Both Of Us. escrita por Yes I Am


Capítulo 2
Landslide


Notas iniciais do capítulo

Desculpa se tiver algum erro, não tive tempo pra revisar direito.
Boa Leitura, KatCuties!



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I took my love and I took it down, climbed a mountain and I turned around, and I saw my reflection in the snow-covered hills, and the landslide brought me down. Oh, mirror in the sky, what is love? Can the child in my heart rise above? Can I sail through the changin' ocean tides? Can I handle the seasons of my life? I don't know, I don't know. - Miley Cyrus


P.O.V Courtney Ferguson


Larguei minhas malas ali no chão mesmo, caminhei pelo apartamento, logo vendo o garoto que estava ali. Mas, ele não parecia ''perigoso''. Na verdade, ele parecia um estudante normal, como todas as outras pessoas que estavam aqui no prédio.

Ele estava de costas, arrumando suas coisas no closet de um dos quartos. Mas, a pergunta que não sai da minha cabeça é: Que droga ele tá fazendo aqui?

– Hã... Com licença? - Falei fazendo com que o garoto tomasse um susto e batesse a cabeça na prateleira mais alta, fazendo com que os sapatos caíssem em cima dele. E eu? Eu estava fazendo bom proveito do meu dom de morrer de rir por dentro e ficar seria por fora.

Depois que ele alguma tempo, ele finalmente se levantou - sério, cheguei a achar que ele tinha morrido - eu resolvi falar:

– Tá legal, desculpa por te fazer cair, mas... Quem é você? - Perguntei, com certeza fazendo uma cara de retardada, por que ele tava me olhando estranho.

– Você é a Courtney Ferguson? - Ele perguntou, saindo do quarto.

– Eu perguntei primeiro. - Disse meio irritada, é eu me irrito fácil.

– Sou Justin Bieber. Você é Courtney Ferguson? - Falou. Ele parecia insistente.

– Yeah. Então, já nos conhecemos. Agora me diz o que você tá fazendo aqui.

– Eu moro aqui. Quer dizer, a partir de hoje, mas... - Ele disse.

– Não. Eu moro aqui. Pelo menos foi onde disseram que eu iria ficar. - Respondi.

– É, eu sei disso. Nós dois moramos aqui. Pelo menos foi o que me disseram. - Ele falou, acho que tentando imitar minha fala, e depois voltou para o quarto.

– Mas eu paguei pra ficar em um apartamento sozinha. E não me dá as costas, isso é proibido. - Falei, agora não 'meio irritada'. Irritada mesmo.

– Serio? Acho que não. E dar as costas não é proibido.

– É sim. No meu mundo. - Falei.

Tá legal. Ele já me irritou demais. Eu vou arrumar um lugar onde eu possa ficar sozinha.

Saí do apartamento e fui direto para o elevador, apertando o botão do primeiro andar, para ir à recepção.

– Olá, eu sou do intercambio e eu queria saber se tem outro quarto vago, por que eu queria um lugar onde possa ficar sozinha, sabe? - Falei pra recepcionista quando cheguei ao seu balcão.

– Qual o seu nome, senhorita? - Oh, agora eu virei um senhorita, uh. Tá legal, não é hora de ser idiota.

– Courtney Ferguson. - Respondi normalmente.

– O único quarto reservado pra você foi o 288. Então, não tem mais nenhum quarto que eu possa oferecer a você. - Ela falou.

– Serio? Nenhum? Mesmo? - Disse fazendo uma voz meio manhosa.

– Desculpe, senhorita. Nenhum. - Ela falou, como se realmente lamentasse.

– Então, eu vou ter que ficar no quarto 288 mesmo? - Perguntei.

– Sim - Ela olhou o computador - Alias, temos uma pequena suíte presidencial que poderia ser alugada.

– Serio? E quanto custa?

– 700 dólares por diária. - Ela disse como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

– What the fuck? Esse quarto é feito de ouro? Eu não tenho tudo isso.

– Ah, sinto muito, então.

