Funny How Things Can Change escrita por Jasey rae


Capítulo 15
I'm gonna break down these walls


Notas iniciais do capítulo

ESPERO QUE LEIAM ESSE CAP COM A MÚSICA, EU SEI QUE O COMEÇO DELA NÃO É AQUELA COISA HABITUAL MAS A PARTIR DO SEGUNDO 36 ELA FICA NORMAL E CRIA TODO O CLIMA DO CAP E EU RECOMENDO MUITO A MÚSICA AIUHSHSA . eu AMEI fazer esse capítulo, espero que gostem *-*



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Fairy tale - shaman


Catherine

Dois dias haviam se passado desde a briga e eu não tinha falado com minha prima nem com Harry, o sonho ficava se repetindo em minha cabeça e meus amigos me falavam pra ir conversar com os dois. Todos já sabiam da discussão e eles faziam de tudo pra que eu e Liv nos acertássemos. Eu tinha que ficar ao lado de Harry em todas as aulas de química e ele agia como se nada tivesse acontecido, apesar de estar seco comigo, ele também fazia questão de beijar aquela tal de Amber sempre que me via, como se eu me importasse. Ta bom, a quem eu to querendo enganar? eu sinto um desconforto quando vejo os dois juntos, mas tanto faz, eu não o amo certo? Era a hora do intervalo e eu não queria voltar as aulas depois disso então resolvi pegar um passe, na escola nós temos passe pra ir ao banheiro, passe pra beber água, passe pra tudo, e os alunos que tem boas notas podem ter um passe pra quando estão cansados demais ou doente, resolvi falar com o professor e pegar um passe com a desculpa de que eu estava cansada. Em vez de ir ao gramado eu fiz meu caminho até o campo de futebol e me sentei na arquibancada mais alta, ali era o melhor lugar pra ficar sozinho, as pessoas geralmente ficavam no pátio, no refeitório, no ginásio ou se pegando nas salas vazias, o campo era perfeito.


Estava frio e o tempo estava feio, nublado, nuvens escuras e pesadas ameaçavam uma chuva que não demoraria a chegar, parecia que o céu estava representando o modo que eu me sentia no momento, eu estava escutando Fairy Tale a música preferida de meu pai, aquela música tinha uma letra e um instrumental triste 'ouça minha alma e cuide do meu choro pois todo meu choro pode inundar um rio no meu coração', logo as lágrimas vieram, é engraçado como nós nos torturamos certo? quando estamos tristes ouvimos músicas tristes e outros mil problemas parecem surgir. Comecei a lembrar de quando Harry esbarrou em mim naquele bosque e depois em como ele fazia questão de me irritar e conseguia, mas em como eu sentia falta daquilo desde a briga, lembrei de quando nos beijamos e em como parecia que nos completávamos, então porque parecia tão errado? Porque eu tinha tanto medo? Talvez todos estejam certos e eu seja covarde mesmo. Eu não podia negar que sentia falta dele, de que sentia um vazio, sentia falta de seu perfume, de seu olhar que me desconcertava, mas que droga , porque esse garoto não sai dos meus pensamentos?

– Um bom lugar pra pensar aqui não? - ouvi sua voz, ótimo agora eu estou tendo delírios com ele. Olhei pra cima e vi que ele estava parado ao meu lado me observando

– Pois é - eu disse enquanto ele se sentava ao meu lado e olhava em meus olhos, aqueles olhos pareciam olhar dentro de minha alma e desvendar meus segredos, aqueles olhos que pareciam imãs atraindo os meus, eu não conseguia desviar o olhar, meu coração estava acelerado e eu me obriguei a me acalmar.

Harry

Eu estava passando pelo campo e vi uma figura sentada toda encolhida, logo a reconheci, eu não tinha visto Catherine em lugar nenhum então logo deduzi ser ela, fui andando até onde estava e a vi perdida em pensamentos, uma trilha de lágrimas em seu rosto, ela estava olhando pra frente enquanto o vento batia em seu rosto, sua bochecha estava rosada do frio e o nariz vermelho de chorar. Ela não reparou em minha presença então resolvi falar com ela, eu estava sentindo sua falta, falta de como ela sempre me cortava, o modo como colocava o cabelo pra trás enquanto ria olhando pro chão ou como arqueava a sobrancelha quando estava prestes a se irritar comigo, o que estava acontecendo comigo? Depois que falei com ela ficamos em silêncio, ela ergueu um lado do fone para mim e ficamos ali sentados ouvindo aquela triste melodia.

– A música preferida do meu pai - ela falou em um sussurro

– É linda mas triste - eu disse

– Ele dizia que há beleza na tristeza, que a tristeza inspira e que nós temos que aproveitar a inspiração porque a tristeza não é pra sempre, dizia que as coisas mais simples venciam e que logo o sorriso dava lugar as lágrimas - ela disse, eu apenas a observava.

