando para mim – E eu não tenho mais nada pra fazer aqui! Zac Perfeição assumiu meu lugar! Eu sou uma inútil!

E começou a chorar. Me ajoelhei ao seu lado e a abracei.

-Você não é uma completa inútil! - falei.

-Eu não falei nada sobre “completa” - resmungou ela.

-Todos aqui amam você! Todos se importam com você! - continuei – E Zac Bobão não assumiu o seu lugar! Ele só chegou pra, sei lá, ajudar.

-Isso não tá dando certo, Lily – disse ela, fungando – Essa banda. É melhor todos irmos para casa, não?

-Algumas semanas atrás, eu falei exatamente a mesma coisa para Dorcas – contei – E ela prometeu que, em um ano, conseguiríamos colocar a School Of Rock lá no topo. E agora eu prometo a você. Eu quero que isso dê certo. Estou sonhando com isso desde a sexta série. Mas eu preciso que todos fiquem unidos.

Marlene olhou para baixo.

-Se estivéssemos desistido quando perdemos a Batalha das Bandas, onde estaríamos agora?

-Provavelmente em um apartamento legal em Londres, cheias da grana e com um emprego bom – respondeu ela, dando uma risadinha.

-É, mas não seria tão divertido – falei – Não teríamos liberdade para sermos do jeito que queremos. Todo esse tempo, nos dedicando à banda... Vai valer a pena, Lene. Vai valer a pena.

Narrado por Dorcas Meadowes.

Lene jogou sua mala no porta-malas com tanta força que eu achei que ia morrer.

Eu já tive um namorado. Não lembro o nome dele. E também não lembro porquê nos separamos. Só sei que não fiquei mal assim como Lene.

-Vamos embora ou não? - gritou ela, já dentro da van e com o cinto de segurança, enquanto todos enrolavam para entrar – Temos um prazo, esqueceram?

-Como podemos esquecer – resmungou James, entrando no banco da frente ao lado de Zac – Você faz questão de nos lembrar disso toda hora.

-Cala a boca, James, e vai lavar o pé – respondeu ela. Todos a olharam confusos. Comecei a rir.

-O sapo não lava o pé. James não lava o pé – falei. Todos reviraram os olhos.

-Porquê Zac tá dirigindo? - perguntei, quando saíamos da cidade – Eu sei dirigir.

-Ah, é – ironizou Sirius – Não foi você que atropelou o instrutor?

-Não, essa foi Lily – respondi, e a garota riu.

-E agora a lei me proíbe de ficar a menos de trinta metros daquele cara.

-Eu me assustei com o adesivo ofensivo da traseira de um caminhão e arranjei briga com uma gangue de caminhoneiros – falei, me lembrando do ocorrido – E teve aquela vez que eu dormi na prova do vestibular.

-Não foi no avião? - perguntou James.

-Também. Eu dormi em Sydney e acordei em Paris – falei, enquanto eles riam – Acho que eu rolei pra baixo de um banco e as aeromoças não me viram.

-Nossa, vocês todos têm histórias fantásticas sobre suas vidas – ironizou Marlene, de braços cruzados. A janela estava aberta na cara dela, mas dava pra sentir o calor de sua raiva.

-Ah, não enche – respondeu Sirius. Os dois se encararam furiosamente.

-Nossa, até deu pra sentir a temperatura esfriando – comentei.

-Eu liguei o ar-condicionado.

-Ah.

Narrado por James Potter.

Um cara pinta o cabelo de verde e automaticamente começa a sofrer bullying.

Sirius sempre foi idiota e ninguém se importa, cadê a justiça?

Eu sempre sofri bullying, na verdade. Desde pequeno o Word não aceita que James Potter é um nome de verdade, sempre muda para Jadílson Anoplosterno. Isso me traumatizou, sabe?

Fora isso, minha vida foi de boa. Bem, sem contar os trezentos e setenta e oito foras que eu levei de Lily Evans. Não foi exatamente esse número. Só disse isso pra socializar.

-Falta muito pra chegar?

Suspirei, já irritado.

-Sirius, pela milésima vez, estamos parados – respondi.

A Lanchonete Brilho de Sol tinha tudo menos claridade. Era meio brega, naquele estilo de anos setenta. Mas as fritas eram ótimas.

