Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 7
Suspeito


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, pessoal! Olha só. Ando me desanimando com a fanfic e não é por falta de ideias; é por falta de reviews. As pessoas que sempre me mandam reviews, ignorem isso, mas poxa, ando recebendo menos de cinco reviews por capítulo. Desanima. Sério! Quem é escritora entende. Então, eu só vou postar a cada vez que tiver cinco reviews ou mais, daqui em diante.
Mudando de assunto, esse capítulo ficou até bom, eu acho... Talvez vocês gostem, e é isso aí! Boa leitura!



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Dan Evans POV

A rua estava deserta. O maldito gato da vizinha de Susan miava sentado em cima de um muro, e eu sabia que havia alguém louco para jogar alguma coisa nesse animal. Eu gostava de animais, menos deste que arranhou todo o meu carro uma vez.

Então, o grito chegou os meus ouvidos. Era um grito feminino – e vinha da casa de Susan. Corri até lá e não consegui abrir a porta; tentei a janela. Passei por ela, e o grito se repetiu. Deixei-me guiar até a sala de estar de Susan, de onde o grito havia vindo, e eu vi sangue no chão do corredor. Meu coração apertou. Ouvi coisas se quebrando e alguém esbarrando em algo; uma luta estaria acontecendo ali. Temi por Susan.

Outro grito, e então silêncio. Ouvi passos, e me escondi atrás de uma estante, nas sombras. Um homem passou por mim. Aquele homem. Eu soube o que acontecera, e aguentei-me para não chorar. Depois que ouvi-o deixar a casa, atrevi-me a ir até a sala de estar.

E meus olhos viram a cena mais horrível até então.

Acordei arfando, contendo um grito em minha garganta. Sentei-me na cama assustado, acuado, com medo. As lágrimas se fizeram presentes em minha mente. Senti-me desprotegido, vulnerável, fraco. Apoiei minha cabeça em minhas mãos, e deixei com que as lágrimas escapassem, preenchendo o silêncio da madrugada com meus soluços histéricos e amedrontados.

Tudo que eu queria é que esse pesadelo tivesse um fim.

Mahara Carter POV

– Sério? Nem um beijinho? Um cheiro no pescoço? Nem uma dança, juntinhos, bem agarradinhos, bem sensual?

– Andie! Não! – Exclamei horrorizada. – Já te disse milhares de vezes que Dan é apenas meu amigo. Meu melhor amigo.

– É assim que se começam as coisas... – Disse ela com um sorrisinho malicioso, tomando um gole do milk-shake caseiro que tínhamos feito, e disse em tom de falsete: – Oh, ele é um conhecido. Ah, ele é um amigo. Oh, ele é meu melhor amigo. Ah, ele é meu namorado!

– Tola. Você sabe que ele é só meu amigo. Aliás, ele é o cara que eu devo proteger e não me apegar.

– Mas você já se apegou. Está bem óbvio isso.

Tomei um longo gole do meu milk-shake de morango, olhando para a parede onde eu começara a fazer o desenho de uma planta trepadeira florida, desde o rodapé da parede até o teto, ao lado da porta de entrada do apartamento. Andie e eu estávamos reunidas em meu apartamento, jogando conversa fora naquele sábado, enquanto Andie estava de folga e Dan eu sabia estar sendo bem vigiado pelos seguranças dele.

– Talvez você esteja certa. – Eu disse.

– Eu estou certa. – Disse Andie, convicta em suas palavras. – Eu sempre estou certa. E digo mais: vocês vão acabar juntos. Acredite em mim.

– Andie. Agora eu te digo que você está errada.

Ela deu de ombros e sorriu de canto, como se dissesse “espere para ver”. Andie consegue ser realmente maluca quando quer. Até quando não quer, também.

– Então! Onde você vai levá-los? – Perguntou ela. Eu sorri divertidamente maquiavélica.

– Em um lugar... Radical. Algum deles pode querer não ir quando souber.

– E você vai contar antes de ir?

– Não, vou contar quando chegarmos ao lugar.

– E onde é?

Então o meu celular tocou. Olhei o nome da tela e suspirei. “Lá vem encrenca...” pensei.

– Major Walker. – Atendi, séria. Andie se endireitou no meu sofá, me olhando apreensiva.

– Carter? Preciso que venhas imediatamente ao meu escritório. White está com você?

– Sim senhora.

– Traga-a junto. A partir de hoje, o departamento White Collar e o Homicídios Locais trabalham juntos no mesmo caso.

– O caso do Evans?

– Exato. Venha logo.

Ela desligou a chamada e eu olhei para Andie. Suspirei.

– Sua folga acaba de descer pelo ralo.

– O que houve?

– Major Walker chamou a nós duas ao escritório. Aconteceu algo importante que fez juntar nossos departamentos no mesmo caso.

– O de Dan?

– Exato.

– Ok... E eu vou ter que ir desse jeito para lá. – Andie reclamou. Olhei seu conjunto de calça rasgada com pequenas tachinhas, ankle boot preta, e camisa azul marinho sem mangas amarrada em um nó na frente. – Vou ter que ouvir algumas.

– Você está bem vestida. Eles não poderão reclamar, pois pegaram você de surpresa.

– Está certo. Vamos lá.

