When You Find Me - Hiatus escrita por CGAA


Capítulo 17
Perfeito até de mais, ou seja, inexistente .


Notas iniciais do capítulo

Bom, peço que me desculpem pela demora . época conturbada . dspkdskp ¬¬ . entao pra recompensar , esse capitulo saiu maior que o normal e ... a fic vai ficar mais foda daqui pra frente ;) qualquer erro perdoem-me por favor . eu vou revisar o capitulo e qualquer coisa depois eu edito ;) nos vemos nas notas finais ;)



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Acordei como se tivesse levado um susto, quando alguma coisa pinicava o meu nariz. Enquanto me virava rapidamente procurando o ser que me acordou, Jake ria descontroladamente. Podia deduzir que ele havia me acordado com as pontinhas de uma mecha do meu cabelo.

– Jake seu cachorro. Eu quero dormir mais um pouco – ele continuou rindo enquanto eu afundava novamente minha cabeça no travesseiro.

– Conhecendo você bem como eu conheço Ness, se você dormir mais um pouquinho, você vai se atrasar pra sua prova.

Sentei-me subitamente na cama me lembrando da prova. O Sr. Johnson disse que tendo em vista o meu histórico escolar e a dedicação que eu pelo menos parecia demonstrar, a partir daquele dia do acordo eu poderia faltar as aulas que quisesse, porém se eu quisesse ter meu segundo ano validado eu deveria fazer uma prova – como se fosse um simulado – no final do ano e dar conta de passar dela com no mínimo 80 por cento de aproveitamento. Minha prova seria hoje, 13 de dezembro. Não para a minha surpresa, ele apenas riu.

– São quantas horas Jake? – levantei-me da cama já apressada, indo em direção ao guarda roupa. Jake me puxou pelo braço com tanta firmeza que acabei caindo na cama em cima dele.

– Sua prova é só as oito não? São umas sete e cinco. Tem muito chão pela frente ainda... – ele disse maliciosamente beijando o meu pescoço.

– Sabe Jake, eu adoraria. Se a minha vida não dependesse disso. E outra coisa, a gente tem todo o tempo do mundo. Depois da prova – beijei seu peito e me levantei rapidamente, antes que ele me puxasse para a cama de novo e eu perdesse de vez a concentração.

Peguei uma calça jeans claro e uma blusa vermelha de manga comprida e comecei a trocar de roupa. De uns tempos pra cá trocar de roupa na frente dele se tornara algo tão normal quanto ver televisão. Fui ao banheiro, fiz minha higiene pessoal e passei uma leve maquiagem. Quando voltei ao quarto seu queixo se abriu.

– Vai fazer uma prova ou vai pra uma festa? – corei. Ele se levantou sorrindo e me abraçou. – Arrasa lá ok?! – assenti me desprendendo de seus braços, indo em direção ao quarto de Victoria.

– Bom dia meu bebê – ela estava acordada, então não me importei em pegá-la no colo. – Dormiu bem? – ela fez um sonzinho como se dissesse sim. Vicky estava com quase cinco meses. Estava sendo normal vê-la assim. – A mamãe vai lá na escola dela fazer uma prova tudo bem? O papai vai ficar aqui com você. Cuide bem dele – Jake bufou enquanto eu ria e ela parecia dar um sorriso. Daqui a pouco a mamãe tá de volta.

Jacob tinha arrumado um trabalho de mecânico em uma oficina aqui perto de casa. Ele trabalhava das sete às duas da tarde, porém hoje, no entanto ele conseguiu uma folga para que eu pudesse fazer a prova. O povo lá é gente boa. Até levei Victoria lá um dia. Foi legal. O mundo inteiro ficou mimando ela e curtindo da cara dele.

– Até daqui a pouco meu anjo. Haniel, cuida dela pra gente ok? Só por uns cinco minutos. – murmurei sabendo que ele me escutaria, enquanto eu colocava Victoria no berço. Ela acompanhava tudo atentamente com a mãozinha na boca, uma sugestão de sorriso no rosto. E então Haniel apareceu apertando um bichinho que faz barulho.

– De anjo à babá... Que evolução – ri.

– Você sabe que eu te amo – disse lhe dando um beijo na bochecha e correndo quarto a fora. Efeito Jake.

– Ei. Não precisa disso – falei enquanto entrávamos no elevador.

