POV BELLA

O primeiro dia na Faculdade foi completamente diferente daquilo que eu achava que ia ser, surpreendendo-me pela positiva.

Para ir para lá fui pelo caminho que Edward me ensinara, e assim fui relembrando como era a nossa relação naquela altura e como tudo estava tão diferente. Isso ajudou-me a descontrair um pouco e a esquecer o nervosismo, pelo menos durante algum tempo.

Mas assim que lá cheguei o nervosismo voltou todo por isso, antes de entrar respirei fundo e pensei comigo mesma “tu consegues, Bella. Vai tudo correr bem”.

Assim que entrei fui até à secretaria, que graças ao passeio com Edward eu já sabia onde ficava e a funcionária que me atendeu foi super simpática, deixando-me logo à vontade e
deu-me uma lista das matérias dadas em cada cadeira para que eu pudesse actualizar-me e saber o que estudar.

Consegui tratar de tudo antes da hora da aula e assim, dirigi-me para o anfiteatro onde seria a minha primeira aula. Ao chegar lá foi estranho ver a
quantidade de gente que estava numa mesma aula, se comparado com a pequena turma de onde eu vinha e ainda mais da pequena escola de onde vinha, onde todos se conheciam.

Sentei-me no primeiro lugar que encontrei, ao lado de um rapariga que se dirigiu a mim com um sorriso gentil.

- Olá. Nunca te vi por aqui.

Fiquei surpresa pelo seu tom simpático e logo lhe sorri de volta.

- Olá. É o meu primeiro diz aqui.

- Uau. A serio? – acenei – então, sê bem vinda. O meu nome é Ângela.

- Obrigada. Eu sou Isabella, mas por favor trata-me por Bella.

- Certo, fica bem mais fácil.

- As aulas são difíceis de acompanhar?

- Oh não te preocupes. Basta que vejas em casa aquilo que demos que consegues situar-te bem.

- Eu já tenho a lista das matérias. Entregaram-me na secretaria.

 - Então vais ver que consegues. Se precisares de alguma ajuda não exites em pedir-me. Se quiseres empresto-te os meus apontamentos.

- Serio? Obrigada.

- Ora Bella, nós aqui estamos todos na mesma situação. Temos de nos ajudar uns aos outros.

- Sim, mas aposto que nem todos pensam como tu.

- Acertaste.

O professor entrou nesse momento e por isso apenas sorrimos uma para a outra e passámos a tomar atenção àquilo que ele dizia.

A aula passou rapidamente e quando dei por isso outra começava e em seguida outra e quanto mais eu vi-a e ouvia mais me convencia que este era, verdadeiramente, o curso que eu gostava.

Quando chegou a hora de almoço, Ângela convidou-me para me juntar a ela e aos seus amigos para não ficar sozinha. Aceitei prontamente o convite e sorri ao lembrar a insistência de Edward para que me abrisse e conhecesse gente nova.

Assim que chegámos à cantina da faculdade fomos buscar a nossa comida e, em seguida, Ângela levou-me para uma mesa onde estavam dois rapazes e uma rapariga. Assim que lá chegámos todos eles me olharam com curiosidade.

- Bella, estes são  o Seth que está a cursar história, a Claire  que está em jornalismo e o Ben que também está em história e é meu namorado. Pessoal, esta é a Bella, a nova
aluna da minha turma.

- Olá a todos. Espero que não se importem que invada assim a vossa mesa.

- Ora essa Bella. Senta aí – disse Claire apontando para um dos lugares.

Assim que o fiz eles voltaram-se para mim e percebi que seria alvo de um pequeno interrogatório.

- Então, Bella, de onde és?

- Eu sou de Forks, conhecem?

Seth sorriu animado.

- Eu tenho lá família. Conheces o Jacob Black?

- Claro que sim. Ele é um dos meus melhores amigos. É da tua família?

- Sim, somos primos.

- Bem me parecia que a tua cara não me era estranha. Vocês são muito parecidos – ele sorriu – costumas ir a Foks?

- Para falar a verdade a ultima vez que lá fui foi à uns quatro anos. Normalmente quando o encontro é nas festas de família mas essas nunca são na casa daqueles preguiçosos.

Ri pois essa era uma boa descrição para Jacob e Billy.

- Sim, acredito em ti.

- Bella – olhei na direcção de Ângela – onde estás hospedada aqui?

- Em casa da minha mãe. Essa foi a principal razão para eu querer vier para esta faculdade. Eu e a minha mãe nunca fomos muito próximas por isso vim para uma reaproximação.

- Oh que bonito – disse Claire com os olhos brilhantes – Sabes, Bella, eu sou órfã de mãe e sei bem a falta que ela me faz por isso acho bonito esse teu gesto.

Sorri para ela ao mesmo tempo que Seth a abraçava protectoramente e lhe beijava a testa.

- Eu já não aguentava saber que tinha mãe mas só a ver nas datas especiais. Quis mudar isso.

- Mas só vieste agora? – perguntou Ben que até então se mantivera calado.

- Sim. Eu já cá estive antes, a  tempo de vir às aulas mas surgiu um imprevisto e tive de voltar a Forks, por isso só agora consegui vir.

