Damon estava sentado na poltrona,bebendo como sempre e pensando em sua vida humana e na sua conversa com Nina.

De repente,uma memória antiga e esquecida invadiu sua mente,e então ele percebeu por que estava sempre se sentindo incomodado perto dela.

-Era você.-ele disse depois de alguns minutos.

-Eu o que?

***

1864,barraca da enfermaria,Froint de batalha

Damon foi carregado em uma maca e depois posto na cama da clínica improvisada.

Tirou a mão do braço ferido e deixou que a enfermeira ruiva cuidasse do ferimento.

-Pois é meu caro,esse te atingiu em cheio,a bala atravessou seu braço.

-Não importa.Termine logo com isso,tenho uma guerra para lutar.

-Tsc tsc,homens,como são tolos!Sempre pensando em guerra.Qual é o seu nome rapaz?

-Damon Salvatore.E você?Que eu saiba você tem que me dizer o seu agora.

-Nina.Sabe,eu perdi a minha nessas doenças que se proliferam em guerras.Tem família?

-Tenho.Meu pai e meu irmão.

-Amam você?

-Meu irmão eu sei que sim,já quando o assunto é meu pai tenho sérias dúvidas.

Ela olhou em volta.Ninguém olhava para eles.

E então o hipnotizou.

Mordeu o próprio pulso e pôs na boca dele.

-Beba.

Ele obedeceu e seu ferimento se curou.

-Escute bem Damon,você vai sair dessa guerra estúpida e vai voltar para sua família assim que passar pela saída dessa enfermaria.Não vai se lembrar de mim,só vai se lembrar que uma enfermeira o aconselhou a voltar.Entendeu?

-Entendi.

-Adeus Damon Salvatore.

***

-Bem que eu achei sua cara familiar.-falou Nina.

-Enfermeira?-indagou Damon.

-Dinheiro não brota em árvore senhor esperteza.Você acha que eu consegui o meu como?Os bancos foram depois da minha época.

-Okay velhinha carquética.

-Uma velhinha carquética que pode te dar uma bela surra.-lembrou ela alegremente.

Damon foi inteligente o suficiente para ficar quieto.Sabia que levaria uma coça se a provocasse por muito tempo,ela não tinha um controle de temperamento tão bom quanto o de Stefan(e mesmo Stefan já bateu nele algumas vezes antes da fase ripper).

Ele pensou em como sua vida teria sido diferente sem que Nina interferisse,provavelmente teria morrido na guerra e quase ninguém que ele conhecia hoje estaria vivo.Ou morto-vivo.

Stefan entrou na sala nesse momento,Damon e Nina perceberam mas os irmãos nem olharam um para o outro.

-Vocês tem que parar com isso.-ela falou irritada,chamando a atenção deles-O que eu não daria para ter meus irmãos comigo do mesmo modo que vocês tem um ao outro!

Mesmo com as expressões apáticas,aquele comentário atingiu fundo.

Ela balançou a cabeça em repreensão.

-Olhem bem para a relação de vocês.Colocar mulheres a frente da família valeu a pena?

***

Elena estava quase entrando no seu carro quando uma garota a parou.

-Elena Gilbert?

-Sim,sou eu.

-Oi,eu sou Franciele,mandaram isso para você.-disse ela entregando uma caixa.

-Quem mandou isso?

-Sei lá,um cara sinistrão vestido de espantalho me deu esse dinheiro e um bilhete explicando que era para entregar o pacote a você.

Elena não entendeu nada.

Enquanto dirigia,passou por dentro de uma floresta íngreme.

Teve a impressão de ser observada por um espantalho escondido entre as árvores.

Mal sabia ela que o homem de quem o espantalho tirou o dinheiro que deu a Franciele jazia atrás do arbusto exatamente do lado onde ela passou.

Resolveu parar e abrir a caixa.

O que viu a fez gritar.

***

Stefan estava sentado na soleira da porta pensativo e Nina se aproximando dando um beijo na bochecha dele.

Klaus chegou nesse momento e se controlou para não arrancar a cabeça de Stefan.

-O que está fazendo aqui?

-A linhagem de Finn foi incendiada do nada.

Nina ficou em pé,preocupada.

-E Rebekah sumiu.

-Merda!Stefan fica aqui!

Ela e Klaus foram em alta velocidade até a cidade e ela perguntou:

-Cadê a minha madrinha?

-Deve estar naquela casa verde ali.

Nina entrou na casa e realmente encontrou Esther.

-Madrinha,o problema é sério!

-Nem me fale.

As duas olharam para Klaus,que rapidamente saiu de perto e sumiu pela rua.

-Niklaus ainda te incomoda.

-Um pouco.Ele a cada dia se torna mais um filho da p...-Esther a olhou com seriedade-Um canalha imbecil.

-E eu não sei.Mas temos que saber o que está acontecendo.

-Eu acho que o espantalho ganhou vida e está atacando a cidade inteira.Tomem cuidado.

-Ótimo,eu sou a criadora de toda uma raça e tenho que tomar cuidado!Perfeito!

-É por pouco tempo madrinha.-prometeu-Na festa do Dia das Bruxas nós vamos pegá-lo!

-Como pode saber?

-De que outra maneira um espantalho anda pela cidade sem ser notado?

-Faz sentido.

-Fiquem alerta,prestem atenção em tudo.

-Certo.

***

Nesse mesmo momento,alguém batia na porta da casa dos Salvatores e eles atenderam.

-Elena?

Ela estava pálida e assustada.

-Elena,o que houve?

Ela mostrou a caixa.

Quando abriu,os dois Salvatores estavam tão perplexos e horrorizados quanto ela.