– Sabe Ness, é meio estranho você apenas estalar os dedos e esse cara aparecer do nada.

– Não posso fazer isso agora.

– Sim, mas isso porque ele está lá com a nossa filha, e porque você pediu. Caso contrário ele estaria aqui com você.

– Ah, para com isso Jake. Vem cá.

Pressionei meus lábios contra os dele enquanto lentamente nossos braços iam se enroscando no corpo um do outro. Desgrudei-me dele imediatamente quando ouvi um pigarro. A senhora que parecia ter uns 60 anos sorriu pra gente enquanto segurava a porta do elevador. Senti como reação automática o sangue queimar sob a minha pele, enquanto o pamonha do Jacob não conseguiu reprimir a risada. O que tornava a cena impune de arrependimentos era que ele coçava o cabelo com a mão direita indicando que também estava envergonhado. Bom, não só isso. O sinal principal que denunciava que eu estava envergonhada estava presente também nele. Era quase imperceptível graças à pele morena, mas sabendo o que procurar, era possível ver que ele também havia corado. O sorriso brilhando... Eu nunca o havia visto tão lindo quanto agora.

– É esse o andar de vocês, jovens? – pude ver que o ambiente estava consideravelmente mais claro, ou seja, térreo.

– Sim, é... É esse sim, muito obrigado. Desculpe o incomodo.

– Cuide bem dessa moça rapaz – a velhinha disse sorrindo.

– Pode deixar – ele sorriu sem ter a mínima ideia de que aquele sorriso guardava mesmo toda a minha vida.

Fomos de mãos dadas até a vaga onde sua moto estava estacionada.

– Segura firme.

– Como se você precisasse pedir – disse nos fazendo rir, enquanto travava meus braços ao redor da sua cintura e aproximava mais meu corpo do seu.


– Bom meu amor... Me liga quando sair e... Arrasa. Papai do Céu vai te ajudar – abri um largo sorriso.

– Tenho certeza disso – não faço a mínima ideia do por que. Apenas sei que seu beijo só me deixou mais confiante e segura. – Te amo Jake.

– Tenho certeza disso – ri revirando os olhos. – Te amo mais – seus olhos diziam o mesmo que a sua boca fazendo com que eu perdesse o controle, não resistindo ao impulso de beijá-lo novamente.

– Vai se atrasar Nessie – ele disse depois de um tempo.

– A culpa é sua.

Ele riu alto enquanto acelerava a moto cantando pneu, atraindo pra mim a atenção dos poucos alunos que provavelmente matavam a primeira aula. Líderes de torcida e jogadores do time de futebol. Humph. Percebi que olhavam pra mim e comentavam alguma coisa. Nem me importei. Os comentários deles não me atingiriam e não fariam diferença alguma na minha vida, então... Apenas dei de ombros e continuei andando com um sorriso presunçoso em direção ao prédio principal da escola. Não perdi tempo, indo direto para a sala do diretor. Tinha um casal lá conversando com ele. Dei duas batidas e abri a porta. Os três viraram o olhar pra mim imediatamente.

– Desculpa interromper.

– Sala 10 Cullen. Não demore – ele voltou sua atenção para os papéis que estavam na sua mesa enquanto eu seguia para a sala 10.

Na sala estavam Maggie, nossa professora de espanhol, e vários alunos – que iam desde o primeiro ao terceiro ano – que precisavam fazer alguma que não fizeram no dia. Sentei-me na última cadeira do canto.

– Se estiverem com celular, iPhone, iPod, ou qualquer outra coisa do gênero, e o mesmo fizer o menor barulho que for, eu vou zerar a prova ok?! Então eu sugiro que desliguem e deixem-os na minha mesa – desliguei o meu novo celular e coloquei-o lá como ela pediu, assim como 90% dos outros alunos. Ela foi chamando o nome dos alunos um por um, até que chegou o meu.

– Renesmee Cullen – me levantei e peguei minha prova.

Dando uma rápida olhada, pude perceber que eram quatro questões para Matemática, Inglês, Espanhol, História, Geografia e Biologia e duas para Química, Física, Filosofia e Artes – totalizando 32. Fora uma redação. Quatro horas eram mais que suficientes.