Voltei para o quarto 288, onde se encontrava um garoto irritante e lindo - yeah, ele é lindo sim, isso eu não posso negar, mas ele irritante, então a beleza num significava mais nada.

– Voltou? - O tal Justin disse, soltando uma risadinha pelo nariz, quando me viu entrando.

– É, e você me irrita, então vai ficar caladinho na sua, e fingir que eu não estou aqui. - Disse passando direto por ele e indo para o quarto que seria meu, logo depois batendo a porta e me trancando lá dentro.

Agora, lista de afazeres.

É, eu sei, coisa de louco. Mas, é que eu me esqueço das coisas rápido. Preciso mesmo de uma lista de afazeres.

– Primeiro, arrumar as roupas no closet. - li o primeiro item da lista baixinho - Yuppy, amo fazer isso. - comemorei - Mas, primeiro, eu preciso de um banho.

Caminhei até o banheiro que tinha ali no quarto - ainda bem que tinha um banheiro ali no quarto, por que dividir um banheiro com um cara é a pior coisa do mundo, pode apostar -, peguei uma toalha em uma de minhas malas, tirei a roupa pesada que estava usando, e entrei no box do banheiro, tomando um banho rápido e logo saindo de lá e vestindo uma roupa mais confortável.

– Ótimo, agora, arrumar closet. - Peguei as malas e saí arrastando-as até dentro do closet. Começei a tirar primeiro as blusas das malas - sim, por que eu sou uma pessoa super organizada -, depois jaquetas, depois shorts, jeans, e etc. Depois de terminar, voltei a olhar minha lista de afazeres:

– Segundo, sair para comprar os moveis... - Começei falando normalmente, depois desanimei. Olhei ao redor e finalmente percebi que realmente não tinha moveis no apartamento e que eu precisaria comprar, e eu não estou afim de sair.

Mas, eu vou ter que ir de qualquer jeito, então é melhor ir agora e cumprir minha lista de afazeres em ordem, não?

Peguei apenas meu cartão de crédito - que tem um limite de 20 mil reais, mas isso não deve me fazer feliz, já que eu tenho que sobreviver com eles durante 2 anos, então - e o celular, pondo-os no bolso do meu Jeans. Sai do quarto e fui em direção a porta.

– Onde vai? - Perguntou o tal Justin. Ô garoto curioso, cara. Virei e ele estava sentado no chão, mexendo em um celular.

– Você é meu colega de quarto, não meu pai. - Disse.

– É, eu sei disso.

– Que bom que sabe! - Falei, já irritada. Ele deu uma risada.

– Mas sério, onde vai? - Ele perguntou de novo, agora olhando para mim

– Não te interessa. E eu estou achando que morar aqui com você vai ser uma das coisas mais difíceis que eu já fiz. - Falei, ainda irritada.

– Ah é? Por quê? - Ele perguntou.

– Por que você é irritante. - Ele riu. E eu ainda não sei por que é engraçado.

–Tá legal, mas onde você vai? - E ele continua perguntando.

– Então, vamos combinar uma coisa. Se eu te disser onde eu vou, você para de me irritar pelo menos por hoje? - Perguntei.

– Claro.

– Então, tá. Eu estou indo atrás de alguma loja na cidade pra comprar moveis, por que, tipo, você pode não ter reparado, mas, isso aqui tá pior do que o deserto. - Disse apontado para o apartamento. Ele olhou em volta, e pareceu realmente surpreso.

– Nossa, cara... Eu nem tinha percebido. E... Eu estou sentado no chão? WTF? - Tá, a cara dele era realmente engraçada.

– Serio? - Perguntei, enquanto cruzava os braços, rindo um pouco.

–Serio.

– Pra ser sincera, eu também vim perceber a pouco tempo. - ri da minha própria idiotice.

– Posso ir com você? - Ele perguntou.

– Claro, mas não vai me irritar, né?

– Não. - Ele sorriu.

...‘'...'’...

