The Only Exception escrita por May


Capítulo 16
Time is slipping away


Notas iniciais do capítulo

ooie gente :)
primeiramente, queria agradecer mesmo, pelos reviews, eu vi que recebi bem mais do que a última vez e só tenho a agradecer a vocês, por entenderem :) E também que eu li todos os reviews ♥ amei todos haha e to respondendo ^^
Obrigada também por minhas queridas leitoras FernandaMellark e Victória Fredmamm Ferraz, pelas recomendações, e esse capitulo é para vcs, por recomendarem minha fic, o que me deixa extremamente feliiz ♥
O titulo significa : O tempo está se esvaindo, da música Glad You Came
espero que gostem, até la embaixo :)



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- O que você está esperando para ler a mensagem? – Madge me perguntou.

Depois que vi o maldito nomezinho na tela do Iphone fiquei em estada paralitico.

- Você ainda pegou meu Iphone para colocar o número dele. – Falei ignorando sua pergunta.

- Nem foi muito difícil. Você tem o sono leve, além do mais, depois do final de semana, vi o chamego dos dois. – Madge falou, começando a rir.

Eu ri também, essa Madge não existe cara.

- É, mas esqueceu de que ele nem quer mais falar comigo? – Falei.

- Foi um desentendimento Katniss, acontece, agora vê logo a droga da mensagem, será possível, estou mais curiosa que você.

- Sua sensibilidade me ajuda muito. – Falei ironicamente, o que lhe fez rir. – Mas estou meio que... – Hesitei em falar por poucos segundos. – Meio que com... Medo.

Madge franziu a testa. 

- Katniss Everdeen com medo? – Ela perguntou.

- Estranho não é?

- Não, que nada, mas me diga, é medo do Peeta, sei lá, não falar com você?

- Sim, e eu ainda fiquei irritada por ele estar com a Delly.

Madge me encarou. E eu me dei conta das minhas palavras. Eu falando aquilo? Sempre fui tão insensível.

- Que fofo. – Madge soltou.

- Fofo o que? Não tem nada de fofo...

- Claro que tem. – Ela começou. – É simples, você está apaixonada por ele. Tem coisa mais óbvia? Dá pra perceber e ver no seu olhar.

Arregalei os olhos.

- Endoidou, claro que eu não... – Não terminei a frase, no fundo eu sabia que era verdade o que Madge dizia, mas não dava muito para acreditar em mim mesmo, essa possibilidade que já era um fato, era demais, ainda mais no momento que ele me ignora.

- Ai Katniss, para com isso.

- Tá Madge, você está certa.

- Eu sei, sempre estou. – Ela disse rindo.

E eu fiz negação com a cabeça.

- Convencida. – Falei. – Mas e se ele não estiver... Apaixonado por mim?

Madge riu.

- Não seja boba. Agora olhe logo a mensagem. – Madge disse.

- Ok.

Peguei o Iphone e abri na mesagem e comecei a ler.

Desculpa por ter falado com você daquele jeito aquele dia. Podemos nos ver na escola terça, porque segunda não vou ir para a aula e só chego de noite no colégio. Ai eu explico tudo. Espero que não esteja muito chateada.

Peeta.

- Tá vendo, ele se preocupou, terça vocês se acertam e começam a namorar de vez. E finalmente um final feliz. – Madge disse com um sorriso.

Eu dei risada.

- E segunda você vai pegar logo o Gale, se não, pense em uma garota morta. – Eu disse com um risinho.

- Besta. – Ela disse.

- Hmm, olha bem, temos um final de semana todinho pela frente, vamos fazer algo. – Eu disse.

- Você não vai responder a mensagem? – Madge perguntou.

- É mesmo. Só que tem um problema. – Falei.

- O que? Qual problema?

- Eu não sei o que responder. – Falei e dei risada.

- Ah meu deus, passa esse Iphone.

Madge nem esperou eu passar, pegou o Iphone e começou a escrever.

- Só não escreve besteiras, por favor. – Pedi.

- Ok.

Não demorou muito.

- Pronto.

- Fala ai.

- Eu escrevi assim. Tudo bem meu amorzinho, eu te desculpo, bom que a gente se encontra no seu quarto, e depois de uma noite juntos, nossos problemas estarão resolvidos, tenho certeza absoluta. – Madge disse caindo na risada.

Eu arregalei os olhos.

- Mentirosa. – E dei risada, ela não seria louca a esse ponto.

- Ok, agora sério, escrevi isso. Tudo bem, eu te desculpo, mesmo que não tenha entendido muito bem. Mas sem problemas, então terça a gente se encontra e resolve tudo. Ah e não fiquei MUITO chateada não. Pronto, feliz?

