Entre Mãe E Filha escrita por nikas


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Aqui está um novo capitulo
Espero que gostem



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POV BELLA



Por esta altura eu esperava que o stock de lágrimas já tivesse acabado, mas não.

Assim que me sentei no avião, olhei pela pequena janelinha, despedindo-me da cidade onde conheci o amor.

- Precisa de alguma coisa? – perguntou a hospedeira, solicita.

“Do Edward”, pensei.

- Não. Estou bem

Distraída por todos os meus pensamentos, nem percebi quando o avião levantou voo.

A viagem passou rapidamente.

Quando o avião pousou, sai, indo pegar as malas.

Procurei um táxi que me levasse a casa.

Não foi difícil encontrar um e, consequentemente, não demorou muito para que o táxi parasse à porta de minha casa.

Foi tão estranho olhar a paisagem da cidade onde cresci e de onde parecia ter saido à tanto tempo

O taxista ajudou-me a tirar as malas do carro e, depois de lhe pagar, peguei em tudo e dirigi-me à entrada.

A casa estava vazia, já que Charlie a esta hora ainda estava no trabalho.

Levei as malas para cima, deixando tudo no quarto e voltei para baixo, indo até à cozinha para começar a preparar o jantar.


Fiz uma careta ao ver a quantidade de comida pré-cozinhada que Charlie guardava no frigorifico. Ele realmente precisava de quem cuidasse dele.



Tirei um peixe do congelado, demolhando-o para que descongelasse rapidamente  e comecei a cozinha-lo, preparando umas batatas salteadas e uma salada para acompanhar.



Quando estava quase pronto ouvi o familiar barulho do carro que se aproximava.



Fui até à torneira, passando o rosto por água pelas lágrimas que derramara enquanto preparava o jantar.



A porta da frente abriu e percebi que Charlie tentava decidir se tirava a arma ou não.



Antes que algo acontecesse gritei.



- Sou eu, pai – avisei, enquanto virava a esquina que dava para a entrada.



- Filha?

- A menos que tenhas outra filha, sim sou eu. – brinquei.

- Minha filha.

Corri para os seus braços, sentindo o conforto familiar que só um pai conseguia transmitir.

- Bells, que saudades querida. Porque não disseste que vinhas?

- Foi uma decisão de ultima hora – revelei ainda abraçada a ele, aproveitando o carinho.

Charlie afastou-me, olhando-me com uma sobrancelha arqueada.

- O que é que aconteceu?

- Nada – falei engolindo o choro – preparei um jantar saudável para ti. Estás a precisar.

- Tenho tempo de tomar um banho?

- Só se for rápido.

- A correr – ele disse, dando-me um beijo na testa e indo para o andar de cima.

Voltei à cozinha e pus a mesa.

Quando já não tinha nada que me ocupasse a cabeça desabei numa cadeira, tirando o telemóvel do bolso.

Liguei-o e surpreendi-me ao ver que tinha 32 chamadas não atendidas. 18 de Edward e 14 e de Renee.

Tinha também cinco mensagens. Quatro de Edward e uma de Renee.

Abri primeiro a da minha mãe.

“Bella, estás bem? O que fizeste? Por favor diz-me onde estás?”

As outras quatro eram de Edward.

“Bella, podemos encontrarmo-nos?”

“Onde estás?”

“Bella, estás a deixar-me preocupado”

“Por favor, amor. Diz-me onde estás”.

Mandei apenas uma mensagem a James e a Alice, a fizer que estava bem e pedindo para que não comentassem sobre nada com ninguém.

Logo a seguir desliguei o telemóvel e fechei os olhos, esperando por Charlie.



O jantar não foi tao silencioso como era o costume, aqui em casa.

Contei a Charlie, detalhadamente, o que vira e as diferenças entre as duas cidades.

Quando acabamos de jantar, para minha surpresa, Charlie ajudou-me a arrumar a cozinha, em vez de ir assistir ao seu jogo, na televisão.

Quando terminámos, virou-se para mim com um sorriso terno.

- Querida, vamos sentar na varanda?

Sorri e assenti, seguindo-o para a varanda, onde nos sentámos nos dois cadeirões.

Era uma das coisas que gostávamos de fazer juntos. Eram muitas vezes que vínhamos para a rua, conversar ou apenas olhando as estrelas.

Desta vez, parecia que Charlie ia optar pela primeira opção.



- Vais contar-me o que te fez voltar? Foi a tua mãe?

Olhei-o, encontrando o seu olhar preocupado e quando dei por isso estava a contar-lhe tudo. Tudo o que se passara desde o momento que eu pus os pés em nova  iorque.

Quando acabei de falar, Charlie olhava-me incrédulo.

- Bella, tu passaste por uma grande prova. Porque não me contaste?

Dei de ombros.

- Não te queria preocupar.

- Na minha opinião hoje tomaste uma decisão muito altruísta. E embora eu me orgulho muito de ti, também não sei se foi a decisão acertada. Por um lado permite que esteja cada um em seu canto e assim podem pensar sem interferências mas por outro lado acho que todos vão sofrer muito com esta separação.

Assenti, percebendo o seu ponto de vista.

