SE VOCÊS NÃO LEREM ALI EM CIMA, VOU FICAR BRAVA!

Harry P.O.V.:

Lindsay estava linda, ela era linda, mas hoje estava especialmente linda. Eu sabia que não ia resistir por muito tempo. E não resisti, eu a beijei, de novo. Era impossível. Eu não conseguia ficar longe dela, não conseguia. Isso era um fato que eu tinha descoberto. Eu não sabia o porque disso, nem qual a razão pra isso ter acontecido. Eu não sabia. Eu não sabia o que ela tinha que me deixava assim tão, tão, tão.... louco. É, louco, eu era, eu era sim um louco. Mas eu não queria ser apenas um louco. Eu queria ser um louco, um louco dela. O seu louco. Eu queria abraça-la, beijá-la, cortejá-la, mostra-la para todos, fazer com que todos os homens do mundo tivessem inveja de mim por ter uma garota tão incrível do meu lado. Eu queria, quero, gostaria que ela fosse minha. Minha não só por uma noite como o acontecimento do ano novo. Mas queria que ela fosse minha todas as outras noites que eu estiver nesse mundo. O problema não é eu querer que ela seja minha, o problema é ela me aceitar como sendo seu. O que deveria demorar, já que ela tinha um namorado. Eu estava desejando uma garota comprometida, sendo que eu tenho milhares de garotas aos meus pés. Eu havia mudado, eu havia sim. Eu tinha certeza de que havia mudado. Pra melhor? Pra pior? Eu não sabia. Mas eu me sentia bem assim. Eu me sentia bem com ela.

-Finalmente chegamos! Eu estava cansada! – ela disse se jogando no sofá do meu apartamento.

-Eu também estava.

-Você devia ter ficado lá, era a sua festa de aniversário – ela disse enquanto eu me jogava no outro sofá.

-Mas eu queria ficar com você. – eu respondi e liguei a tv.

-Mas várias pessoas estavam lá pra ver você. – ela disse.

-Mas agora estou aqui porque quero ver você – eu respondi e me levantei – Para de doce Lindsay – eu disse e me sentei do lado dela. – Eu não estou aqui forçadamente, estou aqui por vontade própria. Mas se você quiser que eu vá pro Funky Buddha novamente, não tem porque eu continuar aqui – eu disse me levantando.

-Não, não, fica. – ela disse me segurando pela cintura e me puxando pro sofá, quando cai ela me abraçou pela cintura mais forte. – Fica aqui comigo.

-Já que está implorando – eu disse e revirei os olhos como brincadeira.

-Engraçado você. – ela disse e revirou também.

-Sou sim.

-Uhum – ela disse – Ah, meu deus, eu ia esquecendo! – ela disse quase gritando e se levantou do sofá em um pulo.

-O que? – eu perguntei sem entender.

-Seu presente né burrinho. Já volto, vou lá buscar.

-Não precisava Lindsay. – eu disse indo atrás dela.

-Fica ai sentadinho bonitinho no sofá, não me segue, volto em um instante. – ela disse.

Voltei a me sentar no sofá e prestei atenção no que passava na tv. Um filme qualquer. Fiquei assistindo. Mas Lindsay pareceu demorar séculos, então subi e coloquei um pijama. Uma calça de moletom xadrez em azul e uma blusa branca de manga comprida. Desci as escadas e Lindsay ainda não estava na sala. Resolvi ir atrás dela.

-Você prometeu ficar aqui – disse uma voz. Lindsay. Mas onde ela estava?

-Onde você tá?

-Na cozinha, onde mais uma mulher grávida com fome estaria? – ela disse e eu fui até lá e imaginei sua cara quando respondeu a minha pergunta: ela com certeza teria revirado os olhos em sinal de uma coisa bem óbvia.

-Você tá com fome? – eu perguntei.

-Não, eu falei que estava mas é mentira – ela disse e revirou os olhos – É claro que estou com fome. Anda faz algo pra eu comer – ela disse cansando de procurar alguma coisa pra comer e sentou em uma das cadeiras.

-Tu acha que eu sou teu empregado?

-Uhum. – ela respondeu.

-Que cara de pau ein Lindsay.

-Sou mesmo. Lá em casa não tinha nada pra comer e então vim procurar aqui. E afinal, eu tenho que te dar seu presente, mas só vou fazer isso quando eu estiver de barriga cheia.

-Tá bom, só porque eu quero o meu presente vou fazer comida pra ti. O que tu quer?

-Hum – ela disse pensando no que queria – Panqueca de chocolate – ela quase gritou feito criança.

-Você parece uma criança sabia?

-Sabia, mas anda, que estou com desejo de panqueca de chocolate. Ou você quer que o meu filho nasça com cabeça de panqueca de chocolate? – ela perguntou.

