Not Planned. escrita por Mari Horan


Capítulo 10
Meet and greet.


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem? Gente, eu to feliz, apesar da falta de reviews e leitores! Tem como vocês divulgarem ou se manisfestarem mais? Por favoooooooooooooor!



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Eu a esperei passar primeiro, como se isso fosse me ajudar, e fui logo atrás. Nós paramos do lado do professor e eu observei e cacei alguém pela sala sem objetivo algum.

- Você é? – disse o professor para Louisa.

- Sou Louisa, mas prefiro que me chamem de Lou.

- Fale sobre você, Lou. – ele disse, em um tom amigável.

- Ahn, falar o que? Digo, eu sempre morei aqui e já fui transferida de escola umas três vezes só esse ano. Eu nunca me dou bem com alguns alunos e acabo criando desavenças no colégio inteiro. Só...

- Ah, sim... E você, Charlotte? – ele disse, olhando para mim e me tirando do transe contínuo.

- Ah, eu... – eu meio que travei, sou tímida de modo extremo.

- Ótimo, mais uma idiota pra escola. – disse uma garota no fundo. – Querida, nós não temos a aula inteira, sim?

- Com licença, é você que tem que falar? Não, não é? Então me deixe. – eu falei e fiz uma pausa dramática, fitando a menina que se encontrava na terceira ou quarta cadeira da fileira do meio. – Bom, eu me mudei pra Londres faz uma semana.

- Ah, é? E de onde você veio? – perguntou o professor.

- Vim do Brasil... – eu disse. Não olhei para sala e sim pro professor, mas percebi que todos estavam de olhos arregalados. – Aconteceram alguns imprevistos e, como eu e minha mãe sempre quisemos, nós viemos morar aqui junto de minha tia e minha prima de sete anos.

- O-ok, pode se sentar. – o professor parecia histericamente surpreso ao dizer isso, e só se entregou ao emitir algum som de sua boca.

Por que todos estavam tão impressionados? Com certeza eu não sou uma garota que tenha um corpo de brasileira a não ser... Espera, eu acho que eu tenho um pouco de vantagem em minha bunda... Mas isso não vem ao caso. Aliás, isso não importa.

Eu e Lou (ela que mandou a chamarem assim) voltamos aos nossos lugares. Eu ficava sendo fitada por todas as supostas vadias gostosas da classe e por alguns atletas, mas não liguei.

O professor começou a passar alguns textos na lousa e eu comecei a os copiar. Algumas horas, eu tirava meus pensamentos do caderno e começava a observar a sala. Notei alguns meninos me olhando com as mãos nas coxas e segurei a gargalhada. C’mon, meu corpo não era tão bonito assim, igualmente ao meu rosto!

Três aulas se passaram desse jeito. Conheci minha professora de matemática e os professores de física e de História. Todos legais, até segunda ordem, é claro.

O sinal do intervalo bateu e eu desci dois lances de escadas até o pátio principal, onde se encontrava a praça de alimentação. Eu ri quando vi  um grupo de garotas falando mal de mim e de Lou. Eu fiquei andando pelo pátio e encontrei alguns papéis, colados em um mural, de cursos extracurriculares como teatro e esportes. Me interessei, afinal, eu amava cantar e atuar, e queria fazer isso profissionalmente um dia, mas nunca contava a ninguém por medo de estilhaçarem meus sonhos.

Vi que algumas audições iriam ser hoje e resolvi aparecer por lá. Vai ver uma opinião sincera me ajude com a carreira e me dê mais confiança, certo?

As aulas passaram lentamente até o fim do período, ás quatro. A aula de química nunca foi tão, mas tão chata acompanhada de ansiedade. Não via a hora de poder cantar na frente de alguém que realmente entendesse do assunto e pudesse me dar uma opinião concreta e sincera. Eu sabia que as tais audições iriam ser no teatro principal, que foi pra onde eu me dirigi logo depois de colocar tudo na mochila e sair da sala.

Eu comecei a correr, não queria perder um segundo daquela audição, quando trombei com alguém parado no meio do corredor, rindo de algo.

- Filho da puta! – eu disse, já no chão, ajuntando meus livros e os colocando na bolsa.

- Do que você me chamou? – uma voz masculina e um tanto grossa disse, em um tom surpreso.

- Não foi pra você, agora se puder sair do caminho.

- A aluna nova já quer pagar de fodona?

- Não quero pagar de fodona. – eu disse, em nenhum momento voltei meu olhar pra ver quem era o ser que estava em minha frente. – Eu só quero que você saia da minha frente pra que eu possa passar e fazer o que eu tenho que fazer.

- Só se você pedir por favor, afinal, são duas das palavras mágicas, não são? – disse ele, chegando o mais perto de mim possível.

- Eu não vou pedir por favor. Você ficou aí onde não devia ficar, no meio do caminho, e me fez cair. E ainda não pediu desculpas. – eu suspirei ao ver dois olhos extremamente azuis e claros em minha frente quando olhei pro garoto. Ele era bonito, lindo, mas não podia me deixar levar. Ele até chegou a tentar colocar a mão em meu queixo, mas eu dei um tapa na mesma. Ouvi alguns meninos gritarem algo do tipo “Nossa Matthew, eu correria atrás dela” – Com licença, eu tenho compromisso.

Coloquei uma alçada mochila nas costas e desci as escadas com uma expressão triunfante. Consegui ouvir alguns colegas do garoto darem risada, mas não liguei.

Fiquei procurando um tempo o teatro e consegui entrar a tempo de receber algum tipo explicação.

- Me deixem saber quais de vocês vão se apresentar, porque eu preciso saber se vocês sabem cantar e atuar. Vamos ter um musical daqui a um ou dois meses e eu preciso de gente qualificada. – disse uma professora. Bonita e simpática, mas pude sentir que ela iria achar esse alunos a qualquer custo e que o musical seria perfeito.

Num ato de bravura, levantei meu braço.

- Então, venha aqui e se apresente para nós. – olhei para os lados e vi a todos, me fitando com uma cara de “tem certeza que quer fazer isso?”. Eu sorri e comecei a andar em direção ao palco.


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Notas finais do capítulo

Ah, e ,claro, sem deixar de relevar o aniversário dos nossos meninos hoje! Do The X Factor pra palcos, uh? #Proud



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