Entre Mãe E Filha escrita por nikas


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o primeiro capitulo.
Espero que gostem



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POV BELLA


- Bells tens a certeza de que é isso que queres? – Charlie perguntou com lágrimas nos olhos.


Senti os meus próprios olhos a marejar enquanto olhava os olhos castanhos tao parecidos com os meus.


- Ah pai. É por pouco tempo. Vais ver que quando deres por isso eu estou cá outra vez. – tentei convencer-nos aos dois.


Na verdade não era assim tão pouco tempo.


Depois de me formar decidi fazer faculdade em Nova York, onde a minha mãe morava, deixando o meu pai em Forks, cidade onde eu nascera.


Os meus pais separaram-se quando eu tinha 3 anos e desde essa altura que eu morava cm Charlie, já que nós sempre fomos muito próximos.


Assim, eu via Renee quase de ano a ano. Na verdade a ultima vez que a vi foi mesmo à um ano atrás, no meu aniversário de 18 anos.


Senti os braços de Charlie rodearem-me numa rara demostração de afecto e desabei nos seus braços, chorando a saudade que já sentia.


- Eu amo-te pequena. E esta casa vai ter sempre as portas abertas para ti. Nunca te esqueças disso por favor. – murmurou enquanto me acariciava os cabelos.


O choro tornou-se mais forte enquanto eu tomava consciência que era a primeira vez que me ia separar de Charlie.


- Eu também te amo pai. E prometo vir fazer-te uma visita assim que puder.


Não lhe pedi que me fosse visitar porque ele odiava as cidades muito movimentadas e por isso seria quase impossível que ele fosse até lá visitar-me.


Uma buzina lá fora fez-nos separar.


- A Tanya chegou.


Charlie pedira-me que não o fizesse levar-me até ao aeroporto, já que ambos odiávamos despedidas e por isso pedi à minha melhor amiga que me levasse.


-Tem cuidado Bells. Não deixes que se aproveitem de ti minha querida. És apenas uma menininha.


Ri um pouco


- Não te preocupes pai. Se acontecer alguma coisa eu chamo o Chefe Swan.


Ele riu.


- É bom mesmo.


Outra buzinadela fez-se ouvir.


- Vamos levar as tuas malas que a Tanya está a ficar impaciente.


- Até parece que não a conheces pai. Eu vou só lá acima ver se não me esqueci de nada.


-Certo.


Subi até ao meu quarto e depois de confirmar que não me esquecera de nada olhei o meu reflexo no espelho. Devolvia-me o olhar uma menina baixinha, de pele demasiado branca e olhos e cabelos castanhos demasiado comuns.


Suspirei e sai do quarto antes que me arrependesse.


Charlie pegou as minhas duas malas e eu peguei a mochila. Antes de sair olhei em volta, despedindo-me daquela que tinha sido a minha casa nos últimos 19 anos.


- No que é que eu estava a pensar? – murmurei balançando a cabeça.


Mas agora não havia escolha.


Depois de uma ultima olhadela suspirei e sai de casa, encontrando Tanya a falar calmamente com o meu pai.


Sorri para a imagem e aproximei-me.


- Estou pronta.


Tanya olhou-me longamente antes de assentir.


- Optimo. Vamos.


Virei-me para Charlie e abracei-o.


- Boa sorte querida. Liga quando chegares.


- Prometo pai.


Antes que começasse a chorar à sua frente despedi-me rapidamente e entrei no carro.


Assim que deixámos a rua de minha casa as lágrimas correram soltas enquanto passávamos os sítios onde eu passara a minha infância.


Tanya nada disse. Apenas ligou o rádio, o que eu agradeci silenciosamente.





Estávamos sentadas no aeroporto, à espera da chamada para o meu voo.


Tanya estava estranhamente calada, o que me começou a preocupar.


Mas então suspirou e voltou-se para mim.


- Bella, eu sei que já te perguntei isto. Mas tens a certeza?


Olhei-a antes de responder, decidindo-me pela verdade.


- Não. Mas preciso de fazer isto Tanya. Tenho de fazê-lo. O meu pai precisa de um bocadinho de liberdade. Precisa da casa para ele, pela primeira vez em tantos anos. E quero também aprofundar a relação com a minha mãe. É triste vê-la apenas de ano a ano.


- E onde é que vais ficar?


- Em casa dela, claro.


- Mas ela não tem um namorado novo?


- Sim. Mas acho que eles ainda não moram juntos.


- Estás curiosa para o conhecer?


- Para falar a verdade sim. Nunca vi nem foto dele. A minha mãe nunca enviou.