- Pelo menos conseguiste regressar – Ben  comentou gentil.

- É verdade – sorri ao relembrar o reencontro com Edward que motivou o meu regresso mas fui arrancada dos meus pensamentos quando eles se começaram a levantar. Olhei o relógio e percebi que estava na hora da minha última aula do dia.

Mais uma vez a ultima aula passou a correr mas nesta já notei um ritmo de trabalho diferente, tendo-nos sido pedido para fazer um trabalho a pares. Perguntei a Ângela se queria fazer o trabalho comigo e ela respondeu-me com um sorriso, aceitando prontamente.

Quando cheguei a casa liguei a Charlie de quem estava cheia de saudades. Ele atendeu ao primeiro toque.

- Bella, querida. Estava ansioso para que me ligasses.

- Olá, pai. Como estás?

- Estou bem e tu? Como foi o teu primeiro dia?

-Estou optima. O dia foi fantástico. Conheci pessoas maravilhosas e dei-me muito bem com as matérias.

- Ainda bem querida. Estava preocupado que a tua timidez fosse um problema.

- Sim, eu também mas conheci uma rapariga muito simpática que me apresentou logo a uns amigos dela e trataram-me muito bem. Mas mudando de assunto, pai…

- Sim..

- Que história é essa de a mãe te ir visitar?

- Oh… bem… sabes querida, é que enquanto tu aqui estiveste nós dois conversamos muito por telefone – sentei na cama, surpresa por ouvir o meu pai engasgado e todo atrapalhado a falar – E bem… pensámos que seria uma boa ideia ela retornar onde tudo começou.

- Pai, isso é uma ideia maravilhosa. Porque é que não me contaste nada?

- A tua mãe pediu para que não te contasse nada, queria ver no que isto ia dar, mas sabes que não aguento esconder-te alguma coisa. Digo logo tudo.

- E acho muito bem – brinquei mas logo fiquei mais séria – sabes que eu faço o mesmo contigo.

- Eu sei filha.

- Pai

- Sim?

- Tu sabes que eu sempre vos quis ver juntos mas por favor tem cuidado e não te deixes magoar. És demasiado bom por isso primeiro tem a certeza de que isto vai resultar. Não te quero ver mal no final.

- Oh querida. Não te preocupes com este velho. Quero dar uma oportunidade a mim e à tua mãe. Quero ver se as coisas entre nós podem resultar ao fim destes anos todos.

- Eu espero sinceramente que resultem – torci.

- Também eu. Faz-me só um favor.

- Claro. Qualquer coisa.

- Não comentes nada com a tua mãe. Não quero que ela se sinta pressionada a alguma coisa. Quero que se as coisas acontecerem seja naturalmente e não para agradar.

- Claro pai, fica descansado que não conto a ninguém – prometi mas depois arrependi-me – mas…

Charlie interrompeu-me antes que eu pudesse terminar.

- Estás autorizada a contar ao Edward.

Sorri, aliviada.

-Oh boa. Não ia conseguir ficar calada ao pé dele.

Charlie riu mas rapidamente ficou sério.

- Escuta querida, vou ter de desligar, surgiu aqui uma situação.

- Tudo bem, pai. Até depois.

- Adeus, querida.

Assim que desliguei fui lanchar e depois passei a tarde fechada no quarto a estudar.

….

A semana estava a passar rapidamente e hoje já era quinta e ainda não tinha visto Edward desde que ele me deixou em casa no Domingo. Os nosso horários nunca eram compatíveis. Quando ele podia eu estava em aulas, quando eu podia, ele estava a trabalhar.

Fechei os livros e suspirei cansada. Olhei para o relógio e, surpreendida vi que já eram 9h da noite.

Comecei a arrumar tudo mas fui surpreendida por batidas na porta.

- Entra mãe

A porta abriu e um Edward sorridente espreitou.

- Só a tua mãe pode entrar ou eu também estou autorizado?

- Edward! – gritei feliz, atravessando o quarto e atirando-me nos seus braços – que saudades – queixei-me com o nariz enterrado no seu pescoço, sentindo o seu cheiro maravilhoso.

- Eu já não aguentava mais um minuto sem te ver. Estava a precisar de um abraço destes.

Afastei-me dele e preocupei-me ao ver o seu estado. Passei a mão no seu rosto ao ver os olhos raiados de sangue pelo cansaço e as olheiras profundas.

- Estás tão cansado. – comentei preocupada.

-  Não tenho descansado nada.

- Edward – ralhei.

- Calma mãezinha, amanha tenho folga e este fim de semana vou estar na melhor companhia possível – sorri – agora pára com o sermão e dá-me um beijo.

Prontamente, passei os braços ao redor do seu pescoço e puxei-o para mim, beijando-o. Mas isso era pouco depois destes dias longe por isso levei as mãos aos seus cabelos, enroscando os dedos nos seus fios macios e aprofundei o beijo, cheia de saudades.

Aparentemente Edward sentia a mesma saudade pois sem perceber como eu estava entre ele e a porta, sentindo o seu corpo forte de encontro ao meu.

