(... algum tempo deipois, oito meses de gravidez)

Mauren’s POV:

Eu estava sorrindo boba ao sentir o zayn encostar a mão na minha barriga para sentir o Gustavo se mexer. Sim, Gustavo. Zayn que escolheu. Zayn estava tão eufórico ao sentir ele se mexer, parecia a primeira vez.  Já devia ser mais de meio dia e estavam todos nos esperando na casa das meninas pra comer a tal da comida irlandesa que Carol aprendeu a fazer na viajem a Irlanda.

-Zayn, vamo lá?

-Vamos vidas. –Ele falou.

-Filho, tomara que você não morra comendo a comida Irlandesa que sua madrinha vai fazer tá? –Falei passando a mão na minah barriga enquanto Zayn pegava a chave do carro.

-Cala a boca Mauren! Ele não vai comer e comida iirlandesa é boa, e a comdia da Carol.. Bom... É... Dá pro gasto.

-Viu filho, agora a culpa é do teu pai.

-É tão bom ouvir você falar filho sabia? –Zayn falou no meu ouvido segurando minha mão e me levando até a garagem.

-Mas faz mais de mês que eu chamo nosso filho de filho. Desde que ele se mexeu pela primeira vez.

-Não importa, é muito bom ouvir você falar isso.

-Ai Gustavo, isso doeu! –Falei quando entrei no carro e senti uma dor.

-Eita, tá bem? –Zayn perguntou preocupado.

-Sim amor. Vamo que eu to com fome e, provavelmente esse mini monstrinho também.

-Não tem jeito,você vai pra sempre chamar o nosso FILHO assim?

-SIIIIIIIIIIM! –Falei batendo palminhas, o que fez Zayn rir.

Chegamos na casa das meninas e a coida já estava pronta. Comi feito um animal MESMO. Comi por quatro, não foi nem por dois. Depois que a gente comeu nós fomos pra sala e ficamos conversando até a noite. Falamos sobre o Gustavo, as roupas dele e um monte de coisas. Depois a gente comeu o que sobrou, que por sinal foi pouco da tal comida lá que a Carol fez e nós fomos pra casa. Eu estava PODRE de cansada então me deitei na cama. Com o que eu não contava foi que o Gustavo começou a jogar futebol na minha barriga e isso me causava muita dor. Eu não conseguia dormir, tomei um remédio mas não parou. De repente fiquei com uma dor de cabeça infernal. Com o que eu não contava era que no meio da noite eu comecei a sangrar. Cutuquei Zayn e ele logo acordou.

-Zayn, me leva pro hospital?

-O que foi?

-CARALHO ZAYN, EU TÔ SANGRANDO, CEPÁ  NOSSO FILHO VAI NASCER PORRA.

-Só mais cinco minutos amor.

-CALA BOCA SEU VIADO, EU TO MORRENDO DE DOR AQUI, TÔ SANGRANDO CARALHO SAN-GRAN-DO! VOCÊ PODE LEVANTAR ESSE CRPO GOSTOSO DA CAMA E ME LEVAR PRO HOSPITAL?

-Hospital?

-PORRA ZAYN, VOU LÁ FALAR COM A CAROL QUE AQUELA SIM ME AMA. –Falei isso e me levantei morrendo de raiva de Zayn. Fui com muita dor até o quarto de Carol, bati na porta e dei um passo pra trás e, como tinha um tapete no chão eu caí e resbalei. Isso doeu muito. Segurei na parede e tentei me levantar. Estava meia zonza por causa da dor de cabeça e também por que eu estava sangrando, essa porra da Carol que não abre a porta também. Gritei com todas as minhas forças CAROOOOOOOOL quando, tentando me levantar eu resbalei novamente e caí escada a baixo. Tentei gritar um Carol novamente porém som nenhum saiu. Eu estava no meio da escada então tudo ficou preto.

Carol’s POV:

Ouvi um grito, da Mauren? Então coloquei uma roupa por causa das coisas que fizemos ontem a noite e quando abri a porta vi a Mauren caída na escada com marcas de sangue por tudo. Dei um grito e entrei no quarto, Niall estava sentado na cama colocando uma calça.

