Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 9
Aposta


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde amores! Gostei bastante do número de reviews que me deixaram no último capítulo! Obrigada. Ah, e um agradecimento super especial a GreenEyes que já recomendou a história! Obrigada meu anjo, obrigada mesmo!
Então, como a Hangover deu uns conselhos... Aqui está um capítulo mais de ação. Espero que gostem, porque é daqui que a ação começa.



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Mahara Carter POV

– Carter. McCartney. Jones. Collins. White. – Chamou Major Walker. Ergui minha cabeça e olhei para onde a voz dela havia vindo, e a vi apontando para nós e fazendo um sinal para que fôssemos lá com dois dedos. Era importante, definitivamente.

Juntei-me aos outros quatro que Major havia chamado, e fomos ao escritório.

– O que você acha que aconteceu agora? – Perguntou Andie.

– Pela cara dela, algo sério.

– Se for assim, até buscar um café é missão de importância máxima. – Comentou Frank, e nós cinco rimos levemente. Entramos na sala de reuniões e Major fez sinal para que sentássemos. Espalhamo-nos ao redor da mesa oval e esperamos em silêncio que Major falasse.

– Nós localizamos um empregado do nosso suspeito. Precisamos pegá-lo e obter suas informações.

– Quem? – Perguntou o agente McCartney.

– Oliver Williams. – Ela mostrou a foto dele no Datashow. Era um asiático moreno, e pela foto, já com passagem na polícia. Previsível.

– E já temos alguma operação pronta? – Perguntou Andie.

– Não, por isso chamei vocês. Eu quero vocês nesta operação. – Disse Major, sentando-se em uma cadeira, em uma posição de destaque. – Sabemos que Williams frequenta uma casa noturna e está na cidade por alguns dias, antes de partir para Manchester, segundo ele, a negócios. Temos que pará-lo e conseguir todas as informações que ele possuir, inclusive que negócios ele iria realizar em Manchester.

– Provavelmente queima de arquivo. – Disse Frank, olhando umas pastas que estavam em cima da mesa, sobre o caso. – Na sua ficha criminal consta homicídio, estelionato, sequestro, roubo, porte de armas ilegais e tráfico de mulheres para prostituição.

– Então o homem sabe o que está fazendo e está preparado.

– Não tanto. Se estivesse bem preparado, não tinha sido preso tantas vezes. – Disse Frank. – Mas sim, ele é inteligente. Deve frequentar essa casa noturna para dar uma olhada em suas... Vítimas. Como é o perfil das garotas que ele trafica?

– Por quê? – Perguntou Andie.

– Estou pensando em uma operação. – Disse ele.

– Todas têm entre 1,60 e 1,75 de altura, porte atlético. Possuem entre dezesseis e vinte e cinco anos, e são ou loiras, ou morenas ou ruivas naturais, sem nenhuma química no cabelo. – Disse Major.

– Ele mesmo as procura, seleciona e sequestra sozinho, ou tem alguma espécie de ajudantes? – Perguntou Frank.

– Ele só as seleciona e direciona. Quem procura e sequestra são outros homens.

De repente, entendi o que Frank queria fazer.

– Então podemos fazê-lo acreditar que um de nós é o “caça talentos” dele e entregar uma agente, que estaria infiltrada. Quando ele a fosse escolher, então o pegaríamos. – Eu disse. Frank sorriu.

– Exatamente o que eu pensei, Mahara.

– É uma boa ideia. Alguém se voluntaria para ser nosso “caça talentos”? – Perguntou Major Walker. O agente Jones levantou a mão discretamente.

– Ótimo, Jones. E agora, nossa isca! Mahara não se encaixa no perfil procurado por Williams, então sobra para você, Andie.

– Tudo bem... – Disse ela, me olhando com uma cara de “por que eu?”. Eu sorri.

– E o resto de nós? – Perguntei.

– Vocês podem ficar em uma van, perto do local, a postos para entrar e agir se algo der errado.

Assenti em concordância. Continuamos planejando todos os detalhes de como chegaríamos perto de Williams por mais uma hora, e agiríamos no dia seguinte.

Algumas horas mais tarde.

– White e Jones estão chegando. – A voz de McCartney chegou aos meus ouvidos, através do pequeno aparelho. – Estou a trezentos metros deles.

– Entendido. – Respondi, e olhei para Collins ao meu lado. Estávamos ambos na van em frente à casa noturna onde Williams escolhia suas garotas.

– Graças a Deus. Não aguentava mais esperar dentro desta van e sentir esse cheiro de mofo.

– Bem vinda a MI6, agente Carter. – Frank sorriu.

– Olha, olha, eles chegaram.

Apontei para o televisor em nossa frente. Havia vários dentro daquela van, com a imagem de todas as câmeras do local. Aumentei o volume das caixinhas de som para captar o que vinha dos microfones escondidos nas roupas dos dois. Se bem que Andie já não tinha tanta roupa assim. Ambos entraram no local, e começamos acompanhá-los pelas câmeras. Um homem alto, forte e loiro os levou até uma sala escondida, reservada, passando pelas dançarinas que treinavam sua dança nos postes de pole dance.

Lá dentro, estava Williams.

Quem é você? – Perguntou Williams, assim que os dois foram deixados a sós com ele, dentro daquela sala.

Sou Tiago Andersen. Fui enviado pelo Winchester para representá-lo.

Ele não me avisou nada sobre enviar alguém... – Perguntou Williams.

Foi de última hora, senhor. Winchester teve um pequeno imprevisto.

Claro que ele teve um imprevisto. Foi preso pela MI6 por tráfico de mulheres para prostituição.

