Sweet Children - Green Day escrita por Renata Pádua
Notas iniciais do capítulo
Oi õ/
Não quero parecer convencida, mas acho que esse é o melhor capítulo que eu já escrevi *-*
Eu fiz a história toda pelo celular, mas não sei porque, resolvi revisar pelo computador dessa vez. E acabou que eu mudei o final inteiro (para melhor, eu espero)
Enfim, espero que gostem dele tanto quanto eu!
Billie Joe's POV
– Mike. Mike. Mike. - eu disse estalando meus dedos na frente de seus olhos. - Mike, você tá legal?!
– Ela… ela… - ele balbuciou com um olhar vazio.
– Ela o que, criatura? Fala logo!
– Ela aceitou Billie. ELA ACEITOU! - e com isso ele me abraçou e saiu saltitando por ai. Acho que o Mike deve ter algum probleminha.
– Parece que o Mike vai ter um encontro. - disse Jimmy entrando no quarto, quase sendo atropelado por um ser humano saltitante.
– ELA ACEITOU, ELA ACEITOU, ELA ACEITOU… - ainda podia-se ouvir Mike gritando pela casa.
TUM.
– O que foi isso? - meu irmão perguntou.
– Ah, não esquenta não. Ele deve ter batido a cabeça na parede.
– Será que ele está bem? - meu irmão perguntou, preocupado
– ELA ACEITOU, ELA ACEITOU…
– Isso responde a sua pergunta?
Jimmy sorriu e se sentou na cama, ao meu lado.
–E então… você está se sentindo legal? - ele perguntou.
– Estou… por que a pergunta?
– Não está, aborrecido, nada?
– Não… por que estaria?
– Nada. Só curiosidade. - Jimmy concluiu, balançando a cabeça de leve e abrindo um sorriso. - Hey, o que você acha de sairmos hoje? Como nos velhos tempos?
– Está bem. Para onde você quer ir?
– Eu passei por um bar hoje de manhã que nunca tinha ido antes. O que acha?
– Jimmy, eu sou menor de idade. Não posso beber, você sabe disso.
– Como se você fosse uma pessoa responsável e nunca tivesse bebido. - ele disse, rindo. - Eu te conheço, Billie. Vamos, faltam menos de 4 meses para você fazer 21. - eu já disse o quanto amo meu irmão?
– Ok, então. Já que você insiste. - disse, fingindo um falso esforço da minha parte.
– Então está combinado. Hoje a noite nós vamos.
– Certo.
Jimmy saiu do quarto, Mike entrando logo em seguida, com um galo de todo tamanho na testa.
– Ela… aceitou… - ele disse, arfando.
– Certo, a gente já entendeu, Mike.
Ele se jogou na cama.
Meu estômago começou a embrulhar. Uma ânsia de vômito surgiu pela minha garganta.
– Cara… eu não to me sentindo muito legal… - falei para Mike, minha boca começando a salivar.
– Billie… você está ficando verde… - ele disse, com um olhar interrogativo.
Mike olhou para a tigela de cereal e depois para mim, começando a rir logo em seguida.
– O que tem de tão engraçado? - perguntei, tentando segurar o enjôo ao máximo.
– Não acredito! Você comeu tudo! - ele disse a ponto de começar a rolar no chão.
– Mike, o que tem de tão engraçado?! - perguntei novamente.
– Você.., o cereal... - ele não conseguia nem completar uma frase direito, de tanto rir.
– MICHAEL RYAN PRITCHARD, ME DIGA O QUE TEM DE TÃO ENGRAÇADO!
– Essa tigela… ela está aí a semanas! Você provavelmente comeu cereal com fungos ou alguma coisa pior! - o panaca disse, rindo. - Isso é bom pra você aprender a parar de ser esganado! - parece que o Mike vai ganhar muito dinheiro da Fada do Dente essa noite, porque vai acabar sem nenhum dente.
– É MELHOR VOCÊ CORRER O MAIS RÁPIDO QUE PUDER, PORQUE EU VOU ARRANCAR SUA CABE… - não houve tempo de terminar a minha ameaça. Peguei o primeiro recipiente que encontrei e vomitei nele.
– Ei! Na minha mochila não! - ele reclamou.
– Não é mais tão engraçado agora, não? - e dei um sorriso vitorioso. Quero dizer, o mais vitorioso que consegui, o que não deve ter dado muito certo com minha boca suja de vômito.
Mike fez uma cara de incrédulo e foi correndo tentar salvar sua mochila.
*
– Billie! Você já está pronto? - Jimmy gritou do andar de baixo.
– Quase lá! - gritei em resposta. - Mike, tem certeza que não vai querer ir?
– Tenho. Era minha mochila preferida, cara! - disse ele fazendo uma careta e continuando a lavar a mochila vomitada no banheiro. - Se é assim que você reage a cereal e leite estragados, nem quero saber como é depois de beber.
– Há-há, engraçadinho. - retruquei e desci as escadas. Jimmy já tinha ligado o motor, então tive que correr para ele não perder a paciência e ir embora sem mim.
– Então, onde é que fica esse bar? - perguntei para Jimmy depois de já estarmos a uns 10 minutos no carro.
– É aquele ali - Jimmy apontou para um pequeno bar que eu conhecia muito bem.
– Ah não. - gemi.
– "Ah não" o que? - meu irmão perguntou.
– Esse bar… ele é… - balbuciei. - ah, quer saber? Foda-se.
