Nathalia pov

Olhava atentamente para o relógio enquanto tentava encaixar o meu sapato no pé esquerdo. Giullia e Karla já haviam descido para a festa, e eu fiquei aqui como sempre atrasada me vestindo e ficando linda. Me levantei mancando, já que o sapato não estava perfeitamente encaixado, e meus dedos insistiam em querer sair dele. Passei o gloss que Giullia havia deixado em cima da penteadeira, e desci com cuidado as escadas para a sala. Encachei dessa vez perfeitamente o sapato, peguei a minha bolsa que estava no sofá, fui em direção da porta quando percebo a luz do hall se acender. Abro lentamente a porta, e meu coração insiste em ficar lento ao ver aquela pessoa.

- Liam? – olhei fixamente para os seus olhos enquanto ele também olhava para os meus, em dúvida. – O que está fazendo aqui?

- Os meninos disseram que você queria falar comigo e... – ele ficava tímido, e por vez eu também. Não sabia onde enfiar a cara, então convidei Liam para entrar, afinal, conversar ali na porta não iria adiantar muita coisa.

- Você está linda Nat! – ele dizia enquanto encostava a porta, e vinha ao meu lado. Legal, agora eu não iria para a festa aproveitar com os amigos, e teria que ficar aqui.... PERAI, NATHALIA, VOCÊ ESTÁ COM LIAM, CALA A BOCA MENINA. Me sentei no sofá arrumando novamente o meu sapato que não estava confortável, e Liam fez cara de dúvida, talvez por me ver toda arrumada e ele com sua simples blusa xadrez e calça jeans.

“Ele não deveria estar na festa?” – pensei enquanto tentava puxar algo à mais da minha mente, e finalmente lembrei que era escondida na parte dele. – Então.... – tentei dar caminho a uma conversa.

- Tá tudo bem ai com o seu pezinho? – PERAI, ELE FALOU PÉZINHO? QUE MEIGO! Olhei para os meus pés que balançavam em sintonia, e balancei a cabeça. Ele chegou mais perto de mim, encostando suas mãos em minhas pernas. Escorreu-as até chegar em meu pé, e finalmente tirou os meus sapatos. – Seu pé está vermelho, não acha melhor ficar sem? – ele tira o meu sapato, e joga “delicadamente” em cima da mesa. – Melhor assim. – finalizou com um beijo no meu pé que mais estava vermelho, e me puxou para deitar em seu ombro.

- Obrigada Liam! – sorri para ele, e então contribuiu com um beijo no canto da minha orelha. Ok, eu poderia estar numa festa, bebendo fazendo a farra, mais estou aqui com o garoto mais fofo e perfeito que eu já conheci na vida. Tem algo melhor?

- Soube que você gosta de cafunés na nuca! – ele disse tirando os meus cabelos longos da nuca, afastando-os para frente. Soltei um sorriso e ele percebeu também sorrindo. Assoprou a minha pele fazendo os meus pelos se arrepiarem.

- Soube que você sabe fazer esses cafunés. – entrei no jogo de Liam, ajudando-o a tirar o meu cabelo de trás. Me apoiei no sofá com as pernas, e deitei no colo dele. Joguei dessa vez os cabelos para o canto, e Liam colocava suas mãos na minha nunca, massageando-as. Brincava de vez em quando com o meu cabelo, e me fazia rir com as suas piadinhas de “final de noite” (aquelas que é pra não ter graça, mais você só ri por que está com quem gosta). Meus olhos se reviravam de tanto carinho, e ainda ria consequentemente das histórias de Liam. A que mais me fez rir, e fez render pelo menos dez minutos do nosso papo foi que ele tem medo de colheres. As mãos bobas de Liam (e macias!) escorriam pela minha nuca. Por conta do vestido decotado e eu estar deitada em seu colo, não duvido nada que ele esteja vendo algo a mais, pois suas mãos iam no lugar certo. Desci para a perna de Liam, tirando o seu tênis que estava um pouco sujo (e eu não ligava, MESMO!) e coloquei suas pernas por cima das minhas. Dessa vez eu e Liam nos conhecia bastante, e por ser o meu segundo dia aqui, ele já tem sido um grande amigo pra mim. Quer dizer... só isso mesmo?