-NIALL CORRE, VAMOS LEVAR A MAUREN PRO HOSPITAL.

-O que que foi?

-ELA TÁ CAIDA NA ESCADA SANGRANDO, VAMO. VOU CHAMAR O ZAYN. –Falei gritando e corri pro quarto deles, por sorte Zayn estava vestido. –ZAYN ACORDA!

-Poxa amor, te falei que em cinco minutos te levava pro hospital, sei lá por que. –Ele falou ainda sonolento e eu dei um tapa leve na cara dele e levantei-o

-PORRA ZAYYYYYYYN, TUA NAMORADA TÁ CAIDA NO MEIO DA ESCADA DESMAIADA E TU DORMINDO, ACORDA PORRA.

-O QUE?

-VAI LÁ NA ESCADA E OLHA. –Eu falei e ele se levantou. Foi até a escada e deu um grito.

-PORRA MEU, EU SOU UM IDIOTA, CADÊ O NIALL? –ele falou gritando pegando a Mauren no colo e procurando a chave do carro. Eu estava atordoada, subi correndo, peguei uma bolsa, coloquei o primeiro calçado que eu achei, desci e o carro de Zayn estava na frente de casa com Niall dirigindo e Zayn atrás com Mauren no colo. Fechei a porta de casa com um baque, nem tranquei, entrei do lado do Niall e ele foi até o hospital.

No carro tive tempo de pegar meu celular, olhei a hora, já era 6:30, caralho.

-Eu ligo pras gurias? –Perguntei olhando pra Niall

-Liga, vocês tem aula agora de manhã. –Niall falou e eu assenti, disquei o número da Toti e ela demorou pra atender.

Ligação.

Toti: Porra Carol, vai dormir.

Carol: Cala boca, to indo pro Hospital, a Mauren caiu da escada.

Toti: HÃ? Você só pode estar de brincadeira comigo né? Me liga as seis e meia da manhã e ainda acha que eu vou ficar apavorada.

Carol: CALA BOCA PORRA, ACORDA TODO MUNDO AÍ E VEM PRA PORRA DO HOSPITAL POR QUE É SÉRIO ANTÔNIA!

Toti: PUTA QUE PARIU CAROL, TÁ TÔ INDO PRAÊ, VOU ACORDAR TODO MUNDO AQUI.

Fim da ligação.

Essa Antônia tem merda na cabeça, acha que eu vou acordar essa hora pra fazer uma brincadeira dessas com ela. Niall chegou rápido ao hospital, foi voando. Chegamos lá e Zayn estava com Mauren no colo. Ele entrou correndo no hospital e eu fui atrás, logo uma enfermeira veio com uma maca e levaram-a para sei eu onde. Niall me abraçou e nós explicamos a enfermeira o que aconteceu. Ela disse que em alguns instantes viriam dar notícias. Fomos até aquela famosa sala de espera pela qual passei os piores dias da minha vida esperando Niall se recuperar. Eu estava escorada em Niall e de mão dada com o Zayn. Ele precisava de ajuda, de forças. Sabe-se lá o que pode acontecer, tanto com Mauren quanto com Gustavo. Niall não se importou nem um pouco de ver minhas mãos enlaçadas com as de Zayn, se fosse com Harry o papo ia ser diferente. Depois de uns dez minutos as meninas chegaram pedindo notícia. Eles se juntaram a nós na sala de espera e nós contamos a mesma história que contamos pra enfermeira e ficamos de mãos dadas em silêncio apenas observando o movimento dos médicos. Eu estava com a cabeça apoiada no ombro de Niall, segurando a mão de Zayn. Karina estava abraçada com Harry e Toti na mesma posição que eu no ombro de Louis. Liam tinah viajado com Danielle. Ficamos ali esperando durante duas horas até que aquela mesma enfermeira morena de cabelos curtos, de estatura média entrou na sala de espera. Olhei pra Zayn e nós corremos na direção dela em um pulo, e depois todos vieram atrás de nós.