– Sua tristeza te inspira Catherine? - perguntei, ela apenas me olhou, seu olhar estava assustado

– Minha tristeza me despedaça - ela respondeu por fim

– Porque você fica se torturando? - perguntei

– Eu não estou - ela disse com um sorriso fraco

– Olha a música que você ta ouvindo, tem certeza que não ta mesmo? - perguntei e ela riu

– Eu gosto dessa música, me faz lembrar de casa - ela disse e as lágrimas começaram rolar.

– Qual sua história Harry? - ela perguntou e eu olhei indagador - nunca ouvi você falando de uma ex namorada, ou de alguma menina que você ficou por mais de 1 semana

– Eu acho que nunca me apaixonei de verdade, eu tive uma namorada mas era mais físico e nós nos traiamos o tempo todo então resolvemos terminar - esclareci

– Entendi - ela disse

– Mas e a sua Cat? o porque desse muro? - perguntei

– Eu namorava com o Chad, ele dizia que me amava mas ele me traiu, ele engravidou a menina que eu chamava de melhor amiga - ela disse rindo seco e então eu entendi o porque ela tinha medo de se apaixonar

– Traição dupla - eu disse e ela suspirou e deixou mais lágrimas caírem

Eu não aguentava mais aquilo, então me aproximei e a abracei, por um momento ela pareceu recuar mas então se deixou ser acolhida pelos meus braços, sua cabeça estava encostada em meu peito, uma de minhas mãos a envolvia enquanto a outra acariciava seu cabelo, senti o perfume vindo dos mesmos e fechei os olhos, eu sentia ela balançar a medida que deixava as lágrimas rolarem.

– Seu coração tá acelerado – ela me disse e realmente estava, ela me deixava nervoso.

– Shhh, ta tudo bem Catherine, eu to aqui, não vou deixar nada de mal te acontecer - eu disse sem nem reparar no que falava.

– Esse é meu problema, eu tento me fazer de forte, eu guardo as coisas mas uma hora a gente explode - ela dizia em meio a soluços

– Não precisa guardar nada Cat, não tem problema em se mostrar vulnerável uma vez ou outra - falei, vulnerável, era assim que eu me sentia perto dela. Ela nada disse apenas se afastou e olhou em meus olhos, seus olhos me mostravam medo, saudade, tristeza. Naquele momento ela parecia uma menininha com medo da chuva, e tudo que eu queria era fazer todos os temores dela desaparecerem, exorcizar todos os demônios que a atormentavam, eu queria ver seu sorriso e ouvir sua risada.

– Que irônico isso né? - ela disse

– O que é irônico? - respondi confuso

– Você me consolando - ela disse

– Porque você acha tão irônico Catherine? você ainda tem aquela ideia de que eu só vou brincar com você?- eu disse procurando seus olhos que não me encaravam nesse momento

– Eu to confusa Harry - ela disse em um sussurro

– Eu também to Catherine, do nada você aparece nos meus pensamentos, e o mais estranho é o sorriso que surge em meus lábios depois de pensar em você, o modo como eu quero ver o seu sorriso e mais que isso, como EU quero ser o motivo dos seus sorrisos. Não foge disse Cat, abaixa suas defesas e me deixa entrar no seu mundo, me deixa saber o que se passa em sua cabeça, destrói de uma vez por todas essa barreira que você construiu - eu disse.

Ela fez algo que me surpreendeu, ela me abraçou, não um abraço qualquer, um abraço que dizia 'eu preciso de proteção', um abraço que dizia 'eu preciso de você', ela se afastou e olhou em meus olhos enquanto acariciava meu rosto, eu fechei os olhos sentindo o carinho, ela passou seus delicados dedos pelos meus lábios e então me beijou, um beijo calmo que continha mais sentimento do que eu podia imaginar que um beijo pudesse conter, meu coração estava acelerado e eu tinha a necessidade de senti-la mais perto de mim, a puxei pela cintura colando nossos corpos, ela sorriu entre o beijo, ela acariciava meu pescoço, o beijo dela era como uma droga a qual eu precisava cada vez mais e nunca era suficiente. Ela partiu o beijo e olhou fundo nos meus olhos

– Isso quer dizer? - eu perguntei

– Isso quer dizer que você também não sai dos meus pensamentos, isso quer dizer que eu acho que estou me apaixonando por você seu ogro - ela disse com um sorriso.

– Ótimo ruivinha, porque eu também estou me apaixonando por você – eu disse sorrindo. Aquilo era tudo o que eu queria ouvir, eu a beijei novamente e aquilo era tudo o que eu precisava, ela era tudo o que eu precisava.




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