Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 37
Vasculhar


Notas iniciais do capítulo

Bom dia amores! Vocês podem agradecer a Someone que deixou uma recomendação nessa história, pois se ela não tivesse deixado, eu ainda estaria esperando pelo menos mais um review para postar esse capítulo. No próximo não serei tão boazinha assim, ok?
Então... Sei que a história não está lá grandes coisas, anda meio parada, mas eu tentarei ao máximo melhorar, ok? Desculpem-me, sério.



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Mahara Carter POV

A campainha tocou e eu abri, encontrando Andie, McCartney e Dan segurando uma infinidade de maletas e sacos. Eu sabia que era a parafernália que usaríamos para encontrar câmeras escondidas ou quaisquer coisas do mesmo gênero que pudessem estar escondidas dentro da minha casa. Afinal, Hawking já conseguira entrar nela uma vez. Collins e Jones participaram da ação para colocar a parafernália de segurança que eu não saberia instalar sozinha. Andie e McCartney passaram sorrindo e me cumprimentando com palavras, enquanto Dan parou e me beijou levemente nos lábios. O pequeno Thor se aproximou e cheirou todos eles, e quando se deu por satisfeito, voltou a se deitar na pequena almofada no canto da sala. Esse cachorro era extremamente preguiçoso.

- Ok, vamos fazer isso. – Disse Andie, tirando um aparelho da bolsa e apertando uma sequência de três botões. – Pronto, se houver qualquer coisa aqui, o sinal foi bloqueado e ninguém poderá nos ver e nem nos ouvir.

- Eu quero fielmente acreditar que não seja nenhum dos dois, porém os seus argumentos estão muito bons. – Disse McCartney. – Só falta prová-los.

- Faremos o possível e o impossível para isso. – Resmungou Andie, enquanto retirava um sonar de uma das maletas e o montava. – Isso é muito legal para descobrir coisas enterradas em quintais. Tipo partes de tesouros roubados. Ou corpos. Mas serve para encontrar equipamentos eletrônicos espiões, também.

- Essa belezinha aqui encontrará o sinal das máquinas, que estaria muito fraco, como se fosse um chiado baixo. Isso se houver alguma coisa.  – Disse McCartney. Assenti, satisfeita. Eu não fazia ideia de que desculpa eles haviam dado na MI6 para pegar essa aparelhagem toda, mas estou contente que o tenham conseguido. Cada um pegou um aparelho, menos Dan que não sabia mexer em nada, e começamos a trabalhar, circulando juntos pelo apartamento. Quando eu e McCartney, que estávamos com os detectores, passamos perto da estante da sala, os aparelhos apitaram loucamente. O meu aparelho sinalizava que havia um na minha televisão, e Andie logo veio olhar de perto com o que era necessário para retirá-lo. Era uma mini câmera que pegava uma visão completa da minha sala de estar. O outro foi encontrado atrás de um enfeite meu, tão pequeno e da cor do negócio que eu sequer havia notado a presença. Era um receptor e gravador de voz e som. A câmera provavelmente não pegava muito som. Olhamos sérios um para o outro, e assentimos em silêncio, numa concordância silenciosa de que as minhas teorias e de Andie estavam corretas.

Em seguida fomos para a cozinha, e lá achamos mais uma mini câmera e um receptor e gravador de voz e som. Os desinstalamos, e seguimos para o meu ateliê e quarto. Mesmos aparelhos encontrados nos dois. O único cômodo que não havia nada era o banheiro. O que me fez suspirar de alívio – o traidor não sabia de nada do que pensávamos e planejávamos até eles aparecerem e cortarem o sinal. Tínhamos, pelo menos, um elemento surpresa na manga.

- Mahara... Se eles conseguiram colocar tudo isso no seu apartamento, quem garante que seu celular e telefone fixo não estarão grampeados? – Perguntou McCartney.

- Bom, isso não dá para saber agora. O que me resta fazer é comprar um celular pré pago para usar ao em vez deste aqui, e desligar meu telefone fixo da parede e não utilizá-lo mais até que tudo isso se acabe. – Eu disse. Eles assentiram em concordância.

- Se foi um dos dois que fez isso, o celular de nós todos pode estar grampeado. Pode ser um dos meios para que o traidor e a gangue do Hawking possa saber de tudo o que a gente faz, e assim poder agir e se aproveitar das nossas ações. – Disse Dan.

- Bem pensado, Dan. Sendo assim, todos nós teremos que usar celulares novos. – Disse Andie. – Agora está na hora de virarmos o jogo.

- Afinal, quem joga por muito tempo um jogo, e fica confiante demais, acaba cometendo algum deslize. E será nesse deslize que nós pegamos eles. – Eu disse.

- Prepare-se, Hawking, pois nós estamos jogando pra valer. – Disse McCartney.

- E é agora que começa a música poderosa de filme de ação e acaba o episódio? – Perguntou Dan, humorado. Nós rimos. Realmente, nossas frases pareciam vir de filmes de ação. Se bem que a nossa vida virou história digna de filme de ação.

Dan Evans POV

Depois que terminamos de vasculhar o apartamento de Mahara, McCartney foi levar os equipamentos de volta, enquanto Andie ficou no apartamento, para que não pensassem que eles haviam me deixado sozinho. Afinal, era o trabalho deles me proteger, manter o olho em mim, e eu não poderia estar com Mahara. Andie e McCartney haviam combinado com Luke e Sean que, caso perguntassem, eu passei à tarde com eles no apartamento, jogando videogame.

- Andie...

- Sim?

- Você ainda pensa no John? Quero dizer, ainda como algo a mais do que amigos? – Perguntei. Ela suspirou.

