Eu poderia recomeçar com o homem dos meus sonhos, ou poderia seguir em frente..

Durante alguns minutos nem eu nem ele conseguimos soltar uma palavra. Eu, estava a pensar na proposta dele. E ele, estava sentado a encarar-me.

-Eu acho que posso tentar. –eu disse baixo

-Tentar não vai chegar

- Para ti, tem que chegar –eu levantei-me da poltrona – Eu vou indo. Ficar aqui é capaz de piorar as coisas.

- O que fazes amanha a tarde? – ele perguntou-me rápido

- Devo de ficar por casa, porque?

-Eu passo lá de tarde – sorriu – eu acompanho-te a porta então.

Ele desceu ao meu lado, e eu vi a Pattie no sofá. Acenei, ela sorriu traiçoeiramente. Acho que ela andava a pensar em coisas..

-Bom, sendo assim, eu vou

- Até amanha – ele deu-me um beijo na bochecha e eu sai

Caminhei até ao carro ainda sem perceber o que raio havia acontecido agora. Ele ficou estranho.
Entrei no carro e pensei em ir para casa. Mas estava com pouca vontade. Foi ai que me lembrei de ir para aquele parque. Em que eu e o Justin começamos a falar.
Dirigi até lá. Fui nas calmas. Demorei 30 minutos a lá chegar. Passavam já das 10 e 40 da noite

Sai do carro, e fui encarar o pequeno riacho que lá tinha. Estava uma brisa fresa, mas violenta. O meu cabelo esvoaçava por todos os lados, e os meus pensamentos também.

Não dei conta do tempo passar, estava num mundo, em que o meu tempo parava, e so começava quando eu queria. Estava sentada em cima da relva do parque a olhar para o nada, quando vi o meu telemóvel tocar.

“Cris”

Carreguei em rejeitar. Ela tentou ligar mais umas 3 vezes, sem resultado. Não tinha paciência para falar com alguém.

Novamente o meu telemóvel tocou. Numero desconhecido. Rejeitei.
Mas tentaram ligar mais umas 7 vezes e eu já estava a ficar com curiosidade de saber quem era. Então arrisquei e atendi

“sim ? –perguntei fria

“Onde é que estas Emma? – ele perguntou suspirando

“Eu preciso de estar sozinha, ok?

“Onde é que estas Emma? –perguntou novamente no mesmo tom

“Eu preciso de estar sozinha, torno a repetir”

“A Cris anda toda preocupada atras de ti. Sabes que horas são?”

“que horas são?”

“Passam das 4h da manha. Ela ligou-me a 1h. diz-me onde tu estas, anda lá anjo”

E pronto. Ele teve de estragar tudo. Chamou-me anjo e eu comecei a lembrar-me do passado. A minha respiração ficou pior que virada do avesso mas não tinha coragem de lhe desligar o telemóvel.

“O que foi Emma? Emma, onde estas”?

“Eu estou…no paaarrque, aquele grande– eu engoli a seco

“Espera 10 minutos. Já vou ai ter.”

Ele desligou a chamada e eu deitei-me no chao. Tudo o que eu tinha quase esquecido tinha voltado. O apelido… tudo.

Levantei-me e comecei a caminhar. Estava a ficar com frio de mais. Entrei no carro e liguei o aquecimento. Deitei a minha cabeça no volante, e controlei-me. Eu não ia chorar mais!

Ouvi alguém a bater no meu vidro, e dei um berro. Virei a cabeça devagar e vi que ele tinha chegado. Abri a porta do carro e sai.

-O que foi pequena? –ele perguntou-me baixinho

- Eu estraguei tudo Steve. Tudo – eu abracei-o

-Conta-me lá a historia em termos –ele pediu apertando-me  mais contra ele.

-Eu fui ter com ele…e ele tinha lá a namorada…eu expliquei-lhe tudo.. e mesmo assim ele não me quis. Ele disse para recomeçar-mos. Mas só como amigos. Como é que eu vou conseguir?

-Primeiro, ele não tem namorada – ele riu pelo nariz – ela é uma ficante, entendes? Segundo, ele ama-te ainda. Da-lhe tempo.

-Eu não consigo. Eu quero-o aqui, agora – eu sussurrei

-Eu sei que queres querida – e ajeitou-me uns cabelos – estas tao bonita – ele disse e eu sorri – vez, eu consegui tirar-te um sorriso! Agora vá. Vamos levar-te para casa e desabafas tudo, o que achas?

-Dormes lá em casa? –perguntei largando-o

-Sim. Vamos no teu carro?

-O meu Porsche – eu ri

-Já vi que sim. Tens é de ir buscar a tua a casa dele.

-Amanha, amanha vou buscar aquela linda

- Passa para lá, eu conduzo. –ele disse rindo

-Eu sei que sempre quiseste. Eu deixo. Mas e o teu carro?