Estávamos agora no carro de Justin. Indo a alguma loja de móveis. Não me pergunta como eu sei que estamos mesmo indo para uma loja de moveis, por que eu não sei, nunca estive em L.A. antes em toda a minha vida. Mas, Justin parece conhecer a cidade, então...

– Já esteve aqui em LA antes? - Perguntei.

– Sim, já. - Ele respondeu.

Murmurei apenas um 'hmm' logo ficando em silencio novamente.

– Então, já que vamos ter morar juntos durante dois anos, acho que deveríamos nos conhecer, não acha? - Justin quebrou o silencio

– É, acho que sim.

– Então, vamos lá, você começa.

– Hm, meu nome é Courtney Fergunson, tenho 18 anos e estou fazendo um intercambio.

– Ah, disso eu já sabia. - Falou Justin.

– Não sabia que eu tinha 18. - Falei.

– É, mas eu desconfiava disso. - Ele falou, rindo um pouco.

– Serio? Todo mundo diz que eu tenho cara de 16. - Falei, realmente surpresa.

– Tá, fala mais sobre você.

– Okay, hã... Eu nasci em Califórnia, mas tenho sangue latino, por que meus pais são brasileiros. E... E eu não sei mas nada sobre mim. - Falei, normalmente.

– Claro que sabe. Tipo, qual sua cor favorita? - Ele perguntou.

– Eu não tenho uma cor favorita. Mas, eu tenho um top 5 das cores que eu mas gosto de usar, serve? - Perguntei.

– Claro.

– Okay, hã, em primeiro lugar temos: Preto. Segundo: cinza. Terceiro: roxo. Quarto: azul. Quinto: branco. - Falei, contando nos dedos.

– É, você é bem precisa. - Falou ele.

– Agora é a sua vez de falar sobre você.

– Quando estivermos voltando. Por que acabamos de chegar.

...’’...’’...

– Mas, eu quero aquele. - Disse apontando para outro sofá.

Estávamos escolhendo o sofá á mais ou menos 1 hora. E no tempo que ficamos aqui já poderíamos ter comprado tudo. Mas, eu estou fingindo que quero outro sofá. É, fingindo, por que, na verdade, eu to pouco de f****** por sofá que nós vamos levar, contanto que eu possa sentar nele, tá tudo bem pra mim. Mas, eu estou planejando minha vingança. Ele me irritou, e agora ele está sendo irritado.

– Mas, qual é a diferença entre os dois? - Ele perguntou, e sim, ele estava seriamente e interrogavelmente irritado.

– Aquele é mais fofo. - Falei.

– Ah, não aguento mais ficar aqui nessa 'discussão', vamos, a gente leva o outro. - Ele falou, fazendo aspas com as mãos na palavra 'discussão'.

– Por quê? - Perguntei.

– Por que você tá brigando por ele desde a hora que nós chegamos aqui. - Ele falou, como se aquilo fosse obvio, e era mesmo. Depois ele virou-se e saiu andando.

– Mas, eu quero esse. - Falei. Ele virou-se e olhou pra mim com um cara... No mínimo estranha.

– Mas, você não...

– É, mas agora eu quero esse. - Falei. Agora a cara dele não era mais no mínimo estranha. Era no mínimo, uma cara de 'Corre, se não você morre'.

Ele respirou fundo e falou:

– Pelo amor de Deus, fala que só precisamos comprar isso.

– Claro, por que nós vamos dormir no chão e nos alimentar de vento. - Disse sarcástica.

– Eu vou atrás do que eu preciso pro meu quarto e você vai atrás do resto sozinha. - Ele disse, e depois saiu.

– Tá legal então. Minha vingança já foi feita.

Sai pela loja escolhendo o que precisaria, depois falei com uma atendente para que ela pudesse mandar a minha conta até o caixa. Paguei tudo sozinha, mas depois vou fazer o Justin me pagar a metade, por que a casa é dele também, e eu não sou uma pessoa legal.

