- Caspian, sou eu, Susana. – eu dizia toda hora, ele apenas continuava tentando me matar.

                - Eu sei que você não é ela. – ele disse, conseguindo fazer um corte em meu braço.

                - Sou eu, Caspian. – eu disse, o espaço entre nós era pequeno, e ele conseguia vim até mim com muita facilidade.

                - VOCE NÃO É ELA. – ele gritou, jogando a espada longe e se ajoelhando no chão, as lagrimas caindo por seu rosto.

                - Sou eu. – eu disse, meu coração doía vendo ele desse jeito, me ajoelhei, ficando ao seu lado. – Caspian, olha para mim, tira a prova se não sou eu.

                - Ela morreu, eu vi seu corpo sem vida. – ele disse, as palavras mal passando de um sussurro.

                - Olhei para mim agora, Caspian. – eu disse, passando a mão em seu cabelo, tirando de sua testa que estava suada, uns fios se afastaram do pescoço e eu vi.

                Era uma marca vermelha, o símbolo de uma águia, fiquei assustada, deveria ser a marca da Felícia.

                - Caspian o que você fez? – perguntei para mim mesma, o pânico estava tomando conta de mim, Caspian deve ter aceitado o quer que fosse que Felícia tinha dito para ele, marcando ele com essa águia. – Caspian. – o chamei, ele não respondeu, apenas olhava o chão, parecendo que estava em transe.

                - Caspian, Caspian, esta me ouvindo? – por que ele não me respondia.

                - Você não o terá de volta. – essa voz não era de Caspian, mesmo essas palavras saindo de sua boca. Felícia, sua desgraçada.

                - Não usaria esses tipos de nomes comigo, querida, Caspian pode pagar caro por isso. – ele disse. Caspian ainda olhava para o chão, mais sua boca de movia.

                - O que você quer? – perguntei.

                - Sua energia me deu muito poder, mais eu queria mais, e como você viva novamente, queria mais um pouquinho.

                - Nunca.

                - Que pena. – respirou fundo e continuou. – Então parece que seus irmãos e o Caspian vão ter que cuidar disso.

                - Susana, não faça isso. – ouvi a voz de Lucia, vindo de algum lugar.

                - Lucia. – gritei.

                - E agora, rainha? – perguntou Caspian.

                Não podia fazer isso, mais também não podia deixar meus irmãos nem Caspian nas mãos dela. A não ser que...

                - Felícia, fomos fazer um acordo, se você me derrotar em uma luta, pode ficar comigo, mais se eu ganhar, terá que sair do corpo de Caspian e deixar meus irmãos são e salvos. – eu disse, minha voz estava firme.

                - Não faço acordos.

                - Então esta com medo.

                - Não, isso é apenas uma distração, eu sei de seu acordo com Aslan.

                - Mais isso não tem nada a ver.

                - Tem sim, você tem que salvar a pessoa que ama, ou seja, Caspian, então por isso quer fazer esse pequeno duelo, você que salvá-lo.

                Fiquei em silencio, ela estava sacando o meu jogo.

                - Esta pensando, vou lhe dar uma segunda chance. Tem apenas alguns segundos para decidir.

                O que eu faço? Se eu me entregar, é provável me matar de vez, mais seu eu não fizer isso ela mata Caspian, Pedro, Edmundo e Lucia. Respirei fundo, tinha que tomar uma decisão, mais qual? Aslan, me ajude, por favor.

                - Então qual será sua escolha, rainha?

                Não senti minhas pernas se moverem, mais eu tinha pegado a espada que Caspian deixara cair no chão e a atravessara o peito dele.