Derek P.O.V

  Justin encarava Annabel mortalmente. Confesso que fiquei com medo de sua reação.

-Eu não vou fazer isso! - Praticamente gritou fazendo Annabel sorrir de lado.

-Então.. A tia Pattie pode saber o que eu vi no celeiro, certo? 

  Justin negou trincando o maxilar e respirou fundo. 

-E-eu aceito. - Murmurou. - MAS não vai ser por muito tempo, e não vai passar de abraços.

-E alguns beijos. - Annabel se aproximou de Justin.

-O que? Annabel.. 

-Derek.. - Me interrompeu. - Se for para fazer isso, que Justin faça direito. Certo?

  Justin trincou o maxilar negando, e empurrou Annabel contra a parede.

-Eu juro pra você, que isso não vai durar muito tempo! - Falou entre dentes.

  Justin se afastou a olhando mortalmente, e foi para o quarto me deixando na sala sozinho com Annabel.

-Não acha que o Justin está muito estressado, Derek? - Neguei a fazendo rir.

-Você virou uma completa vadia! - Me levantei do sofá. - Aproveite enquanto pode.

  Respirei fundo e fui até o quarto, encontrando Justin andando de um lado para outro.

-Dare, temos que achar um jeito de acabar com isso.

-Justin..

-Eu não vou conseguir fingir que gosto daquela... Vadia, por muito tempo!

-É só questão de tempo. - Murmurei fechando a porta atrás de mim.

-Isso vai demorar! - Justin murmurou se aproximando. - Não será fácil fingir algo que eu nunca seria.

  Assenti e Justin selou nossos lábios em uma beijo calmo, me abraçando fortemente contra seu corpo. Aquele era meu refugio. Meu mais novo refugio.

[...]

-Justin! - Annabel gritava ao lado de fora do quarto. - Justin, abre a porta meu amor!

  Respirei fundo e olhei para Justin ao meu lado. Estávamos deitados assistindo TV, e é claro, trocando algumas caricias.

  Justin grunhiu e se levantou rapidamente, abrindo a porta se nem se importar em colocar uma camisa.

-O que é Annabel? Espero que seja importante!

-Quero contar para todos que estamos namorando! - Sorriu largo e me encarou. - Oh, Derek! Espero que deixe eu roubar o Justin por algumas horas!

  Levantei da cama e me aproximei de Justin, ficando ao seu lado.

-Como assim, horas?

-Temos que parecer um casal de verdade não acha? - Justin fechou as mãos em punho e trincou o maxilar. 

-Eu não quero fazer isso! - Justin disse entre dentes.

-Oh, Justin! - Annabel o abraço pela cintura. - Pense que... É por algo bom, não acha?

  Respirei fundo e dei alguns passos pra trás enquanto Justin me olhava querendo dizer desculpas. Encarei o chão e ouvir a porta fechar seguido do silencio do quarto.

  Por mais que sentisse... Ciúmes, eu não poderia fazer algo contra isso. Justin estava tentando nos proteger, estava tentando fazer o segredo permanecer apenas entre nos dois. Mas Annabel aproveitava de tudo!

  Suspirei e fui até a cama pegando minha camiseta da mesma, e sai do quarto indo até a sala. Queria ver como seria essa "revelação."

-Derek! Vem cá, estávamos esperando você! - Annabel me chamou assim que me viu na ponta da escadas.

  Sorri falso e terminei de descer as escadas, ouvindo alguns múrmuros vindo de Pattie e de nossos avós. Annabel estava de pé ao lado de Justin, segurando em sua mão.

-Escutem, temos uma noticia ótima para vocês, não é Justin? 

  Justin sorriu falso assentindo.

-Contem logo! - Vovó sorria largo, ansiosa.

-Vocês me deixam curiosa, contem de uma vez! - Pattie falou rápido.

-Ok, ok! Eu e o Justin... - Annabel mordeu o lábio inferior. - Estamos namorando! - Soltou um grito histérico e abraçou Justin de lado.

  Todos na sala pareciam contentes com a noticia e foram até os dois os abraçando. Fiquei um pouco mais afastado, apenas observando.

-Dare, venha parabenizar seu irmão e a Annabel! - Mamãe falou me puxando pela mão.

  Sorri falso e abracei Annabel murmurando um "parabéns", e apertei a mão de Justin fazendo o mesmo.

-Parece triste, Derek! - Vovô começou. - Algo de errado?

-Derek deve estar com ciúmes pelo irmão conseguir uma namorada! - Annabel falou rindo e Justin riu fraco. - Bom, se não se importam eu e Justin vamos sair, não é amor?

-É sim... Amor! 

