-Lucia... Susana. –disse em um tom surpreso.

-nos conhecemos? –pergunta Susana inocentemente.

-não se lembra de mim? –perguntou Caspian surpreso.

-Caspian, podemos conversar? –perguntou Pedro, pegando no ombro de Caspian.

-ta. –concordou Caspian, ainda olhando para Susana.

Caspian X

Eu não entendia, como ela não se lembrava de mim, será que aquele beijo não foi nada? O meu Aslan, será que ela gosta de um homem do mundo dela? Tantas perguntas. Pedro queria conversar comigo, eu concordei, mais continue olhando para Susana.

Pedro e eu fomos até uma pequena sala.

-o que aconteceu? –perguntou, quase gritando, e antes dele responder comecei a falar de novo. –ela não se lembra de mim, será que aquele beijo não foi nada, eu achava que ela sentia alguma cois apor mim, igual eu sinto por ela, mais por quê? –eu parecia uma criança que acabara de receber a noticia de que o natal fora cancelado (outra vez).

-Caspian, me escuta. –disse Pedro e mostrou uma poltrona, um sinal para que eu me sentasse. –olha, a cerca de um mês, para nós, a Su, sofreu um acidente...

-ELA O QUE? –perguntei, me levantando de um salto.

-me deixa terminar, Caspian. –Pedro disse. –ela sofreu um acidente de carro, e bateu a cabeça no asfalto, quando ela acordou ela não sabia de nada, nem mesmo o próprio nome. –ele terminou. –por isso ela não se lembrou de você, aposto que ela nem sabe quem é Aslan.

-perdeu a memória? –perguntei, ainda sem acreditar, nesse momento tive varias lembranças da Su, quando eu a vi pela primeira vez, quando batalhamos juntos no castelo de Miraz, de como eu me senti quando ela quase caiu a mais de cinco metros do chão, e do nosso primeiro beijo, pude sentir o hálito de sua boca, o seu perfume, tudo.

-é, não sabemos se ela a recuperar de volta. –disse Pedro. –fizemos de tudo, mais não deu em nada.

-mais, eu vou ajudar, vou fazer de tudo, que ela recupere a memória, é uma promessa Pedro. –eu disse, poderia sentir que lagrimas que queriam sair de meus olhos, mais eu as obriguei a voltar.

-muito obrigada, Caspian. –disse ele. –mais é melhor voltarmos.

-é. –eu disse, estava com um pouco de medo, eu iria encontrar a pessoa que eu amo e quem nem sabe quem eu sou, mais vou ajuda-la, como disse a Pedro, isso é uma promessa. Quando chegamos onde todos estavam, meus olhos pararam nela, ela estava mais linda do que antes, ela olhava o lugar com a expressão maravilhada, e então seus olhos encontraram os meus, ela sorriu meio tímida, eu sorri de volta. Foi então que eu percebi, quando eu a tinha visto, ela estava usando uma camisola, agora ela e Lucia estavam usando cada uma um vestido, o de Lucia era azul e o da Su era prata com estrelas em branco, os cabelos estavam soltos.

-finalmente chegaram. –disse Edmundo, ele estava devorando a comida.

-estava falando um negocio com Caspian. –disse Pedro, e lançou um olhar a Lucia e Edmundo que piscaram. –bom, Su. –chamou ele, Susana olhou para ele. –esse é Caspian, acho que Lucia falou dele para você.

-falou sim. –disse ela sorrindo. –muito prazer, Caspian. – ela disse formalmente.

-o prazer é todo meu. –eu disse, depois Pedro e eu nos sentamos, eu estava de frente para ela.

-então Caspian, você sabe o motivo de termos voltado? –perguntou Lucia, que estava sentada ao lado de Susana.

-acho que tenho um motivo. –eu disse. –a algumas semanas desapareceu dois guardas, mandei grupos de buscas para encontra-lo, mais eles não retornaram, então, reuni três homens e fomos procura-los, quando chegamos perto da floresta que era perto de Cair Parável, encontramos um urso, ele estava morto, mais o esquisito era que ele não tinha nenhum machucado nem nada do tipo, alguns guardas achavam que tinha morrido de morte natural, eu descordei, o urso estava com um corpo jovem, nós enterramos e continuamos a procura. Chegamos ao Ermo do Lampião, e lá estava uma mulher, ela estava vestida de vermelho, os cabelos eram pretos, ela nos olhou, e era como se fogo entrasse em nosso corpo, por sorte nós conseguimos fugir. –eu terminei.

-houve mais desaparecimentos? –perguntou Pedro.

-houve um a três dias, mais nós encontramos seus corpos ontem, estavam da mesma forma que o do urso, sem machucados. –eu disse.

-talvez seja essa mulher. –disse Susana, eu olhei para ela, estava com uma expressão um tanto apavorada, mais sua voz estava firme. –você disse que era como se fogo entrasse em seu corpo, e tanto o urso como os homens estavam sem machucados.

-mais nós não morremos quando a encontramos. –eu disse, mais tinha que concordar que aquela teoria era excelente.

-isso por que vocês conseguiram fugir. –ela disse, com a voz ainda firme, mais percebi que seu braço estava tremendo.

-é uma ótima teoria. –disse Edmundo.

-precisamos saber quem é essa mulher. –disse Pedro, com convicção.

-melhor fazermos isso amanha, agora esta muito tarde. –eu disse. –vou lhes mostrar seus quartos.

Todos nós nos levantamos, e subimos as escadas, chegamos a um corredor que tinha varias portas, abri a primeira.

-Pedro, você fica aqui. –eu disse.

-obrigado. –respondeu Pedro.

Na segunda porta quem ficou foi o Ed, na terceira a Lu e na última.

-esse é o seu. –eu disse, sorrindo.

-muito obrigado. –ela disse, sorrindo, ainda meio tímida. Mesmo ela tendo perdido a memória continuava a Susana que eu conheci, gentil, corajosa, a pessoa por qual eu me apaixonei. Ela entrou no quarto. –é lindo. –murmurou. Era o mesmo quarto em que ela tinha ficado da última vez, mais sabia que ela não se lembraria.

-tenha uma boa noite. –eu disse, acho que eu precisava ficar sozinho, para querer sair de perto dela tão depressa.

-ah, boa noite. –ela respondeu. Então eu andei mais um pouco, até chegar ao meu quarto, ele era só um quarto de distancia do dela.

Quando entrei, me joguei em minha cama, muitas coisas vieram para minha cabeça, mais eu tinha certeza de algumas deles, por exemplo. Eu tinha me apaixonado novamente pela Susana. Alguma dentro de mim sabia que ela recuperaria a memória. E por último, eu sempre estarei ao lado dela nessa experiência...