Entramos no bar normalmente. A placa "aberto" estava novamente virada para frente.
– Já vai pedindo umas cervejas que eu vou no banheiro. - Jimmy disse a mim.
Ah, que beleza. Vou ter que ir pedir as cervejas. Vou ter que ir falar com a garçonete.
– Duas cervejas, por favor. - tentei desviar meu olhar daquele cabelo que parecia estar constantemente em chamas.
– Ok, duas cervejas para… - ela levantou seus olhos verdes para mim e abriu um sorriso irônico. - Ora, ora, ora. Veja só quem voltou.
– Então pelo visto você não conseguiu me esquecer.
– É meio difícil você passar despercebido com esse seu cabelo, queridinho.
– Por que você sabe né, cabelo vermelho também é super discreto. - retruquei.
– Touché.
– Enfim, como vai, Becky?
A garota me deu um sorriso frio, do tipo "vou te matar enquanto você dorme".
– Nunca. Me chame. De Becky. Entendeu?
– Ah, me perdoe. Becky. - a provoquei.
A garota bufou.
– O que é que você quer?
– Como eu disse mais cedo, duas cervejas.
– Identidade. - ela disse, seca.
Ok, por isso eu não esperava. O que ia fazer? Mostrar minha identidade e ser expulso do bar?
– Isso é mesmo necessário?
– São as normas do bar, Sr. Smurf.
– Acontece que eu não estou com a minha identidade no momento, Becky.
– Sem documento, sem álcool. São as normas.
– Ah, qual é!
– Você pode pedir um toddynho se quiser. - ela caçoou.
– Me vê uma Coca Zero. - revirei os olhos.
– Você é quem manda. Sr. Smurf.
- Por que "smurf"?
- Porque você é baixinho.
- Hey, eu não sou não!
- Claro, e eu sou a Fada do Dente. Sr. Smurf.
– Pare de me chamar de Sr. Smurf.
– Pare de me chamar de Becky.
Eu a analisei por alguns segundos.
– Trégua?
– Trégua. - ela concordou. - E como devo te chamar, então?
– Billie Joe. - respondi. - E seu nome é Rebecca, certo? - Ela concordou com a cabeça.
Fiquei um tempo bebericando a minha Coca Zero, enquanto ela me olhava com intensidade.
– Será que dá pra parar de me encarar?
– Me desculpe. - disse, corando violentamente. Ela parecia realmente constrangida. Isso de alguma forma fez eu me sentir mal.
– Não. Eu que peço desculpas. Tenho estado um tanto rabugento esses dias, e tenho descontado tudo nas pessoas a minha volta.
Ela me olhou com interesse. Isso era bem estranho. Garotas normais não estão interessadas na vida dos outras. Elas só estão interessadas em falar em si mesmas. E sapatos. Parece que Becky não era uma garota comum.
– Bem, minha vida é bem chata... fale sobre você.
– Eu? - ela perguntou, rindo. - Sua vida pode até ser chata, mas nada se compara à minha.
– Vamos fazer o seguinte. Eu faço uma pergunta e você responde. Depois o contrário. Pode ser?
– Então tá. - ela concordou. - Você começa.
– Ok... você é filha do dono do bar? - perguntei.
– Não.
– Mas você não o chamou de "pai"?
– Ele é meu padrasto... mas é um maior pai para mim do que o de sangue jamais foi. Minha vez. Você tem mesmo idade para beber? - ela perguntou.
– Bem... - me enrolei.
– Não se esqueça, honestidade.
– Para falar a verdade, não. Faço 21 em Fevereiro. E você, quantos anos tem?
– Vinte e um. Você é bem cara de pau em vir em um bar e pedir duas cervejas, hein. - ela disse, rindo.
– Eu faço o meu possível. - respondi, dando de ombros.
– Ta legal, fica aí na sua Coca Zero. - ela riu mais. - Você veio aqui sozinho?
– Não. Meu irmão provavelmente deve estar passando mal no banheiro. - mentira. Eu já tinha visto ele sair e se sentar em uma mesa no fundo do bar, toda hora rindo da minha cara e me mandando joinhas. - Você tem irmãos?
– Não. Bem, mais ou menos. Sou só eu e meu pai. Minha mãe, depois que se casou com ele, morreu junto com meu irmão no parto. Desde então eu ajudo ele com o bar. - acenei com a cabeça. Não era necessário falar nada como "meus pêsames". Esse tipo de coisa realmente irrita. Eu sei como é a sensação de perder alguém querido, e falar que você sente muito não vai trazer essa pessoa de volta. - Você mora com seu irmão?
– Bem... não exatamente. Ele tem um apartamento em Nova York, e as vezes vem nos visitar. Eu moro com um amigo. - não era necessário mencionar que eu e esse meu amigo morávamos com a minha mãe. - Desde quando você trabalha nesse bar?
– Eu ajudo meu pai a entregar as bebidas desde que eu tinha 16. - ela respondeu.
– E eu posso te fazer outra pergunta?
Rebecca acenou com a cabeça, o que eu interpretei como um sim.
– Se eu te beijar, você vai me bater?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Quem diria que duas pessoas que se odiaram tanto iriam acabar assim?
Por favor, digam o que acharam e me deixem feliz ^^
Ah, e também aceito sugestões para o nome da fic ou dos capítulos, tenho uma péssima criatividade para criar títulos TT