- Bem melhor, isso ai. Então que tal nos aventurarmos na fazenda na noite com Finnick Odair? – Perguntei sorrindo, Finnick iria passar o final de semana com a gente na fazenda, teria bem o que fazer.

- Acho uma ideia tentadora, mas ótima. – Madge disse com um sorriso.

[...]

- Vai querer ir? – Perguntei a Finnick.

Estávamos nós três no meu quarto. Já era noite, e já tínhamos jantado. Os parentes foram dormir. E eu permaneci com a ideia em mente. Há, precisava de um pouco de ação. Mesmo estando nesse colégio, longe de casa e longe da doida da Yasmin, eu não deixava de ser Katniss Everdeen, a mesma de sempre, e com todo esse problema com Peeta, precisava disso.

- Contando que vai ter bebida. Pelo o que Katniss diz. – Madge disse fazendo negação com a cabeça.

- E você vai beber? – Finnick perguntou para Madge.

- Sim, pra tudo se tem uma primeira vez.

- Calma ai, você nunca bebeu? – Perguntei incrédula.

- Nunca, você acha que eu tenho idade? Além do mais, meu pai não deixa. – Madge disse.

E eu comecei a rir.

- Eu também não tenho idade, qual é, você é muito certinha, dá até pena fazer você ir pro mau caminho. – Falei.

- Verdade. – Finnick disse. – Você se daria bem com a Annie.

- Percebi. – Madge disse rindo. – Não se preocupem, quero fazer isso hoje, estou tão animada.

- Ok, depois não reclama.

Saímos da casa dos meus avós. Eu levava uma bolsa, com umas bebidas. Não podia deixar de me sentir animada. Precisava afogar certas mágoas, reviver uns tempos não muito distantes. Madge parecia também bem agitada. Já Finnick estava normal. Tenho certeza que já foi em festas com bebidas, mas não parecia ser muito do tipo.

Já do lado de fora, Madge perguntou:

- Para onde estamos indo mesmo?

- Riacho. Relaxa, lá é bem tranquilo, normalmente tem a casa na árvore que eu ficava quando era pequena, e perto tem o riacho que corre. Tudo tranquilo, acho que só eu sei da existência da casa na árvore. – Falei.

- Atah. – Madge disse. – Mas vão dar conta da gente de manhã? O que vão pensar?

- Pensei em tudo. – Respondi. – Deixei um bilhete dizendo que iriamos acampar pela fazenda mesmo. De manhã quando acordarmos na casa da árvore, voltamos e dizemos que foi ótimo e que acampamos perto. Eles nem vão ligar. – Respondo calmamente.

- Entendi. – Finnick disse, Madge concordou também.

- Ideia louca, mas legal. – Madge disse.

- Com certeza. – Assenti.

Seguimos por umas trilhas que eu conhecia até de olhos fechados. O lugar era bem silencioso e calmo. Já bem afastados na casa dos meus avós, passei por grandes árvores e parei em uma que tinha escadinhas. Ao lado já era possível ouvir o leve barulho do riacho.

Senti-me mais alegre ainda. Fazia bastante tempo que não ia à casa da árvore. Fiz um sinal de mãos para Madge e Finnick, que me seguiam, e subi as escadinhas.

Já em cima, abri a portinha. Tudo estava no lugar. Tinha uns brinquedos, um pouco de poeira, um tapetinho no chão, e uns colchões velhos, que daria para dormir.

- Curti esse lugar. – Finnick disse. – Me lembra bons momentos da infância.

- É mesmo. – Falei. – Eu trouxe você aqui, uma ou duas vezes, mas era hiper secreto. – Falei rindo um pouco.

Já Madge olhou para os lados.

- Já eu não curti muito não. Tem muita poeira. – Ela reclamou.

- Ah qual é. É legal. – Protestei.

- Dá pra passar. Pelo menos uma noite. Mas tem que dar uma ajeitada. – Ela disse novamente.

- Ajeitada no que? – Perguntei,

- Aqui mesmo. – Ela respondeu.

Andou de um lado para o outro, pegou um paninho e passou em poucos móveis com poeiras. Abriu uma das 3 janelas, só para passar um pouco de ar. Balançou as cortinas das janelas. Em seguidas, sacudiu os lençóis dos colchões e arrumou tudo corretamente em seu lugar.

- Ah melhorou um pouco. – Ela disse satisfeita.

Olhei para os lados. Sim ela era eficaz nesse tipo de trabalho. Tinha um outro ar.

- Parabéns. Não sabia dessas suas capacidades. – Falei sorrindo.

- Valeu.