- O que fiz não foi meramente um acto altruísta, pai. Eu já não aguentava ficar lá. Por um lado sinto uma vontade louca de me atirar nos braços do Edward, por outro não quero fazer a mãe sofrer e embora eu tenha achado antes que ela nunca se importou com 
sofrimento que causava agora eu sei o que aconteceu. Não consigo ser a causa de mais sofrimento. São sentimentos tão contraditórios, pai. – desabafei.

- Eu sei querida – confortou-me, segurando a minha mão. – mas sabes? Apesar das circunstancias fico feliz que venhas para aqui quando tens um problema.

Sorri.

- Aqui é o meu porto seguro, pai. Sempre será.

 Continuámos a conversar, até que o telefone de casa tocou-

Como de hábito precipitei-me para dentro de casa, para atender, mas ao lembrar-me que podia ser Renee, estaquei.

-Pai, podes atender?

- Claro – respondeu já pegando no telefone.

- Sim?...olá Rene… sim a Bella está aqui…sim…eu sei…ela contou-me…sim…queres falar com ela? – Charlie olhou-me mas eu balancei a cabeça freneticamente – sinto muito, ela já está a dormir…sim…tudo bem…sim, eu digo…outro.

- Obrigada, pai – agradeci assim que ele desligou.

Uma das coisas de que Charlie menos gostava era mentir.

- Tudo bem, mas agora vai para a cama. Assim fico com a consciência mais tranquila.

Ri do seu comentário e aproximei-me, dando-lhe um beijo na bochecha e recebendo um na testa.

Já estava no segundo andar das escadas quando ouvi a voz de Charlie.

- Bella? – virei-me – antes de ires, tens alguma fotografia do rapaz? – olhei-o interrogativa – quero ver quem foi que conseguiu conquistar a minha filha.

Sorri e liguei o telemóvel.

Assim que consegui procurei uma fotografia que tinha tirado de Edward numa das nossas tardes.

http://i50.tinypic.com/bj72c1.jpg

- É um rapaz bonito.



Sorri.



- Sim, ele é. Mas é muito mais que uma carinha bonita.

Despedi-me de Charlie e fui para cima.

Tomei um banho rápido, vesti o pijama e deitei-me.

Já debaixo dos lençóis olhei para a imagem no telemóvel e sorri.

Talvez um dia nos reencontremos.

 Com esse pensamento adormeci, mas não por muito tempo.

Fui acordada por uma Tanya, muito agitada.

- Isabella Marie Swan – encolhi ao ouvir o meu nome completo – posso saber o motivo para que eu tenha sabido só agora do teu regresso.

Olhei-a sem saber o que dizer.

Com todo o esforço para manter a cabeça ocupada, esquecera-me por completo de falar com Tanya.

Sentei-me na cama, batendo com a mão no espaço à minha frente para que ela se juntasse a mim. Depois, de mostrar a sua relutância, ao arquear uma sobrancelha, Tanya sentou-se.

- Desculpa-me – pedi sinceramente – com tudo o que aconteceu… nunca mais me lembrei de te ligar.

Ela fez cara de ofendida.

- Vou fingir que não ouvi esta ultima parte. Agora queres fazer o favor de me contar o que estás aqui a fazer? Ainda há pouco tempo te negavas a voltar, e agora…

- Tudo mudou, Tanya.

Contei-lhe os últimos acontecimentos, observando a sua expressão de indignada a passar a surpresa.

Tal como o meu pai e James, Tanya ouviu tudo sem fazer interrupções, voltando apenas a falar quando eu terminei o meu relato.

- Bella. Meu deus. Como tudo isto foi acontecer? – perguntou, olhando-me.

Estávamos deitadas na minha cama, de barriga para cima.

- Sinceramente, não sei. Parece que a minha vida mudou toda devido a uma simples decisão de mudar de cidade.

- Arrependeste?

- Não – respondi prontamente – apesar de tudo, as coisas com Renee realmente mudaram e não me arrependo de ter conhecido o Edward. Ele é especial.

- Como conseguiste vir assim embora?

- Para falar a verdade não sei. Mas posso dizer-te que me começo a arrepender. Sinto a falta dele – confessei baixinho, como se confessasse um crime.

Tanya pegou a minha mão, apertando-a ligeiramente.

- Tudo se vai resolver, acredita em mim.


Eu realmente esperava que sim.


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Notas finais do capítulo

Entao o que acharam?
Gostei de fazer este momento estre pai e filha. Eu adoro o Charlie.
E acham que a Tanya tem razao? Tudo se vai resolver?
Quero saber qual a vossa opinião.
Este capitulo tem uma dedicatória especial à carlota teixeira que me escreveu uma recomendação linda. Obrigada florzinha.
Um beijinho a:
-> patriciapt
-> Lu Cullen
-> Belita
-> SILVANA CULLEN
-> veronica nuno
-> marlene
-> patricia ribeiro
-> Carlota Teixeira
-> leonor
-> ana sara
-> Mandy_cat
-> Anna Hathaway Belikov
-> ingrid barbosa grawn
-> michaelamarce
-> patricia
-> Rita Santos
-> claudia pires
-> Lóte
-> joanattnp
Bem vindas leitoras novas que comentaram e às que andam por ai e nao comentam deixem um olá para mim.
Um maravilhoso fim de semana



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