Entendo. E quem é essa princesinha? – Perguntou, levantando-se da cadeira giratória e indo olhar Andie de perto. – Qual o seu nome, querida?

Andie engoliu em seco, fazendo cara de assustada. Convenceu-me.

A-Amelia Norrington.

Amelia... Bonito nome, querida. Combina com seu rosto... Seu corpo... São lindos.

Williams começou a passar a mão pelas curvas expostas de Andie, e ela se retesou, ainda com expressão amedrontada.

Tire as mãos de mim. – Ela disse, soando firme.

Deixe disso, garota. Não precisa ser tão esquentadinha... Eu não farei mal a você. Agora... – Ele olhou para Jones e depois para Andie, com olhar malicioso. – Tire suas roupas. Deixe-me ver como você é naturalmente, meu bem.

Não. – Disse ela, firmemente. Eu sabia que as coisas estavam ficando sérias, pois se ela tirasse suas roupas e ficasse seminua na frente dele, exporia a arma que estava presa em sua coxa, por baixo da saia.

– Acho melhor nos posicionarmos. – Eu disse. – Podemos ser necessários a qualquer segundo.

– Vamos lá. Acho que talvez a melhor ideia não seja entrar pela porta da frente.

– Por onde então?

– Veja só... A luz na sala é enorme demais para ser apenas uma lâmpada. As vezes, conseguimos ver algo passando por essa luz, como um borrão preto. Agora olha a foto da estrutura do local. – Frank me estendeu uma folha. – Há uma claraboia. Creio que ela esteja em cima desta sala, que parece ser a sala VIP.

– Então quebraríamos a claraboia e entraríamos lá?

– Exato.

– Espero que você esteja certo. Vamos lá.

Pegamos nossas armas e saímos da van, atravessando correndo a rua e indo até a lateral do prédio, subindo pela escada de saída de incêndio até o terraço. Já lá em cima, caminhamos lentamente até perto da claraboia. Apontei minha arma para o vidro.

– No três?

– No três. – Assentiu Frank. – Um... Dois... Três!

Atirei, e o vidro se espatifou. Sem pensar duas vezes, travei a arma e pulei dentro do buraco, caindo no chão e fazendo uma cambalhota para amenizar o impacto sobre meus pés. Me coloquei imediatamente de pé e apontei a arma para Williams.

– Mãos para o alto! Mãos para o alto! – Exclamei imediatamente, e o homem ergueu suas mãos. – Frank, quer ter as honras?

– Eu ia oferecer a você, mas já que me cedeu... Oliver Williams, você está preso. – Frank sorriu enquanto algemava o homem. Baixei a arma.

– O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – Gritou o homem alto, forte e loiro que havia visto conduzir Andie e Jones pelo local. Ergui a arma instantaneamente.

– MI6. – Eu disse firme. – A propósito, você está preso. Jones, por favor?

– O QUÊ? POR QUÊ? – O homem exclamou, ameaçando fugir. Jones socou-o no rosto, e ele desequilibrou. Aproveitando o ensejo da fraqueza do homem, Jones o algemou.

– Por envolver-se com tráfico de mulheres para a prostituição. – Disse Frank. – Agora, por favor, seja bonzinho, obedeça-nos e quem sabe seremos mais legais com você. E você tem o direito e o dever de permanecer calado até segunda ordem. Agora movam-se, movam-se! Não temos o dia inteiro.

Saímos pela porta da sala, atravessando a casa noturna sob os olhares confusos e curiosos das dançarinas.

– Estão olhando o quê?! – Exclamou Jones, empurrando o homem loiro. As dançarinas olharam para os lados e recomeçaram a dançar. Saímos da casa noturna e colocamos os homens algemados e presos na van, e fomos para a MI6. Um longo interrogatório havia de ser feito.

Meu celular vibrou em meu bolso. Como já estava desocupada, digamos assim, olhei-o. Era Dan. E mais duas chamadas não atendidas dele. Meu coração acelerou.

Resolvi atender.

– Olá, Dan!

– Mahara, até que enfim! Estava ocupada?

– Estava, mas agora estou tranquila. Aconteceu alguma coisa?

– Não, só estava pensando em sairmos juntos hoje à noite. Ou você tem algum compromisso?

– Não, estou livre.

– As oito passo na sua casa, tudo bem?

– Tudo. Até lá.

– Até.

Desliguei sorrindo.

– Então... – Andie cantarolou ao meu lado, sorrindo maliciosa. – Alguém aqui tem um encontro, hein?

– Ele é só meu amigo, Andie.

– É assim que se começa: “ele é só meu amigo...”,não é isso o que você pensa...”. Então a frase muda: “eu estou apaixonada por ele...”, “ele me beijou...”,estamos namorando!”.

– Andie! – Exclamei. Jones e ela riram. – Você sabe que ele é apenas meu amigo mesmo, e eu não posso me envolver com ele!

– Diga isso ao seu coração, querida. Ele não entende o que é profissional e o que não é. – Disse ela, piscando.

– Ela tem razão, Carter. – Disse Jones. – Mas eu sei que você conseguirá manter-se afastada o suficiente de Dan.

– Aposto cinco libras que não. – Disse Andie.

– Quer apostar? – Perguntou Jones, desafiador. Andie assentiu. Ele estendeu a mão, e ela a apertou. – Apostado.

– Sério, vocês dois são dois idiotas. – Eu disse mal humorada. Eles riram.

– Ei, Carter, mal humor dá rugas! Dan não irá querer ver você com rugas!

Bufei, revirando os olhos, enquanto os dois idiotas riam.



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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?



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