- Tem alguma bebida ai? – ele perguntou enquanto olhava em volta e ao mesmo tempo continuava com suas mãos em meus cabelos. – Eu não posso beber muito como você sabe, mais eu estou na vontade e.... – levantei do seu colo fazendo-o vir junto comigo. Ele se agarrou na minha cintura, por trás, e veio até a cozinha que tinha a luz apagada, por ironia do destino. Meus pés procuravam um lugar no chão para se apoiar, até que minhas costas acha o balcão. Liam me abraça dessa vez por frente, e pude sentir algo a mais na sua calça me tocando. O silêncio predominava na cozinha, e o único barulho que talvez possa ser ouvido era a da minha respiração ofegante, junto com a de Liam. Estava tudo apagado, e minhas mãos iam tocando os rostos dele. Primeiro o contorno dos olhos, que eram profundos e bem definidos, depois a bochecha gordinha e por fim a sua boca. Ah, sua boca... finalmente minha! Coloquei meus dedos nela, e ele apenas me puxou, fazendo sentir mais o que estava por trás daquela bela calça. Podia sentir seus lábios chegarem perto dos meus, e minha língua já pedia por outra. Toquei lentamente a sua boca carnuda, e ele veio explorando com os próprios lábios os meus. Não tinha língua, era tudo muito amoroso, até que meus dentes insistem em morder aqueles pequenos pedaços do que podemos chamar de lábio. Ele me apertou contra o seu corpo, e suas mãos agora desciam pelas minhas costas, me fazendo ir além. Sua boca cedia passagem para a minha língua que estava ofegante. Meu corpo ainda estava encostado no balcão, e as mãos de Liam desciam de minhas costas para a minha bunda, apertando-a. O beijo ia ficando mais quente, e meu vestido havia subido um pouco por conta de suas mãos que estavam em meu bumbum. Puxei os cabelos dele que ficavam balançando por conta do beijo que agora ficara rápido. Começo a andar, ainda brincando com a língua de Liam, e ele me acompanha, em sintonia. Ligo a luz que ficava um pouco perto do balcão, e com as mãos dele dessa vez em minha cintura, consegui andar até a geladeira para pegar uma garrafa de vodka. Parei com o beijo pegando dois copos de vidros na prateleira de cima da pia, e coloquei em cima do balcão, já colocando a bebida em cada um dos copos. Ofereci um para Liam, que me olhava com aquele olhar doce de sempre, mais com um toque de safadeza. Me chamou para subir para o quarto, e logo peguei a garrafa de vodka, levando-a para cima. Nossas mãos se tocaram novamente naquela noite que tinha tudo pra dar certo. Chegamos no único quarto que estava aberto naquele nosso apartamento, o quarto que dividia com Giullia e estava totalmente bagunçado. Liam entrou trancando a porta com a chave que já estava na fechadura. Encostei a garrafa de vodka na penteadeira, e me sentei na cama. Liam começou a me olhar profundamente, e deu um último gole daqueles bem fortes nas suas últimas gotas da bebida. Jogou o copo na penteadeira, e pegou o meu notebook que ficara em cima de minha mala.

- Posso? – ele abria a tampa do computador, piscando para mim.

- O que você vai fazer? – perguntei cruzando a perna por cima da cama, olhando-o.

- Verá! – vi ele conectando a internet com o seu celular que tirara do bolso, e entrando no Youtube. Digitou “One Love – Justin Bieber” . Não disse nada, afinal não gostava nem criticava Justin, apesar de não curtir muito as suas músicas. Fiquei sem entender nada quando ele soltou o play, e pediu para que ouvisse com atenção a letra da música.

(I won't let the night stand in my way, yeah)

(Eu não vou deixar a noite ficar no meu caminho)

(I know what I want, I know what I get, yeah)

(Eu sei o que quero, eu sei o que ganho, yeah)

 Liam vinha em minha direção na cama, tirando o notebook de cima dela, deixando ainda o som alto. Pegou em minha mão, e colocou-a em volta de sua nuca. Se virou contra mim, e me beijou.

(All I need is you by my side)

(Tudo que eu preciso é de você ao meu lado)

(All I wanna do, Is lay down next you)

(Tudo o que eu quero fazer é deitar ao seu lado)

Suas mãos entravam por dentro de meu vestido, e pude senti-las bem gelada em meus seios. O cheiro da boca de Liam já era completamente de vodka, e a minha não poderia estar diferente. Entrava em detalhe na sua boca e ele na minha, minhas mãos já estavam tirando a camiseta xadrez dele, e as dele insistiam em passear pelo o meu corpo.

(Cause all I need is one love, one love, one heart, baby give it to me)

(Porque tudo que preciso é de um amor, um amor, um amor. Amor, me dê isso)

- Você quer amor? – perguntei sussurrando, enquanto soltava alguns suspiros no ouvido de Liam.

- Foi esse o motivo da música! – ele disse baixo enquanto tirava o meu vestido. – Você quer?

- Com você sim. – a música tocava lentamente enquanto finalmente tínhamos uma noite juntos. Ele começava com aquela cara de anjinho, mais o efeito da bebida já estava aparecendo. Desceu as mãos até a minha parte intima, tirando com cuidado a minha calcinha que se prendia ao vestido. Olhei piscando para ele, e finalmente contribuiu. Começou com algo oral, e sem dúvidas era o meu ponto fraco. Sua língua fazia carinho no meu clitóris, enquanto seus dois dedos maiores entravam por dentro de mim, em movimento vai e vem. Soltei um gemido suficiente para a música parecer cada vez mais fraca, e a cara de Liam mudava a cada segundo. Minha cabeça girava, meu corpo incendiava, e já estava contorcida o suficiente para chegar no maior ápice.

