Será!? escrita por Mila


Capítulo 8
Romântico e suspeito


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas, voltei.

Demorei para voltar por culpa de vocês. Era quase o dia do meu aniversário e o review de vocês seria o meu presente, eu esperava no mínimo receber a média dos leitores que estão acompanhando, mas recebi apenas e SOMENTE TRÊS(3)(III) reviews!!!!!!!!!

Obrigada muitíssimo aos que me escreveram é claro.

Mas eu só não desisti dessa história ainda por causa desses poucos e lindos leitores e porque minha pilha de excluídos é deprimente.



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No céu, cairam primeiro rapidamente, com o ar fazendo barulho em seus ouvidos, depois, por causa de um grito de Mila, eles abriram o paraquedas. Com eles decendo mais lentamente no ar, Amy conseguiu se segurar em Ethan para ficar de frente para ele, em pé em seus pés, segurando-se nele com força, pois tinha medo de cair.


–Olhe lá! - gritou Mila tomando coragem para soltar uma mão do paraquedas e apontar mais acima deles, entre as nuvens uma explosão vermelha.



Por sorte, o helicóptero tinha voado alguns metros de distância (N:A:// Na verdade distância em céu é milhas, mas como a distância aqui na minha história não é longa, não chega a ser uma milha, então pus em metros mesmo, que todos entendemos melhor, certo? ;D) antes de explodir no céu azul, manchando as nuvens com sua fumaça cinza, como se fossem sangue manchando roupa.



Os helicópteros Vespers e o pequeno jato se afastaram rapidamente da explosão, com a certeza de que os passageiros teriam explodido junto com ele. Por sorte os destroços que sobraram da explosão estavam longe demais para atingi-los e atrapalhar a queda deles.



Mila soltou o ar pesadamente e jogou a cabeça para trás, observando o pano do paraquedas, como se ele fosse realmente interessante.



–Amy. - sussurrou Ian. - Já pode olhar.



Devagar, ela desenterrou a cabeça do peito dele e olhou para o céu manchado acima de si.



–Alguém se feriu? - quis saber.



–Fugiram antes.



Aos poucos, ela permitiu se acalmar.



–Ainda não respondeu a minha perguntar.



–Desculpe. - falou ela. - Qual pergunta?



–Por que aceitou participar dessa missão?



Amy olhou para ele.



Mal se conheciam, no ponto de vista dela, eram apenas novos parceiros de missão. Ethan parecia ser um cara legal, por mais que fosse Lucian e já tivesse esperiência o suficiente com esse tipo de pessoa, e por mais que também parece suspeito a maioria das vezes. Mas parecia se importar com ela. Chegava a ser estranho esse tipo de preocupação com uma pessoa que mal conhecia, por uma pessoa que tentava unificar uma família destroçada a mais de cinco séculos.



–Digamos, que eu queria fugir, de pessoas, de lugares e de... situações?



–Problemas com namorado? - perguntou ele de repente, já entendo o que ela estava falando.



Depois se tocou de que não deveria falar assim pois agora ele não era mais Ian Kabra, ele era Ethan Nobre, o cara que acabou de conhecer a ruiva Cahill, e não sabia nada, absolutamente nada, a respeito dela.



– Quero dizer... com a familia? Amigos? Vizinhos?



Ela sorriu timidamente, depois do susto.



–Esqueci por um momento que você é um Lucian.



Ian gostou da sorte que teve no momento. Bela saída, pensou.



–Apenas... problemas pessoais. - ela falou, dando ênfase na palavra, como se fosse uma indireta, que quisesse dizer: Problema meu, você não tem nada a ver com isso. - Não se preocupe.



E piscou.



Ian deve ter ficado pálido de repente, pois um segundo depois Amy estava chacoalhando seus ombros onde estava agarrada.



–Ethan? Ethan você está bem?



Agora estava. Ele tinha esquecido como ela piscava tão lindamente.



–Estou, mas estamos chegando ao chão.



Como se tivesse soado um alarme, ou dito o seu nome, Mila olhou para baixo e repetiu as palavras de Ian:



–Estamos chegando ao chão.



Quando seus pés encostaram no chão, e o paraquedas caiu em cima deles, Amy, atrapalhada com a proximidade e particularidade da conversa que tiveram a poucos minutos, afastou-se rapidamente.



XXXXXXXXXX



Algumas horas depois da viajem que fizeram de metrô para o aeroporto e desceram de um avião em Florença, na Itália, pegaram um taxi rumo a Ravena, outra cidade da Itália. Alugaram um quarto num horel barato, porém muito simpático e agradável, onde cairam em camas macias, mortos pelo cansaço.



