POV PERCY

Seguimos até a Casa Grande.

Tinha alguma coisa acontecendo, Annabeth estava pensativa, quer dizer, mais pensativa que o normal, talvez estivesse preocupada com a missão ou me escondia alguma coisa, seja o que for, depois de sairmos do Oráculo, vou perguntar á ela.

Assim que chegamos, Sr.D e Quíron nos esperavam na porta da Casa Grande, sem muitas palavras entramos.

–Percy e Annabeth, vocês podem ir encontrar o Oráculo.

–Bom encontro triplo Peter.

Annabeth corou um pouco, não entendi o motivo, mas sei que assim como eu, ela queria ter fuzilado Sr.D com os olhos, lamentei que ela não o fez.

Seguimos em direção ao Oráculo, andávamos com passos lentos , nenhum de nós estava com muita animo para aquilo, mas sabíamos que era necessário, e aquilo era uma coisa da qual não tínhamos saída, em especial porque foi o convite do próprio Oráculo, que nos o 'visitemos', que convite mais gentil, não?!

Chegamos no ponto da casa onde o Oráculo estava , e a escada já estava preparada para a nossa alegre subida. Não sabia se deixava Annie subir primeiro, dai seria um cavaleiro, ou se eu subia primeiro, com a intenção de ser um protetor de donzelas. Annabeth me encarou, e percebeu minha cara de dúvida, revirou os olhos e subiu na minha frente. Momentos depois, lá estávamos nós, esperando uma múmia falar.

Aquela situação era horrível, nunca é agradável estar na presença do Oráculo, mesmo que um dia ele tenha sido ELA uma menina, depois mulher, senhora, semi-morta e agora ... Subviva? Mas que Hades de palavra é essa?!

–E então? Vamos, fale alguma coisa! - Eu disse para o Oráculo.

Ele estava lá, aparentemente um morto que errou o lugar da cova, não se mexia, estava lá parado e aquilo além de ser ainda mais apreensivo podia dar até um pouco de ... medo.

–Fica calmo Percy, ela só vai falar quando quiser. Não podemos ir até lá, e puxar a língua dela para fora.

–Isso, se ela ainda tem uma língua!

–Não fale besteiras.

Ficamos um tempo parados, apenas encarando a 'múmia', e ela de certo modo fazendo o mesmo. Esperamos uns 10 minutos, até que resolvi me sentar, mas vocês sabem, não consigo ficar parado e então resolvi ver as coisas que estavam nas nossa volta.

– Existem muitos coisas aqui.

–Sim, muitos dos 'troféus' que os semideus conseguem, acabam parando aqui.

Dei mais uma olhada, tinham alguns meus aqui eu acho. Mas também tinha muita sujeira e pó.

Annabeth olhou nervosa para o Oráculo.

–Espero que ele se manifeste logo, não gosto de ficar aqui.

–Por quê? Fora o fato dessa 'pessoa' estar aqui ( me referi ao Oráculo), parece um lugar calma e tranquilo, até legal, isso é claro se existisse mais iluminação aqui, você tem medo do escuro ?

–Não cabeça de Alga, mas olhe em volta, e tente adivinhar porque não gosto de estar aqui.

Olhei, aparentemente não tinha nada, exceto que Annie temesse coisas antigas, o que sei, não era o caso. Ali só tinha sujeito, pó e ... Teias de Aranha! Annabeth tinha medo de aranhas, e pelo tamanho daquelas teias, era obvio que a aranha que vivia ali era grande, e pela a quantidade de teias, não existia apenas uma aranha ali.

Estávamos agora um olhando para o outro, quando eu vi uma coisa, uma GRANDE aranha descendo na teia, e bem pertinho de Annie.

–Er... Annie. Você tem mesmo muito medo de aranhas?

–Sim! Não consigo ficar nem encarando uma, apelas coisas são nojentas sabe, não é tanto pelo medo. Quando eu era pequena, eu vi uma no Chalé de Atena, só voltei quando Quíron me mostrou que a tinha matado, mas mesmo assim sonhei com ela por mais 2 dias! Hoje não, até que lido melhor com aranhas, não dou um show, quando encontro uma, não chego a gritar, mas vou andando na direção contraria de onde a aranha está.

A aranha estava cada vez mais perto de Annie. Acabei olhando demais, e Annie olhou para o mesmo lugar, onde eu olhava e viu a aranha. Eu fui uns 4 passos para trás, eu queria ajudar, mas não sabia a reação dela. Ela não gritou, mas reparei que conteu o grito com dificuldade, também tenha lembrado que Quíron e Sr.D estavam lá embaixo, mas ela correu para o lado oposto da aranha, e adivinha quem estava do lado oposto da Aranha? Eu!

Ela correu na minha direção e me abraçou forte, ela nunca tinha feito aqui, admito que corei um pouco, mas pela surpresa do que por outra coisa é claro. Ela apertava tanto o meu pescoço que pensei em morrer sem ar, e depois foi para trás de mim, mas por trás apertou meu braço.

–AI! ANNABETH, MEU BRAÇO!

–VOCÊ VIU O TAMANHO DESSA ARANHA, tão perto de mim! E você viu, por que não me avisou?

–Porque estava com medo DESSA reação!

–Mate-a Percy!

Tirei contracorrente e corte a linha da teia, não gostava de matar animais, mas aquilo era questão de sobrevivencia, ou eu a matava, ou Annabeth me matava e depois a aranha matava Annie de medo, fiz aquilo que garantiu minha sobrevivência. Matei a aranha.

Guardei contracorrente no bolso, que agora era apenas uma caneta. Annie se aproximou e foi conferir se a Aranha estava mesmo morta, ela atestou que sim.

–Obrigada Percy!

E mais uma vez me abraçou.

–Não por isso.

Eu ainda a segurava pela cintura, e Annie foi me soltando aos poucos, mas ainda estávamos próximos, nos olhando e com os lábios perigosamente próximos. Aos poucos nos aproximamos, centímetros de distancias ... só vai alguns centímetros e então...

Escutamos alguém se mexer, nos separamos na fora. Enfim o Oráculo iria falar.

Ela abriu aqueles olhos, se eu fosse uma criança já teria corrido daqui, mesmo que eu seja um adolescente agora ... eu ainda correria se possível.

O Oráculo começou a se pronunciar:

"O Filho dos mares as trevas vai afogar.

E o Filho do Deus criador todos irá salvar.

Quando ficarem perdidos alguém um caminho vai encontrar, mas

com os outros não voltará.

Chamas ruivas e o céu o caminho certo vão encontrar.

A cria de Atena o herói vai salvar, mas isso caro lhe custará.

O Deus do Sol apenas um poderá salvar,

E o suspiro final dado será . "

Depois aquela coisa, ainda sorriu para a gente, se é que aquele buraco negro poderia se chamar de boca, e de lá sair sorrisos. Depois voltou para a posição que estava, e "desligou".

–Bom, ai está a nossa profecia.