Um Dia Tudo Muda escrita por Niina Cullen


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

... Desculpem pela minha 'demora', mas acho que os próximos capítulos terão também esse intervalo (mais ou menos)de tempo, devido a continuidade dos capítulos.
Obrigada pelas Reviews do Capítulo anterior, percebi que algumas leitoras ficaram 'perdidas' pelo fato da Sinopse dizer que a Elisa morre, e no Capítulo 2, ficou meio vago, pela forma que terminou... Mas esse ainda não vai explicar... Só o próximo...
Boa Leitura...



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Um Dia Tudo Muda

Capítulo 3

            Aquele acidente, não foi uma fatalidade que pode acontecer a qualquer um. Foi arquitetado nos mínimos detalhes, para tirar a vida – a vida das duas pessoas que Edward mais ama nesse mundo.

            Toda aquela história de reunião adiantada era tudo mentira. Quando Edward chegou ao local, viu Tanya – sua secretária – que lhe informou que acabará de saber, que os Investidores não tinham adiantado a reunião, que esta continuava no mesmo horário.

              Só podia ter sido um trote. Como Tanya mesmo declarou. Mas não era – e isso Tanya sabia muito bem. E sim, era uma ameaça, para que Tanya não contasse nada, e só fizesse o que o dono da voz ao telefone mandasse. É, Tanya não sabia o por que daquilo tudo, mas mesmo assim, fez. Mentiu para o chefe que a reunião tinha sido adiantada, mas não conseguiu esconder o nervosismo.

              Não era Edward para sofrer o acidente, e sim sofrer pelas pessoas que ele perderia. Bella e Elisa. Mas ele ainda não sabia de nada, até que quando estava ouvindo uma música na rádio – uma música que tanto ele, como Bella adoravam, If Today Was Last Day, do Nickelback –, que foi interrompida, com o locutor dando uma notícia, de um acidente que acabara de acontecer. Uma música que poderia dizer tudo naquele momento, pois esse poderia não ser o ultimo dia dele, mas era de uma pessoa, a quem ele amava muito.

               - Só fatalidade que acontece nesse país. – E ele mudou de estação.

               Não podemos culpá-lo... Ele não imaginava o que poderia estar acontecendo por de trás daquela fatalidade, ele só sentia um vazio tremendo em seu coração, que naquele momento, não queria dizer nada para Edward.

               Edward chegou à Construtora, lembrando que ele tinha permitido que Tanya tirasse o dia de folga para resolver uns problemas pessoais – problemas de consciência pesada –, e dessa vez não passou despercebido o nervosismo de sua secretária. Edward estacionou seu volvo na vaga de sempre, e seguiu para o elevador, depois de cumprimentar o porteiro.

               Não deixou de cumprimentar ninguém até chegar a sua sala. E notou que todos os funcionários o olhavam com: pena? Pena seria a palavra certa? Mas Edward não se preocupou com isso. Todos sabiam, mas não seriam eles a contarem.

                As notícias ruins se espalham tão rapidamente, que não demoraria muito para Edward sentir o seu mundo, a sua felicidade ruir de baixo dele, ruir, sem ele conseguir se apoiar em alguma coisa, ou alguém, pois esse alguém, não estava aqui.

               Deu a volta até a sua poltrona, que ficava atrás da imensa mesa de vidro, cheia de papelada para que ele assinasse. Mas isso ficaria para depois, agora ele tinha uma coisa mais importante para fazer, uma coisa, que ele jamais deixava de fazer: contemplar os dois amores da vida dele. Pegou um dos porta-retratos que ficavam em cima de sua mesa, se sentou na poltrona, a girou, e ficou de frente para a parede de vidro, que permitia ver a cidade de Nova York toda, era linda, mas não o distraia a ponto de deixar o porta retrato de lado.

               Era uma foto de Bella e Elisa, tirada há pouco tempo, quando eles foram para o Central Park. Foi um dia especial e que jamais seria esquecido. Edward se lembrava da felicidade de Elisa e Bella, com um sorriso nos lábios.

              Logo depois de terem pedido, a um casal estranho, tirar a foto...

              - Elisa... Ai não! – Edward via Bella preocupada por Elisa estar chegando perto do laguinho ali próximo.

             - Mas mamãe, os patinhos quelem pão. – Elisa tentava argumentar com a mãe, mostrando os patos que ali nadavam.

           Mas não eram patos...

           - Filha, não são patos. São gansos. – Edward dizia rindo.

           Ele se levantou de onde estava sentado com Bella, lhe deu um beijo rápido, e foi até onde sua pequena Elisa estava.

           - Papai. Eles quelem pegá o pão da minha mãozinha. – Elisa dizia rindo, fazendo Edward acompanhá-la enquanto a pegava no colo.

           Bella só observava, sentada na toalha onde eles tinham montado um piquenique. Observava com felicidade pai e filha brincando, rindo, até que ela se levantou e foi até eles.

           - Os gansinhos estão com fome. Vamos logo dar esses pães, se não eles mesmo vão vim buscar. – Bella ria ao dizer.

          Foi uma manhã muito alegre e divertida, que rendeu o dia todo.

          Edward acordou de seus pensamentos, com a porta de sua sala sendo aberta, e dela entrando uma baixinha com cabelos na altura da orelha e desfiados. Alice.

          - Você não aprende mesmo a bater na porta, baixinha? – Edward perguntou implicando com Alice e girando a poltrona, para ficar de frente para sua irmã.

          Foi estranho, pois Alice não se emburrou com Edward pelo o que ele disse, e nem entrou na brincadeira, ela estava séria – o que não era o normal em Alice – e parecia que havia chorado.

