McIntyre guiou Amy Cahill e Ethan Nobre pelos corredores pouco iluminados da base secreta dos Madrigal na Ilha de Páscoa, parou em frente a uma porta e falou:

–William McIntyre.

A porta se abriu e eles entraram.

Era uma sala de sistema, controles, botões, telas, computadores e uma mesa comprida com cadeiras apenas de uma lado estendiam-se por toda a sala retangular.

–Bom dia McIntyre, srta.Cahill e...? - falou uma pessoa na porta que segurava uma prancheta nas mãos e tinha um microfone grudado no rosto,confundiu-se todo ao não reconhecer o outro agente.

–Ethan. - Ian se embaralhou todo. - Ethan Nobre.

–Sim. - confirmou o homem e voltou a rabiscar na prancheta e cochichar no microfone. - Eles chegaram.

Andaram até uma parta da mesa onde uma menina de pele morena e cabelo marrom forte tinha os pés em cima da mesa e amarrava o cadarço do tennis. Ela vestia fusô e camiseta preta, a bota de couro era marrom e vestia uma jaqueta de couro vermelho.

–Vocês chegaram! - Fiske Cahill apareceu sorridente apertando as mãos das visitas. A garota sentada a mesa disfarçou um susto e pegou o outro par do tennis que não tinha colocado, mas Fiske foi mais rápido e tirou-o das mãos da garota, como se ela fosse uma criança que brincava descontraidamente com uma faca. - Ainda não, aqui não.

Ela pensou em falar alguma coisa, mas depois fechou a boca.

–Amy, Ethan, essa é Mila Dragão. Agente Ekat.

–Agente Ekat? - perguntou Amy sem reconhecer o rosto.

–Longa história.

Fiske passou os olhos suspeitamente pela garota que tinha escondido o pé descalço debaixo da própria cadeira.

–Ela estava desativada por um tempo.

Algo passou pelos olhos de Ian, um leve pavor que foi rapidamente fácil de esconder.

–Desativada...? - Amy sussurrou para si mesma.

–Prazer. - Mila sorriu estendendo a mão para apertar a de Amy, ela sorriu, disse que também era um prazer, mas não apertou as mãos da garota. Ethan não se limitou a um sorriso.

–Prazer, Ethan.

Droga de agente Ekat espertinha, aposto que ela já descobriu tudo, pensou Ian.

–Bom, - começou Fiske recebendo os olhares. - Primeiro de tudo, precisamos encontrar alguns Vespers que possam ser subornados e contar onde é a base deles, depois o segundo passo é entrar na base e libertar os Cahill, porém o segundo passo discutiremos depois. Esses dois Vespers são Hans Carter, 21 anos e David Petter Rosemore, 19 anos. Eles estão hospedados no Hotel Cassino em Las Vegas e ficarão por lá até quarta feira desse mês, ou seja, vocês tem no máximo três dias.

–Hum, desculpe, Fiske, mas eles estão em alguma missão, investigação, busca... - perguntou Amy.

–Ou são gays? - Fiske completou por ela e depois riu. - Não, estão em missão, não conseguimos descobrir qual o motivo de estarem em Las Vegas, principalmente num Cassino lugar bastante chamativo, mas se tivermos sorte, a base deles pode ser por perto.

Mila remecheu-se na cadeira.

Ethan olhou para Amy com os olhos de Ian. Seria uma missão difícil, ele tinha medo que algo acontecesse a Amy sendo que o Ian não estava lá.

Amy se sentia sozinha. (N:A:// Todos se sentiam)

O homem que segurava a prancheta que até pouco tempo ainda estava parado na porta cochichando coisas no microfone e intercalava com uma conversa também aos cochicos com McIntyre, veio até eles e entregou uma folha para cada um contendo algumas informações importante como: codinomes, formas de contato, horários de encontro, quarto onde ficariam hospedados, mapas, outros horários e alguns nomes que deveriam evitar.

–Teremos horários de encontros já marcados e que devem ser cumpridos. - continuou Fiske. - Decidimos que vocês todos ficarão no mesmo quarto para que possam trabalhar em equipe caso alguém arrombe o quarto de vocês de noite. Como estamos na base Madrigal na Ilha de Páscoa vocês devem pegar um avião, que infelismente terá que ser publico, quanto mais se misturarem melhor, vocês estaram com codinomes...

–Por que preciso de um codinome? - perguntou Mila.

–Eu sei que esse já é o seu codinome, agente Dragão, mas praticamente todos já conhecem você por esse codinome...

–Por que usa codinome? - perguntou Amy.

–Segredos. - confessou ela na verdade não confessando nada.

Ian riu alto.

–Ah! - percebeu Amy. - Você era aquela Ekat desativada a muito tempo... É verdade que você descobriu segredos ultra secretos e ficou distante esse tempo por causa disso? As pistas tiveram alguma influência?

Mila mordeu o lábio inferior.

–Boatos.

Olhou para o Ian debaixo de Ethan.

–Conheço você de algum lugar... - murmurou.

–É, pelo jeito, ficou muito tempo afastada mesmo.

Amy olhou para Ethan tentando ver algo nele e Ian engoliu em seco e mudou de expressão.

Estava ferrado.

(...)

–Certo, agora, os equipamentos.

Amy esboçou um sorriso e os outros dois também deixaram-se levar pela empogação de novos equipamentos..

Fiske atirou o tennis de volta para Mila.

–Espero que essa engenhoca funcione. - Fiske dirigiu-se primeiro a ela depois aos outros: - Lembrem - se: nada de sangue, precisamos de informações. Amy, sinta-se a vontade para escolher o que quiser dos equipamentos Madrigal. - falou Fiske sorrindo.

Amy levantou-se e entrou com McIntyre por uma porta.

–Ethan e Mila, trouxemos alguns equipamentos dos seus clãs caso sintam-se interessados.

Ambos sorriram.

Os itens foram depositados em cima da mesa diante deles. Lucians estariam correrando para agarrar seus instrumentos favoritos antes que o outro pegasse, mas não eram, os seus próprios equipamentos já estavam separados.

Ian pegou uma arminha de dardos tranquilizantes que manuzeava perfeitamente e guardou dentro da jaqueta, pegou uma faca pequena e um frasco de veneno que enfiou dentro da mochila, e claro, pegou munição para a arminha. Mila guardou uma adaga dentro da bota, algumas moedas e um frasquinho de veneno.

Amy voltou com uma mochila nos ombros, nada disse sobre o que tinha dentro apenas voltou a sentar-se no seu lugar.

–Então - riu Fiske. - Prontos?