- Edward – murmurei entre o beijo.

Com o seu corpo de encontro ao meu comecei a sentir coisas que nunca sentira antes, um calor inexplicável tomava conta de mim e fazia-me querer fundir o meu corpo ao de Edward. Edward  pegou numa das minhas coxas e passou a minha perna ao redor da sua cintura e, quando tocou a outra, percebi a sua intenção, por isso entrelacei esta perna na outra.

Assim, que as minhas pernas estavam ao redor da sua cintura, Edward quebrou o beijo, permitindo-nos recuperar o ar, mas não deixou a minha pele, passando a distribuir beijos pelo meu pescoço, o que me fez arrepiar, e apertar ainda mais os seus cabelos.
Edward apertou ainda mais o seu corpo contra o meu, o que me permitiu sentir o
seu membro, duro, de encontro ao meu sexo, fazendo-me gemer e fechar os olhos.

Ao sentir que os lábios de Edward se afastaram do meu pescoço e faziam uma trilha de pequenos beijos até à minha boca, abri os olhos e encontrei os olhos de Edward, bem mais escuros do que o normas, assemelhando-se a uma mar agitado, fazendo-me ter uma pontada no meu baixo vente.

Quando ele encostou novamente os seus lábios nos meus eu esperava outro beijo arrebatador, mas Edward diminuiu o ritmo e tornou o nosso beijo numa calma dança. Quando se afastou encostou a testa na minha.

- Desculpa. – sussurrou.

- O que? – perguntei desconcertada.

- Tenho de me controlar melhor quando estou contigo. Não te quero assustar.

Sorri e, esquecendo a minha habitual timidez, olhei-o intensamente, para que visse a verdade nos meus olhos.

- Tu não me assustas Edward. E eu quero ser a única pessoa com quem tu querias perder o controlo – movimentei-me no sei colo, pressionando o seu membro e Edward escondeu o seu rosto na curva do meu pescoço, respirando pesadamente.

- Oh Deus – murmurou – por favor, Bella, não faças isso – pediu numa  voz
angustiada.

- Eu quero que tu sejas o meu primeiro Homem, Edward. Quero que me faças tua mulher.

Ele afastou-se ligeiramente e olhou-me atentamente durante algum tempo. O que quer que tenha encontrado levou-a a beijar-me levemente e a caminhar comigo até a minha cama onde me deitou e se deitou por cima de mim, ainda com as minhas pernas à volta da sua
cintura.

- E vou ser, meu amor. Não permitiria que qualquer outro estivesse contigo. Mas não vai ser esta noite – abri a boca, mas Edward apressou-se a calar-me, pressionando os lábios nos meus e afastando-se outra vez – Esta noite eu estou cansado e não quero que seja algo assim, feito de repente. Quero que seja especial para ti. Algo que recordes
para toda a vida.

- Vai ser contigo, Edward. Nada poderia ser mais especial para mim. Mas tudo bem. Vamos esperar. – acedi de má vontade.

- Prometo que não te faço esperar muito tempo.

Sorri e levantei a cabeça, capturando os seus lábios nos meus, mas no exato momento em que Edward correspondeu ao meu beijo, ouvi uma batida na porta.

Edward saiu de cima de mim e levantou-me com ele, sentando-se depois na beirada da cama e sentando-me em cima dele. Assim que me sentei percebi aquilo que ele tentava esconder.

- Entra mãe.

A cabeça de Renee apareceu na porta.

- Posso?

- Claro.

Ela entrou no quarto, sorrindo ao ver-me sentada no colo de Edward, e puxou a cadeira da minha secretária, sentando-se.

- Vim para me despedir. Amanhã vou cedo e já não vos vejo.

Sorri, lembrando da conversa que tivera com Charlie.

- Claro, mãe. Tenho a certeza que vais gostar de rever toda a gente.

- Sim, nunca mais vi ninguém desde que me vim embora.

- Vais ficar quanto tempo Renee? – Edward perguntou-lhe, pousando a cabeça no meu ombro.

Rene olhou-nos pensativa.

- Para falar a verdade não sei bem. Em principio será um fim de semana.

- Certo. Então faz uma boa viagem. E divirtam-se.

- Sim, e mãe quando chegares manda mensagem.

- Sim, mãezinha - Renee disse sorrindo enquanto se levantava. - Vou dormir, que amanha ainda tenho de tratar de algumas coisas antes de ir embora. Bella, não vás para a cama tarde, amanha é dia de aulas.

- Sim, mãe.

Levantei-me, dando-lhe um abraço.

- Boa viagem e manda ao pai um grande abraço da minha parte.

Edward também se levantou, abraçando-a.

- Boa viagem, Renee, cumprimentos ao Charlie.

- Adeus meus queridos. E um bom fim de semana para vocês.

Renee saiu e Edward virou-me para ele.

- O que foi esse sorrisinho ao falares sobre o fim-de-semana deles?

Abracei o seu pescoço.

-  Eles vão dar mais uma oportunidade. Este vai ser um fim-de-semana mágico.

Estiquei-me e colei os meus lábios aos seus, ansiosa para que o meu próprio fim-de-semana começasse.