           - O que houve Alice? Finalmente Jasper se tocou que você não é a mulher certa para ele, e te enxotou? – Edward continuava com suas brincadeiras, sabendo que Jasper, seu cunhado, não seria capaz de fazer isso, primeiramente por amor a Alice e gostar dela do jeitinho doido se sempre, e por amor a sua própria vida.

            Alice continuava séria, e não falava nada, aquilo estava preocupando Edward.

            - Alice, tudo bem. O que houve? – Ele se levantou da poltrona colocando o porta retrato no lugar, dando a volta até ficar de frente para Alice, encostando-se a sua mesa. Agora ele via a seriedade do assunto que veria a seguir.

            Alice finalmente saiu do seu estado de torpor, e caminhou letamente até mesa do irmão, e pegou o porta retrato, que estava com Edward a poucos segundo. Esse movimento foi seguido pelo olhar de Edward.

            Alice sabia, sabia, e não sabia como contar.

            - Alice... – Edward chamou, tentando ficar calmo por causa do silêncio de sua irmã.

            Alice desviou o olhar da fotografia, e olhou para Edward, seu irmão, que tanto iria sofrer, mas ele teria a todos para ajudá-lo.

            - Edward... – Alice não via por onde começar, e sentiu seus olhos voltarem a se encher de lagrimas, lagrimas estas, que começavam a escorrer pelo canto de seus olhos.

            Ela não sabia como dizer, não sabia. Queria que Jasper ou seu pai estivessem aqui, mas Jasper estava fora, justamente no hospital logo depois que soube – junto de Alice – sobre o acidente que envolverá Bella e a sobrinha deles; e seu pai, Carlisle estava com Esme, a consolando, ele ainda estava em casa, esperando com a esposa, pela netinha, quando viram no jornal matinal na TV, o que tinha acontecido.

            Edward esperava impaciente que Alice continuasse, mas esta chorava compulsivamente, fazendo Edward se aproximar dela, e abraçá-la forte.

            Alice se culpava por isso, não era ela que precisava ser consolada, era ele, seu irmão.

            - Estou ficando preocupado. Nunca te vi assim. – Edward sussurrou, ainda abraçando a irmã.

               Alice respirou fundo, tentando fazer com que os soluços que já se formavam em sua garganta, cessassem. Ela se afastou dos braços de seu irmão, e colocou o porta retrato no lugar, e ainda o encarando, sussurrou:

               - Edward. Bella e Elisa... Sofreram um acidente. – Ela finalmente disse, tornando aquilo tudo muito mais real, pois nem ela mesma acreditava, ela não queria acreditar.

               Aquelas palavras não faziam sentido para Edward.

               - Não. Você está enganada.

               Vinha à negação.

               - Eu as vi. Bella já deve estar no tribunal, depois de ter deixado Elisa na casa da mãe. – Edward dizia, indo até o telefone, querendo ligar para a casa de Esme, e confirmar isso, mas Alice foi mais rápida, e colocou a mão em cima do telefone.

              - Eu sinto muito. – Alice sussurrou, era só o que ela conseguia fazer.

              - Não. Elas estão bem, elas estão bem. – Edward gritava agora, assustando Alice.

              Alice abaixou o olhar, vendo que o irmão aos poucos caia em si.

              - Diz pra mim que é mentira Alice. DIZ. – Ele gritou a última palavra, sentindo seu mundo ruir. Alice não diria isso. Ela foi até seu irmão, que batia em punho na mesa de vidro, com aquela força que ele depositava, poderia quebrá-la, mas isso era o de menos.

              - Nós estamos aqui Edward. Calma. – Ela tentava abraçar o irmão, mas este se afastou.

              - Qual é o hospital? – Ele perguntou friamente para ela, sentindo lágrimas tomarem a sua visão.

              Alice nada respondeu, e aquele silêncio só enfurecia Edward.

              Ele simplesmente percebeu que sua irmã não diria nada, e saiu em disparada porta a fora, em direção ao elevador. Alice foi atrás, percebendo os olhares dos funcionários, que nem para parar Edward serviram.

               O elevador não chegava logo, e Edward ia optar pelos 5 andares de escadas, até o próximo elevador, e se este também não chegasse logo, ele iria descer os 20 andares de escada mesmo. Ele não se importava, só queria saber como sua esposa e filha estavam. A dor de não saber, era atordoante, ele podia perdê-las, e isso o mataria.

               - Edward! – Alice gritou, fazendo com que Edward não seguisse para as escadas. – Eu te falo, mas só se você for comigo. – Alice não queria que Edward pegasse o carro, ela estava com medo...

              Edward ouviu a irmã, e esperou, junto com ela pelo elevador, que dele saíram vários sócios, pasmos pela pressa de Edward e Alice.

              Chegando ao estacionamento, Edward foi direto na direção de seu Volvo, mas lembrou que tinha esquecido as chaves lá em sua sala. Alice já estava destravando o alarme de seu Porche, e indicou a porta do passageiro para Edward. Este não tinha como ignorar sua irmã, afinal ela prometeu que o levaria, e ele achou ótimo ela estar com o Porche, assim poderiam chegar a poucos longos e excruciantes minutos.

               Edward nada disse quando entrou no carro de Alice, e esta arrancou o carro dali. Ela tentava dizer para si mesma que tudo ficaria em, enquanto desviava dos carros à sua frente.


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Notas finais do capítulo

Meninas... Desculpem por não acrescentar mais nada. Como já havia dito (não sei se para todas vocês) que tenho mais de 30 mil palavras aqui no Word, resultando em alguns capítulos, mas eu sempre reviso... então...
Até o próximo Capítulo... mereço Reviews?