Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira
Notas iniciais do capítulo
Boa tarde amores! Gostei bastante do número de reviews que me deixaram no último capítulo! Obrigada. Ah, e um agradecimento super especial a GreenEyes que já recomendou a história! Obrigada meu anjo, obrigada mesmo!
Então, como a Hangover deu uns conselhos... Aqui está um capítulo mais de ação. Espero que gostem, porque é daqui que a ação começa.
Mahara Carter POV
– Carter. McCartney. Jones. Collins. White. – Chamou Major Walker. Ergui minha cabeça e olhei para onde a voz dela havia vindo, e a vi apontando para nós e fazendo um sinal para que fôssemos lá com dois dedos. Era importante, definitivamente.
Juntei-me aos outros quatro que Major havia chamado, e fomos ao escritório.
– O que você acha que aconteceu agora? – Perguntou Andie.
– Pela cara dela, algo sério.
– Se for assim, até buscar um café é missão de importância máxima. – Comentou Frank, e nós cinco rimos levemente. Entramos na sala de reuniões e Major fez sinal para que sentássemos. Espalhamo-nos ao redor da mesa oval e esperamos em silêncio que Major falasse.
– Nós localizamos um empregado do nosso suspeito. Precisamos pegá-lo e obter suas informações.
– Quem? – Perguntou o agente McCartney.
– Oliver Williams. – Ela mostrou a foto dele no Datashow. Era um asiático moreno, e pela foto, já com passagem na polícia. Previsível.
– E já temos alguma operação pronta? – Perguntou Andie.
– Não, por isso chamei vocês. Eu quero vocês nesta operação. – Disse Major, sentando-se em uma cadeira, em uma posição de destaque. – Sabemos que Williams frequenta uma casa noturna e está na cidade por alguns dias, antes de partir para Manchester, segundo ele, a negócios. Temos que pará-lo e conseguir todas as informações que ele possuir, inclusive que negócios ele iria realizar em Manchester.
– Provavelmente queima de arquivo. – Disse Frank, olhando umas pastas que estavam em cima da mesa, sobre o caso. – Na sua ficha criminal consta homicídio, estelionato, sequestro, roubo, porte de armas ilegais e tráfico de mulheres para prostituição.
– Então o homem sabe o que está fazendo e está preparado.
– Não tanto. Se estivesse bem preparado, não tinha sido preso tantas vezes. – Disse Frank. – Mas sim, ele é inteligente. Deve frequentar essa casa noturna para dar uma olhada em suas... Vítimas. Como é o perfil das garotas que ele trafica?
– Por quê? – Perguntou Andie.
– Estou pensando em uma operação. – Disse ele.
– Todas têm entre 1,60 e 1,75 de altura, porte atlético. Possuem entre dezesseis e vinte e cinco anos, e são ou loiras, ou morenas ou ruivas naturais, sem nenhuma química no cabelo. – Disse Major.
– Ele mesmo as procura, seleciona e sequestra sozinho, ou tem alguma espécie de ajudantes? – Perguntou Frank.
– Ele só as seleciona e direciona. Quem procura e sequestra são outros homens.
De repente, entendi o que Frank queria fazer.
– Então podemos fazê-lo acreditar que um de nós é o “caça talentos” dele e entregar uma agente, que estaria infiltrada. Quando ele a fosse escolher, então o pegaríamos. – Eu disse. Frank sorriu.
– Exatamente o que eu pensei, Mahara.
– É uma boa ideia. Alguém se voluntaria para ser nosso “caça talentos”? – Perguntou Major Walker. O agente Jones levantou a mão discretamente.
– Ótimo, Jones. E agora, nossa isca! Mahara não se encaixa no perfil procurado por Williams, então sobra para você, Andie.
– Tudo bem... – Disse ela, me olhando com uma cara de “por que eu?”. Eu sorri.
– E o resto de nós? – Perguntei.
– Vocês podem ficar em uma van, perto do local, a postos para entrar e agir se algo der errado.
Assenti em concordância. Continuamos planejando todos os detalhes de como chegaríamos perto de Williams por mais uma hora, e agiríamos no dia seguinte.
Algumas horas mais tarde.
– White e Jones estão chegando. – A voz de McCartney chegou aos meus ouvidos, através do pequeno aparelho. – Estou a trezentos metros deles.
– Entendido. – Respondi, e olhei para Collins ao meu lado. Estávamos ambos na van em frente à casa noturna onde Williams escolhia suas garotas.
– Graças a Deus. Não aguentava mais esperar dentro desta van e sentir esse cheiro de mofo.
– Bem vinda a MI6, agente Carter. – Frank sorriu.
– Olha, olha, eles chegaram.
Apontei para o televisor em nossa frente. Havia vários dentro daquela van, com a imagem de todas as câmeras do local. Aumentei o volume das caixinhas de som para captar o que vinha dos microfones escondidos nas roupas dos dois. Se bem que Andie já não tinha tanta roupa assim. Ambos entraram no local, e começamos acompanhá-los pelas câmeras. Um homem alto, forte e loiro os levou até uma sala escondida, reservada, passando pelas dançarinas que treinavam sua dança nos postes de pole dance.
Lá dentro, estava Williams.
– Quem é você? – Perguntou Williams, assim que os dois foram deixados a sós com ele, dentro daquela sala.
– Sou Tiago Andersen. Fui enviado pelo Winchester para representá-lo.
– Ele não me avisou nada sobre enviar alguém... – Perguntou Williams.
– Foi de última hora, senhor. Winchester teve um pequeno imprevisto.
Claro que ele teve um imprevisto. Foi preso pela MI6 por tráfico de mulheres para prostituição.
