Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 2
Piano


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde amores! Espero que vocês gostem deste capítulo, que é o primeiro de muitos... Eu acho! Espero que vocês gostem.



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Andei pelos corredores do hospital, procurando o quarto 2011. Eu precisava encontrar o quarto do homem e fazer algumas perguntas a ele. Encontrei a porta branca com os números gravados em metal dourado, e bati duas vezes, sem obter resposta. Como estava aberta, entrei. E o que vi me fez praguejar.

O homem moreno, de aparentemente uns trinta anos, estava ligado a aparelhos que o mantinham respirando. Seus olhos estavam abertos e fixos no teto.

Mas uma faca estava cravada em seu peito.

Não precisei nem chegar perto e verificar se ele ainda estava respirando ou possuía pulsação, pois os aparelhos produziam um irritante e ininterrupto “pii...”. Minha única testemunha estava morta. Suspirei, pegando meu telefone e ligando para a Major Walker.

– Diga, Srta. Carter. Algum problema?

– Um bem grande.

– O que houve?

– O Adams está morto.

– MORTO?! COMO MORTO?!

– Alguém entrou aqui e o assassinou com uma facada no peito.

– Vá falar com o hospital enquanto envio o agente Collins e o Evans para aí. Droga! Agora nossos problemas aumentaram.

Dan Evans POV.

Caminhávamos pelo corredor do estúdio, pretendendo encontrar a sala do compositor que iríamos trabalhar dali para frente. Eu tentava desesperadamente fingir que nada havia acontecido, e que aquela noite fora apenas um pesadelo. Um terrível pesadelo. A imagem daquela mulher não saía da minha mente, seus gritos também não. Parecia que eu ainda estava ouvindo-a gritando enquanto... Deixe para lá. Melhor não ficar lembrando.

Absorto em meus pensamentos, despertei quando um som tranquilizante chegou aos meus ouvidos. Era uma música tocada apenas em piano, que identifiquei como Halo, da Beyoncé. Vinha de uma das salas mais adiante. Os meninos olharam para dentro e continuaram andando, mas eu me detive. Olhei pela porta de vidro e vi uma garota sentada diante dos pianos, tocando de olhos fechados. Seus cabelos eram loiros, caindo nas costas em um ondulado meio bagunçado com as pontas terminando em cachos miúdos, com mechas rosas, azuis e roxas entre os fios loiros. Ela se balançava para frente e para trás, enquanto sentia a música que seus ágeis dedos produziam.

Quando menos esperei, ela finalizou a música, e abriu os olhos, revelando uma intensa íris azul. A garota se virou e me viu olhando-a; sorriu levemente tímida e acenou.

– Dan! – Chamou Jack. – Vai demorar muito?

– Não, já estou indo...

Acenei de volta para a garota e apressei o passo para encontrar os garotos. Conversávamos enquanto caminhávamos até o final do longo corredor, onde encontramos a sala do compositor que iríamos trabalhar; melhor dizendo, a compositora. Mahara Carter.

Ouvi passos apressados e me virei para o lado, encontrando a garota dos cabelos coloridos praticamente correndo até nós.

– Me desculpem pelo atraso. – Disse ela. – Sou Mahara.

– A garota do piano, certo? – Perguntou John. – A que vimos tocar agora a pouco.

– Devo ser. – Ela riu, estendendo a mão e cumprimentando a todos nós. – Vamos entrar?

Assentimos em concordância e seguidos dela, entramos no escritório. As paredes estavam pintadas de azul claro, com cortinas brancas com umas correntes cheias de pedrinhas coloridas penduradas nelas. Havia um sofá azul marinho de três lugares junto a uma parede, e ao lado duas poltronas da mesma cor; acima do sofá haviam almofadas verdes, vermelhas e amarelas. Em um canto, atrás da mesa cheia de papéis e partituras e um notebook, havia um violão marrom escuro acústico e em uma prateleira, uma flauta transversal dourada.

Mahara fez sinal para que nos sentássemos e começamos a conversar sobre as músicas. Às vezes, mudávamos o rumo da conversa para algo totalmente alheio antes de retornar para o assunto principal. Quando deram seis horas da tarde, tínhamos um rascunho de uma música, sem título e sem melodia. Haveria tempo suficiente para criar mais músicas e suas melodias.

Mahara Carter POV

Já estava anoitecendo e eu estava chegando ao escritório de Major Walker. Apesar de serem sete horas da noite, o prédio ainda estava cheio de gente. Era sempre assim – o prédio da MI6 nunca parava.

– EI! EI! CARTER! – Chamou uma voz muito conhecida por mim. Virei-me e encontrei a também novata White me chamando, correndo até mim.

– Olá Andie. – Eu disse. Andie simplesmente se jogou em cima de mim, com todo o seu porte de 1,68 de altura e sessenta quilos. Andrea White era minha melhor amiga. – Ei, aconteceu alguma coisa?

– Aconteceu! Você está trabalhando em um caso que envolve homens bonitos, e eu não estou! Parabéns para você, e isso é injustiça comigo! – Ela riu, e sussurrou no meu ouvido: – E não estou me referindo apenas ao agente Collins, senhorita.

Eu ri.

– É meu trabalho, Andie. Não posso me envolver com ninguém.

– Mesmo assim, você é sortuda. Indo para algum lugar?

– Escritório da Major Walker.

– Ah, boa sorte para você. Hoje ela está atacada. – Ela estremeceu, e eu pude ter certeza que ela havia ouvido algumas – mesmo não sendo novata da divisão de Walker; Andie é novata na divisão de homicídios locais, enquanto eu sou novata na divisão do colarinho branco. – E vou passar mais tarde na sua casa!

– Quem te convidou?

– Eu mesma! Que dúvida... Agora vai lá, pois se você se atrasar, Major Walker irá comer seu fígado.

– Deixe ela de escutar falando desta forma.

– Melhor não. Prezo pela minha vida.

– WHITE! – Chamou alguém no final do corredor. – Venha cá, precisamos de você.

– Tchau, Mahara.

– Tchau, Andie. – Despedi-me rindo levemente, e me dirigi ao escritório de Major Walker. Bati duas vezes na porta antes de entrar, encontrando-a analisando alguns papéis.

– Ah, Mahara... – Suspirou ela. Era raro ela me chamar pelo primeiro nome. – Sente-se.

– Aconteceu alguma coisa?

– Não, só quero saber como foi seu primeiro dia disfarçada.

Contei a ela todos os detalhes.

– Você acha que vai ser difícil se aproximar do Evans?

– Não Senhora. Por quê?

– Preciso de você o mais perto que puder dele. Estamos tentando protegê-lo, mas os seguranças dele acham que não é necessário que a MI6 se envolva na proteção de Evans. Então, precisamos que você se torne próxima a ele, para protegê-lo sem que ele saiba que você é da MI6. Estou confiando em você e nas suas habilidades mostradas nos testes para isso.

– Entendi. – Respondi. – Não vai ser difícil, Major. Só isso?

– Só. Pode ir.

Assenti levemente e me levantei. Quando já estava na porta, Major Walker falou algo que me deixou preocupada.

– Ah, Mahara... Se você fracassar neste caso, você não poderá ser aceita na MI6 White Collar. – Ela suspirou. – E eu não acredito que recebi este decreto. Não podemos perder um talento como o seu.

– Não se preocupe, Major. Eu não vou falhar.



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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?