Chloe's POV

Acordei e olhei para o lado, Steve estava na janela fumando, revirei os olhos, levantei, abri a porta com força e bati a mesma com força, fui para o meu quarto e me tranquei ali, tomei uma ducha, troquei de roupa, sai, comi meus sucrilhos matinais e fui a pé para a escola, não agüentava mais essa baboseira de Steve fumando, que merda, odeio isso. Estava no meio do caminho quando um carro parou e eu olhei para dentro, era o Luke e o Brian, eles sorriram, dei meio sorri, entrei no carro e fomos para a escola, foi tudo normal, tirando os olhares que eu e Steve trocávamos, eram intensos e me deixavam arrepiada, depois que bateu o sinal, prendi meu cabelo em um coque e arrumei a mala.

– Ta tudo bem? – Ouvi a voz da Dani no meu lado.

– Ta sim meninas, podem ir pra casa, vou me encontrar com umas pessoas. – Não ia me encontrar com ninguém, no momento eu só queria ficar sozinha, elas resmungaram um pouco e daí foram embora, pendurei uma alça no ombro e sai da sala, vi o Steve no final do corredor entre a porta aberta, apoiado com seu corpo na parede e fumando, respirei fundo e fui em sua direção cheguei perto mas não sabia o que falar, minhas pernas ficaram bambas e eu gaguejava.

– St-teve. – Eu falei e estranhei, a minha voz estava fina, pigarreei e então continuei. – Para de fumar. – Eu disse em voz autoritária.

– Ou o que? Acha que é quem? – Ele me perguntou e eu me senti mortalmente ofendida.

– Eu acho que eu sou a garota que te ama e quer só o seu bem Steve Corbeck, então é bom jogar a merda do cigarro no chão ou você nunca mais se atreva a olhar na minha cara. – Eu disse o olhando, ele levantou as sobrancelhas e se virou, filho da puta. Fui para a sua frente e peguei cuidadosamente o cigarro da sua mão. – Como ameaçar não adianta, ou você para de fumar, ou toda vez que você encostar um cigarro ou uma droga qualquer na boca, eu farei o mesmo! – Eu terminei a frase gritando, ele me olhava assustado, levei o cigarro a boca e dei uma tragada, mas que merda, comecei a tossir, porque ele fuma isso? Tem um gosto tão ruim.

– sua burra, não vai fumar porra nenhuma, me da aqui o cigarro. – Ele disse e eu recuei ainda tossindo. – Me da o cigarro Chloe. – ele disse sério e vindo até mim, me virei e sai correndo, fui o mais rápido possível, eu escutava ele atrás de mim, mas eu não parei mesmo sabendo que ele não estava mais atrás de mim, eu parei de correr quando cheguei na praia, uma praia pequena e maravilhosa que tinha ali, joguei o cigarro na areia e o apaguei, caminhei até a metade da praia em direção á água e então me sentei e fiquei lá por horas, depois de um tempo o sol estava se pondo e as nuvens se fechavam no céu anunciando chuva.

– Merda. – Eu disse e me levantei.

– CADE O CIGARRO CHLOE? – Ele perguntou gritando e vindo na minha direção, eu recuei o máximo que pude.

– eu apaquei ele e o joguei no lixo. – Eu disse baixinho, agora ele já estava perto de mim, fui indo para trás e sentindo que eu estava indo de ré em direção ao mar e o Steve vinha na minha direção, agora sua expressão estava mais calma. Eu senti que estava caindo e balancei os braços para me segurar em algo e o Steve me segurou, nos olhamos por um tempo e não sei como mas ele perdeu o equilíbrio e ambos caímos na parte rasa do mar, nos molhamos, ele caiu por cima de mim, sentia sua respiração batendo no meu rosto, ele estava ofegante, então ele me beijou. Foi um beijo intenso, coloquei as minhas duas mãos em sua nuca, não queria largá-lo nunca mais, e então veio uma onda maiorsinha que nos fez ficar submersos, e então a água abaixou e nós rimos, ele levantou e me ajudou a levantar. Colocou suas duas mãos em meu rosto e olhou nos meus olhos.

– Me promete por tudo no mundo que você nunca mais vai por um cigarro na boca. – Ele disse e vi dor em seus olhos, coloquei minhas mãos em seu rosto também, nossos corpos estavam perto um do outro.

– Prometo desde que você faça o mesmo, desde que você nunca mais fume, por favor Steve, te suplico. – Eu disse com a voz meio chorosa, ele me deu um beijo na testa e me abraçou.

– Prometo pequena, prometo. – Ele disse e me senti bem de novo, me senti feliz, finalmente estava nos braços do homem que amo, ficamos de mãos dadas e fomos andando juntos até a casa, que era tipo, MUITO longe, conversamos, brincamos, entramos rindo e todos estavam sentados no sofá, olharam para nós assustados.

– Meu deus, o que houve? Parece que viram um morto, credo, a vida é colorida, sorriam. – Eu disse e subi as escadas, escutei umas risadas e então o clima tenso se quebrou, coloquei um shorts soltinho e uma regata branca, lavei meu cabelo e o sequei, desci, tomei um copo de leite e dei um boa noite para todos, vamos ver como vai ser daqui á diante.