– Entendo. E quem é essa princesinha? – Perguntou, levantando-se da cadeira giratória e indo olhar Andie de perto. – Qual o seu nome, querida?
Andie engoliu em seco, fazendo cara de assustada. Convenceu-me.
– A-Amelia Norrington.
– Amelia... Bonito nome, querida. Combina com seu rosto... Seu corpo... São lindos.
Williams começou a passar a mão pelas curvas expostas de Andie, e ela se retesou, ainda com expressão amedrontada.
– Tire as mãos de mim. – Ela disse, soando firme.
– Deixe disso, garota. Não precisa ser tão esquentadinha... Eu não farei mal a você. Agora... – Ele olhou para Jones e depois para Andie, com olhar malicioso. – Tire suas roupas. Deixe-me ver como você é naturalmente, meu bem.
– Não. – Disse ela, firmemente. Eu sabia que as coisas estavam ficando sérias, pois se ela tirasse suas roupas e ficasse seminua na frente dele, exporia a arma que estava presa em sua coxa, por baixo da saia.
– Acho melhor nos posicionarmos. – Eu disse. – Podemos ser necessários a qualquer segundo.
– Vamos lá. Acho que talvez a melhor ideia não seja entrar pela porta da frente.
– Por onde então?
– Veja só... A luz na sala é enorme demais para ser apenas uma lâmpada. As vezes, conseguimos ver algo passando por essa luz, como um borrão preto. Agora olha a foto da estrutura do local. – Frank me estendeu uma folha. – Há uma claraboia. Creio que ela esteja em cima desta sala, que parece ser a sala VIP.
– Então quebraríamos a claraboia e entraríamos lá?
– Exato.
– Espero que você esteja certo. Vamos lá.
Pegamos nossas armas e saímos da van, atravessando correndo a rua e indo até a lateral do prédio, subindo pela escada de saída de incêndio até o terraço. Já lá em cima, caminhamos lentamente até perto da claraboia. Apontei minha arma para o vidro.
– No três?
– No três. – Assentiu Frank. – Um... Dois... Três!
Atirei, e o vidro se espatifou. Sem pensar duas vezes, travei a arma e pulei dentro do buraco, caindo no chão e fazendo uma cambalhota para amenizar o impacto sobre meus pés. Me coloquei imediatamente de pé e apontei a arma para Williams.
– Mãos para o alto! Mãos para o alto! – Exclamei imediatamente, e o homem ergueu suas mãos. – Frank, quer ter as honras?
– Eu ia oferecer a você, mas já que me cedeu... Oliver Williams, você está preso. – Frank sorriu enquanto algemava o homem. Baixei a arma.
– O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – Gritou o homem alto, forte e loiro que havia visto conduzir Andie e Jones pelo local. Ergui a arma instantaneamente.
– MI6. – Eu disse firme. – A propósito, você está preso. Jones, por favor?
– O QUÊ? POR QUÊ? – O homem exclamou, ameaçando fugir. Jones socou-o no rosto, e ele desequilibrou. Aproveitando o ensejo da fraqueza do homem, Jones o algemou.
– Por envolver-se com tráfico de mulheres para a prostituição. – Disse Frank. – Agora, por favor, seja bonzinho, obedeça-nos e quem sabe seremos mais legais com você. E você tem o direito e o dever de permanecer calado até segunda ordem. Agora movam-se, movam-se! Não temos o dia inteiro.
Saímos pela porta da sala, atravessando a casa noturna sob os olhares confusos e curiosos das dançarinas.
– Estão olhando o quê?! – Exclamou Jones, empurrando o homem loiro. As dançarinas olharam para os lados e recomeçaram a dançar. Saímos da casa noturna e colocamos os homens algemados e presos na van, e fomos para a MI6. Um longo interrogatório havia de ser feito.
Meu celular vibrou em meu bolso. Como já estava desocupada, digamos assim, olhei-o. Era Dan. E mais duas chamadas não atendidas dele. Meu coração acelerou.
Resolvi atender.
– Olá, Dan!
– Mahara, até que enfim! Estava ocupada?
– Estava, mas agora estou tranquila. Aconteceu alguma coisa?
– Não, só estava pensando em sairmos juntos hoje à noite. Ou você tem algum compromisso?
– Não, estou livre.
– As oito passo na sua casa, tudo bem?
– Tudo. Até lá.
– Até.
Desliguei sorrindo.
– Então... – Andie cantarolou ao meu lado, sorrindo maliciosa. – Alguém aqui tem um encontro, hein?
– Ele é só meu amigo, Andie.
– É assim que se começa: “ele é só meu amigo...”, “não é isso o que você pensa...”. Então a frase muda: “eu estou apaixonada por ele...”, “ele me beijou...”, “estamos namorando!”.
– Andie! – Exclamei. Jones e ela riram. – Você sabe que ele é apenas meu amigo mesmo, e eu não posso me envolver com ele!
– Diga isso ao seu coração, querida. Ele não entende o que é profissional e o que não é. – Disse ela, piscando.
– Ela tem razão, Carter. – Disse Jones. – Mas eu sei que você conseguirá manter-se afastada o suficiente de Dan.
– Aposto cinco libras que não. – Disse Andie.
– Quer apostar? – Perguntou Jones, desafiador. Andie assentiu. Ele estendeu a mão, e ela a apertou. – Apostado.
– Sério, vocês dois são dois idiotas. – Eu disse mal humorada. Eles riram.
– Ei, Carter, mal humor dá rugas! Dan não irá querer ver você com rugas!
Bufei, revirando os olhos, enquanto os dois idiotas riam.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí, o que acharam?