  Annabel beijou a bochecha de Justin, e o puxou pela mão até a porta.

-Oh, vovó! - Annabel voltou correndo. - Posso ir a uma festa hoje?

-De quem? - Vovô perguntou cruzando os braços.

-Harry..

-Harry? Aquele garoto encrenqueiro? Não! Você não pode ir!

-Mas eu..

-Annabel, você não ira na festa do Harry! - Vovó falou.

  Annabel grunhiu e puxou Justin pra fora de casa.

-Bom, eu vou... Eu vou ir pro quarto assistir TV. - Falei e todos assentiram.

  Suspirei e fui até as escadas.

-Derek! - Pattie me chamou. - Vamos ir até a fazenda ao lado, quer ir também? - Neguei. - Ok, voltamos amanhã cedo.

  Assenti e fui até o quarto me jogando na cama. A fazendo ao lado ficava a mais de 300 km daqui, demorava para chegar. Provavelmente teria uma festa, já que os proprietários faziam isso sempre que possível.

  Troquei de canal até achar algum filme legal, e me distrai até o final do mesmo. Bufei entediado e comecei a passar os canais para ver o que passava.

-Dare! - Justin entrou no quarto parecendo aflito.

-Como foi com a Annabel? - Perguntei me levantando da cama.

-Preciso de você. – Se aproximou rapidamente e me beijou.

  Lentamente, foi abaixando meu corpo até finalmente deitá-lo. Me pus sobre Justin e continuei a prestar atenção em seus lábios. Mal notei quando suas mãos desceram por meu corpo, puxando minha camisa. Só percebi mesmo quando já estava quase passando por meus ombros. Ajudei-o a tirá-la e a arremessei para a cadeira no canto do quarto, sem nem ligar se tinha caído no chão ou não. Ah, nenhum de nós ia levantar pra botar no lugar àquela altura do campeonato! Ele mordeu os lábios ansiosamente antes que eu me curvasse novamente para continuar os beijos. Suas mãos, desta vez, agarraram a pele de minhas costas, como se tentasse me unir a seu corpo.

Não fiquei por tanto tempo assim em sua boca. Precisava explorar o resto de seu corpo... Desci os lábios até seu pescoço, em meio a beijos e chupões leves em sua pele. Não queria que ficasse alguma marca naquela pele bronzeada e linda, poderiam ver e perguntar o que havia acontecido, e com toda certeza Annabel levaria a “culpa”.

  Já conseguia ouvir seus primeiros gemidos. E aquilo me excitava ainda mais, apesar de serem ainda poucos. Tratei de ir para seu ombro esquerdo, repousando meu rosto lá. Uma de suas mãos agarrou meus cabelos longos por baixo e virou meu rosto para si, roubando minha respiração por um momento.

  Separamo-nos em um arfar, em busca da respiração. Estiquei meu corpo, sentando de joelhos ao seu lado, jogando os cabelos que caíam ao meu rosto para trás em um movimento com a cabeça. Um sorriso cortou meus lábios, um sorriso sacana.

  Eu apenas sorri de volta, e Justin sentou diante de mim. Suas duas mãos se apoiaram em minhas coxas, as alisando.

Puxei-lhe para mais um beijo, mas  não durou muito. Justin logo se afastou de meus lábios, se curvando para meu tórax. Chupava, beijava, lambia... E eu, prendia qualquer indício de gemido no fundo de minha garganta. Aquilo estava ótimo. Lancei meu corpo levemente para trás, o apoiando com as mãos atrás de mim. Senti algumas mordidas leves na pele de minha barriga e acariciei seus cabelos. Justin me segurava pela cintura, como se estivesse com medo que eu fugisse ou coisa do gênero. Suas unhas estavam cravando em minha pele quase a ferindo. Mas era uma dor leve e, de certa forma, prazerosa. Arfei em alguns momentos por simplesmente não aguentar.

  Seus olhos cor de mel, agora escuros devido ao desejo, me fitaram, curiosamente. Tinha as mãos firmes sobre a calça de moletom que eu usava. Era quase como se pedisse permissão. Apenas quase, já que Justin nem esperou meu consentimento e a puxou. Estiquei as pernas para lhe ajudar e logo ele a jogou para junto de minha camisa, e arremessou. Cruzei as pernas em seguida, sentindo novamente suas mãos em meu ponto inicial. Me beijou mais uma vez, antes de passar para minhas pernas. Senti aqueles lábios tão quentes tão perto e tão longe de onde eu realmente queria e estremeci com cada toque, percebendo minha ereção pulsar cada vez mais dentro de minha boxer. Levei uma das mãos entre os fios de seu cabelo mais uma vez, agora os segurando um pouco mais forte e rudemente. Ganhei uma leve mordida na pele em resposta.

