Entre Mãe E Filha escrita por nikas


Capítulo 31
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Não consegui postar ontem, mas de hoje não passa.



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Bella POV

Dizem que o que é bom dura pouco e pude comprovar isso pela rapidez com que o fim-de-semana passou. Quando dei por isso era Domingo e Edward levava-me de volta para casa, depois do mais maravilhoso fim-de-semana que poderíamos ter passado.

Assim que entrei na sala, rindo das suas constantes piadas, vi Renee sentada no sofá.

Fui imediatamente até ela, abraçando-a e ansiosa para saber como foi o fim de semana dos mais pais. A pergunta rondava-me a cabeça: será que se acertaram, ou nada tinha corrido como o planeado?

Com entusiasmo puxei-a para o sofá, querendo fazer-lhe um interrogatório completo sobre as novidades.

- Como foi o fim de semana? Quero saber tudo.

Renee riu.

- Posso cumprimentar o teu namorado, primeiro?

Acenei afirmativamente.

- Podes pois.

Edward riu enquanto pousava as malas à porta e abraçou Renee, sentando-se em seguida ao meu lado.

- Então, o que querem saber?

- Apenas aquilo que for conveniente – respondi rapidamente – Por favor, guarda os pormenores para ti – pedi, fazendo uma careta. Não era minha intenção ouvir mais do que aquilo que queria. No entanto, uma pergunta rondava a minha mente- Como foi rever o pai?

Renee sorriu carinhosamente.

- Impressionante. Foi como se eu nunca tivesse partido. Assim que o vi percebi esta minha certeza se que ele é o homem da minha vida.

- E o pai? Gostou de te ver? – perguntei, mesmo já sabendo a resposta. Charlie era totalmente apaixonado por Renee, sempre o seria e para ele este fim de semana era aquilo pelo qual ansiava.

- Pelo que pude perceber sim. Mas deixem-me contar-vos por partes.

Ao meu lado, Edward manifestou-se.

- Renee se preferires que vos deixe sozinhas diz.

- Não digas disparates Edward. És da família e aqui não há segredos.

- Certo, então conta-nos.

Os olhos da minha mãe perderam o foco, como se estivesse a recuar no tempo e a reviver as suas lembranças ao mesmo tempo que nos contava.

- Foram raras as ocasiões da minha vida em que me senti tão nervosa como na viagem para Forks. Parecia que todo o meu corpo tremia e durante toda a viagem lutei contra aquela parte de mim que insistia em dizer que de nada serviria aquela viagem e que o melhor seria ir embora. Mas no momento em que os meus olhos pousaram naquele homem foi como se o meu mundo se reordenasse de forma a voltar a funcionar novamente de uma forma que não acontecia desde que eu saíra de lá.

Os meus olhos enchiam-se de lágrimas enquanto ouvia a minha mãe a falar e mais uma vez aquele sentimento de ser a culpada por aquilo que os meus pais passaram voltou com toda a força.

Senti a mão quente de Edward a envolver a minha e apercebi-me que se as coisas não tivessem sido assim, agora as nossas vidas poderiam ser totalmente diferentes: os meus pais poderiam ter tido um divorcio desagradável e eu poderia nunca ter conhecido Edward. Apertei a sua mão em resposta e voltei a concentrar-me na história de reconciliação.

- E como foi falarem frente a frente pela primeira vez depois destes anos? Estranho? – perguntei?

- Eu pensava que seria. Aliás essa era uma das causas de todo o meu medo. Eu temia que nós não conseguíssemos deixar todo o passo para trás, temia que as feridas fossem demasiado profundas. Mas o reencontro foi tão natural que imediatamente esqueci todos os receios – Renee pareceu voltar ao presente e sorriu – Esse sempre foi uma das maiores qualidades do teu pai: fazer-me sentir segura, fosse qual fosse a situação.

Sorri para Edward.

- Percebo o que queres dizer. Eu também encontrei um assim e não consigo imaginar um sentimento melhor.

- Então não cometas os meus erros, querida. Quando se encontra algo assim, quando a pessoa que amamos mais que tudo é também o nosso melhor amigo, então vale a pena lutar contra todas as adversidades da vida, porque é assim que nos apercebemos do quanto essa pessoa é importante para nós. É quando chegamos ao fim do pior dia da nossa vida e mesmo assim basta olhar para essa pessoa para que tudo fique bem.