-Nossa. –Ela falou assustada, é, tinham nada mais nada menos que sete pessoas em volta dela. –Bom, Tivemos que fazer um parto forçado. O bebê nasceu um pouco prematuro e está na UTI.ele está instável mas pelo fato de ser muito pequeno e não ter os pulmões bem desenvolvidos, o pequeno corre risco de vida, e isso eu não posso esconder.

-E a Mauren? –Falei afoita apertando a mão de Zayn.

-Bom... Ela perdeu muito sangue e...

-EEE... ? –todos nós falamos juntos temendo o pior.

-Ela está em estado gravíssimo e corre risco de vida. Por ter caído da escada ela teve uma hemorragia interna.

-E o que isso quer dizer? –Louis perguntou.

-É a perda de sangue pelo corpo e, por causa do parto mais ainda.

-Ela vai ficar bem? –Karina perguntou e eu olhei para baixo temendo o pior.

-Não garanto nada. –Ele faz uma pausa e suspirou. A essas alturas eu já estava chorando. – Como já falei, o estado dela é gravíssimo e, não vou esconder nada de vocês, ela tem pouca chance de vida.

-Posso vê-la? –Zayn falou encostando a mão no ombro da médica.

-Ela está sendo sedada Zayn por tanto, agora não. –Ela suspirou fundo novamente. –Mas se quiserem ver o bebê, ele está na incubadora e o pai e mais alguém pode vê-lo.

-Obrigada. –Falei quando ela se retirava. –Niall, se importa se eu for vê-lo com Zayn?

-Claro que não meu amor. –Ele falou e eu abracei Zayn. Nós fomos atrás da enfermeira e ela abriu uma porta.

-Quero que façam silêncio.  –Ela falou e se retirou. Eu abracei Zayn de lado e nós entramos. Tinha vários bebês, um mais fraquinho que o outro. Muito pequenos, alguns cheios de agulhas e eu rezei para que nenhum deles fosse o pequeno Gustavo.  Tinha umas etiquetas com o nome dos bebês e eu comecei a chorar quando o vi.

Abracei Zayn, apoiando meu rosto em seu ombro. Eu chorava muito. Fechei o olho, sem me importar com a camisa de Zayn. Eu queria que aquilo tudo fosse mentira, que eu acordasse e que Mauren estaria bem, com esse pequeno, muito pequeno na barriga, e que esperasse mais um mês para nascer. Zayn estava estático, apoiado na incubadora olhando para seu filho. Uma lágrima escorreu dos olhos dele e eu sequei-a. Olhei aquele pequeno novamente. Tão fraco tão indefeso. Ele não era roxo como outros que eu vi, porém ele era muito pequeno, se duvidar caberia na minha mão. Ele respirava com dificuldade, como se ele não respirasse o mesmo ar que nós. Ele estava cheio de agulhas nos braços pequenos, e isso me doeu muito. Abracei zZayn novamente mas quem chorou foi ele.

-Ele vai ficar bem Zayn.

-Ele precisa da mãe. –Ele falou. –Eu nunca vou me perdoar se acontecer alguma coisa com os dois.

-Ei, não vai acontecer nada, e, você não tem culpa. –Falei olhando no fundo dos olhos dele.

-Tenho sim, eu que não acordei. Eu sou um idiota.

-Ei, cala a boca Malik. Se alguma coisa acontecer com a Mauren, eu vou estar aqui, eu, Karina e Toti. Ele vai ter quatro mães incríveis.

-Mesmo? –Ele falou fitando o chão.

-E cinco pais perfeitos, os mais lindos do mundo.

-É verdade, mais não vai acontecer nada com ela.

-Não vai. –Falei apertando a mão dele. –Agora vamos lá que eles estão nos esperando.

Fomos caminhando lentamente até a sala de espera. Eu dei um abraço em Niall e me afundei em lágrimas. Todos me abraçaram junto e Toti me trouxe água. Depois de muito tempo tentando me recuperar, eu consegui descrever como estava o pequeno Gustavo. Ficamos ali muito tempo, até Niall reclamar de fome. Os meninos foram até um restaurante e prometeram trazer comida para Mim, para Toti e para Karina que estávamos esperando alguma notícia de Mauren. Eu sentia que algo ruim iria acontecer. Odeio pensar nisso até por que não tive nenhum pesadelo ultimamente.