  Justin ergueu sua cabeça mais uma vez, me fitando. Seus olhos eram de incontestável luxúria. Uma de suas mãos envolveu meu pescoço, e a outra, repousou em minha boxer, fazendo movimentos leves sobre meu membro. Então Justin me beijou, agarrando meus cabelos e os puxou levemente. Mordia algumas vezes meu lábio inferior quando nos afastávamos para puxar o ar, o que me fez abrir mais um sorriso travesso. Prensei seu rosto contra o meu para que não se afastasse, implorando por mais. Sua mão deslizou para a parte interna de minha coxa, alisando-a e me excitando cada vez mais. Se é que aquele ponto ainda era possível isso.

  Virei seu rosto um pouco, para que eu pudesse ocupar minha boca em seu pescoço, seu ponto fraco. Ouvi-lhe arfar e gemer um pouco com meu toque em sua pele, ainda mais com as mordidas que, por vezes, eu me permitia dar em sua orelha. Sua mão continuava a fazer movimentos sobre minha cueca, o que me fazia querer mais e mais seu corpo. Não tardou para que essa mão entrasse em minha última peça de roupa e tocasse diretamente meu membro, alisando-o lentamente com o polegar. Mordi meus lábios com tal contato, sentindo meu corpo estremecer por um momento. Não durou tanto, já que suas mãos repousaram em meu peito, me empurrando até deitar.

  Conforme deslizava seus lábios por meu peito, Justin também me arranhava um pouco. Suas unhas não eram longas, mas faziam certo estrago em uma pele branca como a minha. Apoiei meus cotovelos para erguer meu corpo levemente para poder vê-lo quando se aproximou de minha boxer.

  Retirou minha última peça de roupa rapidamente, fazendo ter o mesmo destino que as outras, jogadas em algum canto do quarto. Sua mão direita deslizou de cima a baixo em meu membro lentamente me fazendo arfar pesadamente. Justin soltou um doce sorriso, como uma criança. Repetiu o movimento mais algumas vezes e mordi os lábios. Era um prazer único aquela sensação. Justin beijou minha barriga algumas vezes, enquanto acelerava o ritmo de sua mão. Não aguentei e soltei um gemido, lançando minha cabeça para trás. Ele riu, voltando ao ritmo lento do início. Nenhum de nós queria que acabasse tão cedo.

  Puxei suas calças de moletom e sua cueca rapidamente. Não queria mais perder tanto tempo. Acho que meus olhos estavam negros de tanto desejo. Não sei. O deitei voltando a ficar por cima dele. Seus braços envolveram minhas costas, mais uma vez me arranhando, enquanto eu o beijava com fervor. Nossos membros roçaram por um instante, e eu o ouvi gemer rouco. Beijava abaixo de seu queixo, libertando sua boca para que nada atrapalhasse aquele som. Era algo leve e simples, meio rouco. Agarrou meus cabelos mais uma vez, talvez ansioso por meus movimentos. Uma de minhas mãos passeou delicadamente por seu membro, da mesma forma que ele havia feito comigo há instantes antes. Justin arfava com cada movimento de minha mão, enquanto eu continuava a me ocupar em seu pescoço. Não demorou muito, e Justin inverteu a posição ficando agora por cima.

  Uma de suas mãos repousou em meu quadril, enquanto sua boca voltava a mim. A outra mão foi até minhas nádegas, me invadindo rapidamente. Urrei de dor. Recebi um beijo em meu rosto. Relaxei meu corpo, exalando o ar de meus pulmões lentamente, tentando me acalmar. Os dedos de Justin insistiam em sua entrada em meu corpo e eu mordia meus lábios, para não gritar de novo. Logo, ele começou a movimentar sua mão em vai-e-vem, enquanto ocupava seus lábios em meu pescoço. Não hesitei em sussurrar seu nome algumas vezes, em um ansioso pedido por mais. Parou com os movimentos, tirando seus dedos de minha entrada e me olhou com um sorriso malicioso.

–Pronto? – Sussurrou em meu ouvido, me prensando contra a cama.

–Eu acho q.... – Justin me invadiu, interrompendo minha fala. Grunhi um tanto alto demais, cerrando minhas mãos, como se aliviasse minha dor e vontade de gritar.

– Shh. –Falou baixo.

  Seu peito contra o meu me fazia notar sua respiração descompassada e regada a prazer. Ele estava colado em mim e naquele instante me beijava novamente, talvez apenas para me silenciar.

