The Ruler And The Killer escrita por Marbells


Capítulo 31
My time to play


Notas iniciais do capítulo

Então, aqui estou eu, de volta. Sei que estão chateadas por eu ter demorado tanto tempo para postar depois de dizer que isto não voltaria a acontecer. Peço desculpas e peço que compreendam que não é fácil. Além de ter muita coisa para fazer, eu estou com dúvidas. Não é sobre a fiz, claro que não, mas é sobre o meu futuro. Eu quero ser escritora e ser uma pessoa humanitária, viajar pelo mundo e ajudar quem eu poder. Eu quero mudar algo no mundo, mudar ara melhor, e tenho medo de não conseguir, porque muita gente fica apenas pelas ideias e não consegue agir. Eu não quero que isso aconteça comigo. Então, eu fico estressada e não consigo escrever porque fico pensando demasiado no futuro. Acho que isso é coisa de aquariana mesmo, mas pronto. Peço desculpas e prometo que para a próxima vez vou pensar menos sobre o futuro e agir mais no presente.
Espero que gostem do capítulo, ele não ficou muito grande não, mas vai ser um capítulo importantíssimo para o que está para vir. Se preparem, os próximos capítulos vão estar cheios de drama, amor e ação.
Boa leitura e me digam o que acharam!
Obrigada ♥



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Cato´s Pov

Saí do banheiro com a Clove ao meu colo, eu a tinha enrolado num toalha e agora me dirigia a para a cama dela. Eu ainda estava furioso, com vontade de matar aquele filho da puta que tinha tocado na minha pequena, mas primeiro eu ia cuidar dela e certificar-me de que ela estava bem. Clove estava dormindo, o rosto dela estava sereno e um ligeiro sorriso se formou nos meus lábios quando ela suspirou durante o sono, enterrando o rosto no meu peito. Cuidadosamente, coloquei Clove na cama, tentando não a acordar. Eu estava com uma toalha enrolada á cintura também, apenas com uns boxers por baixo. Deitei-me ao lado de Clove e abracei-a, tapando-a com o lençol. Havia algumas marcas arroxeadas á volta dos lábios da Clove e me lembrei da imagem do cara tapando a boca dela, tentando abadar os gritos da Clove. Um arrepio percorreu a minha coluna ao pensar no que teria acontecido se eu não tivesse chegado a tempo. Aí sim eu teria matado aquele desgraçado e nem os pedidos de Clove me impediriam de tal. Suspiro quando a porta do quarto se abre e Enobaria entra, com uma expressão tensa e cuidadosa. Ela olha para nós durante algum tempo, mais especificamente para o rosto de Clove enterrado na curva do meu pescoço e os meus braços á volta cintura da minha namorada.

-Ela está dormindo? – assenti e Enobaria suspira – Venha, Cato, nós precisamos de falar com você.

-Nós quem? – pergunto num tom baixo, para não perturbar Clove.

-Eu, o Brutus e a Niah. Recebemos notícias vindas da Capital e são sobre… o que aconteceu. – assinto mais uma vez e afasto Clove de mim com gentileza, embora na realidade o meu sangue esteja ardendo devido á vingança que sinto ser necessária.

Enobaria saí do meu quarto e eu sigo-a até á salinha onde nos encontrámos com os nossos patrocinadores mais importantes, ou seja, os que pagaram mais para que saíssemos vivos da arena. Brutus está sentado numa poltrona, de braços esticados e com uma garrafa na mão direita. Niah está “elegantemente” sentada no sofá, de perna cruzada e a coluna direita, mas é a sua expressão que me preocupa. Niah está sempre sorridente, batendo palmas, ralhando comigo e Clove ou saltando de um lado para o outro, por isso, assim que a vejo franzir o cenho e balançar nervosamente o pé, começo a ficar preocupado.

-O que é que vocês sabem sobre o desgraçado? – pergunto. Enobaria e eu somos os únicos em pé.

-Recebemos notícias da Capital, - começa Brutus, olhando para a garrafa, que baloiça de um lado para o outro – o Presidente Snow já sabe o que aconteceu e pediu-nos uma justificação. – levanto a sobrancelha e cruzo os braços. Mas é que só podem estar a brincar!

