Bônus

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– Eles estão demorando... – Murmurou Anko contrariada. Já faziam vários minutos que Kakashi e Jun haviam saído da mesa. Ela queria que eles voltassem logo para que ela pudesse arrancar com as próprias unhas os olhos verdes e debochados daquela menina. Afinal, quem ela pensava que era?

– Deixa disso querida... – Hidan suspirou. Ele queria muito rir, mas sabia que se fizesse isso, a fúria da namorada recairia sobre ele.

– MAS ELES ESTÃO DEMORANDO! – Praticamente gritou, atraindo a atenção das pessoas de algumas mesas próximas.

– Que seja... – Hidan suspirou e apoiou a cabeça na mão, contrariar Anko agora não renderia boa coisa. O melhor que ele tinha fazer era ficar calado, e assim ele fez. Ficou calado e deixou sua atenção recair sob uma das janelas próximas. Estava uma bonita noite lá fora.

– Cadê eles...? – Anko resmungou mais uma vez.

– Eles já devem... – E a frase morreu na boca de Hidan. – EU NÃO ACREDITO! – Dessa fez foi ele quem gritou.

– O quê? – Anko se sobressaltou com o grito repentino.

– São eles! – Hidan apontou o dedo em riste para a janela aberta. Um casal, agora indistintos, corria para longe de mãos dadas. Mas com certeza eram eles, disso Hidan não tinha dúvida.

– Não pode ser!

– Mas é.

– MAS NÃO PODE SER!

– MAS É, MERDA!

– Será que os senhores poderiam falar mais baixo? Estão incomodando os outros clientes dattebayo!

Anko olhou com fúria queimando nos olhos para aquele garçom loiro e com um sorriso, que ao ser ver, era debochado, e na verdade era debochado. Naruto estava rindo por dentro, pois sabia que aquele casal estava discutindo por causa da fuga de Jun e Kakashi. Disfarçou o riso e Anko teve um espasmo, aquele garçom era outro para ela arrancar os olhos.

– Que seja! – Exclamou Hidan. – Vamos embora, Anko! Traga a conta por favor. – Disse para o garçom, que assentiu e saiu.

– Espere aí... – Anko murmurou. – Se Kakashi e Jun fugiram, quem é que vai pagar a parte deles na conta?

– Ah merda... – Hidan olhou tristemente para a sua carteira. – Sabia que isso ia dar merda...

Não muito longe dali...

– Sabe Kakashi... – Jun disse, apertando a mão do grisalho. – Acho que a gente está se esquecendo de alguma coisa.

– Se esquecendo? – Olhou interrogativamente para ela. – Esquecendo do quê?

– Não sei... Só tenho esse sentimento. – A jovem deu de ombros.

– Esqueça isso! – Kakashi se inclinou e depositou um beijo na testa dela. – Não estamos esquecendo de absolutamente nada. – E sorriu, um sorriso que dizia muitas coisas, e escondido nesse sorriso estava o fato de que ele sabia o que Jun achava que estava esquecendo.

Apalpou o seu bolso, feliz. Sua carteira continuava lá, cheia e contente. Não teria que gastar nenhum centavo com aquele encontro duplo. Afinal, não havia sido ele a propor aquilo de qualquer forma. Anko iria pagar pelo o que ela lhe fez. Literalmente.

– Acho que eu vou esquecer sim! Mas só se...

– Só se?

– Só se você me beijar! – Jun levantou o rosto para Kakashi e sorriu, um ligeiro rubror nas maças do rosto.

– Não precisa pedir uma segunda vez! – E ainda rindo, Kakashi a beijou. – Sabias que beijas maravilhosamente bem? – Perguntou, com o rosto ainda próximo ao dela, dando um leve beijo em seguida.

– Agora eu sei... – Riu.

– Mas que convencida! – Kakashi ia falar mais alguma coisa, mas uma movimentação atrás de Jun lhe chamou a atenção.

– O que foi? – Perguntou Jun ao ver a cara surpresa de Kakashi. Virou a cabeça sob o pescoço e vizualizou um casal se pegando ao fundo. – Aquela ali não é a Tsunade-sensei? – Jun franziu a testa, tentando identificar quem era que a estava beijando.

– Oh Deus... – Kakashi balbuciou. Suas suspeitas se confirmando. Tsunade finalmente caira nas graças de Jiraya. – Vamos embora! – A última coisa que precisava agora era que aquele estranho casal o visse, e ainda mais acompanhado. Jiraya com certeza não perdoaria.

– Espere aí Kakashi! – Jun tentou o frear quando o grisalho começou a correr em fuga novamente. – Se esqueceu que eu não estou calçada para isso?

– Que seja... – E dito isso, Kakashi a pegou no colo.

– Oh! – Exclamou. – Me ponha no chão, seu doido!

– Nhá! Nem pensar!

– Kakashi!

– Nunca mais sairás dos meus braços. – Riu e meio desengonçado, continuou a correr em direção a sua casa. – Então trate de se acostumar.

E era bom Jun se acostumar mesmo, pois Kakashi não a deixaria fugir assim tão fácil.

Fim!