–Ainda não entendi porque viemos parar na Itália. - falou Ian gemendo ao cair de costas na cama. Ele sentiu todos os seus musculos doloridos gritarem quando ele caiu de mal jeito na cama.



–É para ninguém nos encontrar. - falou Mila massageando a cabeça. Por causa de tantos pensamentos, a cabeça dela deveria sofrer de fortes enxaquedas.



–Até mesmo os Cahill. - falou Amy sentando-se na beirada de outra cama. - Os Vespers acham que nós morremos, temos que ser discretos, por isso viemos para o outro lado do Atlântico.



–E por isso temos que finjir que estamos mortos até para os Cahill? - perguntou Ian entendendo o que elas estavam dizendo. - Significa que agora estamos por conta própria? Acho que estamos, literalmente, mortos. Fiske tinha passado outras informações sobre outros Vespers, ou melhor, outros possíveis Vespers, pelo mundo que poderiamos suborna-los para obter informações.



–Suborná-los? - repetiu Mila olhando para ele com nojo. - Vocês Lucian só pensam em dinheiro mesmo.



–Quem não pensa.



–Não é isso que eles querem. - avisou Amy. - Querem a fórmula, querem o anel.



Essa era a primeira vez que eles discutiam sobre O Anel.



Houve um silêncio repentino no quarto.



Ian kabra se apoiou no cotovelo para ver a expressão de Amy. A ruiva passou a lingua nos lábios e levantou da cama decidida.



–Algo gira em torno desse anel que ainda não descobrimos. - do relógio de pulso ela tirou o anel de ouro cheio do que parecia, hieróglifos.



Mila deu um pulo da cama.



–Amy, você trouxe o anel?



A ruiva corou.



–Não posso ficar longe dele. Grace me escolheu para ser a guardiã dele.



–Mesmo assim, não devia ter saído em missão. - falou Ian com delicadeza. - Põe os segredos da família mais a risca ainda.



–Eu sei. - choramingou ela se sentando novamente na cama do meio.



–Vou dar umas voltas. - decidiu Mila se levantando.



–Achei que estivesse cansada. - falou Ian surpreso com o pulo que ela deu.



–Estou cansada de vocês. Por favor. - falou sarcástica e saiu do pequeno hotel onde tinham acabado de se hospedar.



Ian olhou para Amy.



–Você está bem?



Ela sorriu forçadamente para ele.



–Não precisa se preocupar comigo, Ethan. - respondeu ela.



Ian quase perguntou quem era essa tal de Ethan quando se lembrou de seu plano e de suas mentiras.



Ele se sentou na cama e ainda olhando para ela, mesmo que Amy estivesse de costas para ele, queria dizer para ela a verdade. Que era Ian, por de baixo daquela peruca. Queria dizer para ela que ele estava lá e que ia protegê-la daquilo tudo. Sentiu vontade de abraçá-la naquele momento. Como podia caber tanta coragem numa garota ruiva tão pequena?



–Hey, o que foi? - falou Ian, e a não conseguiu se conter e prender uma mecha dos cabelos ruivos dela atrás dela.



Amy soluçou e se levantou para ficar longe dos dedos de Ethan, o garoto que mal conhecia. Ela abriu a porta da varanda e sentiu a brisa pré chuva tocar-lhe o rosto. Ela respirou fundo.



O garoto a seguiu.



O vento que ameaçava chuva lá fora, pareceu mudar o "clima" do quarto. A situação entre Ethan e Amy parecia desconfortavel e delicada.



Ela apoiou um pé nas grades da varanda e depois o outro. Como estavam no último andar de um hotel pequeno que mais parecia uma casa de três andares ( e talvez até fosse), Amy Cahill subiu no telhado. Sentou-se naquelas telhas vermelhas dos contos de fadas e ficou olhando aquele céu cheio de nuvens escuras invadir como soldados numa guerra a linda cidade italiana, Ravena.



Ian sentou-se ao lado dela.



–É muita coisa, não é? - perguntou ele delicado.



–Como assim? - ela franziu a testa não entendendo o que ele queria dizer.



–Para uma pessoa só. Tudo isso. - ele fez um jesto com os braços demonstrando algo grande. - Ter que fazer parte de uma família cheia de conflitos internos e agora extenos. Tornar-se guardiã de um poderoso segredo dessa mesma família maluca. Entrar numa nova missão para salvar a vida de outras pessoas dessa mesma família doida e arriscar a própria.



Ian achou que ela fosse chorar, mas em vez disso respondeu:



–E com o namorado.



Ele levou um susto, levou mesmo, e infelizmente, demonstrou isso, por quase ter caído do telhado.



Amy riu.



