POV. Harry Potter

Finalmente terça chegou, eu estava muito nervoso com o plano dos gêmeos, mas eu não poderia andar para trás e deixar Belle sozinha. Tomei um banho, coloquei meu uniforme e me encaminhei até o salão principal para tomar um belo café da manhã, se bem que estava sem fome de tão nervoso que estava.

Chegando lá, vi uma coisa que fez com que todo o meu nervosismo do que faria mais tarde desaparecesse, e no lugar surgiu um nervosismo novo.

Belle estava lá, como sempre, com o seu cabelo preso em um coque como de costume – ela sempre estava com o cabelo preso – com algumas mechas soltas, seu uniforme da grifinória, conversando despreocupadamente com Hermione que estava à sua frente. Quando ela viu que eu me aproximava deu aquele sorriso lindo que só ela sabe dar.

_Bom dia, Harry!! – desejou-me, dando um tapinha ao lado dela para que eu me sentasse.

_Bom dia Belle! – eu estava com as pernas bambas, com a mão suando e borboletas no estomago.

Sentei-me ao seu lado e coloquei um pouco de suco de abóbora no meu copo e tomando um gole. Em questão de minutos Rony, que estava ao lado da Hermione, já havia comido mais de três torradas e quatro fatias de bacon.

_Pelas cuecas de bolinhas cor-de-rosa de Merlin, Rony! Como você come. – exclamou incrédula Belle, o que fez todos nós rirmos.

POV. Belle Granger

As aulas haviam acabado e estávamos à caminho do salão comunal da grifinória, íamos nos encontrar lá para resolver as ultimas coisas.

Resolvemos o que tínhamos que resolver e Fred e Jorge foram para o sétimo andar para ficarem na sala precisa, enquanto eu e Harry íamos para as masmorras. Quando chegamos no corredor da sala de Snape eu disse a ele:

_Harry, você tem vinte minutos, pelo amor de Merlin tome o maior cuidado.

_Tudo bem, te vejo daqui à vinte minutos no salão comunal da grifinória. – dizendo isso colocou a sua capa de invisibilidade e eu não o vi mais.

Fui até a sala de Snape e bati de leve na porta, ele disse para que eu entrasse, respirei fundo e entrei.

_O que quer Granger? – perguntou com rispidez.

_Eu queria fazer uma pergunta para o senhor. É que eu adoro poções, sou simplesmente fascinada e queria saber algumas coisas sobre o assunto. – disse a ele.

_E por que não vai à biblioteca?- perguntou-me

_Porque acho que o senhor poderia me explicar melhor. – ele olhou para mim sem acreditar muito.

_Pois bem. Pergunte logo o que quer, ainda preciso ir ao meu estoque antes das quatro da tarde.

Olhei no relógio que havia na sala e já eram três e cinquenta Harry tinha menos de dez minutos. Mas eu disse a ele que ele tinha vinte e ele estava contando com isso então, eu daria um jeito.

_Bom – disse me sentando em uma banqueta -, bezoar é um antídoto muito útil não é? Existe alguma poção que ele não funcione como antídoto?

_Sim, mas são raras, só poções das trevas. – disse ele arrumando suas coisas.

_Existe alguma poção que mata a pessoa?

_Sim.

_Uma que serve como elixir da vida? – ele olhou para mim com cara de espanto

_Sim.

E assim continuei fazendo várias e várias perguntas até que faltavam dois minutos para o tempo do Harry.

_Muito obrigada professor Snape. O senhor é um ótimo professor, tirou várias dúvidas minhas.

_Não por isso. – respondeu indiferente. – Aceita um suco de abóbora?

Isso me pareceu estranho, ele devia ter colocado alguma coisa no suco, vi ele procurando um frasco com uma poção, mas se eu não aceitasse ele iria desconfiar.

_Claro. Obrigada. – disse com um sorriso.

_Você fez as perguntas, agora é minha vez. – sabia que lá vinha bomba.

_Tudo bem. – mantive minha voz normal.

_O que veio fazer aqui? – perguntou-me monotonamente

_Te fazer perguntas. – deveria ser alguma poção para falar a verdade, e eu tinha que contorna-la contando meias verdades.

_Por que? –

_Porque eu precisava.

_Por que precisava?

_Queria atrapalhar o senhor. – disse em modo que fosse uma resposta sarcástica.

_Tudo bem pode ir.

_Obrigada.

Saí de lá o mais rápido possível, já haviam se passado dez minutos do tempo que eu dera a Harry.