Fix A Heart - Second Season escrita por Hanna Swag


Capítulo 27
White lips, pale face


Notas iniciais do capítulo

Heeey babes! Como vocês estão? Me desculpem de novo pela demora, não vou usar nenhuma desculpa nem nada, porque não teve um motivo específico e talz. Eu espero postar amanhã, mas como sempre não é certeza, e nem quero demorar igual desta vez...
O nome desse capítulo é um verso de uma música da Birdy, na verdade ela é do Ed Sheeran, mas eu gosto dela na voz da Birdy u.ú Enfim, significa "lábios brancos, rosto pálido" e acho que tem haver com o capítulo numa parte aí que não posso falar pra não acabar com a graça kkk
Enfim, boa leitura babes!



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Sabe quando falam que quando você está para morrer, sua vida passa como um flash na sua mente? Realmente, era a pura verdade. Enquanto o meu corpo involuntariamente parava de se mexer, em meus pensamentos vieram varias cenas vividas por mim, desde a minha infância, até meus últimos minutos, todos os momentos marcantes, sejam eles ruins ou bons, me atacaram de alguma forma, como se eu tivesse vivido tudo dentro de alguns segundos. Minha visão começara a ficar escura, e eu já estava completamente mobilizada, sentindo a vida se distanciar de mim lentamente, mas com tal brutalidade incrível, coisa que eu nunca me imaginei vivenciar.

POV Justin...

Já era tarde quando eu decidi dormir, depois de tentar ligar algumas vezes para Demi. Achei um pouco estranho ela não atender ou não ter retornado, mas decidi não me preocupar, pois  ela deveria estar ocupada ou qualquer coisa do tipo. Depois de aproximadamente 15 minutos pensando em coisas aleatórias eu consegui dormir, ainda que não estivesse cansado.

Fui acordado novamente pelo meu celular, que tocava In Real Life, dá Demi; não me canso de ouvir essa música, principalmente quando me lembro de que ela foi feita para mim. Olhei na tela do celular, que mostrava o nome de Scooter e atendi sem ânimo algum.

- Fala aí, cara. 

- Justin, desculpe te acordar, mas era necessário, tenho más noticias. - Seu tom de voz estava preocupado.

- O que aconteceu?

- É... É a Demi. Ela sofreu um acidente. - Meu coração parou de bater durante um segundo.

- O quê? Como assim? - Falei eufórico.

- Parece que o carro dela caiu numa ponte e foi parar na água. Acho melhor você vir para o hospital. - Peguei o endereço do hospital rapidamente e dirigi para lá do mesmo jeito. Estava nervoso, preocupado, não sabia o que pensar.

Não demorou nem 20 minutos e eu já estava estacionando o carro de qualquer jeito em frente ao tal hospital. Na entrada já poderia se ver algumas pessoas da mídia, tentando conseguir alguma notícia.

Fui até a recepção e perguntei por Demi, me identificando. A mulher me conduziu até uma sala de espera mediana, onde Michelle, Elena, Mellany, Scooter e Anna estavam. Sentei-me do lado de Anna, que mantinha uma expressão preocupada.

- Como ela está? - Perguntei.

- Infelizmente ainda não temos nenhuma notícia. - Anna respondeu.

- Você sabe como foi? - Minha voz saiu fraca, estava sem graça por perguntar.

- Parece que ela perdeu o controle enquanto dirigia, bateu num carro a fazendo capotar ponte a baixo, então o homem do outro carro que a salvou e a trouxe para cá. - Ela disse com uma voz controlada. Abaixei a cabeça, mais nervoso ainda. - Demi vai ficar bem, ela sempre fica. - Anna colocou sua mão sobre a minha em sinal de conforto. – Ela é forte. - lancei-lhe um sorriso fraco, colocando minha fé em suas palavras.

As horas foram se arrastando sem a mínima pressa, a cada segundo eu ficava mais angustiado ainda, esperando por alguma notícia que não chegara até agora. A essa altura Scooter e Michelle já tinham ido embora, pedindo para avisar se soubéssemos de alguma notícia, sendo substituído por meu pai, que estava ao lado de Elena, tentando controlá-la. Anna me contara sobre o acidente do pai de Demi também, mas minha cabeça estava ocupada demais para pensar nisso.

Enquanto as notícias não vinham, tive um bom tempo para reparar em todos as pessoas que estavam presentes ali, apenas trocando algumas palavras necessárias. Anna mantinha sua expressão calma, ainda que visivelmente pudéssemos ver que ela estava a controlando, julgando pelos seus olhos sem foco e ligeiramente vazios. Já Elena derramava algumas lágrimas, passando suas mãos pelo rosto algumas vezes enquanto meu pai dizia palavras consoladoras. Mellany, por sua vez, mantinha uma expressão indecifrável no rosto, a única coisa que poderia se ver era que, em todas as pessoas dentro da sala, ela era a que menos se importava, enrolando os fios de seu cabelo despreocupadamente na ponta dos dedos. E eu, bem, passava a mão sobre meus cabelos freneticamente como sinal de nervosismo, suspirando a cada cinco segundos.