Finnick se sentou em um dos colchões. Parecia um pouco cansado.

- Uma bebidinha para animar? – Propus.

- Sim, porque se não, eu durmo aqui. – Finnick disse concordando.

Sorri e me sentei. Em seguida abri a minha bolsa. Tinha umas garrafas de bebidas. Peguei a de uísque. E Madge fez careta.

- Vamos beber isso puro mesmo?

- Está com medo bem? – Perguntei sorrindo.

- C-l-a-r-o que não. – Ela disse soletrando. – Só vai ser meio estranho, então não olhem para mim, enquanto estiver bebendo isso. – Ela terminou indicando a garrafa com o dedo indicador.

Finnick deu risada.

- Assim vamos perder toda a diversão. Qual a graça?

- Concordo. Só por isso, você começa Mad. – Falei lhe entregando a garrafa.

Ela pegou. Tinha uma expressão engraçada no rosto, como se estivesse pegando em algo totalmente desconhecido. No caso para ela, até poderia ser.

- Vocês são terríveis. – Ela exclamou rindo, mas abriu a garrafa e levou a até seus lábios e tomou um gole.

Seu rosto parecia ter esquentado. Parecia até mesmo estar angustiada.

- Primeira vez é sempre estranha. – Falei.

- Olha quem fala né alcóolatra. – Ela conseguiu dizer baixo. – É muito forte essa merda.

- Efeitos da bebida fazendo efeito. – Finnick disse rindo.

- Hey não sou alcóolatra não. – Me defendi sorrindo, e rindo após escutar o que Finnick disse.

- Agora sua vez então Everdeen. – Madge disse me entregando a garrafa.

- Ok. – Peguei confiante, e tomei um bom gole. O que foi suficiente para me deixar já zonza. Imagine Madge então.

Eu não era muito dessa bebida, o que fez que ela descesse queimando, mas ainda estava sobre controle. Entreguei a garrafa ao Finnick, que a pegou e tomou um gole também.

- Me passa mais. – Madge pediu com os olhos brilhantes. Isso me fez gargalhar.

- Pensei que tivesse achado muito forte. – Falei.

- Droga, passa logo. – Madge disse rindo.

Finnick riu e passou a garrafa pra ela, que já tomou outro gole seguido.

- Hum, que tal um jogo da verdade? – Finnick propôs.

- Como se joga isso? – Mad perguntou com a cabeça virando.

- É tipo assim. Você quer saber de algo sobre a pessoa, você pergunta pra ela, e ela tem que falar sobre. A verdade é claro. Tipo verdade ou consequência, sem consequência.

- Não me diga. – Falei zoando.

Madge caiu na risada.

- Ok, vamos jogar sim. Eu começo. – Ela disse. – Finnick, porque terminou seu namoro de tanto tempo atrás com Annie? – Ela perguntou.

- Eba uma pergunta interessante. – Falei pegando a garrafa e tomando mais um gole.

Finnick não parecia muito à vontade no assunto.

- Não foi muito legal o que eu fiz. – Ele começou.

- Se não quiser falar... – Comecei.

- Não eu vou falar, é o jogo.

- Ok. – Esperei ansiosa.

- Tipo assim. – Ele começou. – Namorávamos, e eu era muito... como dizer?

- pegador. – Complementou a Mad.

- Isso, então não era muito de namorar, mas gostava e gosto muito da Annie, só não era muito acostumado com essas coisas. Ai teve uma festa na casa dela. Eu fui claro. Bebi muito e acabei desaparecendo, com outra. Eu tinha perdido os sentidos...

- Então deixa eu imaginar o que aconteceu... – Comecei. – A Annie acabou pegando você e a tal garota no flagra na própria casa. – Falei com tristeza.

Finnick abaixou a cabeça.

- Exatamente, e pra piorar no quarto dela. Eu não sabia que era o quarto dela. Acho que estava bêbado demais para me lembrar disso.

- Aah meu deus. – Mad exclamou.

E eu fiquei meio pasma. Coitada da Annie, nem imaginava que foi isso que aconteceu.

- Ela deve ter ficado muito abalada. – Falei.

- Eu sei que foi horrível o que fiz. E sim, ela nunca mais me perdoou. Eu tentei concertar diversas vezes o erro, me afastar dela, mas nunca consegui. Eu vim para esse colégio por ela. – Finnick disse.

Fiquei mais chocada ainda.

- Ahh, quem me dera alguém ir para um colégio só por minha causa. E Finn, está muito na cara que ela ainda gosta muito, muito de você.

- Eu sei. – Finn disse. – Mas ela cisma em dizer que não gosta. Ela mente pra mim, dizendo que não gosta mais de mim. Mas eu sei que não é verdade. Eu a conheço muito bem.