-Como assim ele pediu uma justificação? A minha namorada quase foi estrupada e ainda pedem uma justificação para eu ter dado cabo do miserável? Isso é…

-…é um absurdo! – exclama Niah, levantando-se repentinamente do sofá. A mulher da Capital anda até estar perto de mim e me olha compreensivamente – Você  tem toda a razão, querido. – Enobaria balança a cabeça em concordância - E foi por isso mesmo que nós exigimos um pedido de desculpas vindo do Presidente Snow por ter permitido que a Clove fosse tratada daquela forma. – olha para Niah em confusão.

-“Ter permitido”? Como assim? – Brutus suspira.

-Explique isso ao garoto, Enobaria. Mas primeiro o afaste de tudo o que for quebrável, não estou com vontade nenhuma de ter coisas quebradas no trem também.

-Cato, - a voz de Enobaria está tensa e percebo que ela está a tentar formular o que vai dizer de uma forma cautelosa – você sabe quem é o Finnick Odair?

-Claro que sei, ele venceu os 65º Jogos Vorazes. O que tem o Finnick Odair  a ver com isto? – pergunto num tom desconfiado.

-Então, suponho que você saiba também que lhe foi oferecida uma “proposta” para ir á Capital todos os anos e que… - Enobaria bufa e rola os olhos, agora frustrada – Eu não sou boa com palavras, por isso vou logo direta ao assunto. Quando o Finnick Odar fez 16 anos, o Presidente Snow praticamente o obrigou a se prostituir ppara as mulheres da Capital. Ele não foi o único Vencedor a receber tal “proposta”, mas era o que dava mais dinheiro. Agora, o Presidente Snow quer fazer o mesmo com a Clove. – os meus olhos se abrem completamente e cerro os maxilares com violência. “Não, não. A Clove não!” – Foi por isso que o Arband tentou estrupar a Clove, porque ele pagou para a ter.

-Eu vou matar aquele… - rosno, fazendo caminho até á porta, mas Brutus, que agora está levantando, me segura o ombro.

-Nem pense nisso, garoto. Você e a Clove já estão com muitos problemas, não acho que precisem de mais. – abano a cabeça, exasperado.

-Ele não pode fazer isso com a Clove! Ela nem sabe porque aquilo aconteceu! O Presidente não pode simplesmente… Merda! – crack. Dou um pontapé no pé da mesa que estava a meu lado e a mesa cai, fazendo Niah saltar para trás e Brutus rolar os olhos.

-Eu disse para afastarem ele de coisas quebráveis. Não vou pagar nada, estou avisando! – ele levanta as mãos no ar e volta para a poltrona – Não quebre mais nada, Cato, os Avoxes ainda fazem queixa de você. – o meu mentor diz num tom divertido, levando a garrafa que tinha pousado no chão à boca.

-Eu não vou deixar que mais ninguém toque na Clove e quem não levar isso a sério vai ter problemas comigo. Não estou a brincar. – aviso, saindo de rompante da sala. Enobaria e Niah ainda chama por mim e ouço as gargalhadas e comentários típicos de bêbados de Brutus, mas assim que chego ao quarto de Clove fecho a porta atrás de mim.


Clove´s POV

O resto do dia foi horrível. Cato acordou-me depois do pareceram apenas alguns minutos de eu ter adormecido, abanando o meu ombro gentilmente. Levantei-me, com o rosto inchando e os olhos vermelhos, e fui para o banheiro. Lavei o rosto e voltei para o quarto, onde a minha equipa de preparação já me esperava. Não me atrevi a olhar para Cato, apenas encarei a parede á minha frente e pretendi que não ouvia o meu estilista a dizer-lhe para sair dali e para o seu próprio quarto. Eu sabia que Cato queria me dizer alguma coisa, algo importante, mas não tinha cabeça para aquilo. Não naquele momento. Pensando bem, até acho que não fiquei em estado de choque depois do que aconteceu. Pelo contrário, eu fiquei ainda mais desperta e isso estava a dar cabo de mim.

O vestido era bonito. Longo e leve, com um corte arredondado e profundo nas costas e alças que se uniam atrás do meu pescoço. O meu cabelo continuou solto, apenas a franja foi posta para trás, com um gancho verde-seco, tal como o meu vestido.

Não falei com mais ninguém nas horas seguintes, apenas fingi que estava a decorar o meu “discurso”. Ouvia Brutus e Enobaria a aconselharem Cato sobre o que ele devia dizer, mas eu podia sentir seu olhar tenso sobre mim. No entanto, não fiz nada para o assossegar. Eu não queria estar ali. Queria ficar na cama o dia todo, sozinha e a pensar no que tinha acontecido. Eu sabia que não tinha culpa nenhuma de aquilo ter acontecido, mas sentia-me tão… culpada. Eu queria estar com Cato, claro que queria, mas parte de mim achava que ele não merecia alguém como eu. E não falo apenas sobre o ataque, estou a referir-me também ás coisas que fiz. Cato precisa de alguém estável e que não esteja quase insano. Eu não faço bem ao Cato, eu apenas o arrasto comigo para os meus problemas, quando os dele já bastam.