O, porém, era que uma das questões de todas as matérias, era de justificativa. E não envolvia apenas as matérias do terceiro ou do quarto bimestre, e sim de todos eles, o que em parte me confundia. Mas sempre tinha uma pista do que escrever nas questões de múltipla escolha. Uma das respostas erradas sempre continha alguma informaçãozinha que por mais ridícula que fosse, poderia ser fundamental para a resposta escrita. E ainda tinha a redação ridícula sobre a colonização do Oeste. Eu já estava me cansando.

Provas me cansavam. Pra mim pelo menos, era só mais uma tarefa de casa só que sem consulta. Essa, porém, eu até gostei de fazer. Estava bem elaborada. Ter descoberto as “pistas” só me deu mais incentivo pra continuar. Talvez eu só estava me achando “like a boss”. Sim, eu acho que foi isso mesmo que aconteceu. Mas enfim, tinha quase certeza que pelo menos os 80% estavam garantidos, ou seja, olá terceiro ano.

Quando entreguei minha prova já eram onze e meia.

– Fez tudo direitinho Ness? – Maggie era o tipo de pessoa que eu não me importaria de ser chamada pelo apelido.

– Acho que pelo menos o suficiente eu fiz – disse sorrindo, sua testa se franziu.

– Ficamos preocupados com você. Eu, Matt – o professor de Física –... Grace – Inglês e Literatura –... Até Roger ficou, pra você ver – ela riu enquanto eu revirava os olhos. – Nem pude te contar as novidades – ela estendeu a mão direita revelando um anel prata no dedo anelar. Namoro.

– Sério? Ah, que bom Mag. Com quem?

– Chuta – olhei bem para os olhos verdes dela. Brilhavam. Sorri.

– Sir Matthew. Acertei? – ela riu. Assentindo. – Física e Espanhol. Tudo a ver... – ela riu ainda mais.

– É melhor que Espanhol e Matemática não?! – rimos alto...

– Ô se é! – rimos de novo. – Eu posso pegar a minha prova no sábado?

– Ah, pode sim. Nós professores vamos dar duro pra corrigir tudo isso aqui e fechar nota até amanhã a tarde pelo menos. Sábado sai também os boletins. Então trapaceira, seu boletim também sai sábado – ri. – Enquanto os folgados dos outros alunos, vão pro baile amanhã – dei um sorriso bobo me lembrando do baile do ano passado. – E esse sorriso? – corei ainda com o sorriso no rosto.

– Me lembrei do baile do ano passado.

– O que me lembra daquele garoto, o... Jacob? – assenti. – Ele parecia ser um bom garoto. Vocês... Continuaram?

– Mag, se eu te contar você nem vai acreditar. Estamos morando juntos – ela arregalou os olhos me fazendo corar.

– Menina! E quantos aninhos a senhorita têm?

– Faço 16 no sábado. Ele tem 17 e sim, meus pais estão sabendo. Acho que antes de me perguntar se eu queria mesmo ir morar com ele, ela já tinha perguntado para os meus pais.

– Então se ele está sendo responsável desse tanto, tem uma responsabilidade maior em jogo? – mordi o lábio assentindo timidamente.

– Sei o que deve estar pensando Mag. Que nós somos muito novos e já temos tal responsabilidade... Bom, isso é o que as pessoas pensam, mas sabe, acho que nunca fui tão feliz em toda a minha vida. Difícil, sim vai ser, mas... Faremos de tudo pra que Victoria seja a garotinha mais feliz do mundo inteiro. Porque afinal de contas, ela não foi uma irresponsabilidade, mas sim um presente de Deus, então... – dei de ombros.

– Sabe Ness... Acho que poderíamos contar nos dedos quantos jovens dessa mesma idade sua fariam isso. Não sabe o quanto fico feliz de poder conhecer uma garota como você.

– Sabe Mag... Não sabe o quanto eu fico feliz de poder conhecer uma professora como você – ela riu. – Sério. Aprender espanhol já é um saco, imagina com uma professora chata? Humph – ela revirou os olhos e sorriu. – Vai estar aqui no sábado?

– É o jeito né – ela deu de ombros. – Te vejo sábado então, Matt está me esperando.

– Jake também – rimos enquanto cada uma seguia para uma direção. – Ah, Mag – chamei, fazendo com que ela se virasse. – Até imagino ele te acordando. “Buenos días mi amor. Te quiero mucho” – ri escandalosamente enquanto ela revirava os olhos.