-Amanha vimos busca-lo. Quem quer aquela lata velha? –ele encolheu os ombros – vamos lá-

-Tenho fome – eu disse

-Mau era. Já viste as horas? Comes qualquer coisa em casa.

Entramos no carro e seguimos para minha casa. Ele deixou o carro na garagem, com todo o cuidado.

-EMMA – Cris gritou – Estas bem graças a deus – ela pôs a mão no peito.

-Cris, trás qualquer coisa ao quarto dela para nos comermos. Amanha ela fala contigo pode ser?

-Pode claro. Vao lá

Eu entrei no meu quarto primeiro, tirei os sapatos e deitei-me sobre a cama. O Steve fez o mesmo, deitou-se ao meu lado e abraçou-me de lado.

-Tens de ser positiva, vadia

-Eu já estava com saudades desses nomes, acreditas? – eu sorri

-E também tinhas saudades de eu passar aqui as noites contigo, admite! –ele sussurrou

-Eu admito. Entao, em que faculdade estas? – eu perguntei mudando de assunto.

-Direito. E tu?

-Eu também estou em direito. Amanha tenho de ir ver os papeis e ver qual é a faculdade que eu ando.

-Deves andar na minha – ele sorriu – A Hannah esta na de Gestao de atividades turísticas ou coisa assim. É economia.

-Huum, sei. Ela sempre quis isso.

-Não me queres contar a historia do que se passou nos teus anos de a 3 anos atras

- Sim, eu conto. Deixa so a Cris chegar com a comida – eu sorri

Esperamos pela Cris e atacamos a comia. Enquanto isso, eu ia contando tudo, pela 3 vez. O Steve ficou de boca aberta, e sem saber o que fazer e dizer. Logo que eu acabei, mudei logo de assunto.

-E tu e a Hannah. – perguntei curiosa

-Nos namoramos ainda, se é o que queres saber – ele deitou a língua de fora.

-É bom saber – sorri

-E tu, nada de rapazes em Bruxelas?

- Claro que tive. Ia eu passar 3 anos sem sexo – gargalhei – Ficantes, sabes. Nada de serio.

-Era estranho tu não teres sexo durante 3 anos. Tu amas sexo!

-Ninguém precisa de saber isso – murmurei

-Só eu e tu é que estamos aqui

-E as paredes? Elas teem ouvidos nunca ouviste dizer!?

-Oh, parva. Não queres dormir um pouquinho? São quase 6 da manha.

-So durmo se dormires também.

-Eu durmo contigo –ele disse – isto dito assim até parece outra coisa!

-Lá esta o lado negro a falar – eu ri – Vá, dorme – eu agarrei-me a ele e tentei adormecer

Eu sentia falta daquilo. Quando a Hannah não estava cá, eu e o Steve passávamos muito tempo assim. Ele era como um irmão mais velho. Era protetor, quentinho e o meu maior pilar. Ele era o único que me percebia, e que me conhecia realmente.
Sabia quem eu era por dentro, sabia quando eu mentia, ou quando disfarçava.

Adorava quando ele ficava aqui noites seguidas e aquele cheiro de chocolate do seu perfume entrava pelas minhas narinas constantemente.
Ele ainda o usa. ^-^

Apaguei –

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Um cheirinho agradável estava a passear no meu quarto. Abri os meus olhos de repente e reparei numa bandeja a frente dos meus pés.
Havia um bilhete, e uma rosa branca.

“Eu fui a casa trocar de roupa. Tens alguém lá em baixo na sala a tua espera. Um beijo, Steve “

Ele fazia sempre isto! Eu peguei na rosa branca e desci. Fui a cheira-la pelo caminho.

E na sala, encontrei quem menos esperava. Sim, se pensaram no Justin, acertaram.

-Bom dia – eu disse

-Mais boa tarde – ele sorriu e olhou-me – estas com muito bom aspeto

-Noites mal dormidas. Como sempre – abanei a cabeça negativamente – o que querias?

-Passar o dia contigo, lembraste? Mas agora é só meia tarde neh.

-Eu não estou a fim de sair de casa, desculpa – eu disse – estou cansada, e nem sequer me aguento em pé – segurei-me a parede. Tonturas.

-Podemos mesmo ficar a aqui – ele disse

-Anda. Vamos para o meu quarto então – respondi e subimos.

Entramos no meu quarto e eu deitei-me novamente na cama. Peguei na bandeja e comecei a devorar o que Steve deixou

- Uma rosa e um pequeno almoço na cama – comentou ele – quem é ele?

-O Steve ajudou-me – eu murmurei – Ele é o meu melhor amigo. Não é a primeira vez que ele faz isto.

-Humm – ele sentou-se na ponta da cama e observou-me a comer. Isso era muito constrangedor. – então conta-me, porque é que ontem não vieste logo para casa?