–Não finja que você não sabe, porque eu sei que você sabe.



–Sabe o que? - perguntou ele nervoso. Será que Amy teria descoberto?!?!



–Não seja, bobo. - riu ela de novo. - Que eu e Ian brigamos.



–Ah... - ele falou e soltou um suspiro. - Desculpa, eu não queria tocar no assunto, mas... posso te fazer uma pergunta?



–Duas até. - respondeu ela simpática olhando as nuvens negras invadirem o céu da linda cidade de Ravena.



–Vocês brigaram. Fiquei sabendo por ele. - começou Ian meio sem jeito. - Mas, vocês ainda sentem algo?



Amy soltou um suspiro.



–A gente brigou. - falou ela.



Ian já sabia disso, e até Ethan já sabia disso.



Será que ela estava dando um jeito de contornar os próprios sentimentos?



–E agora eu não sei se nós ainda estamos juntos ou não. - falou ela não tirando os olhos do céu, e depois, virou a cabeça e perguntou para Ethan. - O que você acha?



O que eu acho sobre a situação de vocês depois da briga?



Era um assunto delicado para Amy, para Ian e agora até para Ethan que tinha que pensar rápido.



Ele queria dizer a verdade, dizer que para ele era óbvio que não estavam mais juntos, mas que queria estar, por isso tinha embarcado nessa missão maluca. Mas se disesse isso, Amy desistiria de Ian de vez, acharia que tudo que tinham estaga esgotado, até para o olhar dos outros. Então, Ian contou a mentira, pois tudo o que já estava fazendo no momento era uma mentira.



–Acho que não.



Ela olhou para ele, surpresa.



–Quero dizer, não acho que vocês estejam separados. Uma briga acontece com todos os casais, certo? Isso só... apimenta a relação.



De que espelunca ele havia tirado isso?



Apimenta a relação? Quem era ele e o que fez com o sedutor e até mesmo marrento, Ian Kabra?!



O Ethan Nobre engoliu ele.



Amy tentou enxergar as estrelas que começavam a aparecer no céu por de trás daquelas nuvens cinzentas. É claro que ela não conseguiu.



–Não sei se consigo ver dessa forma. - admitiu ela. - Parece tão... distante.



Ian sabia que ela não estava falando das estrelas.



–Acho que está mais perto do que você pensa. - confessou ele.



–O que quer dizer com isso? - Amy voltou a olha-lo com curiosidade no olhar.



–Bem, você entrou nessa missão para esquecê-lo não é? E pelo jeito, que você fica incomodada quando eu falo o nome dele, parece que ele está mais perto do que você pensa.



Ian tinha que fazer uma coisa antes da coisa que fez.



Primeiro, ele tinha que ter tirado a peruca e contado a verdade para ela naquele momento que não tinha nenhum Ekat chata para atrapalhar o momento, e porque eles estavam incrivelmente perto e íntimos.



Segundo, ele devia parar de fazer tudo errado. Nunca deveria ter perdido Amy, nunca deveria ter finjido que era Ethan e nunca deveria ter feito o que ele fez em Terceiro.



Terceiro, ele a beijou.



Sob circunstância alguma isso podia ter acontecido.



Tadinha de Amy, estava numa relação complicada com o namorado que, de acordo com ela, estava no outro lado do Atlântico, e ela queria resolver a situação, mas o beijo que retribuiu a Ethan Nobre naquele momento não poderia complicar ainda mais. E mesmo que Ethan fosse Ian disfarçado e Amy não soubesse disso, ela não teria o perdoado se tivesse tirado a peruca, pelo menos a mentira não seria adiada mais ainda. E para Ian, as coisas também não ficaram tão faceis quanto ele imaginava que ficasse. Amy podia até perdoa-lo pela briga, mas não por mentir, e não por não ter tirado a peruca deixando a mentira mais longa e ainda por cima estar fazendo-a de tonta.



Era informação demais. Até quem mal conheçe a história deve saber disso.



Amy amava Ian, mas estava beijando Ethan. Ian que fingia ser Ethan, beijava Amy com intenções de Ian. Amy poderia começar a esquercer Ian e começar a gostar de Ethan, que por acaso era Ian, e isso só complicava as coisas para o garoto pois não podia usar peruca para sempre....



... A peruca de Ethan.



Enfim, mesmo depois de tanta narração, eles ainda estavam se beijando, no telhado de um hotelzinho em Ravena, na Itália, mal sabendo o que faziam, mas gostando, devem admitir, sentindo os primeiros pingos de chuva caindo sobre suas cabeças.