Sai da loja e vi Justin dentro do seu carro, ele me viu e buzinou. Mas, se você está pensando que eu fui pra lá, você está enganado, por que a única coisa que eu fiz foi atravessar a rua e ir até uma sorveteria que se encontrava ali.

Pedi meu sorvete, e sai da sorveteria. Agora sim, eu fui até o carro.

– Hey. - Disse depois de entrar no carro.

– Você foi comprar sorvete? - Ele perguntou.

– Claro, sou viciada nesse carinha. Mas, ele ainda perde pra internet...- Falei, dando risada.

Ele apenas balançou a cabeça negativamente e se pôs a dirigir.

Depois de um tempo em silêncio, resolvi falar:

– Tá, você tem que falar sobre você.

– Meu nome é Justin Bieber, tenho 18 anos e estou fazendo um intercambio.

– Por que você sempre fala as mesmas coisas que eu? - Perguntei.

– Por que isso te deixa irritada. - Ele falou, ele estava bravo.

– Tá legal, eu vou deixar essa passar. Você tá muito baixo astral. Vamos lá, sorria. - Falei, ele soltou um sorriso falso. - Quando eu falei sorrir, eu quis dizer sorrir verdadeiramente, okay? - Falei. - Dá pra falar sobre você? Por que quem tá irritada agora sou eu.

– Falar, tipo, o quê? - Ele perguntou.

– Tipo, de onde você nasceu, e qual sua cor favorita, já que foi as unicas coisas que eu tive que dizer também. - Respondi.

– Nasci no canada, e minha cor favorita é roxo. - Ele falou normalmente. - Pronto, feliz agora?

– Ah, deixa de ser chato. Vamos, tenta ficar feliz. - Ele não falou nada. - Okay, desculpa por te irritar. Eu só queria minha vingança.

– Então, você estava se vingando? - Ele perguntou.

– Sim, algo contra?

– Claro que não.

– Então, tenta ficar feliz. Quer um pouco de sorvete? - Disse sorrindo alegremente.

– Uh, yeah. - Ele murmurou, olhando pra mim.

– Legal, mas eu não vou te dar. - Falei pondo uma colherada do sorvete na boca. Ele revirou os olhos. Apontei para o aparelho de som no carro. - Posso?

– Claro.

Liguei o som, estava passando Skyscraper de Demi Lovato. Essa musica fala tanto sobre mim. O quanto eu mudei, o quanto eu fiquei forte depois de tudo, e o quanto eu não me importo mais, não mais.

– No que está pensando? - Justin perguntou. Alias, ele tá sempre perguntando alguma coisa.

– Hã? Nada.

– Okay, o que mais quer aprender sobre mim? - Ele perguntou.

– Você não tava com raiva? - Perguntei.

– É, não mais. Pergunta!

– Uh, qual é a data do seu aniversario? - Perguntei a primeira coisa que veio na minha cabeça.

– Primeiro de março. - Ele respondeu normalmente.

– Serio? - Perguntei surpresa. - Sou mais velha que você, ê, ê, ê... - Tentei fazer um tipo de dancinha, mas parei ao ver meu sorvete quase caindo. - OMG, meu sorvete.

– Por que isso é tão especial? - Ele perguntou, rindo do meu desastre.

– Por que eu não tenho nenhum amigo mais novo que eu.

– Então, nós somos amigos? - Ele perguntou.

– É, nós até já parecemos aquele amigos bipolares.

– E isso quer dizer...?

– Aquele tipo de amigo que só que irritar um ao outro. - Respondi.

– As vezes, você parece falar em outra língua. - Ele... Refletiu.

– É, eu tenho um pensar diferente.

– Legal, mas... Qual é a data do teu aniversario? - Ele falou.

– 19 de janeiro. - Respondi.

– Você nem é tão mais velha que eu. - Justin falou.

– Eu sei. Mas, tecnicamente, sou mais velha, sim.

– Yeah.

Ele parou o carro e nós saímos, iriamos seguir para o elevador, mas a recepcionista nos parou.

– Foram vocês que saíram pra comprar moveis? - ela perguntou.