Suspiramos em uníssono e fomos ao escritório no carro de Andie. Algumas pessoas no prédio nos olhavam passar, notando como nos distinguíamos naquele cenário social: Andie com seu look meio rocker, e eu vestindo a mesma saia e blusa que havia saído com Dan, trocando o salto por uma sapatilha, e os brincos pesados por brincos leves e discretos, com meus cabelos presos. É hoje que Major Walker vai a loucura.

Entramos na sala de reuniões e Major Walker olhou a nós duas dos pés a cabeça.

– Desculpem a demora, o trânsito estava uma loucura. E desculpe, Major, pela vestimenta. Não tive tempo de trocar. – Desculpei-me, preocupada.

– Tudo bem, mas que não se repita. Agora sentem-se. – Disse ela, apoiando as mãos na mesa e nos olhando, de pé. – Temos um suspeito.

– Quem? – Vi-me perguntando, ansiosa demais. – Como ele surgiu?

– Acalme-se, Carter. – Major sorriu de canto, mas logo seu sorriso murchou. – Uma agente foi assassinada. Ela estava investigando um caso, e me contatou dizendo que havia informações importantes com ela. No final da tarde do mesmo dia, foi encontrada morta.

– E como ligaram a morte dela a morte de Susan? – Perguntou Frank.

– O padrão. Este assassino é descuidado, de certa forma. – Explicou Major Walker, andando pela sala, e ligando o aparelho de Datashow, mostrando fotos comparativas das duas vítimas. – Ele não mata de outra forma, a não ser atravessando o peito da vítima com uma faca, deixando seus órgãos a vista. E nas duas cenas do crime, foram encontrados resíduos de tabaco da mesma marca: Hoyo de Monterrey.

– E o tabaco não poderia ser das vítimas? – Perguntou Andie.

– Susan e a agente Grace não eram fumantes. E na perícia do IML, foi constatado que o assassino queimou o ombro direito de cada vítima com a ponta do charuto. – A foto foi mudada para a foto dos ombros das vítimas, e depois para a foto de um homem de cabelos negros grisalhos e olhos castanhos claro. – A agente Grace investigava um homem chamado Rick Burke, que é fumante assíduo dos charutos Hoyo de Monterrey. Infelizmente não sabemos que informações Grace trazia consigo, já que seu computador e quaisquer outros meios de armazenamento foram roubados e a mesma está morta.

Major Walker fez uma pausa, olhando fixamente para uma parede, com semblante triste. Respirou fundo e continuou.

– Sabemos que eram informações de vital importância, para que ele as matasse. Temos que procurar este homem e prendê-lo a todo custo, e termos certeza de que ele é o homem que procuramos. Para confirmar, devemos conseguir as informações que apenas uma pessoa conhecida possui, e está em alto perigo.

Eu suspirei.

– Dan Evans.

– Exato, Carter. – Disse Major Walker. – Fique de olho nele. Proteja-o a todo custo, e consiga as informações que ele possui. Traga-o até nós, se necessário. Você está fazendo um bom trabalho, mas precisamos de mais.

Ela me olhou de uma maneira exigente, mas compreensiva. “Cuide para não se apegar a ele” a voz de Frank veio a minha cabeça “No final, pode ser ruim para vocês dois”. O olhar de Major Walker deu a entender isto também. Assenti em concordância, respirando fundo.

– E onde o departamento de homicídios locais se encaixa nisto?

– A agente Grace era deste departamento. Foi morta dentro do Reino Unido, mais precisamente em Liverpool. – Explicou Major. – E o fato de haver o mesmo padrão do assassino liga os departamentos.

– Major... Isso não significa que o assassino tentará matar Dan a facadas. – Eu ousei dizer. – Ele vai tentar matar Dan de outro jeito. Por que, afinal, ele é famoso.

– Continue.

– Se Dan fosse assassinado, geraria muita repercussão e ele seria muito procurado. Mas e se a morte dele fosse dada como um acidente? Um acidente de carro, de avião, algo do gênero. E se junto com Dan, fossem levados os seus amigos de banda? O assassino não se importaria de matá-los, também. Se duvidar, desconfia que os amigos saibam de alguma coisa sobre ele.

– Bem pensado, Carter. – Major Walker se sentou. – Precisamos reforçar a segurança envolta destes garotos.

– Mas os seguranças particulares deles se recusam a receber auxílio. – Disse o agente McCartney.

– E quem disse que precisam saber que estão recebendo auxílio? Eles podem receber currículos de quatro espetaculares seguranças, e contratá-los para serem guarda-costas dos meninos. – Walker sorriu de canto. – Ninguém precisaria saber que são da MI6.

Sorri de canto.

– Fora que a compositora preferida dos garotos pode receber uma proposta irrecusável da empresária e acompanhá-los na turnê. – Major sorriu para mim. – Além de compositora preferida, seria a melhor amiga. Aquela que estaria sempre junto... E ninguém desconfiaria.

Assenti em concordância. Era uma excelente ideia.

– E então, seria difícil algo escapar de nós.

– E se escapar, vão todos serem despedidos! – Exclamou Major, como se dissesse que estaria oferecendo um café colonial de graça para nós. Às vezes, ela me impressiona.



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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? O que acham que está por vir?