-Se ele nascer assim, acho bom você não mostra-lo ao Niall, vai saber o que acontece – eu disse e ela riu.

-Ai Harry que pecado – ela disse.

-Você riu – eu respondi pegando as coisas pra fazer a panqueca.

Fui fazendo as panquecas e ficamos conversando. Só Lindsay pra me mandar fazer panquecas de madrugada para ela comer por causa de desejo. Quando terminei fomos comer, eu também estava com fome. Lindsay mal mastigava, e se sujou inteira. Foi engraçado. Era estranho pensar que uma garota como ela estava grávida. Ela era uma mistura de uma garota de 5 anos com uma mulher de 20. E isso a fazia única.

-Bom, já que comemos, agora vamos a parte que te interessa, o seu presente.

-O que é?

–Hum, é uma coisa que você vai amar!

–É você? – eu perguntei.

–Não, não sou eu. É algo que você vai amar menos do que me ama, mas vai amar.

–O que é? – eu perguntei.

–Tá lá na sala. – ela disse indo pra sala.

–Af Lindsay – eu a segui.

–Vire em direção da cozinha e feche os olhos, quando eu disser que pode virar, dai você vira tá? – ela disse.

–Ok. – eu disse e me virei e fechei os olhos.

–Pode virar. – eu virei e ela estava com uma cesta na mão.

–Lindsay, não precisava! Sério mesmo. – eu disse indo em direção a ela.

–Não gostou? – ela fez cara de triste.

–Claro que gostei, mas não precisava. – eu disse pegando a cesta e me sentando no chão pra abri-lá. Lindsay se sentou do meu lado e eu percebi que ela também já estava de pijamas. Ela me ajudou a abrir a cesta. Dentro tinha toalhas com meu nome, sais de banho, uma corrente com um pingente de avião de papel, uma camisa do Manchester United e 2 ingressos pro próximo jogo - Espera, 2 ingressos? – eu perguntei.

–Sim, ou você acha que eu ia deixar você ir sozinho no jogo. Eu vou com você burrinho.

–Te amo Lindsay – eu disse a abraçando forte.

–Eu já sabia. Mas vamos, deixe-me colocar a corrente em você – ela disse e eu me virei de costas. Ela colocou a corrente e eu virei de frente novamente. – Gostou? – ela perguntou e eu segurei o pingente.

–Gostei. Fiquei bonito com ela? – eu perguntei fazendo pose.

–Tá lindo. – ela disse. – O que vamos fazer agora? – ela perguntou recolhendo o papel que embrulhava a cesta.

–A gente podia ver um filme. Pode ser?

–Pode. Ah, a gente podia colocar um colchão aqui na sala, dai a gente dormia nele. O que você acha? – ela perguntou.

–Se você conseguir pegar o colchão de casal e trazer aqui em baixo.

–Tá me chamando de fraca? – ela perguntou.

–Não mesmo.

–Acho bom, agora levanta a bunda do chão e vem me ajudar a pegar o colchão – ela disse subindo as escadas.

Fomos até o meu quarto e eu peguei o colchão. Eu e Lindsay na verdade. Cada um pegou em uma ponta, pois ele estava em pé, e fomos andando devagar. Eu ia de costas e Lindsay de frente. Ela ia me dizendo onde eu deveria ir. Colocamos o colchão no chão da sala em frente a tv. Buscamos travesseiros e cobertores. Logo depois estávamos deitados no colchão. Lindsay estava deitada no meu peito, e tava com um pouco de frio. Ela estava quietinha. Bem quietinha, até achei que já tivesse apagado.

–Harry? – ela disse baixinho.

–O que? – eu respondi no mesmo tom.

–O que você pensou assim que descobriu que eu estava grávida? – ela perguntou erguendo a cabeça pra me olhar nos olhos.

–O que eu pensei? Bom, eu pensei em matar o Frederick.

–Tirando isso. – ela disse depois que riu do meu último comentário.

–Hum, deixe-me pensar..... Eu pensei que você deveria ter se cuidado. – eu respondi com calma, não queria magoá-la.

–Você pensou na possibilidade de o filho ser seu? – ela perguntou me olhando nos olhos.

–Na verdade, não – eu disse.

–Você acha que é?

–Não sei, de verdade Lindsay. Mas se for, vou tentar ser o melhor pai que seu filho poderia ter. – eu disse sorrindo e ela sorriu também.

–Eu acho que você seria um ótimo pai Harry. Não só pro meu filho, mas pra todos os que você pensar em ter.

–Obrigado – eu disse. Eu não vou dizer que sorri dessa vez, pois enquanto Lindsay falava eu mantive meu sorriso no rosto. – E eu tenho certeza de que você será uma mãe maravilhosa.

–Obrigada – ela disse e voltou a olhar para a tv.