Eu Te Odeio Vs. Eu Te Amo escrita por maria


Capítulo 14
Vagalumes Cegos


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Sei que demorei, mas vocês nem imaginam o caos que tá minha vida. Enfim, não é problema de vocês, por isso caprichei bastante nesse capítulo, quis fazê-lo ficar bem romântico. O nome do capítulo é o mesmo da música tema, sugiro que vocês escutem, para entender o clima das cenas, principalmente as finais, que eu faço algumas referências à música. O link é esse: http://www.vagalume.com.br/cicero/vagalumes-cegos.html

Aproveitem o capítulo e nos vemos lá embaixo, porque eu tenho uma coisa pra falar com vocês.



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Edward guiou o carro em silêncio, compreendendo que eu precisava de tempo. Assim que chegamos, ele sentou-se no sofá da sala e fiz o mesmo. A essa altura, as lágrimas já haviam secado.

– Imagino que você queira uma explicação sobre o que aconteceu. – falei, soltando o ar, só agora percebendo que tinha prendido.

– Bem, sim. Estou meio confuso sobre algumas coisas, mas já liguei os pontos e acho que sei do que se trata. Agora, me lembrando do dia em que nós “casamos”, – fez aspas com as mãos – e do que eu te disse quando você chegou a esse apartamento... Me perdoa, Bella. Eu pensava que você era outra pessoa, eu...

– Não precisa pedir perdão, Edward. Nós dois tínhamos opiniões muito precipitadas. Eu não sabia quem você era, você não sabia quem eu era. Nós só nos julgamos, porque estávamos revoltados com a situação.

– Que bom que você pensa o mesmo que eu. Mas só de pensar em te magoar... – abaixou a cabeça. – Enfim, se você quiser falar sobre o que aconteceu, estou aqui. Mas se você quiser só chorar ou ficar em silêncio, estou aqui também.

Cheguei mais perto dele no sofá e me aconcheguei em seu peito. Eu só queria ficar ali abraçada com ele, e por algum tempo, foi o que fiz, mas sabia que devia uma explicação.

– Jacob era meu namorado, você deve ter chegado a essa conclusão. Eu amava-o demais, ou achava que amava. A verdade é que eu era extremamente infeliz e me agarrava a ele como se ele fosse um colete salva-vidas. As coisas até funcionavam muito bem, porque ele era a única pessoa que eu tinha. Mas um dia ele decidiu me deixar e de mudar pra Califórnia com uma vadia que conheceu. E me falou aquelas coisas que eu disse no bar. Que eu era só a filha de Charlie Swan, que nunca ia ser nada além disso. E ele fez pra me magoar, sabe? Porque eu contava tudo a ele. E aquele filho de uma puta sabia muito bem que eu odiava ser a filha de quem eu sou. Eu sempre tive que abrir mão das coisas, nunca pude trabalhar, vivia brigando com meu pai, depois do que aconteceu com Harry, passei a ter seguranças me vigiando até dentro da escola. E as pessoas me reconhecem na rua, porque veem fotos minhas em revistas de fofoca. Por que se interessam tanto pela vida dos ricos? Às vezes, eu queria sair pra caminhar sem que visse algum fotógrafo ou algo do tipo. Isso já foi pior, porque quando eu era menor de idade, meu pai me obrigava a ir nesses eventos e tirar fotos, como se eu fosse uma patricinha com a vida perfeita. E mesmo Jacob sabendo de tudo isso, ele teve a cara de pau de dizer essas coisas pra mim. Eu afundei ainda mais na depressão, e meus únicos momentos de felicidade eram quando eu ia visitar as crianças. Estaria nessa depressão até hoje... Se não fosse você. – até então, eu estava olhando para minhas mãos, que se contorciam, mas quando disse isso, fitei Edward.

– Bella, eu sinto muito por tudo que você sofreu. Se eu pudesse mudar o passado, mudaria, mas talvez você não fosse a pessoa que é. E talvez você ainda não seja completamente feliz, porque esses fantasmas te perseguem. Às vezes, você fica olhando fixamente pro nada, com uma expressão triste. Eu percebo. Mas quero que saiba que eu vou estar aqui, sempre. Eu não imaginei que fosse me apaixonar por você quando meu pai me contou que eu seria obrigado a me casar por contrato. E era isso que eu precisava de te dizer: estou completamente apaixonado por você, nem sei como explicar. É estranho, mas é maravilhoso, nunca senti nada igual. Também tenho fantasmas e você tem me ajudado muito, mesmo que não tenha consciência disso. E eu vou te ajudar. Nós vamos estar juntos um pelo outro, certo? – me olhou em expectativa. Nesse momento eu estava em prantos.

