Oh Merlin! Eu só pedi uma coisa! Uma coisa, e não era tão difícil assim de fazer! Ficar aqui. Ponto. Agora eles dois estão em algum lugar de Hogwarts que eu não sei qual é! E sabe, essa escola não é das menores! Imagina só o que pode acontecer com esses dois soltos por ai! Tá bom, calma Lilian, tudo vai dar certo, é só você pensar um pouco. Aonde, dois marotos, com uma capa da invisibilidade e um mapa podem ter se enfiado? vamos ver: na cozinha, no campo de quadribol, no lago negro, em algum lugar em Hogsmeade ou também podem estar querendo ir atrás do Filch. Ok.

Pov's Sirius

Nos dois só íamos até a cozinha pegar mais comida, já que a Parker tinha levado apenas a quantidade necessária para um bebê. Só que vimos um pessoal da Grifinória com uniforme do quadribol e achamos que não teria problema em irmos dar uma olhadinha. Sendo assim, fomos até o campo. Chegamos lá, vimos que na arquibancada tinham umas pessoas salpicadas. Acho que era só um treino. Nos sentamos em um lugar afastado da arquibancada e tiramos a capa.

— Olha lá, Almofadinhas! - falou Pontas pontando pra umas garotas. - Aquelas artilheiras jogam melhor que você. - Ele começou a rir.

—Cala a boca, Pontas. – falei revirando os olhos.

— Acho que vou te substituir no time. – Ele continuou rindo. Empurrei ele fazendo com que caísse, mas ele logo se levantou.

Foi então que eu tive a sensação de que uma das artilheiras, uma menina ruiva que eu vi com o menino da foto da Parker hoje mais cedo, olhava para nós toda hora.

— Hey, - Falou Pontas quase sussurrando. - É minha impressão ou aquela menina está olhando toda hora para nós, Almofadinhas?

— Eu também tive essa sensação. – Respondi quase sussurrando também. - E acho que ela não está nos olhando por sermos bonitos.

— O que você quer dizer? – Ele me olhou com um pouco de medo.

— Eu vi ela com o irmão da Parker hoje mais cedo. – falei.

— E...?

— E, que como você é avô da Parker e eu sou padrinho do pai dela, aquela garota pode estar nos reconhecendo! – Dessa vez falei alto demais sem perceber.

— Isso não é... – Ele começou.

— Com licença. – Interrompeu a garota ruiva que agora estava de pé na nossa frente segurando a vassoura na mão.

— É-é... – Gaguejei. Limpei a garganta e continuei - Sim?

— Como vocês se chamam? Nunca os vi na escola. – Perguntou a garota. Nisso, um garoto de cabelo castanhos que aparentemente era o apanhador e técnico do time, pousou ao lado da garota.

— O que houve Rose? – Perguntou. – Hey! Você é aquele garoto que me ajudou e que estava com a Lili.

— Vocês se conhecem? – Perguntou Rose.

— Sim e... Hey! Você me lembra alguém... – Falou o garoto apontando para o Pontas. Isso vai da merda. Ele olhou para a capa da invisibilidade, em cima dela estava o Mapa do Maroto... Ótimo Pontas! – Espera...

Rose olhou para onde o garoto olhava e abriu um sorriso.

— Eu sabia.

— Rose? Tiago? – Nós quatro olhamos para o lado, e lá estava a Parker olhando assustada para nós.

— Oi Lili. Conhece nossos amigos Tiago e Sirius? – Falou Rose cruzando os braços. O garoto que também chamava Tiago aparentemente ficou em choque. Eu e Pontas permanecemos em silencio. A Parker apenas fechou os olhos.

***

Pov’s Lilian Luna

Agora eu, Rose, Tiago Sirius, Tiago e Sirius, (isso é um pouco confuso, mas tudo bem), estávamos na sala precisa. Contei pra Rose e pro Ti tudo o que aconteceu desde a parte que eu tinha ido para o passado até a parte de o Tiago ter vindo atrás do Sirius. Eles ficaram muito chocados, fizeram perguntas de todos os tipos, Tiago olhava mal-humorado para Sirius e Pontas (vou chamar Tiago vô de Pontas porque é mais fácil). Acho que falar dos beijos não foi uma boa ideia. Mas tanto faz agora. Fico feliz de ter contado tudo pra eles.

— Bom. - Falou Rose. - Então acho melhor os dois tomarem cuidado pra ninguém mais os reconhecer e também pra vocês não descobrirem alguma coisa que não deveriam.

— A gente só foi buscar mais comida porque a Parker queria nos matar de fome. - Falou Sirius.

— Quem é Parker? - Perguntou Tiago.

— A Potter, quer dizer. Desculpas. – Sirius se corrigiu.

— Mas na moral, qual é o problema de eles saírem? – Perguntou Tiago. Rose bateu na testa e eu revirei os olhos.

— Viu! Até seu irmão! – Falou Sirius. Eu e Rose trocamos olhares.

— Não vou falar nada. – Falei. Rose riu.

— O que? Eu não entendi, vocês trocaram uns olhares aá e se entenderam, como assim? Vocês por acaso leem a mente uma da outra ou isso é coisa de garota mesmo? – Falou Sirius.

— Fica tranquilo, ninguém aqui leu a mente de ninguém. – Falei. – É coisa de prima. – Eu pisquei pra Rose.

— Mas é sério, o que eles podem descobrir de tão ruim? – Perguntou Tiago.

— Pensa um pouco, Tiago! – Falei. Ele ficou um tempo parado, aparentemente pensando.

— Não sei. O que acontece?

— Esquece! – Falou Rose. – O fato é que, é melhor os dois ficarem aqui, eu e a Lilian trazemos mais comida para vocês. Agora eu vou indo porque tenho uma coisa pra fazer. Tchau. – Rose saiu da sala.

— Aff. Vamos ter que ficar sei lá quanto tempo aqui, presos, sem nada pra fazer. – Reclamou Pontas.

— A sala precisa vira o que você quiser, então, divirtam-se! – Falei.

— Eu queria jogar uma bomba de bosta na sala do Filch. – Falou Sirius.

— Hey! É uma ótima ideia! – Falou Tiago. Eu olhei pra ele com cara de ponto de interrogação. - E o melhor é que vocês não podem levar uma advertência!

— Vocês garotos são tão imbecis! – Falei revirando os olhos e indo para a porta da sala precisa.

Tiago ficou lá com eles. Quando já estava quase no saguão de entrada senti um braço me puxando.

— Que parte de “ficar na sala precisa” você não entendeu? – falei para Sirius quando me virei.

— A parte que você não fica comigo. – Ele falou. Eu revirei os olhos.

— Você sabe que uma hora você vai ter que ir embora e nunca mais nos veremos. – Falei.

— Por isso tenho que aproveitar enquanto estamos juntos. – Ele sorriu, o sorriso mais lindo do mundo, e me beijou. Estava sendo o beijo perfeito quando...

— LILIAN! – Eu e Sirius nos soltamos então vi Escórpio ali na minha frente.