(N:A:// Romântico? Eu não acho muito não. UASHSUHSUAHSA)



XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX







Mila chutou uma pedrinho da rua e a observou rolar rua a baixo. Com passos calmos e com as mãos nos bolsos de trás da calça jeans, a seguiu. A rua era uma descida e a garota teve que andar devagar para não rolas como a pedra.



Um menino passou correndo atravessando a rua com uma sacola de compras na mão. Logo depois, gritando, a mulher que pareceu ser a mãe dele, avisou-o de tomar cuidado com os carros. Em italiano, claro, mas Mila podia facilmente entender o que diziam. A lingua não era tão diferente assim. As portas e janelas das casas davam para a rua e uma mulher de seios fartos, gritava da varanda para o entregador do jornal. Dessa vez, os gritos da mulher, Mila não entendeu. E nem quis, pois parecia furiosa.



Tinha tanta coisa acontecendo e o mundo parecia sequer perceber alguma mudança. Percebeu ela sorrindo para o menino com a sacola de compras que agora cruzava a frente dela.



As pessoas continuam tendo suas vidas familiares, demorando longos minutos da fila do caixa para escolher com que cartão de crédito iria pagar, torrando a grana com coisas de marcas em shoppings populares, vendo a mesma coisa acontecer todos os dias pela janela de sua casa... E achar que a rotina deveria ser quebrada... com uma viajem, não com uma caça ao tesouro pela base inimiga. Ninguém queria a familia por perto quando fosse quebrar a rotina, quem diria o inimigo. E lá estava ela com o seu codinome ou nome falso, vagando pelas ruas de Ravena na Itália no que parecia ser outro simples dia a ser finalizado com o sol descendo atrás das casas coloridas, procurando em sua mente dicas para resolver todo esse problema e voltar para casa.



Talvez, pudesse voltar para Ravena um dia, e admirar com mais paciência e compreensão o lindo por do sol e a rotineira vida desses italianos.



Consequente do sol ir sumindo (e também das nuvens pesadas de chuvas se aproximarem da cidade), as pessoas também iam. Pouco a pouca a rua ficou desértica, e as lojas que antes estavam abertas chamaram só atenção de Mila agora, que estavam sendo fechados por causa da escuridão que tomava a rua depois das luzes terem se apagado. Pelo menos, os postes estavam acesos. Mila realmente não sabia se na Itália as pessoas tinham o costume de também apagar os postes a noite.



Ela viu um sapateiro fechar as janelas da loja, e duas funcionárias de uma loja de bolsas de grife subindo a rua, para voltarem para suas casas o mais rápido possível antes que a chuva começasse a cair.



Uma loja outro lado da rua, chamou-lhe a atenção por ser uma das únicas que tinham um letreiro de neón ainda ligado.



Mercado del Dulces Nigerinos.



Ela leu.



Seu cérebro logo traduziu a frase: Mercado de doces nigerinos.



Mesmo que seu estômago roncasse de fome e seus olhos desejassem os lindos bolos da vitrine da loja, Mila estava intrigado com outra coisa. Porque o nome da docería parecia tão conhecido para ela? Mercado de Doces Nigerinos. Ela nunca tinha ido num lugar assim, que se lembrasse, ela nunca foi nunca docería, apenas em cafeterias onde também tinham doces.



Ela parou em frente a loja e leu o letreiro de neón mais umas cinco vezes, quando a ficha caiu.



–Mercado de Doces Nigerinos. - falou ela com um sorriso no canto da boca. - MDN.




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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?

Prometi que ia por românce. Gostaram?

Agradeçam a minha inspiração, ela é abeçoada (ALELUIA!)

O MISTÉRIO DA MDN... O QUE É ISSO AGORA?

MDN? EM RAVENA? PORQUE NA ITÁLIA? O QUE UMA LOJA DE DOCES TEM A VER COM UMA ARMA PORTADA POR UM VESPERS? SERÁ UMA PISTA FALSA OU UMA MERA COINCIDENCIA? MILA VAI INVESTIGAR ISSO SOZINHA OU VAI CHAMAR OS DOIS BEIJOQUEIROS?

O QUE SERÁ QUE VAI ACONTECER NO PRÓXIMO CAPÍTULO DE Será?!

UASHSAUHSAUHSAUSA

por hoje é só pessoal

comentem por favor

plagio é crime, não esqueçam disso.

e FELIZ NATAL PARA TODOS QUE TENHAM UM ÓTIMO ANO NOVO PORQUE O MUNDO NÃO VAI ACABAR AMANHÃ SE EU RECEBER OS MEUS REVIEWS.

(voz sarcastica na minha cabeça: apela, vai, apela mais)

(eu: Não, to bem, valeu.)

Beijocas

até!!!!!!