– Yeah, por quê? - Justin respondeu. Eu apenas estava observando.

– Por que os entregadores estão esperando lá em cima. Mas, por que vocês não pediram os móveis juntos com o apartamento? - A recepcionista disse.

– Podemos fazer isso? - Ele perguntou.

– Claro que... - Ela ia falar, mas eu logo a interrompi.

– Tá, tá, tá. Somos dois adolescentes, com uma memoria horrível, blá, blá... Quem se importa? Vamos logo, meu sorvete está derretendo.

Peguei Justin pela mão e sai o arrastando, literalmente, por que, por algum motivo idiota, ele não queria andar rápido.

– Será que você pode ajudar? - Perguntei, soltando sua mão.

– Em que?

– Anda. - Disse com a voz meio elevada.

– Desculpa, mas, eu quero andar como uma pessoa normal, okay?

Ignorei-o, não por ignorância, só por não ter nada pra falar mesmo, entrei no elevador e Justin entrou junto. Esperamos o elevador parar no sexto andar - o nosso -, e saímos, indo para o apartamento, onde os entregadores estavam. Justin abriu a porta do apartamento - ainda bem, por que eu esqueci minhas chaves -, e eu falei:

– Será que vocês podem por as coisas para dentro do apartamento pra gente, por favor? - Tentei dar um sorriso, mas, cara, ele tava falso pra caramba, na boa. Ih, falei gíria demais na mesma frase.

– Não, somos pagos apenas para trazer as coisas até aqui, e esperar pelos proprietários. - Um deles falou, com um grande ar de ignorância, e depois saíram andando. E se eu achava que eu era a pessoa mais ignorante do mundo, acabei de perceber que tava errada.

– Awn, que é isso. Nem precisa se preocupar, tchauzinho. - Falei sarcástica, mas eles já estavam longe, então acho que nem escutaram.

Entrei no apartamento e sentei no chão, escorando-me no balcão da cozinha, e voltando a comer meu sorvete, que mas parecia agua agora.

– Hm, Courtney... - Justin me chamou.

– Meu nome. - Afirmei.

– Pode me ajudar aqui? - Ele apontou para os moveis que estavam ali fora do apartamento, ainda,

– Não, eu estou ocupada. - Respondi.

– Fazendo... ?

– Comendo meu sorvete... - Analisei o sorvete. - Ou... Minha água.

– Se fosse água você não estaria comendo e sim bebendo. - Ele andou até mim, parando na minha frente, cruzando os braços e mandando um sorrisinho irônico.

Apenas o olhei, devolvendo o sorrisinho, e voltando a comer meu sorvete.

– Não vai me ajudar? – Ele perguntou. Balancei a cabeça negativamente.

– Tá legal.

Então, ele começou a por tudo dentro de casa. Não parecia difícil pra ele.

– Hey. – Gritei.

– O quê?

– Isso é fácil pra você? - Disse, ele respondeu que sim. - Mas, eu só te deixei fazer tudo sozinho por que pensei que ser difícil.

– Mas é facil. Mas de qualquer jeito eu vou precisar de sua ajuda pra embutir o armário da cozinha na parede, só me dando os pregos e coisas assim. E alias você deveria ter comprado um armário que não precisasse embutir na parede.

– É, mas eu não tenho culpa, pensei que aquela droga de loja, mandasse entregadores e montadores, tá bem? - Ele não respondeu nada.

...’’...’’...

– Me dá o prego? - Justin falou estendendo a mão. Ele estava embutindo o armário na cozinha.

– Qual? - Perguntei confusa. Ele tentou falar, mas eu o interrompi. - Eu não o que você tá fazendo.

– Eu estou acabando. Só tem um prego aí. - Ele falou, irritado.

– Okay, agora eu estou sem graça. - Falei, mordendo os lábios.

– Eu não importo, por que isso aqui é realmente pesado, então, será que você pode me dar a droga do prego? - Falou.