- Eu acho que esse é o tipo de relacionamento que muitos querem encontrar mas poucos conseguem manter –Edward comentou, e Renee assentiu concordando.

- Eu concordo com vocês, mas conta mais, mãe.

Bem, depois de nos cumprimentarmos e de te usarmos como desculpa e tema para as conversas iniciais, Charlie ignorou a minha intensão de ficar hospedada noutro sitio e levou-me para a nossa antiga casa

- Está igual, não está, mãe?

- Igualzinha. Nem quis acreditar quando lá entrei e me percebi que nada mudara. Quando me apercebi disso surpreendi-me quando me dei conta de que ao contrário do que eu esperava as boas memórias superavam com uma boa margem as más memórias.

- Acho que o pai nunca teve coragem para mudar algo que pudesse fazer com que ele te esquecesse. Como se isso fosse possível – suspirei ao lembrar o ar vago e triste que os seus olhos adquiriam quando ele pensava que eu não estava a ver. Era um olhar sofrido, de saudades da mulher que sempre amou e da vida que uma vez tiveram.

. E falaram sobre aquilo que se passou entre vocês? – Edward perguntou tão interessado quanto eu.

- Não logo. Aproveitamos a tarde para passear. Reencontrei pessoas que não via à demasiados anos e foi bom rever todos aqueles lugares. Só percebi a saudade que tinha de tudo aquilo quando já lá estava. Então quando chegamos a casa depois do passeio, Charlie convidou-me para jantar.

- Ao restaurante da tia da Tanya? – Edward perguntou, sorrindo.

- Sim, esse mesmo. Vocês foram lá?

- Jantámos lá os dois – respondi abobalhada ao relembrar aquela noite. Aliás aquele fim-de-semana – Parece que aquele é um sitio especial para todos nós – conjeturei.

Para minha surpresa Renee corou.

-Sim, é. Falamos sobre tudo o que se passou, sobre o que sentíamos e percebemos que não faz qualquer sentido estarmos separados. Amamo-nos, sempre nos amamos e qualquer momento em que não estejamos juntos é um desperdício.

Sorri e lancei-me nos braços de Renee, abraçando-a com força.

- Oh mãe, estou tão feliz. Vocês merecem estar juntos e recuperar o tempo perdido.

- E como vão fazer, Renee? Vão continuar cada um na sua casa em viagens constantes?

Assim que Renee abriu a boca para responder o meu telemóvel começou a tocar.

Saltei do sofá, tropeçando no pé de Edward que imediatamente me amparou.

- Por favor, Bella, toma cuidado.

Corei pelo seu tom de preocupação e ainda mais ao ver que os dois seguravam o riso.

Com mais cuidado fui até ao telemóvel, vendo que era Tanya.

- Venho já.

Eles assentiram e fui para o quarto.

- Tanya.

- Não me contas nada – queixou-se sem se preocupar em responder ao cumprimento – o que é que a tua mãe veio fazer a Forks?

- Viste-a? – perguntei animada.

- Não. Fui a uma bruxa e ela  contou-me . ironizou, fazendo-me rir – Claro que a vi. Imagina a minha cara de espanto quando me cruzei com ela na rua.

- Oh Tanya é maravilhoso…  - contei-lhe por alto a história da reconciliação.

- Bella, que bom. Sei que isso é algo pelo qual sempre ansiaste.

- Sim, ver os meus pais juntos de novo foi sempre o meu sonho. Mas esta não é a única novidade – senti a minha voz tremer de entusiasmo por isso não fiquei surpresa ao ouvir o seu gritinho animado em resposta.

Respirei fundo e enrolei-a de propósito.

- Pronta? Queres mesmo saber?

- Estás a gozar comigo, certo?

Ri do seu tom de voz indignado.

- Eu tive o fim de semana mais romântico de sempre, Tanya.

- Não acredito…Vocês… oh conta-me tudo

Contei-lhe como tinha sido o melhor fim de semana da minha vida e nada pude fazer para evitar ficar vermelha com as perguntas de Tanya. Deus do céu. Nunca conheci ninguém tao desenvergonhado como ela.