– Vai arrumar uma coisa melhor pra fazer vai Nessie. Só o que me faltava agora. Humph – continuei rindo até que meu telefone tocou.

– Deixe-me adivinhar. Anne? – ri.

– Maggie. Já tá vindo?

– Bom, eu tô te esperando aqui no estacionamento. Claro, seu... Anjo – ele proferiu a palavra como se fosse a coisa mais nojenta do mundo. – ficou cuidando dela.

– Tudo bem. Estou quase aí.

– Ness! – ele chamou rapidamente, com medo de que eu já houvesse desligado. – Eu te amo.

– Também te amo Jake – desliguei o telefone e continuei andando, ignorando os olhares de alguns alunos.

– E aí meu amor, como foi? – A expectativa brilhava nos olhos dele.

– Acho que fui bem. Estava bem fácil.

– Então a gente tem que comemorar – ele me abraçou, seu entusiasmo e felicidade eram palpáveis.

– Por que a gente não deixa pra comemorar sábado? Primeiro, é cedo de mais pra cantar vitória e segundo, é sábado mesmo que eu pego a minha prova então... – dei de ombros, ele apenas estreitou os olhos.

– E terceiro, é seu aniversário – corei desviando o olhar. – Você pensou que eu iria esquecer não foi? – ele riu beijando a minha testa. – Como eu poderia esquecer o aniversário da minha vida? – sorri afundando meu rosto em seu peito. – Sábado é um ótimo dia meu amor. Vamos pra casa então? Tô morrendo de fome.

– Isso soa perfeito pra mim – sorrimos. Quando nossos lábios estavam quase se tocando, algum engraçadinho nos interrompeu.

– Ainda precisando de babá, Cullen? – o palhaço perguntou, fazendo com que os outros babacas que estavam com ele rissem. Bom, as vadias que estavam com eles também.

Quando me virei – já com um sorriso amarelo –, já era de se esperar. Josh Haloway. Um dos garotos mais atraentes da escola. Eu e Anne quase caímos pra trás quando ele voltou das férias um tanto... Diferente. Tanto sua aparência quanto seu caráter mudaram drasticamente depois daquelas férias. Josh era magrinho, estatura mediana, gente boa, humilde... O que dava mais destaque eram os olhos verdes, escondidos por trás de um óculos. E então ele aparece com o cabelo maior, alto, musculoso, os olhos e a jaqueta dando o toque final... Mas infelizmente – ou talvez felizmente –, o caráter dele destruía toda a beleza que ele tinha. Começou a sair com garotas só por sexo, pegava todas as garotas da escola apenas para engrandecer seu ego... Ele me dava nojo. Jake sussurrou baixinho para que eu ignorasse, porém ignorar não era uma coisa que fazia parte de Renesmee Carlie Cullen.

– Jake só está seguindo a risca o manual de namorado perfeito, coisa que eu tenho certeza que você não faz. Oh, desculpe-me. Esqueci que você não namora – respondi cínica. – Você só as leva pra primeira cama que você vê e depois as joga fora como se fossem descartáveis. E por mais incrível que pareça, elas não se dão ao valor, achando tudo isso completamente normal – pisquei pra eles com um largo sorriso ao ver a expressão de ‘tapa na cara’ que surgia no rosto de cada um deles. Montei na moto me agarrando a Jake do mesmo modo que antes.


– Tem certeza que não quer vir? – Anne insistia pela milésima vez.

– Você sabe que eu daria tudo pra estar aí Anne, mas sabe também que as coisas mudaram um pouquinho.

– Claro, claro. – ela tentou imitar a voz do Jake nos fazendo dar uma alta gargalhada. – Tudo aqui me lembra vocês dois. O tema esse ano é...

– Love is the air – interrompi-a rindo alto. E ela também. – Aproveite muito Anne. Agora que a minha bebê já está com 16 aninhos no primeiro baile dela com o namorado... – ela bufou, mas eu poderia vê-la claramente na minha mente sorrindo. – Beije muito, dance muito, se perca no olhar dele... – sorri com lágrimas nos olhos. Estava extremamente feliz por Anne. – Faça com que seja perfeito.

– Bom, eu nunca pensei que fosse dizer isso um dia, mas... Pode deixar – rimos. – E claro, antes que você pense o que não deve Nessie, meu baile será perfeito, mas sinto te dizer, não terá o mesmo fim que o seu – ri escandalosamente.