– Eu nem sei o que falar, faz tanto tempo que alguém não diz esse tipo de coisa pra mim. Que alguém se dispõe totalmente a me ajudar. Eu vou te ajudar também, Edward. Você não sabe o quanto eu quero que você fique bem, porque também estou apaixonada por você. A vida tem dessas coisas, e os descaminhos que tomamos podem ser tão bons quanto os caminhos considerados certos. Eu vou estar aqui.

Assim que falei isso, ele me beijou. Não era como qualquer outro beijo que eu já tivesse trocado antes, porque eu sabia o que ele sentia e sabia o que eu sentia. Nossos lábios pareciam feitos de fogo, e quando estavam unidos, faziam uma chama ainda maior. Mas havia calma e paz também, o fogo queimava lentamente. E eu nunca me senti tão amada, ou como se alguém se importasse tanto comigo. Era até difícil de acreditar, mas Edward se importava.

Só nos separamos quando faltou o ar, mas ainda assim, ficamos abraçados, como se nossa vida dependesse disso, e naquele momento, dependia.

– Acho que estamos ficando muito isolados aqui nesse apartamento, deveríamos sair de vez em quando para nos divertirmos. – falou depois de um agradável silêncio.

– Concordo, mas iríamos para onde? Casa dos meus pais, nem pensar. Boates e coisas do gênero, nem pensar. Bar do seu amigo, nem pensar, agora que sabemos como está mal frequentado.

– Nós poderíamos ir lá pra casa. Esme te adora, ela mesma me disse. Falou que “viu o brilho nos meus olhos enquanto eu estava com você”. E Alice, nem preciso falar, não é? E você tem aqueles seus amigos, da boate, que apesar de não terem feito muita coisa para impedir aquele vexame, - fez uma careta quando disse isso - parecem gostar muito de você.

– É, você está certo! – exclamei após pensar um pouco. – Podemos começar nossa rotina de jovens ricos ociosos amanhã. – dei uma gargalhada com minha piada sem graça e Edward só sorriu de minha idiotice. Quando alguém que você gosta faz esse tipo de coisa, é inevitável não sorrir. Porque você sabe que não existe ninguém no mundo que teria capacidade para fazer essas besteiras. E, sabendo disso, sente como se a pessoa fosse mais sua, por se permitir falar bobagens perto de você. Acredito totalmente que é desse tipo de coisa pequena que é feito o amor.

Depois de ficarmos um tempinho só abraçados e trocando beijos ocasionalmente na sala, pedimos uma pizza e ficamos só planejando bobagens e morrendo de rir.

– Não acredito que você nunca andou de montanha-russa? – ele deu um sorriso incrédulo.

– Sempre tive vontade, mas tenho um pouco de medo de altura. Além do mais, a única vez que fui num parque de diversões, foi com Seth e Harry e os dois também tinham medo de altura, o que não me dava muita confiança pra ir sozinha.

– Ah, mas nós vamos ter que marcar um dia para ir ao parque de diversões, senhorita! Até eu fiquei com vontade agora.

– Combinado então, senhor. – dei um sorriso de moleca, totalmente satisfeita com tudo que estava acontecendo, nem conseguia me imaginar mais feliz.

Ficamos nesse papo até altas horas da madrugada, quando o sono nos venceu e fomos nos deitar. Amanhã iríamos fazer um piquenique com Alice no parque. Tudo ia às mil maravilhas e eu já tinha esquecido o incidente com Jacob, minha paixão por Edward ofuscando qualquer outro sentimento que pudesse aparecer no meu coração.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Eu achei que ficou bem fofinho, essa declaração dos dois *-* Enfim, o que eu tinha para falar, é de uma ideia minha pra uma short-fic. Lá vai a sinopse:

"Bella sempre foi o tipo de garota que fica calada num canto, mas decidira que não seria mais assim. Por causa do bullying que sofria, muda de colégio, onde consegue finalmente ter paz e ser quem ela é. Conhece uma garota chamada Alice Cullen e elas viram grandes amigas. Mas até que ponto essa família pode afetar sua vida? É o que se pergunta quando conhece o infantil e arrogante Edward Cullen, só mais um garoto querendo atenção. Bella se sente cada vez mais envolvida por esse garoto que não dá a mínima pra ela, mas até que limites o amor pode nos levar?"

E aí, gente? Leriam? Vale a pena eu tentar desenvolver essa história? Me deem opiniões nos comentários, não se esqueçam. Beijos e até a próxima postagem, prometo que tentarei ser breve.



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