  Seu quadril se movimentava para frente e para trás, entrando e saindo de mim. Eu estava começando a ficar sem ar, e ele também. Justin abandonou meus lábios e repousou seu rosto em meu ombro. Eu podia ouvi-lo arfar, denunciando sua excitação. Minha boca mal fechava, buscando o oxigênio que me faltava.

  O ritmo de sua penetração aumentava, enquanto Justin explorava meu pescoço e ombros, me fazendo grunhir. Não sabia dizer se de dor ou de prazer.

  Suas unhas cravavam em minhas coxas, sua língua brincava com a minha de vez em quando. Algumas vezes, ele mordiscava o lóbulo de minha orelha. Desisti de tentar me manter. Gemi. Muitas vezes. Algumas, até alto demais e ele precisava me silenciar com seus lábios... Seus lábios tão bem desenhados.

  O cheiro de suor impregnava minhas narinas. Lancei minha cabeça para trás em um urro quando atingi meu limite, sujando seu abdômen com meu líquido. Justin diminuiu seu ritmo por um tempo, voltando a acelerar em seguida. Eu estava exausto, buscava minha respiração, meu coração estava muito acelerado. Fechei os olhos, me concentrando apenas nos movimentos de meu parceiro.

O sentir me preencher por completo logo quando ele soltou um rouco urro. Largou minhas pernas e eu as senti trêmulas enquanto Justin se jogava ao meu lado tentando recuperar a respiração.

[...]

  Assim que terminamos o banho, fomos até a sala assistir TV. Certo, havíamos uma no quarto também mas a da sala era muito maior.

-Ok, que filmes vamos assistir? - Perguntei indo até a estante de filmes.

-Tanto faz. - Justin se jogou no sofá. - MENOS de romance.

-Ah, porque? Eu iria escolher A Ultima Musica! - Falei irônico e Justin revirou os olhos rindo abafado.

  Depois de mais alguns minutos vendo os filmes que havia ali, resolvemos assistir Atividade Paranormal. Não me pergunte porque tinha filmes de terror na casa de nossos avos, sendo que eles nem assistem.

-Vai lá fazer pipoca. - Justin murmurou me empurrando.

-Vai você, seu preguiçoso! - O empurrei de volta.

-Eu sou o mais velho, mando em você!

-Mais velho apenas por quinze minutos!

  Justin bufou e antes que pudesse revidar, ouvimos Annabel descer as escadas rapidamente e sair de casa sem trocar uma palavra antes. Dei de ombros e coloquei o filme no DVD.

-Vai lá fazer a pipoca! - Justin pegou a almofada do sofá, e acertou em meu braço.

-Eu não vou comer pipoca! – Falei me sentando ao seu lado. – Se quiser, faça você.

  A verdade era que Justin não sabia cozinhar. No máximo, conseguia colocar água em alguma panela, mas não consegui fazer isso sozinho.

-Beleza, então vamos ficar sem pipoca!

  Dei de ombros e dei play no filme. Justin passou metade do filme com a almofada no rosto e a outra metade tentando puxar assunto para passar o medo. Mas, isso não funcionava...

-Dare... – Murmurou sobre a almofada.

-O que?

-To com medo. – Mordi o lábio inferior segurando o riso e Justin me empurrou. – Não to vendo graça!

  O olhei de canto e comecei a gargalhar alto. Não consegui evitar poxa! O resto do filme eu não consegui assistir rindo de todas as vezes que Justin reclamava ou tentava se esconder atrás da pequena almofada.

-Meu gêmeos queridos, cheguei! – Annabel entrou em casa sorrindo largo.

-AH, TOBY! NÃO ME MATA! – Justin a acertou com uma almofada e ela caiu no chão soltando um grito agudo.

-Justin, é a Annabel! – Falei o olhando serio.

  Justin a olhou por alguns segundos e depois voltou a me encarar começando a rir seguido por mim. Annabel se levantou do chão furiosa e acertou um tapa em nossa cabeça.

-Idiotas! – Murmurou antes de ir até a porta para a fechar.

-Foi aonde? – Perguntei assim que parei de rir.

-Em uma festa.. – Deu de ombros.

-Nossa Anna! Como você tá gata!

  Olhei para ele confuso, mas logo entendi o porque. Justin estava com o celular na mão, tirando uma foto de Annabel.

-Acho que o vovô não ficara feliz em ver essas fotos.. – Murmurei negando e Justin sorriu de lado.

-Parece que o plano de alguém foi por água abaixo não é, Annabel?

  Annabel nos olhava sem expressão alguma no rosto, demonstrando todo seu medo. Finalmente estaríamos livres de suas chantagens!