– Isso aí já era de se esperar né?! – rimos novamente. – Ah, claro. Um último pedido. Acho que Unbroken não se aplica muito a vocês dois então... – ri quando ela bufou. – Você vai dançar Catch Me com ele por nós quatro. Você vai, entendeu? – ela riu.

– Pode deixar meu anjo – rimos.

– Olha Anne, sem querer ser chata e não, eu não estou te dando um pé na bunda. Você vai curtir o seu baile agora. Antes que seja tarde de mais.

– Ok, ok – ela falou com um certo entusiasmo. – Dá um beijo na minha afilhada por mim.

– Tudo bem Cinderela. Te amo. – ela riu.

– Também te amo. E fala pro Jake sair do PlayStation e ir cuidar da filha dele – ri.

– Acho que ele precisa é sair de um outro lugar sabe...

– Sabe Ness, eu poderia ter dormido sem essa – ri alto. – Vai cuidar da sua filha vai. Beijos.

– Beijos – desliguei o telefone olhando pra Jake que brincava com Vicky no tapete da sala.

– Da onde que eu preciso sair?

– Anne disse que é pra você sair do PlayStation e ir cuidar da sua filha – tentei disfarçar, porém o vermelho na minha bochecha me denunciou.

– PlayStation. Sei... – ele riu.

– Não é possível que nem um macarrão tem nessa casa – ele riu alto enquanto eu procurava alguma coisa nos armários e na geladeira. – Nós somos péssimos donos de casa.

– Então que tipo de comida descente você quer?

– Pizza – conclui depois de um tempo. Ri dele revirando os olhos e sorrindo em seguida.

– Pizza é com toda certeza o jantar perfeito – ri me sentando no chão ao lado dele, dando um beijinho em Victoria.

– Sua tia te mandou um beijo Vicky – ela agitou os bracinhos dando um gritinho. Sorrisos em mim e Jake eram reação automática a esse tipo de situação. – Pede aí a pizza. Vou tomar banho – dei um outro beijinho nela e um nele.

– Sozinha Ness? É muito perigoso uma moça bonita que nem você ficar andando por aí sozinha a essa hora da noite – ri revirando os olhos.

– Sete e meia da noite. É só o que me faltava mesmo... – foi a vez dele rir. – Sossega Jacob. – ele riu novamente enquanto eu me retirava da sala.


Quando voltei à sala – vestida apenas com um baby doll rosa claro, que não cobria muito mais que a minha calcinha, passando a toalha nos cabelos ainda molhados –, Jake abriu a boca formando um O perfeito, me fazendo corar. Vicky continuou rindo das palhaçadas que ele fazia.

– Ness... Uau – ri.

– Um dia você vai acabar enjoando – ele bufou se colocando de pé para beijar o meu pescoço.

– Você fala como se isso fosse possível – ele sussurrou bem baixinho no pé do meu ouvido. Preciso comentar que um arrepio percorreu todo o meu corpo? Então a campainha toca. Peguei Vicky nos braços enquanto Jake atendia a porta.

– Aqui a pizza e o refrigerante. São seis dólares – ouvi o entregador dizer.

E então eu dei uma olhadinha para a porta. Enquanto o garoto pegava o dinheiro da mão de Jake ele olhava pra mim e pra Victoria com – eu podia jurar – uma babinha na boca. Sorri. Jake então olhou para onde ele olhava e retrucou.

– Olha, se não for muito incômodo, será que você poderia parar de olhar para a minha mulher e para a minha filha? – uma tonalidade de vermelho passou então pelo rosto do rapaz como se ele estivesse se desculpando. Pude ver também que seus olhos passaram pela mão de Jacob, provavelmente procurando alguma aliança.

Até então eu não tinha pensado nisso. Eu e Jake juntos, oficialmente... Dei um sorriso bobo imaginando a cena. Eu com um vestido branco tomara que caia, ele com um fraque preto, Vicky com um vestidinho florido... A ideia parecia tomar conta de mim cada vez mais.

– A-Ah, é. Desculpa aí. Suas garotas são lindas – podia visualizar o sorriso orgulhoso no rosto de Jake. – Obrigada, e tenha uma boa noite.