- Acompanhantes de Demetria Lovato? - Um homem de meia idade entrou na sala. Elena, Anna e eu nos aproximamos do mesmo, em busca de alguma informação.

- Como ela está? - Elena perguntou.

- A situação dela é um pouco crítica. Por causa do afogamento ela sofreu uma asfixia, interrompendo o fluxo nas vias respiratórias e gerando falta de oxigenação cerebral. Nós tivemos que a conduzir para um coma.

- Ela... Ela está em coma induzido? - Elena perguntou, com a boca ligeiramente aberta.

- Infelizmente sim. Não sabemos quando ela irá acordar, pode demorar uma semana ou um ano. Ou... Ou ela pode nem acordar. - O médico deu um sorriso fraco e desanimado. - Sinto muito.

Elena desabou a chorar no ombro do meu pai, não causando muito barulho. Olhei para Anna, que também continha lágrimas em seu rosto. Trocamos um abraço apertado, enquanto sentia finalmente as lágrimas virem depois de não conseguir controlá-las.

- Podemos vê-la? - Elena perguntou depois de alguns segundos, passando as costas da sua mão no rosto.

- Claro, mas uma pessoa de cada vez. No final do corredor à esquerda, terceira porta. - Afastei dois passos, enquanto Elena deu um sorriso fraco para mim, acompanhando o médico logo depois.

Sentamos nos sofás outra vez, ainda em silêncio. Fiquei pensando em tudo, rezando para que ela ficasse bem logo e todo esse sufoco passasse.

Como se fosse uma regra, sempre que as coisas finalmente ficam bem acontece alguma coisa para mudar tudo, já se tornara quase uma tradição!

Não se passou muitos minutos e Elena já estava voltando, com a mesma expressão, caminhando a passos apressados. Dei um meio sorriso para Anna, que assentiu para mim. Enfim, tomei coragem e me dirigi à sala indicada, abrindo a porta devagar.

Demi estava mais pálida do que normalmente, cheia de fios em cima dela e essas coisas de hospital. Ao seu lado esquerdo havia uma máquina que indicava seus batimentos cardíacos, provocando aquele barulho irritante. Aproximei-me mais dela, podendo finalmente ver seu rosto, também pálido. Ela estava linda, como sempre, mas dava para perceber que ela estava fraca, senti falta do seu sorriso encantador e lindo que ela dava a cada minuto, era como se eu visse outra Demi ali, sem vida e sem expressão. Peguei sua mão direita com as minhas duas mãos, sentindo a sua temperatura, que se encontrava fria. Meus olhos já estavam embaçados, outra vez derramando lágrimas, estas que caiam pelo chão incrivelmente branco do quarto. Não conseguia suportar a ideia de que ela poderia ficar durante meses apenas deitada nessa cama de hospital sem nenhum movimento, ou que ela pudesse até morrer, era uma dor da qual eu não sabia se poderia me acostumar ou aceitar, cheguei a desejar por um minuto que fosse eu ali, no lugar dela, pelo menos eu não sofreria tanto igual agora, vendo seu rosto angelical sem vida.

Levei meus lábios até sua testa, depositando um beijo longo na mesma, sentindo sua pele fria. Voltei à posição em que estava e dei uma última olhada em seu rosto, memorizando cada traço, antes de sair daquele quarto para que outra pessoa pudesse entrar.

Voltei à sala, sentando-me ao lado de Anna novamente, esta que saiu em direção ao quarto de Demi. Não sabia o quefazer novamente; estava inquieto, queria poder mudar toda aquela situação, como disse antes, não sabia se suportaria tudo, era mais forte que eu.

Suspirei novamente, tentando controlar meus batimentos cardíacos e a minha respiração.

- Justin, querido, acho melhor você ir para casa, nós avisaremos qualquer coisa, não vai adiantar nada você ficar aqui, muito menos neste estado. – Elena falou gentilmente.

- Mas...

- Ela tem razão Justin, você precisa descansar um pouco, já está com algumas olheiras. – Meu pai argumentou.

- Tudo bem. – Falei em meio a um suspiro. – Mas me liguem qualquer coisa, e daqui a pouco eu volto. – Eles assentiram.

- Acho melhor você ir de taxi, não sei se pode dirigir neste estado, depois eu levo seu carro ou qualquer coisa. – Assenti, jogando a chave em direção ao meu pai.

- Até logo. – Falei e deixei o hospital, pegando o primeiro taxi que vi.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu achei esse capítulo fofo *-*
Enfim, então agora só faltam 3 capítulos pra fic acabar ~~ eu chorando ~~
Então, aguardem as emoções do próximo capítulo :D -sqn
Beijos babes!



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