-Ain dug stei nope dlol? - falou Sirius, com a boca cheia de hambúrguer.

-Quê?

-Ele perguntou se você vai tomar sua Coca – disse Marlene, com um ar cansado. Estávamos reunidos em volta de uma mesa, literalmente comendo tudo que víamos pela frente. Éramos os únicos clientes dessa lanchonete à beira da estrada, mas a jovem garçonete parecia muito feliz com isso. Inclusive, não parava de olhar para meu cabelo.

Viu só? Sou irresistível.

-Vou sim – falei, puxando meu copo para mais perto de mim, no meio de um monte de embalagens – Lene, você tem o dom. Eu conheço Sirius há mais de dez anos, e na maioria das vezes não faço a mínima ideia do que ele está falando.

-Com licença – disse a garçonete, se aproximando cautelosa – Desculpe, mas eu o conheço de algum lugar?

Lily largou sua pizza e me lançou o olhar número 223: “Explique-se ou morra”. Esse é bem comum nas garotas.

-Depende. Você estudou em Hogwarts? - perguntei, e ela negou – Frequenta a Venda do Seu Zé? Mora no centro de Londres? Tem uma tara por caras de cabelo colorido? Gosta de pôneis? Batatas? Rock? Triângulos? Ou talvez pôneis? Já falei isso?

-Não, espera – ela me interrompeu – Rock!

Sirius e Remus se entreolharam.

-Uh. - disse Remus – Isso é novo.

A garçonete pareceu pensar por um tempo. Depois seus olhos brilharam.

-Claro! - exclamou – Vocês são a School of Rock! Eu, tipo... AMO VOCÊS!

-Com certeza isso é novo – continuou Remus – Você por acaso não tem um fusca azul, não é?

-Meu Deus, isso é fantástico! - gritava a garçonete, dando pulinhos de alegria – Uma das bandas mais épicas da história, aqui, comendo batatinhas no Brilho do Sol! Ah, o grupo não vai acreditar quando eu contar... A propósito, eu sou Sarah.

-Espera, grupo? - perguntou Dorcas.

-É! Eu conheço uns vinte, mas deve ter três vezes mais. São pessoas fanáticas pela School of Rock – contou Sarah, puxando uma cadeira e se enfiando entre mim e Zac – Elas andam pela cidade, prendem cartazes, picham muros, com as letras de suas músicas! É incrível!

-Uau. - falei – Nossos fãs são uns maníacos.

-Claro, maníacos por vocês – riu Sarah. Não sei se era felicidade ou maconha, mas ela parecia muito animada – Ah, nem devia estar parada – ela se levantou de um salto – Ah, e quando vai ser o próximo show de vocês?

Todos olhamos para Zac.

-Ahn... No Festival de Birmingham – respondeu ele.

-Ah, qual é? No festival da Agropecuária? - riu Sarah – Só os perdedores vão lá!

Voltamos a olhar para Zac, que deu de ombros.

-Acho que nesse exato momento somos exatamente isso.

Narrado por Remus Lupin.

Eu nunca disse que não éramos perdedores. Mas ouvir isso do nosso próprio criador... Não faz a mínima diferença.

-Duvido – continuou a garçonete maluca. Porque todos nossos fãs são malucos? Eles podem gostar da gente, mas porquê nos imitar? - Enfim. Pena que não dá mais para comprar os ingressos, tão em cima...

-Como assim? - perguntei – Falta mais de uma semana!

Ela me olhou como se eu fosse doido. As pessoas costumam fazer isso, é.

-Você está louco, baixista da School Of Rock? - pelo o menos ela não acha que eu sou o garoto da manutenção – Os ingressos já estão esgotados. E faltava uma semana há mais de uma semana. O show é amanhã.

Nesse exato momento, todos queríamos matar Zac. Acho que o Zac queria matar o Zac.

Tenho a leve impressão que isso já aconteceu antes.


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Notas finais do capítulo

Ok, pessoas. Falando sério. O número de leitores não bate com o número de comentários por capítulo, e eu acho isso completamente injusto.
Se vocês estiverem acompanhando, gostando, ou até mesmo odiando essa fic, por favor, comentem. Eu fico deprimida porque acho que ninguém está realmente lendo isso, e espero que esse pensamento esteja errado.
Por favor.