Eu não quero perder a Mauren. Não mesmo. Ela é minha melhor amiga, melhor mesmo, antes da Toti e da Karina. Só de me lembrar do Gustavo, de jeito que ele estava, tão pequeno, chegou a me dar uma dor. As meninas estavam conversando alguma coisa e eu estava ouvindo Don’t forget da Demi Lovato, peguei na bolsa um caderno e uma caneta e comecei a escrever.

“Faço tudo por você. Faço de tudo para seu sorriso não desaparecer de seu rosto, e para seus olhos permanecerem calmos. Faço de tudo para manter o seu controle, para não deixa-lo exausto com minhas neuroses… Faço de tudo para você ficar bem. Entrego a minha alma se for possível. Me deito em espinho, e me corto se assim possa chamar a sua atenção.”

E os meninos chegaram com um pacote. Eles todos comeram e eu estava ali, só de longe os olhando comer. Eu não conseguia sequer sentir o cheiro de comida. Não, ela não pode me deixar. Por um momento imaginei ela partindo. Comecei a chorar novamente. Olhei no celular. 13:45. Nada de notícias? Ela não pode me deixar, eu preciso vê-la. Meu amor por ela vai além de qualquer coisa, QUALQUER COISA. Eu amo-a talvez mais que a mãe dela. Os melhores momentos de minha vida eu vivi com ela, ela me proporcionou tantos sorrisos verdadeiros, tantas lágrimas também. Lágrimas depois de rir, lágrimas depois de brigarmos. Nunca vou me esquecer do dia que ela foi na minha casa, e me perguntou se eu gostaria de ir morar em Londres com ela. Nunca vou me esquecer de todos os momentos que passei com ela. Ela não pode me deixar, não pode deixar o Zayn, não pode deixar o pequeno Gustavo. Ela é forte e sei que ela vai sair dessa. Eu tenho Karina e Toti comigo, mas nada será a mesma coisa com ela. Curvei-me para frente, apoiei meu rosto nas mãos que estavam apoiadas jos joelhos e comecei a chorar. Chorei baixinho, para ninguém perceber, mas não adiantou. Harry me viu chorando e logo se levantou. Ele correu até mim e me abraçou, o que me fez chorar ainda mais. Depois Karina e Toti vieram me abraçar. Toti falou que tudo ia ficar bem. Eu preciso ver Mauren.

Depois de um tempo me acalmei, todos terminaram de comer, com muita insistência para mim comer alguma coisa, eu não quis nada. Acho que de todos, eu era quem mais estava sentindo tudo. Eu e Zayn. Ele a amava assim como eu. Ficamos um tempo conversando, eu conversei um pouco com todos também, e os meninos tinham que sair pro estúdio. Zayn se recusou de ir junto. As meninas todas foram por que dizem elas que não gostam do clima de hospital. Eu entendo. Queriam me arrastar mas eu recusei. Depois que todos foram embora ficamos só eu e Zayn ali. Em silêncio.  Depois de pouco tempo a enfermeira entrou ali com um sorriso forçado ao ver que só estávamos nós dois ali.

-É... Eu tenho notícias. –Ela falou enquanto nos levantamos e fomos até ela.

-Como ela está? –Zayn perguntou sem medo.

-O quadro dela se agravou, muito. Ela perdeu mais sangue e não reagiu muito bem sob os sedativos.

-Ela está acordada? –Perguntei segurando a mão de Zayn.

-Era isso que eu vim falar com vocês. Ela está acordada e chamou pelo nome de vocês. –A enfermeira falou e eu soltei o ar aliviada.

-Posso vê-la agora? –Zayn falou apertando forte minha mão, eu nem me importei.

-Sigam-me por favor. –A enfermeira falou e assim fizemos. Fomos até uma sala sem ninguém, apenas com umas cadeiras perto de uma maca pela qual Mauren estava deitada. As paredes eram brancas, tanto quanto Mauren. Ela estava com uma aparência feia, cheia de aparelhos ajudando-a a respirar, uns apitavam os batimentos cardíacos dela e vários outros que eu não tenho a mínima ideia para que serve. –Eu vou esperar vocês de longe.