Confissões De Hermione escrita por Guilherme Faquini


Capítulo 6
Ácida Lembrança


Notas iniciais do capítulo

Nada parece estar se encaixando, tampouco o encontro de Hermione com Petter Lacun. Uma onda negra está se aproximando e o sufoco acelera o coração daqueles que pensam constantemente no que fazer. Não havia como saber de onde viria a ameaça e por onde começaria. Não sei se suportaria. Não sei.



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A noite parecia não passar e meus miolos fritavam à medida que o fantasma de Petter Lacun vinha em minha mente. Tudo que ouvi e tudo que estava prestes a descobrir faziam-me temer e ao mesmo tempo não querer desistir.

Era óbvio que Dumbledore & Cia já estavam cientes do que estava acontecendo e isso incluía os ataques misteriosos que até o presente momento só me levavam a uma única e exclusiva explicação: o tal fantasma com quem nos encontramos na Floresta Proibida, em meio à névoa gélida da madrugada sinuosa.

Harry e Ron eram espertos suficientes para logo entenderem o que tanto me sufocava e logo me convocariam para uma reunião secreta. Eu estava certa disso e precisava me acalmar.

O silêncio era estarrecedor e os corredores estavam completamente vazios. Os quadros dormiam em silêncio, assim como todo o corpo acadêmico. Porém, eu continuava ali, deitada, encarando o céu de estrelas fáceis que do lado de fora do vitral me acalmavam um pouco mais. Por alguns instantes me desconectei e pude me perder em lembranças doces que há tempos não me invadiam. A noite estrelada remetia-me os dias em que minha mãe, tão delicada com seu avental preso na cintura me abraça com força antes de anunciar a fornada de bolinhos de chocolate com baunilha que estava prestes a sair do forno. Que falta me fazia!.

Às vezes eu queria voltar para o mundo dos trouxas,  pelo menos por um momento abraçar meus pais e dizer o quanto os amo. Estudar em Hogwarts era meu destino, mas estar distante daqueles que desde pequena me deram amor e todo o ensinamento do mundo em que hoje vivo. Sinceramente, queria voar para longe nas asas de um Hipogrifo e do alto observar a vida em sua mais bela essência, mas ali, com as lágrimas molhando o travesseiro que dava apoio e o consolo necessário para uma aprendiz de bruxa metida a sabichona, tudo que me restava era se conformar e ir a luta como uma guerreira invencível, embora o sono conseguisse por mais uma vez me derrotar.

– Acorda Hermioneeeeee! Gritava Rony descontroladamente

Meus olhos estavam inchados e meu cérebro em total stand by. Eu queria dormir por mais algumas longas horas e acordar com a claridade do dia enfrentando-me como num duelo. E para o meu maio espanto, ainda estava de noite.

Saltei da cama como uma mole que dispara para fora de um armário e, quando pensei em dizer algo, Ron já me puxava por um de meus braços pálidos e me arrastando para fora do dormitório.

– Pode me dizer o que está acontecendo, Sr. Weasley? Sussurrei à medida que observava alunos correndo ainda de pijamas em um tumulto organizado e totalmente silencioso.

Ron me examinou como quem quisesse me esmurrar. Porém, antes que minha boca começasse a tagarelar novamente vi Harry correndo em nossa direção.

– Vamos! Dumbledore ordenou que todos os alunos se reunissem no Salão Comunal. As coisas não estão nada bem e nós, infelizmente, não temos sabedoria o bastante para, dessa vez, saber o que fazer. Disse Harry, totalmente afoito.

O trajeto durou pouco mais que alguns segundos e logo já estávamos no grande salão, onde também, sentados como jurados de um reality show se encontravam todos os professores e monitores. Era visível que algo terrível estava acontecendo. Só não conseguia imaginar no que imaginar.

Voldemort passou pela minha mente, mas não com a mesma intensidade que o maldito Petter Lacun. Aquele fantasma atrevido havia sido enfático ao nos dizer que coisas terríveis estavam prestes a acontecer. Mas seria precoce demais. Será mesmo que Petter Lacun seria burro a ponto de agir de tal forma?

Malditos pensamentos!. Dumbledore já estava aposto e ao seu lado McGonagall que parecia dizer algo baixinho no pé do ouvido do Diretor, enquanto todos se acalmavam. Eu já estava cansada de todos esses acontecimentos, minha vontade era colocar a boca no trombone e gritar bem alto o nome daquele fantasma asqueroso. Mas mesmo que eu quisesse, não seria preciso. Afinal, Dumbledore apressou em colocar para fora o que, até então, somente Harry, Rony e eu sabiam.

– Eu acho que Você-Sabe-Quem está voltando para tocar novamente o terror. Não acham? Tagarelou Rony.

Meu olhar de reprovação caiu como uma luva e, no mesmo instante, tanto Weasley quanto Harry já estavam calados e prontos para ouvir o que o barbudo dispararia para o pânico de todos.

Caros jovens estudantes da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Sei que estão, obviamente, desconfiando de tudo que vem acontecendo em nossa Instituição e também sei o quão temerosos estão com a incógnita sombria que paira entre nós. Certamente estão se perguntando a razão de estarem, neste momento, unidos no Salão Comunal, quando, na verdade, deveriam estar repousando em vossos dormitórios. Fato é que não posso e nem devo mais ocultar, porém, não desejo que entrem em transi ou, tampouco, tentarem fazer justiça com as próprias mãos. E antes que me odeiem por tantos rodeios, gostaria de deixa claro que vamos mais uma vez sair dessa vez. E dessa vez não é Vocês-Sabem-Quem que está no comando, ele está fraco, mas não morto. E, talvez seja por isso que tenha colocado esta pobre criatura no comando. Ele já está morto, adianto-lhes, mas ainda é capaz de nos render estragos bem maiores com o rastro de Voldemort ou, quem sabem, eliminar de uma vez por todas a luz da bondade que ainda reina neste mundo sombrio e cada vez mais repleto de traidores, prontos para trocarem de time para conseguirem se dar bem. Mas sei, sim, eu sei que vocês, jovens repletos de bravura e honestidade, exceto alguns, darão mais uma vez o sangue, se preciso for, para continuarem mantendo vivo a história escrita pelo tempo no livro vital de Hogwarts. Nosso inimigo tem nome e por hora se chama Petter Lacun. Mas não se espantem por desconhecerem este nome, mais adiante todos saberão ao seu respeito e creio que não haverá criatura mais digna de ministrar uma aula tão empolgante quanto a aluna mais aplicada que Hogwarts possui: Srta. Hermione Jean Granger. Sejam forte, mais uma vez!”.

– Nãããããããão! Gritei antes de acordar e perceber que o suor tomava conta de mim e que mais uma vez havia sido vítima fraca de um pesadelo horroroso. O dia seria péssimo, podia pressentir.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem do capítulo.
Comentem e indiquem sempre. Vocês fazem está Fic acontecer.

Dúvidas?
Conversem comigo no twitter @GuiFaquini
Espero por vocês!



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