Lizzy: http://25.media.tumblr.com/tumblr_m6l7zqypzU1ry2f1so1_1280.jpg

Joanne: http://24.media.tumblr.com/tumblr_m6l7o5yq3c1ry2f1so1_500.jpg

Charlie: http://24.media.tumblr.com/tumblr_m6l7tzUv8S1ry2f1so1_500.jpg

                                                      ~~//~~  

         Elizabeth Williams:

- Joanne? - gritei, procurando por minha melhor amiga, Joanne Smithers.

- Estou descendo! - escuto em resposta. Sorri fraco.

Coloco meu casaco e meu cachecol no "porta - casacos" ao lado da porta e caminho pelo curto corredor até chegar na sala. Jogo minhas coisas na pequena mesa de centro e me jogo no sofá, dando um longo suspiro e jogando minha cabeça para trás.

Logo ouço seus passos apressados descendo a escada de madeira no nosso apartamento. Nosso apartamento era pequeno, velho... Mas era duplex, o que eu amava nele. Era a única coisa que eu amava, na verdade. E ele era o único duplex do prédio, por ser o último, e ainda tinhamos a vantagem de ter o terraço inteiro para nós (já que nenhum morador gostava de ir até lá, nós cuidavamos dele comos e fosse apenas nosso).

Vejo Joanne com seu pijama azul e verde com vários símbolos da Paz. Ele me deu um beijo rápido em minha bochecha e sentou - se ao meu lado.

- Conseguiu algo? - perguntou.

- Nada. - falei desanimada. - A dentista já tem uma ajudante; a veterinária também... Eles querem alguém com mais experiência. E eu sou uma vagabunda de 18 anos que nem faculdade procurei! - apoiei minha cabeça em seu ombro e suspirei.

- Amiga - ela murmurou. Não respondi nada. - ELIZABETH! - gritou, me fazendo levantar a cabeça e encara - la assustada. - Você não é vagabunda! Sabe muito bem que não temos condições de pagar uma faculdade para mim ou para você agora. Já disse para pedir dinheiro para seus pais, mas você nunca quer...

- Não, nunca! Eu não quero nenhum centavo daquele dinheiro sujo! - exclamei, levantando minha cabeça rápida e automaticamente.

- Então não reclame - ela deu deu ombros. - Lizzy, por enquanto, com o que eu ganho, posso sustentar nós duas. Não passaremos frio ou fome. Iremos sobreviver, Bebê.

- Mas você tem vinte anos e ao invés de se divertir, sair toda noite, você fica trabalhando pra sustentar uma garota de dezoito anos! Não acho isso justo, Jo...

- Você não devia cobrar tanto de você mesma, Eli. - ela falou com voz serena, me olhando com um sorriso fraco e sincero no rosto. - Espere um pouco, as coisas não irão cair fácil em nossas mãos. Sim, teremos que batalhar, mas não precisa ser agora.  Faz apenas uma semana e meia que você está em Londres. De tempo ao tempo! - disse minha elhor amiga e melhor conselheira que eu conheço, Joanne Smith. Ela deu um sorriso largo e eu ri. 

Abracei ela sorrindo. Eu amava os conselhos de Joanne, Era um melhor que o outro! E sempre davam certo... Sem ela, acho que nem aqui eu estaria...

Sobre os meus pais... Eu não queria o dinheiro deles de jeito nenhum. Eu decidi vir para Londres para ser independente e prometi a eles que me viraria como pudesse e sem a ajuda deles. No começo eles não aceitaram, mas sabiam que logo faria dezoito e nada me seguraria naquele lugar. E foi o que aconteceu, fiz dezoito e depois de três meses, me mudei para cá.

- Você é incrível! Eu te amo - falei, abraçando ela forte.

- Eu sei, também te amo! - ela me apertou mais forte que eu. Ela me soltou e rimos juntas. - Está com fome?

- Morrendo! - respondi, botando a mão em minha barriga que roncava muito.

- Vamos pro Subway? - ela pulou do sofá sorrindo.

- Claro - levantei sorrindo. - Mas... eu to sem grana. - fiz cara de triste.

- É por minha conta hoje, pequena - falou Joanne, bagunçando meu cabelo, me fazendo rir. Realmente, em relação a Joanne, eu era muito pequena!           Joanne correu para trocar de roupa. Eu botei minha bota, minha touca cinza, meu casaco e meu cachecol, esperando ela descer, o que não demorou muito.

Pegamos o elevador do nosso pequeno prédio e descemos os cinco andares em silêncio. Mas era um silêncio confortável.

Nevava muito em Londres. As ruas e carros estavam cobertos de neve. Haviam crianças atacando bolas de neve uma nas outras, o que me fez rir. Lembrei - me de quando brincava na neve em New York com Charlie, minha irmã mais nova.

Era desconfortável sentir aquele vendo frio em meu rosto, mas logo me acostumei. 

Caminhamos por dois quarteirões e chegamos. Não sentir mais o vento gelado em minha pele me deixou mais confortável. Agora a única coisas que eus entia era fome.