- Liam.... – sussurrei em dificuldade.

- Não diga nada. – sua risada entrava e saia do meu ouvido. Como ele pode fazer isso comigo, me torturar numa galáxia totalmente da nossa, me fazer delirar num mundo que se quer não existia. Como ele podia esconder toda essa cara de santo em apenas um olhar? Acordei dos pensamentos com mais um ápice chegando, e já estava suando. Meu corpo se virava, e era a minha vez.

- Por favor! – disse ele enquanto se jogava dessa vez na cama. Levantei com dificuldade, tirando a sua cueca, e já me deparando com um membro duro. Abocanhei de vez, e ele levantava a minha cabeça, com certeza a minha cara era a melhor por que para ele querer ver né...

- NATHÁLIA! – ele berrou me fazendo ficar à cada segundo mais forte. – Vai Nat! – suas últimas palavras se tornaram mais forte sobre mim, e enfiei tudo aquilo em minha boca, naquele momento não tinha algo melhor. Ele me puxou para ficar à baixo dele, e me penetrou com velocidade. Seus gemidos junto com os meus foram abafando naquele quarto que tinha duas pessoas tendo a sua noite. Meu corpo pedia por mais, só que eu mesmo não aguentava. Quatro minutos de tortura “boa” se passaram, e chegamos num orgasmo juntos.

- Obrigada! – ele sussurrou, me puxando contra o seu peito. – Me senti em outro mundo.

- Digo o mesmo! – deitei em seu peito encostando minha boca em seu peito. – Se eu já posso dizer....

- Se eu já sei o que vai dizer, se apaixonou por mim desde a primeira vez que me viu.

- Não acho que paixão seja a palavra certa.

- Depois de tudo o que fizemos hoje, você ainda acha isso?

- Não mais Liam! – fechei os meus olhos em seu peito, e a luz da noite entrava no quarto. Ouvi as últimas palavras de Liam antes de adormecer por completamente.

- Acho que eu já posso dizer que te amo. – sussurrou.

Isabella pov

Meu vestido insistia em não querer fechar (eu não alcançava o zíper das costas, e meu desespero já vinha chegando). Minha casa estava escura, ao não ser o quarto de Lucas, meu querido irmãozinho de 18 anos, que estava no quarto se arrumando para ir comigo à festa. Ele tinha o cabelo um pouco loiro, e os olhos azuis claros ou quase isso.

- Lucas venha me ajudar!!! – berrei do meu quarto e não demorou para que ele apareça. Me virei de costas pedindo ajuda, e ele fecha perfeitamente o meu vestido. Já me encontrava de sapato, e cabelo arrumado.

- Vamos? – peguei na mão dele, puxando-o para a sala. Antes ele pegou a chave do carro que estava em cima da mesinha da sala, e nos despedimos de nossa mãe.

[...]

- Acho que é esse prédio. – disse Lucas estacionando o carro numa rua de trás dele.

- Esse mesmo. Aqui é um lugar seguro para estacionar o carro? A rua está um pouco escura e...

- Sim, aqui está bom! – fechei o vidro do carro apertando o botão, e sai dali. Lucas apertou o alarme, e então andamos até o prédio, chegando na portaria.

- Onde vocês vão? – disse o porteiro.

- Apartamento 2010. – disse olhando um papelzinho que estava na minha mão com a informação.

- Podem subir. – respondeu o homem. Peguei na mão de meu irmão, e assim subimos pelo elevador. O barulho de gente falando e música alta já podia se ouvir de um andar abaixo. Toquei a campainha do apartamento, e Niall abre a porta.

- Hm... Oi! – soltou uma risada tímida, e pelo jeito ele já estava bêbado. Sua bochecha corada, seus olhos com destaques fortes, e seu corpo dançando automaticamente.

- Entra vai! – ele me puxou, e Lucas deu risada. – Quem é esse? – ele perguntou cumprimentando meu irmão com um abraço (?) Sim, ele já devia estar bem louco.

- Meu irmão. – dei risada.

- Ele é lindo que nem você! – Niall deu risada, e Zayn puxou ele.

- Ele já está bêbado! – disse ele me beijando na bochecha, e batendo na mão de Lucas, que não parava de olhar o lugar.

- Deu pra perceber! – dei risada, e fechei a porta do apartamento, assim entrando.

- Esses são os seus amigos? – perguntou Lucas, baixo no meu ouvido. – São a sua cara, loucos. – ele riu, e me puxou. – Vamos aproveitar vai! - finalizou.