Ele terminou aquilo e desceu da escadinha, pegando a mesma e a furadeira que estava ali com ele, e saindo do apartamento, talvez para entregar a tal e escada e a furadeira, já que ele tinha pedido a alguém dali do prédio, talvez o zelador, não sei.

Ele voltou, ainda com uma cara meio brava.

– Pode não ficar com raiva disso? É que eu sou lerda mesmo. - Falei me sentando sobre o balcão da cozinha. Ele olhou pra mim - Desculpa. - Falei, tentando fazer uma carinha fofa, que com certeza, tava pior do que minha cara normal. Não me pergunta por que eu tava preocupada com o fato de ele estar bravo, por que nem eu sei. É só que eu tenho uma pequena necessidade de deixar todos felizes. - Não vai dizer nada? Okay, tchauzinho então. - Andei até a porta.

– Onde você vai? - Ele falou.

– Viu, deu certo, falou comigo. Mas, na boa, me diz por que você sempre quer saber pra onde eu vou? - Parei perto da porta.

– Não sei. - Ele falou, se jogando no sofá. - Então, você fingiu que iria sair para que eu falasse com você?

– Não, eu realmente preciso sair. - Falei, ainda parada perto da porta.

– E onde vai?

– Vou atrás de alguma lanchonete, por que aqui ainda não tem comida. - Respondi.

– Posso ir com você? - Ele perguntou, levantando do sofá. Apenas o respondi com um 'uhum' e nós saímos.

...’’...’’...

Estávamos na lanchonete que tinha em frente ao prédio, tínhamos feito nossos pedidos há algum tempo e agora apenas esperávamos. Justin estava brincando com um canudo, rodando-o na mesa, e eu estava pensando em como eu nunca tinha vindo em Los Angeles antes, se morei em Califórnia toda minha vida.

– Pode falar alguma coisa? Brincar com um canudo não é legal. - Justin reclamou.

– É, deve mesmo ser chato. - Soltei uma risadinha.

Justin largou o canudo e se moveu pra trás, encostando suas costas na cadeira e cruzando os braços. Eu apoiei meus braços na mesa e fiquei olhando pra ele, para ser mais exata, para os seus olhos. Eu gosto de reparar nos olhos das pessoas, pois é pelos olhos que você conhece uma pessoa inteira. Justin tem olhos castanhos, mas um castanho mais puxado pra cor mel, o que torna esse castanho mais especial, e seus olhos tinha um brilho tão bonito, o que o tornava mais especial ainda. Seus olhos eram quase tão bonitos quanto el... Peraí, sou eu mesmo dentro desse corpo? Justin percebeu que eu estava olhando para ele e falou:

– O que você tá olhando?

– Você? - Falei, como se fosse obvio.

– E por que você tá olhando pra mim?

– Por que não tinha nada mais interessante pra fazer.

– Então por falta do que fazer, vamos ficar olhando um pra cara do outro? - Ele perguntou.

– Não exatamente. Por que, eu tava olhando pra você, mas você parecia em outro universo.

– Estava pensando em uma coisa... - Ele fez uma cara pensativa.

– Okay, em apenas um dia, você me fez varias perguntas que não, mesmo, interessavam a você. Então, eu vou fazer a mesma coisa: No que estava pensando? - Perguntei.

– Estava apenas pensando na ultima vez que eu vim aqui em Los Angeles. - Ele riu.

– Hm... E por que é engraçado?

– É que eu me lembrei de quando eu e alguns amigos fomos a uma balada aqui em LA, e todos eles acabaram bêbados, menos eu por que não tinha bebido muito, daí eles ficaram fazendo loucuras, e no outro dia nós morremos de rir quando eu contei tudo. - Ele contou, dando uma risada.

– Yeah... Okay, eu tive uma ideia. Nossa noite tá realmente tediosa, não é? - Falei, com um sorriso de canto. Ele concordou. - Então, o que você acha de nós sairmos... Para alguma balada, talvez?

– Yeah, pode ser legal. - Ele afirmou.

– Então, beleza. Nós vamos sair. - Sorri.




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Notas finais do capítulo

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