- Como vai ser “a gente” daqui pra frente? – Não queria ter essa conversa, tinha medo das respostas, mas eu tinha que seguir em frente.

- Você quer saber se estamos namorando? – Ele perguntou com um sorriso na cara, que eu não entendi nada.

- Mais ou menos, quero saber o que seremos, eu não to pronta pra namorar e nem sei o que sinto, e nem o que sente. – disse olhando pra baixo, com medo de encara-lo.

- Eu também não sei o que sinto, mas a gente só vai saber se tentarmos descobrir juntos. – ele levantou minha cabeça pelo meu queixo, me fazendo ficar cara a cara com ele.

- Sim, mas eu acho melhor a gente descobrir primeiro, antes de assumir algo sério, como namoro, a gente vai ficando sem ninguém saber, nem se meter, e quando estivermos certos de nossos sentimentos, a gente namora, o que acha? – Agora, mais que nunca, tinha medo da resposta dele, e se ele não quisesse assim e quisesse terminar tudo que passamos até agora? Será que agora que eu me envolvi, eu conseguiria ficar sem ele?

- Claro que sim, Sam. A gente faz do jeito que quiser, e eu vou sempre te esperar, enquanto isso, a gente vai se acertando assim. – Ele sorriu, um sorriso que me deixou super confortada, mas ele tinha que abrir a boca pra falar uma coisa que eu não tinha pensado. – A Carly chega hoje a noite, você sabe né? O que falaremos pra ela? – Droga, como tinha esquecido disso? A Carly é minha melhor amiga, não posso mentir pra ela? Mas falar que tenho algum tipo de sentimento pelo Freddie a não ser ódio, não ia dar certo. O que fazer?

- Bom, iremos omitir apenas, a gente começa a se tratar bem na frente dela, e vamos dando dicas, e contando aos poucos, que ai quando contarmos a bomba será menor.

- Sim claro, melhor assim então. Não gosto de esconder nada de ninguém, mas eu entendo, vamos deixar rolar. – E então ele me abraçou, e ficamos ali na minha porta por um bom tempo, nos abraçando e beijando.

Não queria me desgrudar dele, sabia que quando fosse amanhã, seria tudo estranho, ter que fingir que nada aconteceu na frente de Carly ia ser difícil, ela nos conhece muito bem. Mas enfim, tive que me desgrudar, porque a Sra. Benson já tinha ligado pro Freddie umas 30 vezes mandando ele ir pra casa, ou acabaria sendo raptado. Fala sério. Nos despedimos e vi meu fim de semana perfeito indo embora em um taxi, que venha a segunda então. Entrei em casa e eram 20 horas, tomei banho, comi, e fiquei no meu quarto descansando, praia cansa muito, acabei apagando e fui acordada pelo meu despertador que eu tanto odeio, botei “soneca” umas 10 vezes, até ser vencida pela porcaria da músiquinha. Levantei, me olhei no espelho, nossa eu to um camarão, tomei banho, botei uma blusa tomara que caia branca, só pra mostrar a minha marquinha e dar contraste ao vermelho do meu corpo, uma calça jeans e meu velho e amado all star. Fui comendo no caminho pra escola, a fome e o atraso falavam alto e ao mesmo tempo. Peguei o ônibus e cheguei rápido na escola. O sinal já tinha tocado, fui correndo pra sala antes que alguém me visse pelos corredores. Sentei longe de Carly e Freddie, não sabia o que eles já tinham conversado, então preferi não conversar. Mas no intervalo, não teve jeito.