Bus escrita por AlexManzano


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Eu deveria estar me preparando para a apresentação do meu projeto, onde ocorrerá uma cuminância amanhã 28/06/2012, mas não me aguentei e precisei vir correndo escrever essa ONE sobre o que aconteceu hoje quando estava voltando do curso.
Espero que gostem :D
Boa leitura, quero opiniões verdadeiras, se gostou pode falar.
Se não gostou, pode falar, mas por favor justifique para eu poder me aprofundar nesse meu erro e me aprimorar e a aperfeiçoar-se.



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Como de costume, todas às terças e quintas, eu ia para o curso que era distante de minha casa por isso utilizava o ônibus coletivo. Ia com dois colegas de escola, nunca tive nenhuma atração por nenhum deles. Está bem ... eu tinha sim, por um deles mas superei. Em um desses dias rotineiros, mais precisamente quinta-feira, aconteceu um fato que ficará marcado na minha vida, creio eu. Aconteceu dentro do ônibus na saída do meu curso de Gestão Empresarial (RH, Administração).


Eu sentei na penúltima fileira do ônibus, na esquerda, uma fileira à frente daquele fundo onde ficam cinco grudados. Enquanto o Marcus e o Celso se sentaram nos dois bancos à frente. Eu fiquei sozinho porque tinha um cara no meio daqueles cinco bancos, ele estava localizado JUSTAMENTE no meio, evitando assim de eu sentar-se com meus colegas. Isso foi até bom.


Alguns minutos de viagem e só tendia a entrar mais gente, cada vez mais ... ainda não havia ninguém em pé, mas logo ficaria para minha alegria. Graças! A melhor hora do meu dia, a melhor coisa que me aconteceu foi eu ter sentado sozinho no canto da janela e ter sobrado um banco ao meu lado. Em uma das paradas rotineiras entrou um jovem que fazia curso na Faetec (era o que dizia seu jaleco azul), ele era o meu tipo de perfil procurado. Tinha olhos castanhos escuros, cabelos curtos (parecidos com o do Darren Chris), corpo escultural, barriga lisinha, peso ideal aparentando ter cerca de dezessete, dezoito anos.


Assim que ele adentrou o ônibus algo dentro de mim dizia: senta ao meu lado, senta ao meu lado. Geralmente não gosto de ficar olhando na cara de ninguém nem nada, mas ... Maldição! Ele era lindo. Assim que o vi se aproximar cada vez mais e mais meu coração acelerou. Olhei para todos os lados e notei que, aparentemente, não havia mais nenhum banco vazio.


E onde foi que ele sentou? ... Ao meu lado. Assim que ele se sentou ao meu lado eu virei o rosto para a janela e comecei a observar os carros no lado de fora. Minha respiração ficou ofegante. Sentia o calor do corpo dele próximo ao meu, era uma coisa indescritível. Parecia que ele queria me matar do coração sublinarmente, pois ele tirou aquele jaleco e ficou só de regata, aquela que ele estava usando de minha cor favorita, preta realçava os braços fortes dele.


Eu já não estava mais conseguindo me segurar, minha vontade era de ataca-lo como um cão feroz, sei lá como um sedento por contato corporal. Ele estava suado! Por isso tirou o jaleco. Muitos devem estar achando que isso foi algo ruim. Não, não foi nadinha. O suor dele para mim era como uma apologia ao sexo, aquele suor másculo era ótimo, não tinha cheiro ruim era somente suor ... e aquilo estava me excitando.


Quando ele olhava pro lado direito eu aproveitava para olhar para ele. E quando eu olhava para janela, conseguia ver nitidamente com meus olhos de água rs que ele olhava para mim, daí quando eu olhava para ele, ele olhava para direita. Ficamos nesse joguinho por muito tempo.


Eu estava tendo uns fetiches estranhos, estava rezando para o ônibus passar por um quebra mola com toda a força como estou acostumado semanalmente para podermos ter um contato corporal mais aprofundado. Minhas pernas se abriram mais ainda, eu nunca havia visto daquele jeito até parecia que eu fiz de propósito para encostar na dele eu queria isso sublinarmente.


Meu fone de ouvido do lado direito escapou e eu deixei pra lá, fiquei ouvindo somente música com o fone do canto da janela. Logo senti uma mão delicada, macia, introduzindo algo em meu ouvido que me fez estremecer, sentir um arrepio, um tesão. Era o meu adjacente. Não acreditei quando vi ele fazendo isso, só comecei a acreditar quando senti o som ir se aproximando cada vez mais, o volume da música foi subindo, a potência aumentando, logo constatei que era isso mesmo. Senti a sua respiração cansada soar próximo ao meu ouvido. Enlouqueci internamente.


Nossos joelhos se aproximaram um do outro, ainda bem. Eu estava quase tendo uma ereção ali dentro daquele ônibus. A mão esquerda dele ficou em cima de minha perna, próximo ao joelho. Pronto! Era disso que eu precisava, contato físico. Perdi a respiração por dois segundos, olhei para janela tentando me distrair com alguns carros novamente ou com algum outdoor, todas as tentativas foram sem chances.


Talvez ele não tenha reparado, ou estivesse tão cansado para notar esse detalhe, mas que foi bom, isso foi ... muuuuuito bom! Estava tão nas nuvens que demorei uns instantes para notar que ele já havia retirado sua mão dali. Cadê os quebra molas quando precisamos deles? O problema foi que o motorista maldito! era tão consciente e coretinho que não atropelou NENHUM sequer.


Maldição ... parecia que meu ponto não ia chegar nunca. Cadê aquela minha coleção de livros quando eu preciso deles? A primeira vez que eu deixo eles em casa. Será que foi o destino me dando uma prévia do que estava por vir na minha vida conforme a juventude fosse chegando? Há essa hora eu mal sabia meu nome.


Eu estava tentando me segurar, comecei a bater a perna no chão várias vezes, comecei a ouvir música Boyce Avenue - Here Without You diversas vezes, uma hora meu ponto chegaria. Meu ponto de ônibus finalmente chegou, finalmente redigi a palavra a ele. Infelizmente foram duas, da qual não existia resposta possível. Com licença


Desci do ônibus o mais rápido possível, meus colegas até estranharam o meu estado já que eu era o mais animado deles. Adorava fazer um trocadilho. Mas naquele momento não. Ainda estava pensando em um certo alguém em quem deixei dentro daquele ônibus coletivo, um certo alguém do qual, improvavelmente, irei ver. Dali em diante passei a amar os ônibus coletivos.


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Notas finais do capítulo

Eu ouvi algumas músicas enquanto a cena acontecia ao vivo:
Boyce Avenue - Here Without You
Avril Lavigne - Alice
Nickelback - Never Gonna Be Alone
Taylor Swift - Safe And Sound (Feat. Civil Wars)