– Obrigada, você também – assim que Jacob fechou a porta comecei a rir desesperadamente. – Achou graça é Senhorita Black? – corei parando de rir. Ele deixou as coisas em cima da mesa para nos abraçar. – Amo vocês meus amores.

– Amamos você também – rimos dando um beijo na bochecha dela. Eu na direita e ele na esquerda.


– Amor, já estou indo – acordei com sua voz doce no meu ouvido.

– Vai com Deus meu amor – abri os olhos procurando por ele. Pude ver seus olhos brilharem antes dele beijar a minha testa ternamente.

– Feliz aniversário meu anjo – sorri.

– Obrigada. Você continua sendo o melhor namorado do mundo Jake – ele riu.

– É só a minha obrigação – acompanhei-o no riso. – Preciso ir – e então ele me beijou carinhosamente. – Te amo.

– Te amo mais Jake – ele riu saindo do quarto.

Se Jake estava saindo agora, eram umas seis e quarenta ou talvez um pouquinho mais. Me levantei indo até o quarto de Victoria. Minha garotinha dormia como um anjo, então concluí que pelo menos alguns minutos a mais de sono eu teria.

Quando acordei eram oito e quarenta e cinco. Ela estava chorando então fui direto pra lá. Troquei sua fralda e a amamentei. Deixei-a no berço com seus brinquedinhos enquanto ia trocar de roupa. Obrigado Deus, por mais um dia. Ah, e pelos meus 16 anos. Muito obrigado Pai, pensei com um sorriso. Tudo está sendo tão perfeito... Até este momento eu não tinha pensado nisso. Quando uma coisa está sendo perfeita e certinha de mais... Gelei, franzindo a testa. O que poderia acontecer para que meu mundo desabasse? Seria a minha prova? Não, não pode ser. Não pode. Meu coração batia irregular temendo que fosse mesmo isso. Ou que fosse algo pior. Não tinha pressa até agora. Quando olhei no relógio eram dez e meia. Peguei Vicky e uma bolsa com fraldas, mantas e qualquer outra coisa que ela pudesse precisar. Chamei um táxi e fui para a escola, tentando me acalmar.

Enchi minha mente com Victoria. Enquanto ela apertava as mãozinhas nas mechas de cabelo que caíam pelo meu ombro minha mente ia longe... Ia imaginando Jake me pedindo em casamento, ela brincando com a minha aliança... Detalhes do meu vestido... Imaginando como Jake ficaria lindo num terno... Se estávamos tão apaixonados um pelo outro, porque ele não oficializava tudo? Tudo bem que eu poderia falar com ele, mas... Não tinha coragem. Éramos mais do que simples namorados. Éramos melhores amigos, cúmplices. E eu ainda sentia vergonha de falar com ele sobre isso.

Rapidamente chegamos. Fui andando lentamente até a secretaria.

– Renesmee, quanto tempo – Bianca me cumprimentou sorridente. – E quem é essa garotinha adorável?

– É Victoria, meu anjinho – ela sorriu me entregando um envelope, com o boletim e a prova.

– Como sempre, notas exemplares né?! – ri.

– Até mais Bianca. Te vejo no ano que vem – dispensei logo.

– Até – sorri enquanto ia para a sala de espanhol. Os professores ficavam nas salas caso algum pai preocupado quisesse falar com eles. Mas só no último bimestre mesmo.

Para meu espanto e também para a minha alegria, Anne estava lá.

– Não esperava te encontrar aqui, meu anjo – Anne deu um pulo se virando pra mim rapidamente. Um sorriso surgiu no rosto dela quando ela viu que Victoria estava comigo. Bom, Maggie também sorriu.

– Aaaah. Cadê a minha bebê mais perfeita hein? – ela deu um beijo na testa de Victoria e depois me cumprimentou com um beijo na bochecha. – Eu é que não esperava te ver aqui. E muito menos com a minha bebê.

– Sua bebê – bufei sem deixar de sorrir.

– Garota possessiva – eu e Mag rimos dela.

– Nunca vi responsabilidade mais fofa que essa. Posso? – Maggie perguntou sorrindo.

– Claro ué. É bom que você já vai acostumando... – eu e Anne rimos enquanto ela revirava os olhos.

– Ai, ai bebê, solta – eu e Anne quase rolamos no chão de rir quando Vicky puxou o cabelo dela. – Qual é o nome dela?

– Victoria – disse enquanto Anne pegava-a no colo.