- Você só não pode desistir afinal todo mundo erra. – Falei.

- Claro que não vou desistir, tipo acho que vou precisar de ajuda.

- Ajudamos. – Madge disse.

- Valeu. Então, vou fazer uma pergunta. Katniss, você e o Peeta estão brigados? Eu vi ele muitas vezes com á Delly essa semana, estranhei.

Fiquei meio irritada.

- Eles estavam só estudando? – Perguntei meio zonza.

- Muitas vezes sim, mas conversando também. – Finnick disse.

- Ah que droga, brigamos, por algo que eu não sei o que aconteceu, depois ele mandou uma mensagem pedindo desculpas, terça vamos conversar e ver como fica a situação. – Falei levemente irritada.

- Relaxa Katniss. Bebe um pouquinho. – Madge disse.

- Você falou igual uma bêbada. – Falei rindo um pouco.

Mad riu.

- Talvez por que eu estou realmente ficando bêbada.

Peguei a garrafa e tomei mais um gole. Vi tudo girar. Finn também bebeu mais, e quanto a Mad? Nem digo, acho que para uma primeira vez, ela estava bem animada.

- Viva, as coisas estranhas que acontecem nessa vida. – Finn disse.

- Viva. – Falei me sentindo muito tonta.

- Viva. – Madge falou se jogando no colchão.

O final dessa noite nem preciso contar. Foi muita doideira. Só falando merda e bebendo. Depois dormimos, para apagar as magoas.

[...]

O sol já batia na única janela aberta da casa da árvore. Maldita Madge, que a deixou aberta. Abri os olhos relutantes, com a visão muito embaçada. Esfreguei os olhos e vi a situação que estávamos. Os três jogados pelos colchões. Finn e Mad ainda dormiam um para um lado, outro pra outro.

- ACORDA! – Gritei, o que fizeram os dois pularam.

- Está louca Kat? – Mad perguntou esfregando o rosto.

- É não precisava gritar assim. – Finnick reclamou.

- Desculpem, mas temos que ir. E tirar do rosto essa cara de ressaca. Solução é se jogar no riacho, então se arrumem logo. – Falei sonolenta.

- Depois vamos voltar molhados? – Finnick perguntou.

- É o jeito, pelo menos, tirar esse cheiro de bebida. As garrafas vão ficar aqui. Lavem os rostos. Eu trouxe pasta de dente e chicletes, o que vai ajudar.

Eles assentiram. Descemos da casa da árvore e caminhamos para perto do riacho. Eu me aproximei da água, molhei meu rosto amassado, peguei o sabão que eu trouxe, claro porque eu penso em tudo. Lavei o rosto, escovei os dentes e joguei dois chicletes na boca. Já deveria estar com outra aparência. Prendi o cabelo e fiquei esperando os outros terminarem de fazer o que eu fiz.

Já prontos, começamos a caminhada, por sorte, não ficou nenhum cheiro, isso já era um problema a menos. Mas aquele sol da manhã estava me matando em todos os sentidos.

Assim que chegamos em casa, tudo muito silencioso, até estranhei. Finnick foi pro quarto de hospedes para tomar um banho. E eu e Madge fomos fazer o mesmo.

Assim que terminei, fui comer alguma coisa, e dei de cara com meus pais, me olhando, e pareciam bem irritados.

- Hey. – falei na cara de pau.

- Hey o que Katniss Everdeen? – Meu pai falou.

- É que ideia é essa de ir acampar assim? Deixar bilhetes não resolve muita coisa. – Minha mãe disse.

- Afinal, foi só acampar, me divertir um pouco. – Eu disse.

- Não quero saber, tinha que perguntar primeiro. – Meu pai disse.

- Ah qual é, acampar aqui mesmo na fazenda, não vejo problema nenhum, não tenho mais 7 anos de idade, pra pedir para dormir no quintal de casa. – Falei irritada.

- Mas não se pode fazer isso, vai que acontece alguma coisa. – minha mãe diz irritada.

- Acontecer o que meu deus? Pelo amor de deus, não tem perigo nenhum ir acampar, parem com isso um pouco. – Falei.

- Claro que tem... – Minha mãe falou.

- Ah é, qual é o perigo, me diz? – Perguntei.

Eles ficaram calados, o que me assustou um pouco. Se estão brigando assim, porque realmente tem alguma coisa acontecendo.


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Notas finais do capítulo

gostaraam? preciso saber por meio de reviews. Já sabem né, com um bom número de reviews eu posto o próximo capitulo haha, amo vcs, e quem sabe saí mais recomedações *-*
bjuss té mais ^^