- Penso. Mas nós combinamos em ser apenas amigos pelo menos até tudo isso acabar. Até lá, tudo pode mudar... Ou já está mudando. Ouvi rumores que ele está saindo com uma cantora country. – Disse ela, aparentando estar chateada. Andie se arrumou, ficando com as pernas dobradas uma sobre a outra no sofá, e olhando para as mãos, pousadas em uma das pernas. Eu estava no outro sofá, abraçado a Mahara.

- Ele está, porém ele não consegue parar de falar ou de pensar em você. – Eu disse. Andie ergueu a cabeça, intrigada e interessada. – Ele apenas está saindo com ela para tentar esquecer você, e porque viu o jeito que você e McCartney se olham e agem. Ele percebeu que há algo entre vocês dois.

- Eu apenas estou fazendo isso para esquecê-lo, também. Mas é difícil. McCartney não é como John... Ele não me faz sentir como John me fez, nas vezes em que saímos juntos. Mas eu não quero magoar McCartney, e como John está saindo com a tal da cantora country, não vou fazer nada a respeito. Se, quando isso acabar, nada tiver mudado em relação a mim e John, bem, então a gente conversa. – Disse Andie, e então sorriu tristemente de canto. – Vocês tem sorte, sabia?

- Sorte? Por quê? – Perguntou Mahara, confusa.

- Vocês são fáceis de lidar um com o outro, conseguem ter apoio para ficarem juntos. Enquanto eu e John...

- Vocês dois são incrivelmente inacreditáveis. Vocês se gostam, e tem mais liberdade do que eu e Dan para ficarem juntos, mas não o fazem. Inacreditável. – Comentou Mahara.

- Nós não queremos que nos aconteça o que aconteceu a vocês. Preferimos tentar esperar, em vez de arriscar tudo pelo nós que mal começou a existir, uma coisa incerta. Vocês dois pelo menos tiveram certeza! – Exclamou ela. – Mas não quero mais falar sobre isso. Me deprime. Vamos falar de coisas mais alegres.

- Sim, senhora White. – Mahara bateu continência, sorrindo, e Andie também o fez. Quando McCartney retornou, os dois foram vigiar o apartamento do lado de fora, olhando a entrada, para ver quem entrava e quem saía, e também o telhado e as janelas, a saída de incêndio. Ou seja, quase uma varredura completa do prédio. Assim, eles nos dariam mais privacidade, como eles sempre faziam.

- Bom... Enfim sós. – Eu disse, com um toque de ironia. Mahara riu. Começamos a conversar, até que o silêncio se instalou, e Mahara disse mais baixo, em um tom suave.

- Sortuda vai ser a mulher que se casar com você. – Disse ela.

- Você acabou de se intitular sortuda. Eu não quero, nem irei querer ninguém além de você. Sabia? – Eu olhei para ela, que corou levemente. Beijei-a levemente no nariz, e ela sorriu. – Ei, como você faz isso?

- Isso o quê? – Perguntou confusa.

- Essa coisa de sorrir e me fazer sorrir junto, de me fazer ter uma taquicardia, de com um sorriso fazer tudo parecer mais iluminado e bonito. Essa coisa de me fazer querer você a cada segundo do dia, de precisar de você todo dia, o dia todo. Essa coisa de me fazer ficar preocupado com você. De sentir ciúmes de você. Essa coisa de fazer meus olhos só enxergarem você em qualquer coisa, em qualquer lugar. Essa coisa toda... De eu amar você.

Mahara não disse nada, apenas me beijou. Beijou-me como se não houvesse amanhã, como se aquele fosse o nosso último beijo, o nosso último momento juntos. Era intenso, meio desesperado, mas ainda apaixonado e delicado. Ela endireitou o corpo de forma a ficar mais próxima de mim, de modo que entre nossos corpos quase não houvesse distância. Suas pernas se entrelaçaram na minha cintura, e dessa forma ela estava no meu colo. Quando meus lábios desceram ao seu pescoço, a senti arrepiar e um sorriso se formou involuntariamente em meus lábios. Voltei minha atenção para os lábios dela, e ouvi um pequeno latido, e senti algo bater na minha perna. Distanciamo-nos, e olhei para baixo, onde vi um pequeno Thor pulando e latindo como se achasse que nós dois estávamos fazendo alguma brincadeira, e ele queria participar.

- Acho melhor paramos por aqui. – Eu disse baixinho, sorrindo. Ela concordou risonha, desta vez sem corar muito.

- Não é o tempo certo. Ainda mais com Andie e McCartney podendo estar vendo tudo em algum lugar por aí. – Ela disse. Endireitamo-nos, ligamos a televisão, e o Thor conseguiu pular para cima do sofá sozinho, enroscando-se ao lado da minha perna e adormecendo enquanto eu lhe fazia carinho com uma das mãos. A outra estava entrelaçada na de Mahara.

Como se tivessem sido feitas para encaixar uma na outra.

Mahara Carter POV

Dan sempre conseguia me deixar sem palavras. Eu nunca fui uma pessoa muito boa em expressar sentimentos em palavras, assim, em calor de momento como hoje. Eu só conseguia se tivesse muito tempo para pensar e transformar em letra de música, mas falar de repente, eu não conseguia. E tudo piorava quando Dan dizia uma coisa linda destas para mim, e eu lembrava que estava mentindo para ele. Lembrava que ele não imaginava, não fazia ideia de que eu estava trabalhando para Hawking. Que com a melhor intenção do mundo, Andie e McCartney me dariam todas as informações que eu quisesse para transmitir para Hawking.

E então, as palavras prendiam na garganta. E só me restava tentar demonstrar tudo por gestos. Pedir perdão por gestos. Se ele descobrir, é claro que ele não vai me perdoar, vai me deixar e tentar seguir em frente. E eu não posso deixar isso acontecer. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?