-Como é que sabes? – eu entalei-me com o sumo de laranja

-O Steve disse-me a bocado, quando eu cheguei

-Ele não te contou nada pois não?

-Não. Não quis.

-Menos mal – suspirei

-Porque é que não vieste logo?

-Não me apeteceu…

-Já percebi que não vou conseguir arrancar anda de ti –ele suspirou - O que vamos fazer agora de tarde?

-Apetece-me jogar ao pictonary. O que achas?

-Parece-me bem. Onde esta?

-Esta ali em cima. Na ultima prateleira.

- Ok – ele levantou-se e trouxe o jogo e mais alguma coisa – Guardas-te isto –ele sorriu

-É um álbum muito giro – eu sorri de lado – queres vê-lo?

-Sim, se quiseres.

-Ok, vamos ve-lo. Senta aqui do meu lado – bati na cama e ele sentou-se

Senti o seu cheiro novamente. Eu tinha qualquer coisinha por aquele cheiro, deixava-me completamente louca!

Abri o álbum e fomos vendo as fotografias

-Esta aqui, eu estava vestida com uma camisa tua – apontei e ri – nem percebo porque

- Foi daquela vez que tu entornaste molho de tomate na tua roupa. E começaste a gritar porque a roupa ia ficar manchada… e então eu fui buscar uma camisa e tiras-te a roupa na sala. A minha frente

-Não era nada que já não tivesses visto. E esta, lembraste? –apontei para uma fotografia

-Lembro pois. Foi quando… fizemos aquela aposta… era aposta do jogo… sobre o que?

- Tambem não me lembro. Mas a foto ficou muito boa – comentei.

- Espera.. –ele pegou no telemóvel. Provavelmente teria uma mensagem – Sorri para a camera – avisou

-A serio? – ele abraçou-me de lado, fizemos careta e o flash disparou

- Ficou muito boa. Eu tenho de ir resolver uns problemas. Vou ver se volto. Se não conseguir mando-te mensagem

-Vai lá. Eu acompanho-te a porta.

-Deixa te estar, eu sei onde é a saída – ele piscou-me o olho – Ve se te animas – ele pediu e saiu

Ele saiu e eu entrei na casa de banho. Realmente eu estava horrível. Parecia que alguém tinha morrido e eu tivesse chorado mares.
Liguei a agua do chuveiro e entrei

»»

Depois de vestida, com os cabelos direitos e o quarto arrumadinho, peguei na minha mala e procurei os papeis da minha faculdade. La já havia o meu horário, o que era preciso, e coisas assim. Peguei nos livros e comecei a estudar. Tinha imensa coisa para saber.

Umas quantas horas depois, fui interrompida por um toque na porta do meu quarto.

-Entre – levantei a cabeça

-Olá, olé –ele disse

-parece que ando na mesma faculdade que tu. Se quiseres começamos a ir juntos.

-é na boa. Como correu a tarde com o Bieber? – perguntou sentando-se na outra cadeira da minha secretaria.

-Normal. Vimos o nosso álbum e depois ele disse que tinha algo para tratar.

-E eu sei qual é esse assunto – ele riu pelo nariz

-Qual é?

-Johann. De certeza que foi lhe foi dar um fora!

-Como assim?

-Ah…o Bieber ontem depois de ires ligou-me e tal, e disse que ia acabar com a coisa que tinha com a Johann. Não valia a pena ele andar com ela contigo aqui.

-Tu e ele são muito amigos não são? –perguntei curiosa

-Desde que foste, eu e a Hannah fomos o único suporte na vida dele.

-Entao, tenta saber porque é que ele não quis nada comigo, quando eu voltei.

-Essa pergunta e fácil. Ele quer um tempo para se mentalizar que tu tas aqui e que não vais embora assim que ele te beije.

-Ele disse-te isso?

-Mais ou menos. – ele pegou no telemóvel dele e leu algo – ves? – ele mostrou-me o telemóvel e eu li

“ O assunto da Johann já esta resolvido. So falta agora falar com a Emma. Hoje ou amanha, Bro?

De : Bieber
Para: Steve

-Ahhn. Diz-lhe a ele para amanha. Hoje não tou nem um pouco bem para falar direito.

-Ele anda na mesma faculdade que nos – ele murmurou

-É o cumulo – eu ri

- E o que estas a estudar?

- Esta foi a ultima matéria que dei lá – apontei para o livro

-Nos vamos nessa também – sorriu – Vamos agora entrar na parte 3

-Lá esta. Não estou atrasada.

-Eu so vim aqui para ver como estavas. Amanha cedo passo aqui para irmos ta bom, Emmy?

-Sim, Steviy

-Lol – deu-me um beijo na testa e saiu – Ele ainda vai mandar-te alguma coisa hoje. Espera e veras – ele sussurrou e saiu