– Sabe, esta garotinha está muito malcriada – ri alto.

– A culpa é minha se ela tem alergia a escola que nem eu? – todas nós rimos. – Bom Mag, vou ali.

– Vai lá então. E Feliz Natal – sorri.

– Pra você também. Até – me virei puxando Anne comigo.

– Espera aí.

– O que foi Anne?

– Haniel, tem como você segurar a Vicky um pouquinho pra mim? – não tinha ninguém por perto, então ela chamou em voz alta, sabendo que ele estaria comigo. Logo ele apareceu com um sorriso, estendendo os braços pra ela. Assim que Vicky estava nos braços dele Anne me deu um abraço que fez ficar sem ar.

– Feliz aniversário! Que Deus te abençoe muito, com muitos anos de vida, muita felicidade, paz, saúde... Tudo de bom.

– Ah, Anne. Brigada meu anjo. É... Nós estávamos pensando em fazer um jantarzinho lá em casa sabe.

– No seu refugio feliz? – Haniel riu e eu revirei os olhos, sorrindo em seguida.

– Bom, não exatamente – eles riram. – Na casa dos meus pais. Pode até levar o Embry se quiser – ela sorriu, fechando a cara em seguida. Teatralmente.

– Isso é muito injusto. Eu vou no aniversário da minha melhor amiga e ela não foi no meu. Isso é bullying Nessie – ri.

– Você sabia que eu não podia ir.

– Ah, você podia sim. Você sabia muito bem que quem ia era só o Embry mesmo e os meus pais. Foi o 14 de junho mais triste de toda a minha vida – abracei-a sorrindo.

– Own meu anjo, minha bebê. Minha lovatic – ela não conseguiu prosseguir com o drama, soltando uma alta gargalhada. – Não fica assim não. Você sabe que eu te amo.

– E como presente eu vou dar uma carona pra vocês três – Haniel riu.

– Tá vendo Nessie? Essa lovatic aí que você tanto ama, tá esfregando na sua cara que ela já pode dirigir e você ainda vai ficar mais um mês só pra tirar a carteira – ele riu novamente. Revirei os olhos.

– Interprete como quiser Ness – os dois riam incontrolavelmente enquanto eu lançava um olhar mortal pros dois. Vicky parecia agitada. Algo a estava perturbando.

– Haniel, o que... Tem alguma coisa havendo? – ele franziu a testa.

– Talvez... Não parece algo bom.

– O que foi Ness?

– Não sei.

Enquanto íamos para lá Anne conseguiu aliviar o clima me dando pistas sobre o meu “real” presente. Bom, ela só conseguia me matar de curiosidade, já que se a cada vez que eu dava um palpite relevante ela dava de ombros com um sorriso debochado dizendo “veremos”. Anne não quis subir indo diretamente para a casa dela depois. Haniel ainda estava com Vicky na hora que entramos em casa. Ele a deixou no berço enquanto eu abria a porta do meu quarto.

E então vi o que não poderia imaginar que veria na minha frente. Algo que partiu o meu coração em dois, ou melhor, em milhões e milhões de pedacinhos. Tive que me apoiar na parede mais próxima antes que eu caísse, perdida nas lágrimas que vinham violentamente. Eu sabia que havia algo errado, eu sabia. Estava tudo perfeito de mais. Sim, essa seria a palavra certa. Perfeita. Uma vida completamente perfeita. Isso não existe. A cena diante dos meus olhos só me provava isso cada vez mais.

Jacob estava lá, deitado. Dormindo como se tivesse trabalhado por horas. E ainda, uma mulher, sim uma mulher. Deitada ao seu lado.



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Notas finais do capítulo

Bom , antes de xingarem e quererem dar um tiro no jake , (tudo bem , xingar voces já xingaram dspksdpksd) prometo que tudo se esclarecerá no proximo capitulo ;) .
e pra me redimir , vou tambem dar alguns spoilers:
¹titio ed vai ter um segredinho , que apenas ele e titia bella sabiam.
²jacob também vai ter um segredinho , só que nem ele proprio sabia.
³e como toda boa e velha fic de twilight , os volturi vao se envolver. porém como essa nao tem nem vampiros nem lobisomens, ela tem anjos e ... ?! sdkpdskpdspkdspkdspkpkdspksdkdsp ;)
espero que gostem :*