Quando acabei de responder ao seu interrogatório, Tanya pareceu dar-se por satisfeita.

- Aposto que estás vermelha que nem um tomate.

- Cala-te.

- Agora a sério, Bella. Acho que são perfeitos um para o outro. Nunca te ouvi assim tão feliz.

- Ele faz-me feliz, Tanya. A cada momento do meu dia.

Falamos mais um pouco e depois desligámos.

Quando me preparava para levantar da cama, olhei para o telemóvel que tinha nas mãos e resolvi ligar para Charlie que atendeu ao segundo toque.

- Bells – sorri perante a sua voz animada.

- Oh pai, estou tão feliz com as novidades. – soltei logo de cara, esquecendo-me de o cumprimentar.

- Estás mesmo.

- Podes apostar que sim. Já ouvi a mãe mas agora eu quero saber de ti. Como estás a lidar com tudo isto?

- Estiveste comigo todo o tempo, Bells, por isso sabes bem como foi que tudo aconteceu.

- Sim, eu sei – respondi triste relembrando de como ele tentava disfarçar o desgosto quando eu era apenas uma criança para não piorar as coisas para mim.

-Mas quando vi a tua mãe a sair do avião foi como se o tempo começasse a andar para trás e lá estávamos os dois, perdidos a olhar um para o outro. Sabes, querida, sindo que tivemos que passar por tudo isto para chegar até aqui.

Ri.

- Isto realmente prova que nos conhecemos tão bem. Eu pensei exactamente o mesmo quando ouvia a mãe a falar. Todos nós sofremos ma aqui estamos, a amarmo-nos a mesma e cada vez com mais intensidade.

- E tu com esse teu coração de ouro.

- Mérito teu, pai. Foste tu quem me criou – respondi sentindo os olhos a arderem.

Charlie estava, de certeza, na mesma situação que eu porque pigarreou e mudou completamente de assunto.

-Bem, vou ter de ir verificar umas coisas para amanhã.

Sorri.

Este era o meu pai.

-Claro, pai. Eu também vou voltar para o pé deles.

- Manda um abraço ao Edward e um beijo à tua mãe.

- E para mim? – piquei.

- Para ti vai um beijo muito especial, cheio de saudades.

- Vou visitar-te em breve, prometo.

- Acho muito bem.

Despedimo-nos e voltei para a sala encontrando os dois naquilo que parecia ser uma conversa séria.

Assim que entrei Renee voltou-se para mim com um sorriso.

- Fiz bolo quando cheguei. Querem?

- De chocolate? – perguntei, já sentindo água na boca.

-Sim.

- Então não há qualquer dúvida de que sim, quero.

- Esperem aqui.

Assim que Renee saiu da sala, Edward abriu os braços, convidando-separa o seu colo, para onde fui sem hesitar, feliz da vida.

Aconcheguei-me nos seus lábios, deitando a cabeça contra o seu peito.

- Estás a transbordar de felicidade. – afirmou, estreitando os braços à minha volta.

- Este foi, sem qualquer duvida, o melhor sim de semana da minha vida – desencostei a cabeça, fintando o seu olhar – primeiro tudo aquilo que se passou connosco, que não poderia ter sido mais perfeito e depois, chegar a casa e saber que os meus pais estão finalmente juntos, depois de tanto tempo… - balancei a cabeça – tenho até medo de acordar e descobrir que tudo foi apenas um sonho.

Edward correu um dedo pela minha bochecha, até chegar ao meu queixo e puxou-me na sua direcção, beijando-me lentamente. Quando senti os seus lábios tocarem nos meus levei os dedos às suas mexas, fazendo-lhe um carinho, como sabia que ele gostava.

Quando nos separamos, de testas encostadas, Edward abriu um lindo sorriso que me deixou momentaneamente sem reacção.

- O que foi? – perguntei sem deixar de acariciar o seu cabelo.

- Eu espero que a próxima novidade da tua mãe te deixe ainda mais feliz – comentou, passando a correr as mãos pelas minhas costas.

- Mais ainda? – perguntei descrente.

Ele pareceu pensar um pouco antes de me responder, agora olhando-me com especulação.

- Bem, dependendo da tua reacção, a mim deixa-me nas nuvens.