Tanya franziu o cenho.


- Que idade ele tem?


- Não faço ideia. Renee nunca me falou muito dele. Só sei que está muito apaixonada.


- E nome sabes?


- Só sei que se chama Edward.


- Hum.. nome antigo. Deve ser bem velho.


- Tanya – ri, dando-lhe um encontrão com o ombro.


- Ah o que foi?


Apenas balancei a cabeça, mas qualquer traço de diversão desapareceu dos nossos rostos assim que ouvimos a chamada.


Os meus olhos encheram-se de lágrimas.


- Por favor Tanya vai visitar-me.


- Claro que vou. Achas que perco um tempinho em Nova York – brincou tentando animar-nos.


Olhei-a temerosa.


- Diz-me que vai correr tudo bem. – Supliquei.


- Hey – ela segurou-me nos ombros, olhando-me decididamente, enquanto lágrimas brilhava nos seus olhos. – vai correr tudo bem. Tu és forte. Além disso se precisares de alguma coisa eu estou lá num instante.


Abracei-a fortemente.

- Obrigada.


- Agora vai. Não quero chorar.


Ri.


Tanya fazia-se sempre de durona para as outras pessoas mas era um doce por baixo daquela carapaça.


- Liga quando chegares. Quero sabes as novidades todas.


- Prometo que sim.


Antes que eu também começasse a chorar dei rapidamente a volta e dirigi-me ao avião.


Relaxei assim que estávamos no ar.


Deus levantar voo era horrível. Causava-me sempre mal estar.


Fechei os olhos tentando imaginar como iria ser a nova vida e o facto de viver com a minha mãe.


Uma mãe que nunca esteve presente, apenas à distância.


Em parte a minha decisão de ir para Nova York estava ligada à falta que uma figura materna me fazia.


Desde criança que essa falta era uma constante. Para mim era um tormento ver as outras mães em programas com os filhos e nunca ter quem fizesse isso por mim.


Perdida em recordações adormeci.



Assim que o avião pousou saltei do meu acento e assim que pude sai do avião. Odiava aquela coisa. Uma pessoa quer sair e não pode.


Andei rapidamente, indo buscar as minhas malas.


Assim que cheguei ao sagão do aeroporto olhei  em volta, esperando ver
o rosto de Renee.


Quando começava a ficar desanimada achando que ela não apareceria, vi uma figura feminina vir rapidamente na minha direcção e, sorrindo fui até ela, atirando-me nos seus braços.


- Bella, minha querida que bom que estás aqui.


Sorri no meio do abraço, gostando de como soavam aquelas palavras.


- É bom estar aqui mãe.


Separamo-nos e ficamos a olhar uma para a outra.


- Cresceste tanto desde a ultima vez que te vi.


- Foi há um ano mãe.


- Eu sei querida. O tempo passa rápido demais.


Olhei-a atentamente.


- Tu também estás diferente. Pareces mais nova.


Ela sorriu.


- É o amor. Anda – disse pegando numa das minhas malas e puxando-me pela mão – vamos pôr as novidades em dia. O Edward está à nossa espera.


Enquanto a segui não pude deixar de sorrir ao lembrar-me das palavras de Tanya “nome antigo. Deve ser bem velho”.


- Como é que ele é mãe?


Ela corou e sorriu animada.


- Já vais ver.


Pela sua animação a relação estava a correr bem.


- Ele não entrou porquê? – perguntei enquanto nos dirigíamos para o estacionamento.


- Ele quis dar-nos um momento mãe e filha primeiro. Para matar-mos saudades.


Pela forma como Renee falava esse Edward parecia ser boa pessoa.


- Ah agora estou curiosa. Quero conhecer o meu novo padrasto.


Renee riu.


- Olha ele está ali – falou animada, apontando para o estacionamento.


Rapidamente virei-me, olhando na direcção que Renee me apontava.


Percorri o estacionamento com o olhar até o ver.


Fiquei momentaneamente sem reacção, mas rapidamente pensei que aquele não podia ser.


No entanto Renee puxava-me na sua direcção e assim que nos viu ele sorriu largamente e desencostou-se do volvo prateado.


Aquele era Edward Cullen?


Onde estava o velho?


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Notas finais do capítulo

Entao o que acharam?
Começou bem?
Quero agradecer os primeiros comentários à fanfic.
Este capitulo é dedicado a quem comentou o anterior.
Um beijinho a:
-> Thamires
-> Julya
-> michaelamarce
-> Lóte
-> joanattnp
-> claudia pires
-> ana sara
-> patricia ribeiro
Um beijinho e até ao proximo capitulo