Quando ficámos perante o olhar penetrante e acusador do Distrito 12, Cato e eu estávamos de mãos dadas. A minha mão estava presa na dele, que quase esmagava a minha, tão pequena e solta. Eu sabia que Cato ia querer falar comigo sobre a minha reação, mas, por agora, o melhor seria ignorar. Eu precisava de pensar sobre o nosso futuro, embora soubesse que as minhas opções eram bastante limitadas.

Tudo aquilo sobre eu não ser quem ele merecia ficou posto de lado quando os meus olhos encontram os avermelhados e inchados de Primrose Everdeen, a irmã da garota que eu matei. Minha última morte. Acho que nunca me vou esquecer de Katniss ou dos seus olhos cinzentos e arrogantes. É impossível esquecer o rosto da pessoa cujas esperanças eu roubei. Não desvio o olhar do de Primrose, apenas a encaro inexpressivamente. A garota rapidamente percebe que eu estou olhando para ela e esconde o rosto na saia da mãe, que está com uma expressão que beira à loucura.

Levanto o meu olhar e fito o horizonte verde do Distrito 12. Eu odeio a Capital por tudo o que me fez passar, por toda a dor, as mentiras, a manipulação. Mas também odeio o Distrito 12. Eu odeio todos os Distritos e todos os seus habitantes, incluindo Cato e eu própria. E esse ódio vem da minha incapacidade de compreender porque porra ninguém é capaz de levantar a sua voz e por, por finalmente, um fim a toda esta palhaçada que, todos os anos, custa a vida de 23 inocentes. A minha raiva queima no meu sangue, eu sinto-a a queimar, a arder avidamente enquanto ouço a voz de Cato a discursar.

O discurso do meu namorado é breve, mas suficiente. Apenas alguém que o conheça tão bem quanto eu poderia dizer que não foi ele quem escreveu aquilo, pois ele decorou tudo e as palavras saem-lhe fluidamente da boca. Apenas Niah aplaude e até posso ouvi-la a queixar-se da falta de elegância da população deste Distrito. Agora é a minha vez.

Dou um passo em frente, a ponta da sandália dourada quase a pisar o vestido. Quando me vi ao espelho, não pude evitar pensar em como que me parecia, vestida e penteada daquela forma, com aquelas personagens épicas dos filmes da Capital. Mas não há nada de épico em mim a não ser os meus sentimentos e isso é uma pena, porque Panem inteira morreria em chamas com a intensidade da minha raiva e revolta.

Largo a mão de Cato e abro a boca para começar a falar, mas algo me interrompe. Não é um som, não é um empurrão nem um toque. É um impulso. Franzo o cenho e olho para Cato, que me lança um olhar confuso.

-Clove, você está bem? – ele sussurra. Eu assinto, mas continuo de boca fechada.

Não há tempo para pensar, refletir nas minhas ações, tudo é demasiado impulsivo. Finalmente, vou poder mostrar que não podem jogar comigo e esperar que eu perca sem tentar sequer ganhar. Não mesmo. E o que faço a seguir é por mim, por Cato e pela vida que eu quero ter no futuro. É por Peeta, Katniss, Rue e todos os outros pelos quais eu não senti nem sinto nada, mas que sei que tinham pessoas que dependiam deles. É por tudo e por nada. É por teimosia, por mau perder, mas também por altruísmo e por ter vontade de mudar Panem. Porque, se não for eu a dar o primeiro passo, não me parece que alguém mais o vá fazer.

A Capital levou todos estes anos a jogar com os Distritos, com os sentimentos e vidas das pessoas. Agora, perante um Distrito inteiro e ao vivo para toda a Panem, é a minha vez de jogar. E garanto, eu não vou perder.


Gente, dêm uma espreitadela aqui. É um rpg que eu criei hoje e é com as peronagens de Jogos Vorazes, mas num Centro Psiquiátrico. Ainda faltam muitas personagens, mas, se gostarem da ideia, me avisem e participem, okay?

Obrigada.



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Notas finais do capítulo

Comentem! Obrigada ♥