Enquanto me perdia naqueles hipnotizantes olhos verdes o meu cérebro começava a trabalhar furiosamente, na tentativa de perceber qual poderia ser o significado das suas palavras.

Sem sucesso.

- O que queres dizer com isso?

Edward apertou-me gentilmente o nariz enquanto balançava a cabeça.

- Prometi à tua mãe que não dizia nada.

Fingi-me de emburrada.

-Então quando é que vou saber?

Nesse exacto momento, Renee entrou na sala, trazendo consigo um tabuleiro com bolo e café.

- Agora mesmo – disse-me sorrindo, voltando-se em seguida para Edward – Eu sabia que não ias ser capaz de ficar calado.

Edward tombou a cabeça para um lado e abriu aquele sorriso torto, assemelhando-se a um menininho que sabia que se tinha portado mal.

- É mais forte que eu,

Interrompi-os, curiosa demais que deixar que continuassem com a brincadeira.

- Mas ele não me contou nada. E eu quero saber.

Eles riram da minha impaciência mas não se mostraram apressados, muito pelo contrário. Renee partiu o bolo e passou uma fatia a cada um, antes de se sentar no mesmo sofá em que nós estávamos.

 -Bem… - começou parecendo nervosa – Querida, lembraste que eu disse que eu e o teu pai queríamos estar juntos e deixar de desperdiçar o tempo?

- Claro – respondi prontamente, provando em seguida o bolo e controlando-me para não gemer em satisfação pelo seu óptimo gosto. Dei  mais uma garfada.

- Nós falamos sobre isso, mas não foi preciso muito para que chegássemos a uma conclusão. – Fez uma pausa antes de continuar – Eu decidi ir viver para Forks – soltou a bomba.

Fiquei a olhar para Renee, de olhos arregalados e com a boca demasiado cheia para poder dizer algo que fosse minimamente coerente por isso comecei a mastigar o bolo furiosamente, engolindo rapidamente.

- Repete, por favor. – pedi a uma Renee que parecia algo receosa à espera da minha reacção.

- É isso, filha. Acho que já deixamos passar demasiado tempo e estamos a envelhecer. Não é como se estivéssemos a ficar mais novos e a ganhar mais tempo.

Percebi que Renee estava a tentar justificar a sua decisão, como se pensasse que me opunha, por isso apressei-me a acalmá-la.

- Mãe, tem calma. Eu acho uma excelente ideia. E acho lindo o facto de estares disposta a deixar tudo para voltar para o pai.

O meu trabalho pode ser feito em qualquer lugar e posso ser substituída por qualquer pessoa… mas  teu pai é maravilhoso naquilo que faz e eu nunca permitiria que ele desistisse de algo que o faz tão feliz.

Sorri, orgulhosa porque para mim este acto da minha mãe era a prova de amor que seu sabia que Charlie precisava para acreditar que as coisas correriam bem e que eles estavam juntos para valer.

E foi quando me lembrei:

- E esta casa? Vais vender? Amanhã mesmo vou ver se consigo arranjar um quarto onde ficar.

Percebi que Renee e Edward trocaram um olhar antes de ela me responder.

- Eu tive uma ideia que penso que seja muito melhor.

- Sério? Que pensas fazer?

-Gostaria de convidar o Edward, se tu estiveres de acordo, para vir morar contigo – senti a minha boca abrir com a surpresa – Não me parece bem vender a casa mas também não te quero a viver aqui sozinha. E também não te quero a viver em qualquer outro lado quando tens aqui uma casa. O que achas?

-Eu… - voltei-me para Edward que me olhava, sorrindo.

- Bella, queres viver comigo? – pediu com uma voz rouca que me fez estremecer.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capitulo? Por favor deixem a vossa opinião.
Amei os comentários que aqui deixaram. Este capitulo e dedicado a quem comentou o anterior.
Um beijinho a:
-> Lóte
-> veronica nuno
-> ana sara
-> michaelamarce
-> claudia pires
-> leonor
-> Carlota Teixeira
-> rita santos
-> diana palmeiro
-> marlene
-> Nany Stewart
-> Susa Santos
-> joanattnp
-> patricia ribeiro
-> patricia
-> Nathalia Costa
-> bellacullen2
-> Lu Cullen
-> vau
Um excelente fim de semana e até ao próximo capitulo.



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